Meio Ambiente
Parceria levará soluções de iluminação com energia renovável aos povos do Xingu

Aldeia no Parque Indígena do Xingu – Foto: Pedro Biondi/Agência Brasil
A parceria entre Audi do Brasil, Litro de Luz e Audi Environmental Foundation teve início no ano de 2022, quando cerca de 200 comunidades ribeirinhas da Amazônia receberam 30 postes solares e mais de 150 lampiões, beneficiando os moradores de Nova Canaã, Nova Jerusalém e Lindo Amanhecer. No total, a ação beneficiou mais de 600 moradores locais.
Na edição de 2024, a iniciativa será realizada ao longo de sete dias (29 de maio até 05 de junho) e beneficiará um total de 18 comunidades indígenas, 140 famílias e 622 moradores locais com o fornecimento de mais de 200 soluções compactas de iluminação e energia, entre lanternas e postes solares. O local escolhido foi a região da Reserva Indígena do baixo Xingu, Mato Grosso.
As comunidades indígenas que recebem a ação são Castanhal, Três Patos, Mainumy, Bom Jesus, Maraká, Iguaçu, Camaçari, Aiporé, Sítio Amazonas, Paranaitá, 3 Famílias, Sítio Vitória, Kayasu, Jawary, Jyenap, Progresso (Novo Progresso), Maitá, Nova Geração e Sobradinho – onde será montada a infraestrutura dos voluntários do projeto.
“Nós temos um objetivo bastante claro neste projeto em parceria com a Litro de Luz e a Audi Environmental Foundation: melhorar a qualidade de vida e a segurança de comunidades vulneráveis que enfrentam dificuldades diárias para executar tarefas básicas como estudar, trabalhar e se locomover devido à falta de iluminação permanente”, destaca Daniel Rojas, CEO & Presidente da Audi do Brasil.
“Foi imensamente gratificante presenciar o impacto positivo que trouxemos nas ações na Amazônia e no litoral Sul de São Paulo. Seguimos muito empolgados em realizar mais uma edição deste projeto, agora junto às comunidades indígenas do Xingu”, conclui Antônio Calcagnotto, responsável por Assuntos Institucionais e Sustentabilidade na Audi do Brasil.
“Estamos muito felizes em celebrar o terceiro ano de parceria com a Audi do Brasil e a Audi Environmental Foundation. O que mais nos entusiasma é que, graças aos projetos da Audi, conseguimos alcançar os locais mais remotos, onde nossas soluções solares são mais necessárias. Este ano, nossa iniciativa abrangerá 20 aldeias indígenas do povo Kayabi no Território Indígena do Xingu. Este projeto não apenas levará luz, mas também valorizará os povos indígenas, os verdadeiros guardiões da floresta, com uma solução que respeita a natureza e uma abordagem que honra a sabedoria local” destaca Rodrigo Eidy, Presidente do Litro de Luz Brasil.
A definição do projeto deste ano teve início em junho de 2023, quando 18 comunidades indígenas da região do Xingu (localizadas no sul do Amazônia Brasileira) foram visitadas durante quatro dias por representantes do Litro de Luz ao longo dos rios Arraias e Manissauá-Miçu e posteriormente avaliadas em conjunto pelas equipes da Audi do Brasil, a ONG Litro de Luz e a Audi Environmental Foundation.
As áreas foram escolhidas conforme a base de dados da Litro de Luz, que mapeou as comunidades na região sem ou com acesso limitado à rede elétrica regular. Por meio dessa análise e da interação com as lideranças locais, foram selecionadas as comunidades situadas dentro do Território Indígena do Xingu. A região foi escolhida por serem comunidades isolada onde o impacto da ação é maior, mais eficiente e, principalmente, por conta do reduzido ou nenhum acesso à infraestrutura elétrica.
Além disso, a iniciativa visa apoiar e valorizar a cultura tradicional indígena de Xingu, que ocupa uma área de preservação ambiental fundamental no Brasil, contribuindo para a conservação da biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas e sendo uma referência para a cultura e tradição dos povos indígenas que a habitam.
De acordo com relatório do Banco Mundial em 2018, cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo não tem acesso à eletricidade. No Brasil, cerca de 2 milhões de brasileiros não têm acesso à eletricidade, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia de 2019.
Audi e Litro de Luz
A parceria entre Audi do Brasil, Litro de Luz e Audi Environmental Foundation teve início no ano de 2022, quando cerca de 200 comunidades ribeirinhas da Amazônia receberam 30 postes solares e mais de 150 lampiões, beneficiando os moradores de Nova Canaã, Nova Jerusalém e Lindo Amanhecer. No total, a ação beneficiou mais de 600 moradores locais.
Em 2023, a ação foi realizada em comunidades indígenas e caiçaras locais do litoral sul de São Paulo. Cerca de 40 voluntários da Audi do Brasil e da ONG Litro de Luz realizaram a instalação e montagem, junto com os comunitários, de 140 equipamentos de iluminação, entre lampiões e postes de energia solar utilizando baterias de lítio, para comunidades sem acesso à luz elétrica permanente situadas nas cidades de Cananeia e Ilha do Cardoso. No total, estima-se que 147 famílias de 12 comunidades distintas foram beneficiadas.
“A Audi Environmental Foundation e a Audi do Brasil com o Projeto Litro de Luz tem o objetivo de continuar a levar energia limpa e segura para iluminar comunidades que não têm acesso a energia. Nosso projeto em 2023 com a ONG Litro de Luz trouxe insights valiosos: Engajar com diversas culturas, incluindo as comunidades indígenas e caiçaras e aumentar a importância do respeito mútuo nas atitudes entre todos nós. Isto é um aprendizado que eu acredito que todos os voluntários tiveram nesta experiência”, destaca Rüdiger Recknagel, Diretor-Geral da Audi Environmental Foundation.
Litro de Luz: Uma década de atuação
A ONG Litro de Luz está celebrando dez anos em 2024. Com atuação em mais de 15 países, a organização internacional possui cerca de 200 voluntários distribuídos nas cinco regiões do Brasil com o objetivo de fornecer iluminação às pessoas sem acesso à eletricidade por meio de soluções sustentáveis de energia solar.
A Litro de Luz trabalha com uma metodologia própria de desenvolvimento social que permite mobilizar voluntários, mapear comunidades, entender as necessidades e treinar residentes para instalar, replicar e manter as suas tecnologias. Neste processo, os líderes são identificados em suas comunidades, treinados como embaixadores e passam a representar localmente a ONG.
Esse processo garante o engajamento dos residentes para que as ações tenham um impacto duradouro na vida das comunidades. Em sua trajetória, a organização já impactou diretamente cerca de 30 mil pessoas em áreas rurais, urbanas, indígenas, ribeirinhas e quilombolas em todo o país.
Tecnologias sustentáveis de iluminação do Litro de Luz
A Litro de Luz desenvolve três tecnologias próprias de soluções sustentáveis de iluminação: lampiões solar, postes solar e iluminação interna.
O lampião solar possui uma estrutura de PVC, com garrafa PET, uma bateria, lâmpadas de LED e um tamanho adequado que possibilita mobilidade durante as atividades noturnas, dentro e fora da casa dos comunitários e um painel solar para carregamento da bateria.
O poste solar é montado com bateria de lítio, de alta performance e baixa manutenção, e posicionado em locais públicos estratégicos com grande movimentação de pessoas nas comunidades. Ambos utilizam placas solares para carregamento e, no caso dos postes, permanecem acesas por toda a noite, com o carregamento automático diurno.
Já a solução de iluminação interna é composta por uma lâmpada de LED, painel solar, bateria e controle. A metodologia usada pela ONG Litro de Luz faz com que o processo de montagem seja realizado através do engajamento com as comunidades, pelos próprios moradores, desta forma, eles criam um laço e cuidam das soluções para que durem o máximo de tempo possível.
Embaixadores locais são formados nas comunidades para que o contato com a ONG seja permanente e as soluções tenham a atenção necessária no uso. Além da manutenção, as baterias, ao perderem capacidade e possibilidade de uso, são devolvidas para reciclagem e o Litro de Luz atua com a imediata substituição.
Audi Environmental Foundation
A Audi Environmental Foundation GmbH foi criada em 2009 pela AUDI AG como uma subsidiária 100% da companhia e faz parte do compromisso social e ambiental da empresa. A Fundação se concentra na promoção e desenvolvimento de tecnologias ambientalmente compatíveis, medidas de educação ambiental e proteção das necessidades naturais de vida dos seres humanos, animais e plantas. O seu objetivo é contribuir para a proteção ambiental e criar e promover formas de comportamento sustentável.
Audi do Brasil
A Audi celebra 30 anos no Brasil em 2024, uma trajetória repleta de desafios, superações e conquistas. A primeira aparição no país ocorreu em 1992, no Salão do Automóvel de São Paulo, com o sedã Audi 100. Uma das pioneiras a incentivar a eletromobilidade, estando presente com a sua sede administrativa em São Paulo (SP), terminal logístico em Vinhedo (SP) e a fábrica de veículos em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), onde são produzidos os modelos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback.
Maria Fernanda Garcia/observatorio3setor.org.br
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Do solo à semente: como o capim-pé-de-galinha dribla o controle convencional

Foto: Divulgação
O capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) tornou-se uma das principais preocupações de produtores brasileiros nas últimas safras, especialmente em áreas de soja, milho e algodão. De fácil dispersão e altamente competitivo, esse capim anual pode reduzir em até 50% a produtividade da soja. Com ciclo entre 120 e 180 dias, a planta pode produzir até 120 mil sementes por unidade, o que favorece sua multiplicação rápida no campo.
Além da agressividade natural, o maior desafio atual no controle da espécie é a resistência a herbicidas. Pesquisas recentes indicam que já há registros de biótipos resistentes a glifosato e a inibidores da ACCase, além de resistência múltipla a diferentes grupos químicos, o que limita as opções de controle químico. Segundo especialistas, o uso contínuo do mesmo princípio ativo, aliado à ausência de práticas preventivas, contribui diretamente para essa seleção de plantas resistentes.
A solução mais eficaz, segundo agrônomos e pesquisadores, está no manejo integrado de plantas daninhas (MIPD). Essa abordagem combina ações culturais, mecânicas e químicas ao longo do ciclo produtivo, com foco especial na entressafra — período estratégico para conter a infestação antes que ela atinja o ápice.
Entre as práticas culturais recomendadas, estão a rotação de culturas e a diversificação dos mecanismos de ação dos herbicidas aplicados. A cobertura do solo com palha ou plantas de cobertura, como milheto, crotalária e sorgo, é apontada como uma aliada importante, pois reduz a luminosidade e a temperatura do solo, dificultando a emergência das sementes do capim-pé-de-galinha. Medidas de prevenção, como a limpeza de equipamentos agrícolas, o uso de sementes certificadas e a criação de barreiras livres de plantas daninhas ao redor das lavouras, também devem ser incorporadas à rotina dos produtores.
O controle mecânico, por sua vez, inclui roçagem e capina direcionada. A roçagem feita antes do perfilhamento — especialmente até os 38 dias após a emergência da planta — tem mostrado bons resultados ao enfraquecer a rebrota e reduzir o banco de sementes no solo. Já a capina manual ainda é utilizada em situações de controle pontual, especialmente em áreas pequenas ou de difícil acesso para herbicidas.
No controle químico, a recomendação atual é iniciar com aplicações em pré-emergência, utilizando herbicidas como s-metolachlor, trifluralin, isoxaflutole e indaziflam, que atuam antes do surgimento das plântulas. Para o pós-emergente, o uso de glufosinate e a associação com graminicidas seletivos pode ser eficaz — desde que a planta ainda esteja em estágios iniciais de desenvolvimento.
Em sistemas como o da soja tolerante à tecnologia Enlist®, a combinação de glifosato, glufosinate e 2,4-D sal colina tem permitido maior controle, inclusive de biótipos já resistentes. Outra inovação destacada por técnicos do setor é o herbicida EDDUS® (fomesafen + s-metolachlor), aprovado para uso em pré-emergência na soja, com bom desempenho contra o capim-pé-de-galinha, inclusive em áreas com histórico de resistência.
Nos sistemas de rotação soja-milho, a adoção de herbicidas residuais, como atrazina, terbutilazina e mesotrione, no plantio do milho, também tem sido eficaz no controle da espécie invasora. A escolha de cultivares tolerantes a herbicidas específicos, como o milho LL (Liberty Link), amplia as possibilidades de manejo com glufosinate sem comprometer o desenvolvimento da cultura principal.
A mensagem dos especialistas é clara: o controle do capim-pé-de-galinha não pode mais depender de uma única tática. A antecipação das ações na entressafra, a rotação de herbicidas, o uso de tecnologias adaptadas e o cuidado com a limpeza da área são elementos-chave para manter o capim sob controle. Ignorar esse manejo integrado pode resultar em aumento de custos, perdas de produtividade e expansão da resistência, comprometendo a rentabilidade da propriedade.
Com práticas bem planejadas e acompanhamento técnico constante, é possível manter o capim-pé-de-galinha sob controle e proteger o potencial produtivo das lavouras brasileiras.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Primeira massa de ar frio da primavera tem data para chegar

Foto: Imagem Ilustrativa
A primeira massa de ar frio da chamada primavera climática ou meteorológica, que tem começo e fim distintos da primavera astronômica e compreende o trimestre de setembro a novembro, já tem data chegar. Vai ingressar no Sul do Brasil no final desta semana com queda acentuada da temperatura e alívio do calor em parte do Centro-Oeste e do Sudeste.
A massa de ar frio vai começar a ingressar no Rio Grande do Sul a partir do Oeste e do Sul ainda na quinta-feira, tomará conta do território gaúcho na sexta-feira e ainda na sexta alcança Santa Catarina e o Paraná.
Calor? Chuva? A previsão para setembro para todo o país
No final da quinta, a temperatura já estará baixa em cidades do Oeste, Centro e o Sul com marcas à noite abaixo de 10ºC em diversas localidades e sensação térmica menor por efeito do vento acompanhando o ingresso do ar mais frio.
A sexta-feira será o dia em que a atmosfera vai estar mais resfriada sobre o território gaúcho com temperatura baixa em todas as regiões. Com muitas nuvens, chuva e garoa, a tarde da sexta será muito fria na Serra e Aparados com marcas entre 5ºC e 8ºC na maioria das cidades.
Nas demais regiões, com sol e nuvens, máximas de apenas 12ºC a 15ºC na maioria dos municípios. Esta incursão de ar frio terá maior impacto no Sul gaúcho que nas áreas de maior altitude da Metade Norte, seja pela maior força do ar frio no Sul do estado, seja pela presença de nuvens no Norte e no Nordeste do estado que impedirá mínimas mais baixas.
Por isso, as menores temperaturas neste episódio devem se dar no Rio Grande do Sul na Campanha, fronteira com o Uruguai, Serra do Sudeste e no Sul. Nestas regiões, as madrugadas mais frias serão as de sexta, sábado e o domingo com as menores marcas no sábado. São esperadas as primeiras temperaturas mínimas negativas de setembro e da primavera climática com tendência de a temperatura cair abaixo de zero na região de Pinheiro Machado e Pedras Altas no final da semana.
Em Porto Alegre, onde a quinta será muito chuvosa pela frente fria, começa a esfriar na segunda metade do dia com sensação de frio à noite. Na sexta, mesmo com sol e nuvens e períodos de nublado, as máximas ficam ao redor de apenas 15ºC, quando a máxima média histórica de setembro é de 22,8ºC. A mínima, à noite, em torno de 10ºC a 11ºC.
O sábado começa com 8ºC a 9ºC, mas a tarde já será agradável. Esta massa de ar frio não vai chegar forte ao Centro-Oeste, trazendo um bastante breve alívio do calor entre sexta e sábado em parte do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul para depois esquentar novamente e rápido. No Sudeste, a influência será em áreas perto da costa, como no Leste de São Paulo, o que inclui o litoral e a capital.
Mais para o interior, a maioria das cidades seguira quente. Na capital paulista, máximas muito agradáveis no fim de semana de 17ºC a 20ºC. Não se afasta precipitação leve no sábado. Na cidade do Rio de Janeiro, aumento de nuvens com chuva, vento e queda de temperatura no fim de semana.
AR FRIO VOLTARÁ A TRAZER GEADA
Com a chegada desta nova incursão de ar frio, a tendência é de geada que não será nem tão forte nem tão generalizada. Aliás, as áreas que devem ter geada devem se limitar mais ao Rio Grande do Sul por presença de nuvens entre o Norte gaúcho e o Paraná.
Na sexta a geada deve se concentrar mais a Oeste e na Campanha, uma vez que haverá muitas nuvens ainda na Metade Norte. No sábado, a geada afeta um maior número de cidade, mas ainda mais no Oeste, Centro e o Sul do estado. No domingo, por sua vez, com o enfraquecimento do ar frio, deve gear em muito menos locais e mais próximos da fronteira com o Uruguai.
EPISÓDIO CURTO DE FRIO
Este episódio de frio será de muito curta duração, antecipa a MetSul Meteorologia. Por ser uma massa de ar frio sem um ciclone próximo do Sul do Brasil, que levasse o ar gelado em altitude com maior intensidade mais ao Norte e proporcionasse que a atmosfera ficasse seca por dias, o resfriamento vai ser bastante temporário e logo voltará a aquecer no Sudeste e no Centro-Oeste.
Mais ao Sul, no Rio Grande do Sul, o efeito do ar frio também será temporário, embora um pouco mais longo que no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil.
Ocorre que, ao contrário destas regiões onde logo volta a aquecer, no estado gaúcho o que vai acontecer é o retorno da chuva entre domingo e segunda com muita chuva prevista para a segunda-feira.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Florestar 2025 destaca potencial e desafios do reflorestamento em Mato Grosso

Foto: assessoria
O setor florestal mato-grossense esteve em evidência no Florestar 2025, congresso promovido pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), realizado nesta quinta-feira (28) na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (480 km de Cuiabá). O encontro reuniu mais de 250 participantes entre produtores, pesquisadores, empresários e autoridades, reforçando o papel estratégico do reflorestamento para diversificação econômica e sustentabilidade do agro no Estado.
Na abertura, o presidente da Arefloresta, Clair Bariviera, resgatou a trajetória do setor no Norte de Mato Grosso, marcada por desafios enfrentados pelos primeiros produtores. “Muitos pioneiros tiveram decepções e precisam ser resgatados. Hoje temos um mercado com preços atrativos e boas expectativas de demanda”, afirmou.
Segundo ele, o setor só avançará com a superação de gargalos como acesso ao crédito, investimento em genética e maior integração entre produtores. “Mais que ouvir, é hora de participar e compartilhar novas ideias”, reforçou.
O vice-presidente da entidade, Glauber Silveira, ressaltou o potencial de expansão das áreas disponíveis para florestas plantadas no estado, mas chamou atenção para os altos custos de implantação. “Para plantar 100 hectares, o investimento gira em torno de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 800 mil no primeiro ano. Além disso, o produtor precisa considerar que a colheita só ocorre após seis anos”, explicou.
Já o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, destacou que o setor florestal vem se consolidando como alternativa de investimento e suprimento para diferentes cadeias industriais. “É um segmento que cresce, mas que ainda tem muito a se desenvolver. A biomassa e a madeira processada serão cada vez mais demandadas por indústrias de diferentes portes, e o reflorestamento precisa estar preparado para atender esse movimento”, avaliou.
O empresário e produtor de floresta plantada Haroldo Klein, que também é sócio da KLM Florestais, acrescentou que o gargalo está na expansão dos projetos de reflorestamento. “Hoje, parte significativa da demanda industrial é atendida com biomassa da floresta nativa. A floresta plantada é fundamental não só para a indústria madeireira, mas também para processos térmicos em setores diversos, como lavanderias, pizzarias e fábricas. Precisamos ampliar a área plantada para garantir a sustentabilidade da cadeia”, afirmou.
Representando o governo, a secretária-adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Sedec, Linacis Lisboa, apresentou iniciativas para aumentar a produtividade do eucalipto em Mato Grosso. Entre elas, está um estudo desenvolvido em parceria com a Embrapa e a Arefloresta para validação de clones adaptados a diferentes condições climáticas do Estado. “Esse trabalho será decisivo para elevar a competitividade do setor, trazendo ganhos de produtividade e eficiência”, ressaltou.
O Florestar 2025 teve patrocínio do Governo de Mato Grosso, Sedec, Senar-MT, Inpasa, Casa do Adubo, CM Florestal, ICL Florestas, Flora Sinop, Ralyza e Ziane Florestal.
Da assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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