Agronegócio
“Estamos muito impressionados com práticas seguidas”, afirma empresário estrangeiro

A ação é promovida pelo programa piloto Exporta Mais Brasil: Manejo Florestal Sustentável, da ApexBrasil, e faz parte da programação da 5ª edição do Dia da Floresta – JP Fotografia
O empresário mexicano Adrian Martinez afirmou que conhecer as práticas sustentáveis e a cadeia de rastreabilidade da madeira nativa de Mato Grosso deu mais segurança para comprar os produtos locais.
Ele é um dos 10 empresários estrangeiros que estão no Estado para a rodada de negócios apoiada pelo Governo de Mato Grosso.
A ação é promovida pelo Exporta Mais Brasil: Manejo Florestal Sustentável, programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
O evento faz parte da programação da 5ª edição do Dia da Floresta, que tem como parceiros do Governo na organização o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).
“Foi muito interessante a experiência de conhecer o manejo florestal, a floresta é protegida da melhor maneira possível para uma exploração sustentável. Eu tinha pouco conhecimento sobre qual é o manejo responsável que estavam levando a cabo, então é muito proveitoso ter esse conhecimento e poder transmitir. Essa atuação de forma sustentável é um aspecto muito importante. Nossos clientes querem um comércio responsável”, destacou o empresário mexicano.
Um dos principais players da África do Sul, Brad Anderson, também se surpreendeu ao conhecer a cadeia da madeira nativa, desde a extração na floresta, passando pela serraria até o beneficiamento. Eles visitaram duas indústrias locais.
“Vimos tudo desde o começo e testemunhamos como tudo é registrado. Estamos muito impressionados com a meticulosidade e as práticas corretas que estão sendo seguidas. Para quem mais estiver pensando em visitar para ver as práticas de sustentabilidade aqui, temos muita confiança de que é uma operação sustentável”, enfatizou.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que a indústria madeireira ainda é cercada de preconceito e eventos como esse ajudam a desmistificar e mostrar que a produção não apenas da madeira nativa, mas de alimentos também como a soja e milho, passam por práticas sustentáveis.
“Mato Grosso produz mantendo 62% das suas florestas em pé. O manejo florestal sustentável é realizado dentro dessas áreas de reserva que precisam ser preservadas, gerando renda ao produtor. Em cada hectare são colhidas de 4 a 5 árvores de 46 espécies autorizadas, com diâmetro mínimo específico. As espécies escolhidas para ser abatidas tem código de barras, permitindo o controle da extração até o consumidor final pelos órgãos ambientais. Esta é mais uma demonstração de que Mato Grosso é um exemplo para o país”, afirmou o secretário.
O vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso e presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Rogieri, a comunidade internacional conheceu uma clássica propriedade brasileira aonde se alia a produção de alimentos de 7 mil hectares em soja, milho e pecuária intensiva aliada à produção de madeira de alta qualidade com preservação ambiental e responsabilidade social. Ele destacou ainda o protagonismo do Governo do Estado para mostrar a realidade do campo.
“O Governo do Estado é a mão amiga, é a mão forte do nosso negócio. O Governo do Estado sempre foi pioneiro na gestão ambiental brasileira. A Sema foi a primeira secretaria que descentralizou a gestão ambiental no Brasil e adotar a rastreabilidade em 100% da sua produção madeireira. O Brasil precisa mostrar a verdadeira imagem do setor para lá dos nossos oceanos e o Governo do Estado é um grande parceiro nessa nossa meta”.
A produção de madeira nativa é exportada para 61 países. De janeiro a maio foram embarcadas 82,5 mil toneladas de madeira beneficiada, em bruto e serrada, que movimentou US$ 47,3 milhões.
Em comparação com o mesmo período em 2023, o volume de embarques cresceu 10,8%. Dentre os principais destinos da produção florestal mato-grossense em 2024 estão a Índia (US$ 18,5 milhões), França (US$ 6,5 milhões), Estados Unidos (US$ 6,1 milhões), China (US$ 3,9 milhões) e Bélgica (US$ 3,2 milhões). Os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) concentraram 53,9% e 43,6% dos embarques de madeira, respectivamente.
O presidente do Cipem, Ednei Blasius, destaca que Mato Grosso ainda tem muito a expandir e, por isso, tem apostado em eventos internacionais e ações locais como Dia de Floresta para mostrar a realidade do setor para o público externo como os compradores internacionais e as autoridades locais, que devem chegar na quinta-feira (20.06), como o vice-governador Otaviano Pivetta, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, delegados, promotores, juízes e os conselheiros do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
“Queremos avançar mais, no mercado interno e internacional. O setor de base florestal é importante para economia estadual, sendo o principal gerador de receita em vários municípios. Emprega 12 mil pessoas, além de ter um sistema de rastreamento da produção florestal (Sisflora 2.0) que é o mais eficiente do mundo, garantindo a procedência e legalidade dos produtos mato-grossenses”, destacou.
Em Mato Grosso, 66 dos 141 municípios possuem atividade de base florestal, sendo que em 44 deles, o setor é a base econômica das cidades.
MidiaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportações de carne bovina sobem 12% no 1º trimestre de 2025

Foto: Pixabay
As exportações brasileiras de carne bovina registraram aumento de 12% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado gerou uma receita de US$ 3,2 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Paraná.
De acordo com o relatório, o preço médio do quilo exportado chegou a US$ 4,78, frente aos US$ 4,40 praticados no primeiro trimestre de 2024. A valorização da carne no mercado externo tem contribuído para impulsionar a receita do setor.
No mercado atacadista paranaense, o cenário também é de alta. As peças do dianteiro e do traseiro bovino seguem com preços em elevação. O quilo do traseiro está sendo comercializado, em média, a R$ 25,01, enquanto o dianteiro chega a R$ 18,54.
“Ambos os cortes acumulam elevações expressivas nos últimos 12 meses”, informa o boletim. O corte traseiro teve valorização de 35% e o dianteiro, de 24%, no período, refletindo a pressão da demanda e o comportamento do mercado interno.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Com demanda firme e oferta controlada, preço do suíno vivo sobe em várias regiões

Divulgação
As cotações do suíno vivo reagiram positivamente nos últimos dias em quase todas as regiões monitoradas pelo Cepea. De acordo com o Centro de Pesquisas, o movimento de alta é impulsionado pela combinação de uma demanda mais firme com a oferta controlada de animais prontos para o abate.
Levantamentos do Cepea apontam que os atacadistas estão mais ativos nas compras, diante da necessidade de reforçar os estoques para atender ao possível aumento da demanda provocado pelos feriados de abril, como a Sexta-feira Santa (dia 18) e o Dia de Tiradentes (21). Esse cenário favorece os produtores, que conseguem negociar o quilo do animal vivo com maior valorização.
O equilíbrio entre oferta ajustada e a intensificação das compras no atacado tem sustentado as cotações e pode seguir influenciando o mercado nas próximas semanas, especialmente se o consumo se mantiver aquecido com o avanço do mês.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Programa Leitão Vida fortalece suinocultura

Foto: Gilson Abreu
Com mais de 3,39 milhões de suínos abatidos em 2024 — o equivalente a 315 mil toneladas de carne — e movimentando uma cadeia produtiva com 32 mil empregos diretos e 129 empresas ativas, Mato Grosso do Sul consolida seu protagonismo na suinocultura nacional.
A mais recente medida nesse sentido é a modernização do Programa Leitão Vida, oficializada por meio de uma Resolução Conjunta entre a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), assinada durante a Expogrande, em encontro promovido pela Asumas-MS.
Desde que foi informatizado, em 2020, o Programa Leitão Vida já destinou mais de R$ 252 milhões em incentivos financeiros, beneficiando diretamente o abate de 10,6 milhões de suínos e mais de 100 mil matrizes até 2024.
Em quatro anos, os valores pagos em incentivos praticamente dobraram — de R$ 31 milhões em 2020 para mais de R$ 64 milhões em 2024 — impulsionando o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva. Esse avanço já se reflete nos resultados.
O estado ocupa hoje a 6ª posição no ranking nacional de exportações de carne suína e, segundo estimativas da Famasul, deve alcançar a 5ª colocação ainda este ano. O setor movimenta mais de R$ 32 bilhões em produção e exportações que ultrapassam US$ 37,9 milhões anuais.
Mudanças no Leitão Vida
A principal inovação trazida pela modernização é o lançamento do Protocolo Leitão Vida em Conformidade (PLVC), que estabelece 50 critérios relacionados à sustentabilidade ambiental, econômica e social, bem-estar animal, biosseguridade, uso de tecnologias e agregação de valor à produção. A adesão ao protocolo será determinante para o acesso aos incentivos e para a definição dos percentuais aplicáveis.
A classificação do produtor será feita conforme os seguintes níveis:
– Obrigatório: cumprimento de 15 itens do protocolo.
– Básico: cumprimento dos itens obrigatórios e entre 60% a 78% dos itens aplicáveis.
– Intermediário: cumprimento dos itens obrigatórios e entre 79% a 89% dos itens aplicáveis.
– Avançado: cumprimento dos itens obrigatórios e pelo menos 90% dos itens aplicáveis.
A base de cálculo dos incentivos é definida como um percentual do Valor de Referência de Produto (VRP) do quilo do suíno, conforme o tipo de unidade produtora e o nível alcançado:
Mais fiscalização e qualificação técnica
Outra novidade importante é o credenciamento de organizações associativas para a verificação do cumprimento do protocolo nas propriedades, com certificação emitida pela Semadesc. A Secretaria também poderá realizar auditorias in loco, garantindo a integridade das informações e a credibilidade do programa.
Além disso, será oferecido um curso online de capacitação para os responsáveis técnicos, reforçando o caráter técnico, ético e transparente da iniciativa. Os períodos fixos de cadastramento e recadastramento foram extintos — agora, as adesões poderão ser feitas a qualquer momento.
A responsabilidade técnica pelas informações será compartilhada entre produtores e profissionais de assistência técnica, que deverão estar cadastrados e com formação atualizada junto à Semadesc. Cada técnico poderá atender até 20 estabelecimentos, com possibilidade de ampliação mediante recomendação dos respectivos conselhos de classe.
Modernização e competitividade
Para o secretário Jaime Verruck, as mudanças posicionam Mato Grosso do Sul como referência em inovação e competitividade na suinocultura.
“Estamos oferecendo um modelo moderno, transparente e alinhado às exigências dos mercados mais rigorosos. É um passo fundamental para a valorização da nossa produção e para o desenvolvimento sustentável do setor”, destacou.
Após a publicação oficial da nova resolução, produtores e profissionais devem realizar seus recadastramentos conforme os prazos definidos. Organizações interessadas em atuar na verificação do protocolo já podem iniciar o processo de credenciamento junto à Semadesc.
(Com Rosana Siqueira/Semadesc)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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