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Agronegócio

CNA entra com Ação Direta de Inconstitucionalidade e STF decidirá futuro do leilão de 300 mil toneladas de arroz

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Reprodução

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (03.06), pedindo a suspensão imediata do primeiro leilão público da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para compra de 300 mil toneladas de arroz importado, marcado para a próxima quinta-feira (06.02).

A entidade diz que a importação viola a Constituição e se revela uma “medida abusiva de intervenção reprovável do Poder Público na atividade econômica”, com restrição à livre concorrência.

A CNA argumenta que a decisão do governo federal de importar arroz, além de gerar instabilidade nos preços e prejudicar os produtores locais, desconsidera os estoques já existentes no país, suficientes para atender à demanda do mercado interno.

A entidade também questiona a constitucionalidade das medidas provisórias, portarias interministeriais e resoluções do Comitê Gestor da Câmara de Comércio Exterior que embasam a importação.

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Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA)

Críticas à gestão – Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), tem criticado duramente o governo e, principalmente a Conab, pela omissão na gestão dos estoques de arroz, que, segundo ele, resultou na necessidade de importar um milhão de toneladas do cereal.

“Essa medida insensata coloca em risco a segurança alimentar do nosso país e o futuro de milhares de produtores brasileiros, que lutam dia após dia para colocar comida na mesa do nosso povo”, frisou Rezende.

“Isso é inaceitável! Não podemos permitir que o governo sacrifique a nossa produção nacional em nome de interesses políticos e comerciais.  Esperamos que o governo federal cancele imediatamente a importação de arroz subsidiado e retome o apoio aos nossos produtores rurais”, disse o presidente do IA.

“O mercado aguarda com expectativa a decisão do STF sobre a ADI da CNA. Essa crise do arroz expõe as falhas na gestão do abastecimento interno e levanta questionamentos sobre a segurança alimentar do país. A decisão do STF e as medidas que serão tomadas pelo governo federal serão cruciais para determinar o futuro do setor e o impacto no bolso do consumidor”, completou Rezende.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Erva-mate avança com apoio das condições climáticas

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Foto: Divulgação

 

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, a cultura da erva-mate apresenta avanços nas regiões produtoras do Estado, com impacto direto nas práticas de manejo e na comercialização.

Na região administrativa de Frederico Westphalen, os ervais têm se beneficiado das chuvas bem distribuídas nos últimos meses. Para garantir a produção de folhas adequada ao período, os produtores utilizam plantas de cobertura, como aveia-preta e nabo forrageiro, além do plantio de mudas de amendoim forrageiro nas entrelinhas. O preço pago na região variou entre R$ 16,00 e R$ 20,00 por arroba, considerando erva-mate folha chimarrão, exportação e tererê entregues à indústria.

Em Lajeado, as temperaturas elevadas e a umidade do solo favoreceram a brotação primaveril. Os produtores estão finalizando o replantio de mudas e realizando adubação, controle de plantas invasoras e colheita. No entanto, muitos reduziram os investimentos devido aos preços baixos e à elevada oferta. No último mês, os valores permaneceram estáveis: erva-mate convencional entre R$ 15,00 e R$ 18,00 por arroba, nativa a R$ 19,00, nativa sombreada a R$ 21,00 e orgânica a R$ 22,00 por arroba.

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Na região de Soledade, a colheita foi mantida mesmo com preços abaixo do esperado, como forma de permitir a recuperação das plantas. A comercialização segue lenta, com valores entre R$ 14,00 e R$ 18,00 por arroba nas ervateiras.

Em Passo Fundo, o Concurso Árvores Gigantes 2025, promovido pela Universidade de Passo Fundo (UPF) com apoio de diversas instituições, premiou a maior árvore do Estado, localizada no município de Caseiros. A vice-campeã pertence ao Polo Ervateiro do Alto Uruguai, em Barão de Cotegipe. O preço da erva-mate comum destinada à indústria foi de R$ 17,50 por arroba, enquanto a cultivar Cambona 4 foi comercializada a R$ 18,00 e a matéria-prima para o sistema barbaquá atingiu R$ 20,00 por arroba.

“O cenário reflete tanto os efeitos climáticos sobre a cultura quanto os ajustes dos produtores frente às oscilações de mercado”, destaca o informativo.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Paraná se destaca na produção nacional de amora

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Foto: Pixabay

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária desta quinta-feira (9), elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a produção de amoras no Brasil é registrada oficialmente no Censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. À época, foram contabilizados 1,3 mil hectares de área cultivada, com produção de 2,8 mil toneladas e Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 10,1 milhões, distribuídos entre 799 estabelecimentos. “O levantamento mostrou concentração significativa em poucos estados, com destaque para o Rio Grande do Sul, responsável por 53,2% dos volumes”, informa o boletim.

Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina completaram 97,1% da colheita nacional.

O município de Campestre da Serra, no Rio Grande do Sul, foi responsável por 21,4% das quantidades extraídas dos pomares em 2017. No Paraná, a produção atingiu 914 toneladas em uma área colhida de 117 hectares em 2024, com VBP de R$ 10,4 milhões. “Nos últimos dez anos, a cultura teve crescimento de 64,9% na área e 264,1% na colheita”, apontam os analistas.

A Região Metropolitana de Curitiba concentrou 38 hectares, 319 toneladas e VBP de R$ 3,6 milhões, representando 34,9% da produção estadual. O município de Prudentópolis, na regional de Guarapuava, respondeu por 28,9% dos volumes estaduais e se destacou como maior produtor individual, com 12 hectares, colheitas de 108 toneladas e VBP de R$ 1,2 milhão. “Esse desempenho reforça a relevância dos polos regionais para a cadeia produtiva da fruta”, destaca o relatório.

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Volumes expressivos também foram obtidos no Núcleo Regional de União da Vitória, com destaque para Paulo Frontin, segundo maior produtor paranaense. A produção de 100 toneladas em 10 hectares gerou VBP de R$ 1,1 milhão, equivalente a 10,8% do total estadual. O Núcleo de Guarapuava participou com 16,5% dos volumes e valores. “Atualmente, a amora está presente em 60 municípios do estado, com três núcleos respondendo por mais de 80% das safras”, aponta o documento.

As estações floradas abundantes indicam uma produção elevada, estimulada pelas condições de frio adequadas à cultura. “Apesar da boa perspectiva, a atenção deve ser redobrada para a possibilidade de atrasos tardios, considerando a instabilidade climática”, alerta oboletim.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Consumo de ovos no Brasil deve chegar a 306 por habitante em 2026

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Foto: Divulgação

O Brasil deve alcançar novo recorde na produção e no consumo de ovos em 2025, segundo projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A estimativa é de 62 bilhões de unidades e média de 288 ovos por habitante, colocando o país pela primeira vez entre os 10 maiores consumidores per capita do mundo.

Produção em alta

A cadeia de postura comercial brasileira vive um momento de expansão. A produção nacional de ovos deve atingir 62 bilhões de unidades em 2025, crescimento de 7,5% em relação a 2024, que registrou 57,683 bilhões de unidades. Segundo a ABPA, trata-se do maior volume já registrado pela avicultura de postura no país.

Esse avanço é sustentado, sobretudo, pelo aumento do consumo interno. A expectativa é que cada brasileiro consuma, em média, 288 ovos no ano de 2025 — um salto de 7,1% frente às 269 unidades per capita de 2024.

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Alimento acessível, nutritivo e cada vez mais presente na mesa

A consolidação do ovo como fonte de proteína acessível, versátil e de alto valor nutricional tem impulsionado sua presença em diferentes perfis de consumo. A ABPA projeta que, em 2026, a produção brasileira de ovos poderá atingir 65 bilhões de unidades, com consumo médio de 306 ovos por habitante. Com isso, o Brasil deve conquistar o 7º lugar entre os maiores consumidores per capita da proteína no mundo, reforçando o papel do ovo na segurança alimentar da população e como alternativa viável frente a outras fontes proteicas mais onerosas.

O Dia Mundial do Ovo, celebrado em 10 de outubro, é reconhecido por dezenas de países e tem como objetivo destacar a importância nutricional e socioeconômica da proteína. No Brasil, a data é promovida pelo Instituto Ovos Brasil, com ações educativas e de valorização da cadeia produtiva.

AGROLINK – Aline Merladete

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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