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Agronegócio

Mato Grosso bate recorde histórico com abate de 627 mil cabeças de gado em maio

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Carne bovina – Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura

Mato Grosso abateu 627 mil cabeças de gado em maio deste ano e atingiu uma marca histórica com o maior volume mensal de animais levados aos frigoríficos, conforme dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). A movimentação de gado das pastagens para os frigoríficos em maio confirma a robustez da cadeia produtiva de carne bovina em Mato Grosso.

O recorde de abate em Mato Grosso destaca a importância do Estado no cenário nacional da pecuária, reafirmando sua posição de liderança na produção de carne bovina no Brasil, com 34,1 milhões de cabeças, o maior rebanho do país.

“A manutenção e gestão sustentável dessa atividade serão cruciais para garantir a continuidade do crescimento e a estabilidade do setor agropecuário mato-grossense”, destacou o coordenador das Cadeias Produtivas de Mato Grosso da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Juan Barrientos.

Um aspecto observado nos últimos meses foi a quantidade de fêmeas abatidas. Os pecuaristas mato-grossenses mostraram um comportamento mais conservador na hora de enviar fêmeas para o abate. Pela primeira vez desde 2018, o volume de fêmeas abatidas em maio foi inferior ao registrado em abril, apresentando uma redução de 6,03%.

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A participação das fêmeas no total de abates também reduziu, caindo para 51,49%, em comparação com os mais de 55% observados nos três meses anteriores. Embora o número total de abates continue elevado, esses dados indicam uma possível tendência de redução na intensidade dos abates de fêmeas.

“A decisão de abater ou manter as fêmeas influencia diretamente a produção de carne bovina. Com mais fêmeas no pasto, isso pode levar a um aumento na oferta de carne no futuro, com o nascimento de bezerros e novilhas. Por outro lado, com mais fêmeas abatidas, a oferta de carne aumenta, contudo, a tendência da produção de carne para o futuro pode ser de queda, podendo causar uma valorização da arroba paga ao produtor de carne bovina”, apontou Juan Barrientos.

AgoraMT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Safra brasileira de girassol avança e revela curiosidades sobre a planta

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Foto: Freepik

 

O girassol, além de encantar pelo visual marcante, vem ganhando cada vez mais relevância no campo e na economia global. De acordo com o 11º levantamento da Conab (2024/25), a safra brasileira de girassol alcançou 99,3 mil toneladas de grãos, cultivadas em uma área de 61,9 mil hectares, com produtividade média de 1.602 kg/ha.

Goiás e Mato Grosso concentram grande parte do cultivo, aproveitando a janela da safrinha após a soja. No cenário global, a produção estimada para 2025/26 é de 55,1 milhões de toneladas, com destaque para Rússia (18,0 mi t), Ucrânia (13,5 mi t) e União Europeia (9,5 mi t).

Além do peso econômico, o engenheiro agrônomo Luís Schiavo relata que o girassol também reúne uma série de curiosidades e aplicações que o tornam ainda mais interessante. Confira algumas:

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De acordo com o 11º levantamento da Conab (2024/25), a safra brasileira de girassol alcançou 99,3 mil toneladas de grãos. Foto: Freepik

Botânica surpreendente  – O girassol não é formado por uma flor única, mas por centenas de flósculos no centro, que podem virar sementes, e lígulas nas extremidades, que imitam pétalas.

Seguidor do sol, mas só quando jovem – As plantas novas realizam o famoso movimento de acompanhar o sol do leste ao oeste, realinhando-se durante a noite. Quando amadurecem, elas permanecem voltadas para o leste, garantindo flores mais aquecidas pela manhã e maior atração de polinizadores.

Cálculo na natureza – As sementes do girassol crescem em espirais que geralmente seguem os números de Fibonacci, um padrão que otimiza o espaço. “Esse fenômeno surpreendente, que une botânica e matemática, é tema recorrente em pesquisas científicas.

Aliado da sustentabilidade – Sua cultura também desempenha papel estratégico na agricultura sustentável. Além de atrair polinizadores e diversificar o sistema produtivo, o girassol é estudado como fitorremediador, com a capacidade de absorver metais pesados em solos contaminados.

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Outras curiosidades

Além de encantar pelo visual marcante, o girassol vem ganhando cada vez mais relevância no campo e na economia global. Foto: Freepik

Além de sua beleza e de sua contribuição para o desenvolvimento da biodiversidade, no dia a dia, o girassol também rende dicas práticas para diferentes contextos. Na cozinha, por exemplo, o óleo alto-oleico é ideal para preparos em altas temperaturas, enquanto os demais são ótimos para temperos e molhos frios.

“Já no jardim, a planta é fácil de cultivar, atrai abelhas e encanta pelo visual. No campo, o planta tem papel estratégico na rotação de culturas, ajudando a quebrar ciclos de pragas e ainda fornecendo matéria-prima para o biodiesel”, acrescenta Schiavo.

Para o especialista, compreender a versatilidade desta flor é essencial para valorizar todo o potencial de sua cultura. “Estamos falando de uma planta que une beleza, nutrição, ciência e sustentabilidade, aliando saúde, agricultura e meio ambiente”, conclui o agrônomo.

Fonte: Naval Fertilizantes

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Brasil antecipa plantio de soja e amplia área na safra 2025/26

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Foto: Marcos Carolino de Sá

 

O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe ajustes relevantes para o mercado global de soja. Apesar de revisar a produtividade americana de 3,5 para 3,6 toneladas por hectare, o órgão reduziu a estimativa de área colhida para 32,4 milhões de hectares — queda de 2,9% em relação ao mês anterior. Com isso, a produção total foi recalculada para 116,8 milhões de toneladas, ante 118 milhões em julho.

As exportações também sofreram corte, passando para 46,4 milhões de toneladas. Ainda assim, os estoques finais recuaram de 8,4 para 7,9 milhões de toneladas, indicando um balanço mais apertado para a soja americana. Paralelamente, o Pro Farmer — consultoria que realiza um crop tour independente — estimou produtividade inferior à do USDA, em 3,55 t/ha. Caso confirmada, a produção ficaria em 115,6 milhões de toneladas, abaixo da atual projeção oficial.

Plantio no Brasil avança após vazio sanitário

Foto: Marcos Carolino de Sá

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No Brasil, o fim do vazio sanitário já permite a retomada do plantio. No Paraná, regiões do Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste estão liberadas desde 31 de agosto, enquanto Sul, Leste, Campos Gerais, Litoral e Sudoeste terão a restrição encerrada entre 11 e 20 de setembro. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), a área de soja no estado deve atingir 5,8 milhões de hectares em 2025/26, alta de 0,6% em relação à safra anterior.

Em Mato Grosso, a liberação ocorreu em 6 de setembro. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam que o estado deve ampliar a área plantada em 1,7%, alcançando 13,1 milhões de hectares. O clima tende a favorecer o avanço: após um início de setembro mais seco, as previsões indicam chuvas mais consistentes na segunda quinzena, condição que pode antecipar a semeadura em comparação a 2024.

Estoques baixos mantêm preços firmes

Segundo análise do Itaú BBA Agro, a combinação de estoques mais enxutos nos Estados Unidos e a perspectiva de aumento da área no Brasil tende a sustentar preços firmes no curto prazo. A instituição destaca que, mesmo com a ampliação da produção brasileira, o mercado deve seguir sensível às condições climáticas da safra sul-americana, principalmente nos próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cotações Agropecuárias: Volume de café exportado inicia safra limitado; receita é recorde

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FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

As exportações brasileiras de café iniciam a safra 2025/26 em volume bastante limitado, conforme apontam dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) analisados pelo Cepea.

Foram 5,89 milhões de sacas embarcadas de julho a agosto de 2025, queda de 22,3% frente ao mesmo intervalo da temporada anterior, ou 1,695 milhão de sacas a menos. Trata-se, também, da menor quantidade exportada desde 2022/23.

Aprovada proposta que destrava investimentos em ferrovias

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Segundo pesquisadores, o fraco desempenho está atrelado sobretudo à redução do volume colhido na atual safra nacional e, em partes, aos efeitos da sobretaxa imposta pelos Estados Unidos – em agosto, o país perdeu o posto de principal destino do café brasileiro para a Alemanha.

Por outro lado, diante dos preços médios em dólar mais elevados, a receita obtida com as vendas externas do BR nestes dois primeiros meses da temporada 2025/26 é recorde para o período, de US$ 2,14 bilhões.

ARROZ: Rentabilidade é a menor em três anos

A safra de arroz 2025/26 no Rio Grande do Sul começa com a menor rentabilidade desde meados de 2022, apontam estimativas do Cepea.

De acordo com cálculos do Centro de Pesquisas, diante dos baixos preços atuais, uma produtividade de 175,40 sacas de 50 kg por hectare seria suficiente apenas para cobrir os custos operacionais em Uruguaiana, mas ainda resultaria em margem negativa de 29% sobre os custos totais.

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Apenas produtividades acima de 245 sacas/ha ou cotações médias superiores a R$ 95,00/sc de 50 kg cobririam todos os custos. Assim, a expectativa é de redução de 5,2% na área cultivada, frente à temporada 2024/25, para pouco mais de 920 mil hectares, segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz).

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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