Agronegócio
Drenagem do aeroporto Salgado Filho feita por arrozeiros é concluída

Foto: Emerson Foguinho/Divulgação
A operação realizada de forma voluntária pelos arrozeiros e empresas parceiras para a drenagem das águas das enchentes no Aeroporto Internacional Salgado Filho de Porto Alegre se encerrou nesta terça-feira, dia 4 de junho. As bombas cedidas para o trabalho entraram em operação em 25 de maio por meio do projeto Drenar RS que contou com a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e empresas como WR, InfoSafras, Gebras, Agropecuária Canoa Mirim, Expoente, Numerik, CCM, Garanto, Grupo Cavalhada, Instituto Caldeira e Idealiza, juntamente com outros voluntários. Empresas como Agrimec, SLC John Deere, Sotrima Massey Fergusson, Grupo Ceolin, Tomasetto Engenharia, Grupo Quero Quero e Coragon Agropecuária também se integraram à ação.
O diretor executivo e jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, ressaltou a disponibilidade e o engajamento dos arrozeiros e parceiros no trabalho. “Assim como boa parte da sociedade civil, a Federação conseguiu, juntamente com arrozeiros e outros parceiros, dar uma resposta à altura do que se espera do setor agropecuário do nosso Estado”, observou. Belloli destacou, ainda, que os arrozeiros estiveram ao lado da sociedade gaúcha desde os primeiros momentos, no sentido de “tirar as pessoas de regiões alagadas, acomodá-las em outros locais com segurança, conseguir doações e alimentar muitas dessas pessoas prejudicadas”, ressaltou.
Belloli referiu também que a iniciativa do projeto Drenar RS, que trabalhou na drenagem de águas em Pelotas, foi fundamental na ação feita no aeroporto da capital e Região Metropolitana. “Trouxemos aqui para Porto Alegre e estendemos até Novo Hamburgo este projeto de modo a mitigar todo o dano, o sofrimento das pessoas neste momento de extrema tristeza para o nosso Estado”, enfatizou.
O produtor Daniel Jaeger Gonçalves, que coordenou a ação no Salgado Filho, lembrou que o trabalho de drenagem das águas do aeroporto começou há 11 dias e destacou a importância da ajuda dos produtores da região de Pelotas (RS) que planejaram toda a operação, juntamente com o Departamento Municipal de Águas e Esgotos, o Dmae, e a Fraport, a concessionária do aeroporto. “Viemos para cá e juntamente com vários voluntários arrozeiros e do agronegócio em geral, empresários, uma construtora, Forças Armadas começamos essa operação de guerra, onde pegamos sol, chuva, frio”, comentou.
Gonçalves destacou que além das bombas foi necessário comprar encanamentos e madeiras, entre outros materiais. “Cada dia era um desafio, as bombas desligavam, tínhamos que colocar em funcionamento novamente. Mas a grande questão é que todo mundo pegava junto e aí conseguimos na sequência ver os primeiros resultados com dois ou três dias de bombeamento, o que motivou a todos”, recordou. O produtor não tem uma estimativa ainda do volume de água drenado, mas observou que foi tirada água não só do aeroporto mas também de bairros do entorno. “O sentimento é de dever cumprido ao ver a pista seca e já visualizar os primeiros trabalhos no sentido de reconstrução do local”, pontuou.
O produtor Lauro Soares Ribeiro, um dos responsáveis que trouxe a iniciativa para a Região Metropolitana após ação em Pelotas, lembrou que tudo começou com uma vontade de ajudar. “Após termos êxito no trabalho em Pelotas, viemos para Porto Alegre onde fizemos reuniões com o Dmae e a Fraport e entendemos que poderíamos ajudar, o que foi feito com a organização da Federarroz”, informou.
O produtor André Velho, de Mostardas (RS), primeiro a trazer suas bombas para o bairro Anchieta, afirmou que os produtores rurais de arroz e soja da Metade Sul do estado têm bastante experiência com drenagem e por isso tomaram a iniciativa de procurar os órgãos oficiais para oferecer a sua expertise. “Enviamos bombas flutuantes para o Dmae que foram instaladas na estação de bombeamento 6 no bairro Anchieta e depois surgiu o projeto do aeroporto”, salientou, colocando ser gratificante para os produtores a ajuda para acelerar essas drenagens. “Esse é o espírito de cooperação que temos entre o nosso grupo de produtores da Metade Sul. O campo e a cidade dependem um do outro e precisam andar juntos,” finalizou.
O produtor Cláudio Evangelista Tavares, de Tapes (RS), disse que se agregou ao projeto porque conhece irrigação, e quando ficou sabendo que a entidade estava apoiando a proposta, se colocou à disposição. “Trabalhamos 11 dias ininterruptamente e graças a Deus pudemos dar como encerrado esse ciclo no aeroporto, na parte que nos cabia”, ressaltou.
Partindo do modelo topográfico de elevação foi possível calcular o volume de água, não só do aeroporto mas dos bairros do entorno. O tempo calculado foi de cinco a seis dias de drenagem, que atrasou um pouco devido às chuvas no período. Foram drenados cerca de quatro milhões de metros cúbicos de água em 300 hectares de área. No total foram 14 bombas cedidas por produtores de Camaquã, Mostardas e Uruguaiana e da empresa Agrimec, de Santa Maria.
Texto: Nestor Tipa Júnior, Rejane Costa, Ieda Risco e Artur Chagas/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Goiás se firma como 5º maior produtor de leite

Foto: Pixabay
Goiás alcançou 1,4 milhão de vacas ordenhadas e 2,9 bilhões de litros de leite produzidos em 2024, segundo a edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com base em dados do IBGE. O documento afirma que o estado “se posiciona como o quinto maior produtor de leite do país no período”.
O município de Orizona lidera a produção estadual, com “39,5 mil vacas ordenhadas e 124,5 milhões de litros de leite produzidos”, seguido por Piracanjuba e Bela Vista de Goiás, ambos com volumes superiores a 80 milhões de litros anuais. Rio Verde e Jataí também mantêm participação relevante, superando 70 milhões de litros. Luziânia aparece com o segundo maior número de vacas ordenhadas, “33,7 mil cabeças”, mas ocupa apenas a 12ª posição em produção, alcançando 50,7 milhões de litros, desempenho que indica rendimento médio menor que o observado nos municípios líderes.
O informativo destaca ainda o impacto das condições de mercado sobre o setor. A Embrapa Gado de Leite aponta que a diferença nos preços internacionais tem favorecido o avanço das importações brasileiras. A remuneração ao produtor caiu na Argentina de “US$ 0,42 para US$ 0,36 por litro”, enquanto Uruguai e Brasil registraram médias de “US$ 0,43 e US$ 0,47”, respectivamente. Esse cenário impulsionou as compras externas, que passaram de 19,2 mil toneladas em agosto para 23,3 mil toneladas em setembro, alta de 20%. No período, “66,1% do volume total importado foi proveniente do território argentino”.
Ainda segundo a Embrapa, o aumento surpreendeu o mercado, que projetava retração das importações no segundo semestre diante da queda dos valores internos e da elevação da produção nacional, que vem criando “uma oferta adicional ainda não acompanhada pelo consumo doméstico”. Em setembro, Goiás exportou 3,5 toneladas de leite condensado para a Argentina e importou 62,4 toneladas de soro de leite.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Goiás lidera produção nacional de melancia

Foto: Nadia Borges
A edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), aponta que a melancia ocupa a quinta posição entre as frutas mais produzidas no Brasil. O levantamento também indica que o país está em quinto lugar no ranking mundial, ao lado de China, Índia, Turquia e Argélia. Segundo o documento, essa relevância decorre “não apenas do volume colhido, mas também da ampla aceitação pelo consumidor e do papel estratégico no abastecimento do mercado interno e externo”.
Em Goiás, a melancia é o quarto fruto mais cultivado e exerce forte impacto socioeconômico ao gerar emprego, renda e fortalecer a fruticultura regional. Em 2024, o estado superou a Bahia e assumiu a liderança nacional na produção, de acordo com dados do IBGE. A série histórica mostra que, nos últimos dez anos, a produção goiana cresceu 9,6%, alcançando 270,5 mil toneladas em 2024. No mesmo período, houve redução de 11,8% na área plantada, acompanhada de aumento de 24,2% na produtividade. O valor da produção avançou 134,9%, totalizando R$ 273,3 milhões. O relatório afirma que Goiás alcançou “patamar recorde para a cultura no estado em produtividade e valor da produção”.
Entre os municípios, Uruana se mantém como o maior produtor de melancia do país, responsável por 32,6% do volume estadual. Jussara retomou o cultivo em 2024 e atingiu a segunda posição no ranking, enquanto Santa Fé de Goiás apresentou o maior avanço em comparação com 2023, duplicando sua produção, segundo o IBGE.
O informativo destaca ainda avanços no melhoramento genético, impulsionados pela crescente demanda por melancias sem sementes. As pesquisas buscam desenvolver cultivares híbridas com maior doçura, textura firme e maior shelf-life. O documento aponta que “esse investimento gera um produto de maior valor agregado”, ampliando a rentabilidade e permitindo o acesso a mercados mais exigentes.
As cotações no estado registraram oscilações no segundo semestre. Na segunda quinzena de setembro, o aumento da oferta em Uruana pressionou os preços, que recuaram após breve alta no início do mês. O Hortifrúti/Cepea indica que a retração está ligada à menor demanda e às temperaturas mais amenas nas regiões Sul e Sudeste. Em outubro, a desaceleração da colheita na região provocou reação nos preços. No atacado de São Paulo, no entanto, as vendas perderam força devido ao clima frio. A expectativa é de novo recuo da demanda ao fim do mês.
No mercado internacional, as exportações brasileiras de melancia se concentram entre janeiro e setembro. Em 2024, o país registrou recorde em volume exportado e o segundo melhor resultado da série histórica em faturamento. Para Goiás, o período representou o melhor desempenho em seis anos, com valor exportado de US$ 270,1 mil. Apesar disso, apenas 1,4% da produção estadual foi destinada ao mercado externo em 2024, o equivalente a 3,8 mil toneladas. O relatório avalia que existe “um cenário de oportunidades” para ampliar a presença goiana no comércio internacional.
Os principais destinos da fruta produzida no estado são Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 2023, os Emirados Árabes Unidos passaram a integrar a lista de compradores. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o país árabe é o que apresenta melhor remuneração por tonelada exportada.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Colheita é retomada, mas ainda em ritmo lento

Foto: Canva
Mesmo diante das chuvas na semana passada em muitas regiões produtoras, a colheita de raiz de mandioca foi retomada. O ritmo das atividades de campo, no entanto, ficou abaixo das expectativas dos agentes do mercado. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos produtores ainda mostram pouco interesse em avançar com os trabalhos, alegando ser reduzida a atratividade da comercialização da raiz.
De acordo com esses mandiocultores, a produtividade e o teor de amido estão baixos. Diante disso, os valores de negociação da raiz de mandioca se sustentaram na semana passada. Levantamento do Cepea mostra que, de 10 a 14 de novembro, o valor médio da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 565,81, com queda de 1,1% frente ao do período anterior. A média da parcial de novembro segue 0,6% acima da de outubro.
CEPEA/ESALQ
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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