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Agronegócio

Dia Mundial do Meio Ambiente: Sicredi dobra liberação de recursos para Economia Verde

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Na semana em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Sicredi ressalta os impactos positivos de sua atuação, por meio de uma agenda de ações contra a mudança global do clima. Uma delas é o fomento à Economia Verde, cujo valor dos créditos concedidos dobrou no período de dois anos, ao passar de R$ 25 bilhões em 2021 para R$ 51 bilhões em 2023, em todo o País. O valor representa 24% da carteira total do Sicredi. A perspectiva é que esse volume cresça ano a ano, em consequência da maior conscientização ambiental por parte das pessoas, das empresas e da implantação de políticas públicas.

Economia Verde é uma classificação para produtos e serviços financeiros que possibilitam a melhoria do bem-estar da humanidade e da igualdade social, ao mesmo tempo que em reduzem os riscos ambientais e a escassez ecológica. Seguem a metodologia da taxonomia verde (classificação das atividades econômicas sob a ótica socioambiental e climática) desenvolvida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Tem como principais pilares a baixa emissão de carbono, a eficiência no uso dos recursos e a inclusão social.

As soluções financeiras incluem, por exemplo, o financiamento de atividades como geração de energia solar, sistemas de produção baseados em energias renováveis, gestão de resíduos, agricultura orgânica e tratamento de água. A solução crédito está disponível para a produção agropecuária com características sustentáveis, como a agricultura de baixa emissão de carbono.

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Desde o ano passado, os recursos destinados à Economia Verde passaram a incluir linhas de produtos para Educação e Acessibilidade, além da inserção de duas novas classificações: o crédito para micro, pequenas e médias empresas lideradas por Mulheres Empreendedoras, e o crédito para Mulheres no Agronegócio. Considerando as novas informações, em 2023 o Sicredi registrou alguns destaques na carteira de crédito para Economia Verde, sendo R$ 14,3 bilhões para a Produção Rural Familiar, R$ 8,3 bilhões para a Agricultura Baixo Carbono, R$ 7,8 bilhões para Mulheres Empreendedoras e R$ 5,8 bilhões para Energia Renovável.

Foi justamente pela conscientização ambiental e o desejo de ter uma atividade mais sustentável que o produtor de soja e milho e associado do Sicredi em Santa Carmem (MT) desde 2010, Alan Mateus Faita Welter, 33 anos, passou a usar o sistema de plantio direto no cultivo da soja. Segundo ele, desde que adotaram esse método, há 10 anos, ficou rara a entrada de máquinas de grade, arador e nivelador na área, o que ocorre apenas quando é muito necessário. No plantio direto, após a colheita do milho, a palha é deixada no solo. Ela preserva a terra, conserva a umidade e consequentemente a temperatura. E depois, no cultivo da soja, esta germina com menos vulnerabilidade e se desenvolve melhor, devido ao controle de calor e umidade no solo.

“Sem contar que a palha preserva as condições do solo e quando muito, precisamos fazer a correção com calcário (calagem), adubação e já podemos plantar novamente. Às vezes, terminamos uma cultura e começamos outra sem mexer no solo”, afirma Welter. No desenvolvimento da atividade, o produtor conta que tem no Sicredi uma importante parceria. “Tenho crédito rural, crédito geral, seguro de vida, seguro auto, previdência e investimentos. Praticamente só me relaciono com a cooperativa”, conta ele mencionando também o trabalho social que a cooperativa desenvolve na comunidade.

Já no ambiente urbano, a contribuição com o meio ambiente vem da Cooperativa de Produção de Material Reciclável. Associada do Sicredi desde 2018, a Coopertan buscou a instituição financeira para aquisição de caminhões para a coleta do material, que é feita de porta em porta. O primeiro foi comprado em 2018, um tempo depois veio o segundo e logo em seguida uma cota de consórcio foi contemplada, e ampliou para três o número de caminhões na atividade. A cooperativa também teve apoio financeiro do Sicredi para compra de um veículo utilitário e implantação de energia solar, instalada no telhado do barracão onde é armazenado o material que será separado e vendido.

A cooperativa presta serviço de coleta seletiva à prefeitura e por mês recolhe de 200 a 250 toneladas de material reciclável. O trabalho é feito por 60 catadores, sendo cerca de 40 mulheres, que fazem a triagem, a separação, a prensagem do material que é comercializado posteriormente. “São pessoas que tiram deste trabalho o sustento de suas famílias. O que para muitos é lixo, para nós é renda, e oportunidade de oferecer melhores condições para nossas famílias. Além disso, nosso trabalho contribui diretamente com o meio ambiente, reduzindo a quantidade de resíduos que vai para o aterro sanitário”, afirma Silvana Regina dos Santos, educadora ambiental da Coopertan.

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Semente plantada

Já entre as cooperativas do Sicredi, as iniciativas vão de agências sustentáveis, que seguem o conceito de lixo zero, ao plantio de árvores próximo a rios e córregos. Foi construída utilizando uma estrutura a seco feita com materiais industrializados de alta qualidade que dispensou o consumo de água na execução. A construção, no sistema de steel frame, resultou em 30% mais isolamento térmico e acústico – se comparado a obras de alvenaria -. A geração de energia é por fonte solar e na área externa, o piso é 100% drenante, permitindo a permeabilidade da água da chuva. Além disso, toda água consumida é reaproveitada.

Outra prática da agência é o zero lixo. Todo material produzido em sua operação é descartado de forma correta. Os recicláveis vão para cooperativas e empresas de reciclagem e os resíduos orgânicos são destinados à compostagem. A intenção é que mais agências sigam este modelo, contribuindo para reduzir os impactos da operação no meio ambiente.

Nascentes recuperadas

Já a cooperativa Sicredi desenvolve, desde 2012, o projeto Recuperando Nascentes, que tem o objetivo de aumentar o volume de água nas nascentes dos rios, promover o equilíbrio ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais, por meio do plantio de mudas. O projeto tem adesão dos colaboradores, associados e voluntários. Até maio deste ano foram realizadas 116 ações, com o plantio de mais de 138,4 mil mudas, que mobilizaram a participação de 8,1 mil pessoas.

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Estratégia e Direcionadores

O Sicredi possui uma estratégia de desenvolvimento sustentável, orientada por três direcionadores de sustentabilidade: Relacionamento e Cooperativismo, Desenvolvimento Local e Soluções Responsáveis, que se conectam entre si e refletem na vida dos associados, das comunidades e consequentemente do planeta.

Considerando que o setor financeiro tem um papel fundamental na transição para uma economia de baixo carbono, a instituição financeira cooperativa está atenta às oportunidades para apoiar os associados e a sociedade neste desafio. Para tanto mantém o Programa de Ecoeficiência e Mudanças Climáticas, que visa contextualizar e conectar a temática dentro da Estratégia de Sustentabilidade, comunicando a evolução e identificando oportunidades de melhorias.

Integrante do Pacto Global das Nações Unidas (ONU), o Sicredi realizou a neutralização das emissões calculadas no seu Inventário de Gases de Efeito Estufa de 2022 e projetadas para o ano de 2023. Ao todo, foram neutralizadas 34.565 toneladas de carbono provenientes da operação de todas as sedes administrativas e agências, por meio de apoio a sete projetos de créditos de carbono de diferentes regiões do Brasil. Em 2023, a instituição financeira cooperativa seguiu investindo na utilização de energia elétrica renovável em suas instalações, evitando a emissão de 1.143,6 toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.

Fonte: Da Assessoria

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Goiás se firma como 5º maior produtor de leite

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Foto: Pixabay

 

Goiás alcançou 1,4 milhão de vacas ordenhadas e 2,9 bilhões de litros de leite produzidos em 2024, segundo a edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com base em dados do IBGE. O documento afirma que o estado “se posiciona como o quinto maior produtor de leite do país no período”.

O município de Orizona lidera a produção estadual, com “39,5 mil vacas ordenhadas e 124,5 milhões de litros de leite produzidos”, seguido por Piracanjuba e Bela Vista de Goiás, ambos com volumes superiores a 80 milhões de litros anuais. Rio Verde e Jataí também mantêm participação relevante, superando 70 milhões de litros. Luziânia aparece com o segundo maior número de vacas ordenhadas, “33,7 mil cabeças”, mas ocupa apenas a 12ª posição em produção, alcançando 50,7 milhões de litros, desempenho que indica rendimento médio menor que o observado nos municípios líderes.

O informativo destaca ainda o impacto das condições de mercado sobre o setor. A Embrapa Gado de Leite aponta que a diferença nos preços internacionais tem favorecido o avanço das importações brasileiras. A remuneração ao produtor caiu na Argentina de “US$ 0,42 para US$ 0,36 por litro”, enquanto Uruguai e Brasil registraram médias de “US$ 0,43 e US$ 0,47”, respectivamente. Esse cenário impulsionou as compras externas, que passaram de 19,2 mil toneladas em agosto para 23,3 mil toneladas em setembro, alta de 20%. No período, “66,1% do volume total importado foi proveniente do território argentino”.

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Ainda segundo a Embrapa, o aumento surpreendeu o mercado, que projetava retração das importações no segundo semestre diante da queda dos valores internos e da elevação da produção nacional, que vem criando “uma oferta adicional ainda não acompanhada pelo consumo doméstico”. Em setembro, Goiás exportou 3,5 toneladas de leite condensado para a Argentina e importou 62,4 toneladas de soro de leite.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Goiás lidera produção nacional de melancia

Publicado

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Foto: Nadia Borges

A edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), aponta que a melancia ocupa a quinta posição entre as frutas mais produzidas no Brasil. O levantamento também indica que o país está em quinto lugar no ranking mundial, ao lado de China, Índia, Turquia e Argélia. Segundo o documento, essa relevância decorre “não apenas do volume colhido, mas também da ampla aceitação pelo consumidor e do papel estratégico no abastecimento do mercado interno e externo”.

Em Goiás, a melancia é o quarto fruto mais cultivado e exerce forte impacto socioeconômico ao gerar emprego, renda e fortalecer a fruticultura regional. Em 2024, o estado superou a Bahia e assumiu a liderança nacional na produção, de acordo com dados do IBGE. A série histórica mostra que, nos últimos dez anos, a produção goiana cresceu 9,6%, alcançando 270,5 mil toneladas em 2024. No mesmo período, houve redução de 11,8% na área plantada, acompanhada de aumento de 24,2% na produtividade. O valor da produção avançou 134,9%, totalizando R$ 273,3 milhões. O relatório afirma que Goiás alcançou “patamar recorde para a cultura no estado em produtividade e valor da produção”.

Entre os municípios, Uruana se mantém como o maior produtor de melancia do país, responsável por 32,6% do volume estadual. Jussara retomou o cultivo em 2024 e atingiu a segunda posição no ranking, enquanto Santa Fé de Goiás apresentou o maior avanço em comparação com 2023, duplicando sua produção, segundo o IBGE.

O informativo destaca ainda avanços no melhoramento genético, impulsionados pela crescente demanda por melancias sem sementes. As pesquisas buscam desenvolver cultivares híbridas com maior doçura, textura firme e maior shelf-life. O documento aponta que “esse investimento gera um produto de maior valor agregado”, ampliando a rentabilidade e permitindo o acesso a mercados mais exigentes.

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As cotações no estado registraram oscilações no segundo semestre. Na segunda quinzena de setembro, o aumento da oferta em Uruana pressionou os preços, que recuaram após breve alta no início do mês. O Hortifrúti/Cepea indica que a retração está ligada à menor demanda e às temperaturas mais amenas nas regiões Sul e Sudeste. Em outubro, a desaceleração da colheita na região provocou reação nos preços. No atacado de São Paulo, no entanto, as vendas perderam força devido ao clima frio. A expectativa é de novo recuo da demanda ao fim do mês.

No mercado internacional, as exportações brasileiras de melancia se concentram entre janeiro e setembro. Em 2024, o país registrou recorde em volume exportado e o segundo melhor resultado da série histórica em faturamento. Para Goiás, o período representou o melhor desempenho em seis anos, com valor exportado de US$ 270,1 mil. Apesar disso, apenas 1,4% da produção estadual foi destinada ao mercado externo em 2024, o equivalente a 3,8 mil toneladas. O relatório avalia que existe “um cenário de oportunidades” para ampliar a presença goiana no comércio internacional.

Os principais destinos da fruta produzida no estado são Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 2023, os Emirados Árabes Unidos passaram a integrar a lista de compradores. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o país árabe é o que apresenta melhor remuneração por tonelada exportada.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Colheita é retomada, mas ainda em ritmo lento

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Foto: Canva

Mesmo diante das chuvas na semana passada em muitas regiões produtoras, a colheita de raiz de mandioca foi retomada. O ritmo das atividades de campo, no entanto, ficou abaixo das expectativas dos agentes do mercado. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos produtores ainda mostram pouco interesse em avançar com os trabalhos, alegando ser reduzida a atratividade da comercialização da raiz.

De acordo com esses mandiocultores, a produtividade e o teor de amido estão baixos. Diante disso, os valores de negociação da raiz de mandioca se sustentaram na semana passada. Levantamento do Cepea mostra que, de 10 a 14 de novembro, o valor médio da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 565,81, com queda de 1,1% frente ao do período anterior. A média da parcial de novembro segue 0,6% acima da de outubro.

CEPEA/ESALQ

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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