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Produtividade de café por hectare em MT triplica e Embrapa destaca impactos de programa do Governo

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Melhoria do solo, melhoramento genético da cultura e mecanização da produção contribuem com aumento da produção – Foto por: Christiano Antonucci/Secom-MT
Mato Grosso tem apresentado um aumento significativo na produtividade de café por hectare plantado nos últimos nove anos, impulsionado por investimentos da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) na melhoria do solo, melhoramento genético da cultura e mecanização da produção.

De 2015 para 2023, houve crescimento de 258,7% na produção de sacas do grão por hectare plantado, segundo relatório divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O documento aponta os impactos positivos do Programa Mato Grosso Produtivo Café, do Governo de Mato Grosso, para esse resultado.

“Esse aumento na produtividade é resultado de um trabalho intenso para desenvolver e colocar em prática políticas públicas que realmente façam a diferença na ponta, com entregas de mudas de café, patrulhas mecanizadas, implementos agrícolas, calcário e kits de irrigação. Hoje, 100% da produção de café no Estado é feita por produtores da agricultura familiar”, destacou o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro.

Aumentou quantidade produzida por hectare – Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

Conforme o relatório, a cafeicultura nas regiões abrangidas pelo programa alcançou uma produtividade média de 22,6 sacas por hectare, sendo que, em 2015, a produtividade média foi de 6,3 sacas por hectare.

Atualmente, o estado ocupa a 9ª posição entre os maiores produtores de café do Brasil. A estimativa é de que a cafeicultura mais tecnificada tenha gerado cerca de 8.050 postos de trabalho entre 2015 e 2023.

Ainda segundo a análise da Embrapa, a melhor rentabilidade da cafeicultura resultou no engajamento mais efetivo de mulheres e jovens e também indígenas.

Além disso, houve redução na área plantada. Conforme a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em 2014, com 20 mil hectares plantados, a produção era de 124 mil sacas, e, neste ano, com apenas 11.600 hectares, a previsão é de 270 mil sacas colhidas, refletindo um aumento considerável na eficiência e produtividade.

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Para fomentar a comercialização local do café, o Governo do Mato Grosso isenta do pagamento de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o café cru, em coco ou em grão, para o produtor que vender seu café para a indústria local. Isso traz segurança jurídica e incidem diretamente sobre os produtores da agricultura familiar.

Pollyana Araújo | Secom-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

 

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Café

Clima preocupa cafeicultores às vésperas da colheita da safra 2025/26

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Assessoria

Com a colheita da safra 2025/26 se aproximando, os produtores brasileiros de café voltam suas atenções para o comportamento do clima. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as chuvas nesta fase final de desenvolvimento dos grãos são determinantes para garantir qualidade e bom enchimento dos frutos.

Informações coletadas pelo Centro de Pesquisas apontam que muitos grãos ainda não atingiram o tamanho ideal. A expectativa era de que esta temporada apresentasse um maior percentual de cafés com peneira 17/18 – que corresponde aos grãos maiores e mais valorizados no mercado –, mas essa previsão pode não se concretizar caso o regime de chuvas não colabore nas próximas semanas.

Em Minas Gerais, maior produtor de arábica do país, a colheita está prevista para começar em meados de maio. Já no Espírito Santo, principal estado produtor de café robusta, os primeiros volumes começaram a ser colhidos, ainda que de forma tímida. A expectativa é de que o ritmo se intensifique a partir do final de abril.

A situação climática nas próximas semanas será crucial para o desfecho desta safra, especialmente no que diz respeito à qualidade e ao rendimento dos grãos. A colheita em condições ideais pode significar melhores preços e maior competitividade no mercado internacional, do qual o Brasil é líder.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Café

Chuvas devem aliviar cafezais brasileiros

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Foto: Renata Silva

 

As chuvas volumosas registradas nesta segunda quinzena de março têm trazido certo alívio aos produtores de café, conforme apontam levantamentos do Cepea.

De acordo com colaboradores consultados pelo Centro de Pesquisas, o baixo volume de precipitações já vinha limitando o enchimento final dos grãos da safra 2025/26 e prejudicando a maturação nas lavouras.

Para o robusta, o aumento das chuvas em março e a proximidade da colheita devem refletir no aquecimento das negociações.

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Vale lembrar que os estoques de compradores já estão mais restritos e os preços, em altos patamares, ainda segundo pesquisadores do Cepea.

Cepea, 26/03/2025 – Em queda há sete semanas, os preços do arroz em casca levantados pelo Cepea acumulam baixa de 21,3% desde final de janeiro, voltando ao menor patamar desde 21 de outubro de 2022.

Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário preocupa vendedores de forma geral, pois os custos totais de produção do cereal no Rio Grande do Sul são estimados na casa dos R$ 100/sc de 50 kg nesta temporada.

Diante dos fortes recuos, a liquidez segue baixa, ainda conforme pesquisas do Cepea. Vendedores, no geral, se mostram retraídos para novas negociações, mas a necessidade de caixa leva parte deles a ceder aos pedidos de compradores.

Quanto à colheita, as atividades continuam avançando satisfatoriamente, com alguns relatos de talhões acamados ou mesmo de quebras acima do normal no beneficiamento.

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(Com Cepea)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Café

Clima Adverso Compromete Safras de Café de 2025 e 2026, Avalia Cooxupé

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Reprodução

A seca intensa e as temperaturas elevadas registradas em fevereiro e no início de março afetaram as lavouras de café nas principais regiões produtoras do Brasil, comprometendo não apenas a safra de 2025, mas também a de 2026. Apesar da dificuldade em quantificar as perdas no momento, os impactos são considerados irreversíveis, segundo representantes da Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do país.

O cenário não é favorável para o mercado global de café, que já enfrenta preços próximos a patamares recordes e demanda um aumento na oferta. O Brasil, maior produtor e exportador mundial da commodity, vinha apostando em uma recuperação da produção para 2026, após os desafios climáticos de 2024.

“Sem dúvida, o clima impactou significativamente. Embora ainda não seja possível mensurar com precisão, sabemos que o efeito sobre a produção de café costuma ser irreversível. A real dimensão desse impacto será conhecida apenas no momento da colheita e, possivelmente, refletida na safra seguinte”, afirmou José Eduardo Santos Júnior, superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé.

Além da estiagem prolongada, Santos Júnior destacou que as temperaturas excessivas foram particularmente prejudiciais. “Foram mais de 40 dias sem chuvas, com temperaturas muito acima da média histórica. Esses fatores, combinados, certamente comprometeram a produtividade”, explicou durante a Femagri, feira de máquinas, insumos e implementos agrícolas da Cooxupé.

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Impactos Regionais e Recuperação da Lavoura

A Cooxupé atua no Sul de Minas, Cerrado Mineiro e parte de São Paulo, regiões que, juntas, representam mais de 80% da produção nacional de café arábica, conforme estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os produtores da cooperativa estão prestes a iniciar a colheita da safra 2025 e já observam os efeitos do clima adverso.

Os impactos do estresse térmico e hídrico serão mais evidentes durante o beneficiamento dos grãos, quando será possível avaliar o rendimento da produção. O vice-presidente da Cooxupé, Osvaldo Bachião Filho, destacou que fevereiro registrou recordes de temperatura nas áreas produtoras, agravando a situação das lavouras. “As chuvas voltaram nos últimos dias, mas ainda não atingiram todas as regiões de forma uniforme”, observou.

Segundo Bachião Filho, o café arábica não tolera temperaturas superiores a 32°C, pois esse limite afeta o metabolismo e a fotossíntese da planta. Mesmo com o retorno das chuvas, a recuperação do cafeeiro pode levar até uma semana, influenciando o crescimento das folhas, ramos e a formação dos frutos futuros. “O problema se agravou pelo fato de que, além da falta de umidade, tivemos recordes históricos de temperatura em fevereiro de 2025, superando até mesmo os de novembro de 2023”, alertou.

O executivo ressaltou que, embora as chuvas de janeiro tenham sido consideradas boas, o volume permaneceu abaixo da média em algumas áreas. “Nos últimos dias, algumas regiões receberam chuvas expressivas, enquanto outras ainda enfrentam déficit hídrico. Essa irregularidade gera incertezas sobre o potencial produtivo da safra de 2026”, explicou.

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Recorde de Faturamento Compensa Queda na Produção

Apesar das dificuldades climáticas, os preços elevados do café no mercado global impulsionaram o faturamento da Cooxupé, que registrou um resultado histórico em 2024. Segundo o presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, mesmo com a redução no volume de café recebido nos últimos anos, o alto valor da commodity garantiu receitas expressivas.

A projeção inicial da cooperativa para 2025 era receber 5,6 milhões de sacas de 60 kg de café, uma queda de quase 10% em relação a 2024, reflexo direto das adversidades climáticas. Em fevereiro, antes da intensificação dos impactos da seca e do calor, Melo indicou que a Cooxupé esperava embarcar 6 milhões de sacas em 2025, volume 600 mil sacas inferior ao do ano anterior.

Durante coletiva de imprensa na Femagri, Melo revelou que a cooperativa fechou 2024 com faturamento recorde, próximo de R$ 11 bilhões, impulsionado pela valorização do café. Com esse desempenho, a Cooxupé propôs distribuir R$ 133 milhões aos cooperados, decisão que será votada em assembleia na próxima semana.

 

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Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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