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Agronegócio

Produtores indígenas começam a comercializar café cultivado com suporte do Governo de MT

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Produção do café da espécie robusta amazônico envolve 45 pessoas da Aldeia Massepô, em Barra do Bugres – Foto por: Rita de Cássia Nascimento/Seaf-MT

 

Indígenas da Aldeia Massepô, da etnia Umutina, localizada em Barra do Bugres, começaram a embalar para comercialização o café produzido com o suporte do Governo de Mato Grosso. Eles estão investindo na cultura depois de receberem mudas, kits de irrigação e uma patrulha mecanizada do programa MT Produtivo Café, da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf).

O cacique Felisberto Copodonepá disse que esse é o primeiro café indígena de Mato Grosso e que a produção desse primeiro lote comercializável representa um avanço significativo para a agricultura familiar indígena, pois é uma nova fonte de renda para a comunidade.

“A gente recebeu mudas de café e três kits de irrigação. Recebemos 3.600 mudas de café e, no ano passado, também recebemos uma patrulha, que é um trator com grade”, explicou o cacique.

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Na comunidade, a produção do café da espécie robusta amazônico envolve 45 pessoas de 13 famílias, e conta com o apoio técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

O café Massepô foi um dos destaques na feira de Agricultura Familiar na Assembleia Legislativa, nesta semana. Os visitantes puderam conhecer e provar o primeiro café indígena do Estado de Mato Grosso.

“Estamos divulgando nosso trabalho na comunidade, buscando sustentabilidade econômica e ambiental. Além do café, produzimos banana, mandioca, farinha e arroz para consumo próprio” destacou o cacique Felisberto.

Além do café, a comunidade da Aldeia Massepô diversificou sua produção com vários alimentos destinados ao consumo próprio e à venda, fortalecendo sua base econômica e promovendo a autossuficiência.

O Governo de Mato Grosso já investiu mais de R$ 7 milhões na agricultura familiar indígena, nos últimos cinco anos, para fortalecer as práticas agrícolas e sustentáveis em várias comunidades indígenas no Estado.

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“Esses investimentos refletem um compromisso do Governo de Mato Grosso com o desenvolvimento das práticas agrícolas indígenas, reconhecendo a importância dessas comunidades. A expectativa é que esses recursos não só melhorem a qualidade de vida dessas comunidades, garantindo sustentabilidade e segurança alimentar”, afirmou o secretário de Agricultura Familiar do Estado, Luluca Ribeiro.

Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

Pollyana Araújo | Secom-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Exportações de feijão batem recorde anual, enquanto mercado interno mantém ritmo lento, aponta indicador Cepea/CNA

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Divulgação

 

As exportações brasileiras de feijão alcançaram, entre janeiro e novembro de 2025, mais de 500 mil toneladas embarcadas, estabelecendo um novo recorde histórico da série da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997. Apesar do forte desempenho no mercado externo, o consumo doméstico segue marcado por negociações pontuais, voltadas principalmente à reposição de estoques.

No mercado interno, os preços do feijão carioca continuam influenciados pelo comportamento seletivo da demanda, já que a oferta recente tem sido composta, em sua maioria, por produtos de qualidade superior. O feijão preto, por sua vez, permanece pressionado pela elevada disponibilidade de grãos remanescentes da safra 2024/2025.

Feijão carioca (Notas 9 ou superiores): A oferta de grãos de coloração clara, boa peneira e baixa umidade segue concentrada na colheita paulista, favorecendo a estabilidade das cotações. Entre 28 de novembro e 5 de dezembro, a saca registrou leve alta de 0,42% em Itapeva (SP). A postura mais firme dos produtores, principalmente dos lotes irrigados remanescentes da terceira safra, também sustentou valorizações em Sorriso (MT), de 1,03%, e no Noroeste de Minas, de 0,54%. No Centro e no Noroeste Goiano, o movimento foi de pequena retração.

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Feijão carioca (Notas 8 e 8,5): Nos lotes de qualidade intermediária, houve maior aproximação dos preços em relação aos produtos de notas superiores, reduzindo a diferença para cerca de 5,5% no início de dezembro. Itapeva (SP) liderou as altas, com avanço de 3,24%, seguida pelo Noroeste de Minas (3,21%), Centro/Noroeste Goiano (2,72%) e Leste Goiano (0,88%). Em contrapartida, a postura mais cautelosa dos compradores ocasionou quedas no Sul Goiano (-3,44%), Barreiras (BA) (-0,90%) e Sorriso (MT) (-0,51%).

Feijão preto (Tipo 1): A elevada oferta de grãos da safra anterior continua mantendo pressão sobre os preços do feijão preto. Produtores seguem negociando conforme necessidade de caixa ou liberação de espaço nos armazéns, enquanto compradores demonstram baixa disposição de compra. Os preços do tipo 1 registraram alta moderada em Curitiba (+0,9%) e leve retração na Metade Sul do Paraná (-0,4%).

Assessoria de Comunicação CNA

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Café e soja garantem as maiores margens do ano para produtores paranaenses, aponta Deral

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Foto: Ari Dias/AEN

 

Os custos de produção permanecem como a variável determinante para o desempenho das cadeias agropecuárias paranaenses, segundo aponta o Boletim Conjuntural elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgado semana passada. Embora cada setor apresente dinâmicas próprias, o documento mostra que tanto grãos quanto proteínas animais vivem um período em que rentabilidade, preços e desafios logísticos dialogam com o comportamento dos custos.

Os destaques positivos vêm do café, com custos de produção cobertos com facilidade pelos preços registrados nas duas últimas safras, e da soja, cuja lucratividade segue elevada. Em contrapartida, o leite enfrenta retração nos preços pagos ao produtor, enquanto ovos e suínos passam por movimentos de ajuste diante do cenário internacional e das variações de mercado.

O setor do café tem um dos melhores desempenhos econômicos, impulsionado por uma safra 10% maior que a de 2024. A produção estimada é de 745 mil sacas beneficiadas, contra 679 mil sacas no ciclo anterior. O desempenho é atribuído a melhores condições climáticas, especialmente de disponibilidade hídrica.

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Mais de 80% da safra já foi comercializada, com preços favoráveis. A maior parte das vendas registrou valores acima de R$ 2.000 por saca, com recuo apenas entre julho e agosto, auge da entrada da colheita. O Deral aponta que a média de preços deve se manter próxima desse patamar, que é cerca de 15% superior ao registrado em 2024, quando a saca beneficiada estava em R$ 1.668,60. O custo total de produção de uma saca beneficiada hoje é de R$ 1.137,00, garantindo ampla margem ao cafeicultor.

Soja

A soja mantém a estabilidade nos custos e forte potencial de lucratividade. O levantamento do Deral indica que o custo variável para produzir 55 sacas por hectare é de R$ 3.212,00 (equivalente a R$ 58,39 por saca). O valor representa alta de apenas 0,76% em relação ao mesmo período de 2024. Esse leve acréscimo veio pelo custo do transporte externo, sementes e fertilizantes – mas as despesas com agrotóxicos recuaram 7%, ajudando a conter a elevação geral. Com a saca negociada em torno de R$ 120,00, a lucratividade bruta estimada é de 106%.

O plantio da soja está praticamente concluído no Paraná, alcançando 99% dos 5,77 milhões de hectares previstos para a safra.

Leite

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O setor lácteo vive mais um mês de retração no preço pago ao produtor. Em novembro, o litro posto na indústria caiu 5,74% em relação a outubro, acumulando queda de aproximadamente 18% nos últimos 12 meses, conforme dados do Deral.

As indústrias paranaenses importaram 250 toneladas de leite em pó em outubro, o que representa uma alta de 25% em relação a setembro. No entanto, esse volume tende a recuar a partir de novembro, após a sanção da lei estadual 22.765/2025, que proíbe a reconstituição de leite em pó importado no Paraná.

Suínos

Em outubro, a suinocultura havia registrado a maior rentabilidade do ano no Paraná. A margem atingiu R$ 1,45/kg, superando os R$ 1,39/kg observados em setembro, até então o melhor resultado de 2025. O desempenho resulta da combinação entre o melhor preço pago ao produtor no ano e o segundo menor custo de produção do período. Em outubro, o valor recebido pelo produtor foi de R$ 7,22/kg, aumento de 0,8% frente a setembro e de 3,8% em relação a outubro de 2024.

O custo estimado pela Embrapa Suínos e Aves ficou em R$ 5,77/kg, repetindo o valor de setembro e ficando 3,5% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. Para novembro, a tendência é de leve redução na rentabilidade, devido à queda de 1,2% (R$ 0,09) no preço pago ao produtor.

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Ovos

O mercado de ovos apresenta contrastes marcantes entre o desempenho das exportações e o impacto da tarifa imposta pelos Estados Unidos. Nos dez primeiros meses de 2025, o Brasil exportou 49.806 toneladas de ovoprodutos (ovos frescos com casca, ovos cozidos e secos, gemas frescas e cozidas e ovoalbumina), alta de 36,8% em relação ao mesmo período de 2024, com faturamento de US$ 163,4 milhões.

Segundo o Deral, o Paraná aparece como o quarto maior exportador do país, com 5.641 toneladas e receita de US$ 28,4 milhões, porém registra queda de 33,3% no volume e de 24,4% na receita em comparação a 2024.

No mercado internacional, os Estados Unidos ainda figuram como principal importador de ovoprodutos do Brasil, com 19.578 toneladas e US$ 41,606 milhões – o que representa aumentos superiores a 1.000% em volume e receita. Porém, após a tarifa de 50% imposta em agosto, as importações despencaram. O país saiu de 3.774 toneladas em julho para apenas 41 toneladas em outubro, retração de 82,9% em volume e 90,9% em receita na comparação com outubro do ano passado.

Em novembro de 2025, os EUA anunciaram a retirada da tarifa adicional para alguns produtos brasileiros, como café, carne bovina, carne suína e frutas tropicais, após negociações entre os governos. No entanto, a retirada da tarifa de produtos remanescentes, como os ovos, ainda é uma incógnita.

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Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cotações Agropecuárias: Exportações de ovos mantém alta de 5,8% em novembro

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Imagem: ABPA

 

As exportações brasileiras de ovos (incluindo in natura e processados) totalizaram 1.893 toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 5,8% o total das exportações de ovos registradas no mesmo período do ano passado, com 1.789 toneladas.

Em receita, as exportações do setor totalizaram US$ 5,247 milhões em novembro, saldo 32,8% maior em relação ao décimo primeiro mês de 2024, com US$ 3,953 milhões.

No ano (janeiro a novembro), o total dos embarques do setor chegou a 38.637 toneladas, volume 135,4% maior em relação ao ano passado, com 16.414 toneladas. Em receita, o total registrado até novembro chegou a US$ 92,130 milhões, saldo 163,5% maior em relação aos onze primeiros meses de 2024, com US$ 34,965 milhões.

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Entre os principais destinos, o Japão ocupou a liderança em novembro, com 757 toneladas (+266,8% em relação ao ano anterior), seguido por México, com 284 toneladas (+51%), Chile, com 261 toneladas (-29,1%), Emirados Árabes Unidos, com 205 toneladas (-9,7%) e Uruguai, com 96 toneladas (-16,9%).

“Volumes exportados de ovos seguem em ritmo elevado frente ao praticado nos anos anteriores, agora, com novos destinos de alto valor agregado, o que vem favorecendo a rentabilidade dos embarques”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Exportações de carne de frango e de suíno em novembro:

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 434,9 mil toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume foi 6,5% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com 465,1 mil toneladas.

No mês, a receita dos embarques chegou a US$ 810,7 milhões, saldo 9,3% menor em relação ao décimo primeiro mês do ano passado, com US$ 893,4 milhões.

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Emirados Árabes Unidos é o principal destino das exportações do setor em 2025, com 433,8 mil toneladas embarcadas entre janeiro e novembro (+2,1% em relação ao ano anterior). Em seguida estão Japão, com 367,4 mil toneladas (-10,8%), Arábia Saudita, com 362,6 mil toneladas (+6,3%), África do Sul, com 288,6 mil toneladas (-4,6%) e México, com 238,2 mil toneladas (+16,2%).

Já as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 106,5 mil toneladas em novembro, volume 12,5% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 121,1 mil toneladas. A receita do período chegou a US$ 248,2 milhões, saldo 14,9% menor em relação ao ano anterior, com US$ 291,7 milhões.

No ano, os embarques de carne suína acumulam alta de 10,4%, com 1,372 milhão de toneladas nos onze primeiros meses de 2025, contra 1,243 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior. A receita registrada entre janeiro e novembro chegou a US$ 3,294 bilhões, número 18,7% maior em relação ao ano anterior, com US$ 2,774 bilhões.

Filipinas foi o principal destino das exportações, com 350,1 mil toneladas (+49,1%), seguido por China, com 149 mil toneladas (-32,6%), Chile, com 109,1 mil toneladas (+5,8%), Japão, com 101,2 mil toneladas (+18,9%) e Hong Kong, com 99,1 mil toneladas (+1,8%).

Com ABPA

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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