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Meio Ambiente

Impactos do clima na atual safra de milho

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O milho é a principal cultura agrícola cultivada no mundo e a única que supera a produção de um bilhão de toneladas. No Brasil também é uma espécie com maior diversidade de cultivo sendo produzida em todos os municípios do país que possuem áreas rurais.

Nossas condições climáticas permitem que duas safras agrícolas, normalmente o plantio do milho em sucessão à colheita da soja, sejam produzidas durante a estação chuvosa em condições de sequeiro, ou seja sem o uso de segurança. A produção agrícola em primeira e segunda safra, também conhecida como safra e safrinha, é a principal responsável pela expansão e alta competitividade da agricultura brasileira no mercado mundial.

Como responsabilidades pela previsão desse sistema de produção são os avanços na área de melhoramento genético que resultam na obtenção de cultivares adaptadas às condições climáticas. Além disso, a melhoria das condições de cobertura e a estrutura dos solos, os cultivos consorciados e o Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos (ZARC), que definem como melhores épocas de plantio para minimização dos riscos de perdas na produtividade, são também de grande relevância.

A partir da década de 1990 o cultivo do milho no Brasil migrou para a segunda safra que atualmente corresponde a cerca de 70% da produção nacional. Os cultivos na primeira safra tendem a ficar restritos apenas às regiões em que as condições climáticas são condizentes com o plantio de uma única safra por ano.

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A demanda nacional pelo milho apresenta alta tendência de crescimento em função da sua importância na pauta de exportações, alimentação (principalmente animal) e geração de biocombustíveis que são alocados para a descarbonização do planeta. Atualmente, o Brasil produz anualmente mais de 6 bilhões de litros de etanol à base de milho, cuja facilidade de armazenamento é fundamental para mitigar os efeitos da sazonalidade da produção de etanol à base de cana-de-açúcar.

O grande desafio enfrentado pela agricultura de sequeiro é a instabilidade climática. O cultivo do milho na segunda safra deixa a cultura ainda mais vulnerável, uma vez que pode ser impactada em termos de qualidade pelo atraso do plantio da safra anterior e pela antecipação do final do período chuvoso. Perdas relevantes também ocorreram nas safras de milho 2015/16, 2017/18, 2020/21 e na safra atual 2023/24. Isso sem levar em consideração as perdas regionais que são compensadas pela produção em regiões menos afetadas.

Mato Grosso é responsável pela produção da metade dos grãos de milho no Brasil e também pela metade do volume exportado. Os estados do Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás apresentam segunda avaliação com mais de 85% do milho produzido na safra. A produção em primeira safra, em menor volume, é gerada principalmente nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Santa Catarina e é direcionada principalmente para atendimento ao consumo local.

Os impactos das mudanças climáticas sobre a agricultura brasileira são reais e estão se intensificando. As perdas de produtividade das atividades foram atribuídas às influências das influências El Niño na safra 2023/24 e La Niña nas três safras antecedentes.

A oscilação da temperatura da água, monitorada em um ponto específico da linha do Equador na costa do Peru, interfere na ocorrência de chuvas e na temperatura do ar e seus efeitos são mais sentidos nas regiões extremas do país, causando estiagens no Norte e Nordeste e chuvas no Sul (El Niño) e efeitos inversos durante a atuação da aparência La Niña.

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A ocorrência do último El Niño teve duração de apenas um ano e as águas do Oceano Pacífico já estavam em condições de neutralidade durante uma tragédia climática que ocorreu no sul do país. Os modelos de previsão indicam que devemos ter novamente a ação de La Niña, mas o pico desses eventos ocorre apenas no final do ano.

A alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera pode ser a principal causa dos impactos climáticos gerados pelas ondas de calor que ocorrem no país, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, além de países vizinhos como Paraguai, Bolívia e Argentina, e do forte aquecimento das águas nos oceanos que provocam o aumento da evaporação e os temporais.

A segunda safra de milho no Brasil plantada no início de 2024 foi bastante impactada pela irregularidade das chuvas. Tanto o excesso de chuvas, em algumas áreas, ou a falta de água no solo, que levaram ao atraso e/ou ao replantio das lavouras, desenvolveram para perdas na produtividade com agravamento em áreas de pastagens convertidas recentemente em áreas agrícolas. A partir do segundo decêndio do mês de abril os fortes temporais já começaram a ocorrer no Rio Grande do Sul. O mês de maio foi marcado pela intensificação da estiagem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e pela tragédia provocada pelas chuvas na Região Sul.

Distribuição irregular

Os efeitos da distribuição irregular das chuvas e das ondas de calor ocorridas nos últimos anos levaram os produtores a avaliar a substituição do milho por culturas mais tolerantes às adversidades climáticas com uma tendência de crescimento das áreas plantadas de algodão, girassol, trigo tropical e sorgo granífero. De acordo com os levantamentos da CONAB, a Região Centro-Oeste, principal produtora de milho do Brasil, teve uma redução em cerca de um milhão de hectares na área atual cultivada com milho em relação à safra 2022/23.

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A redução da área plantada e as perdas de produtividade, em função das adversidades climáticas, foram responsáveis ​​pela perda de 14 milhões de toneladas na safra atual em relação à safra passada. Esse número reflete a principal diferença entre a produção de milho na safra 2022/23, estimada pela CONAB em 102 milhões de toneladas, e a previsão para a safra 2023/24 de 86 milhões de toneladas de grãos de milho. Tendo em vista que o cultivo do milho no Rio Grande do Sul ocorre basicamente na primeira safra, não devem ser esperadas grandes alterações nas estimativas atuais realizadas pela CONAB e outras instituições.

No momento, uma grande preocupação deve ser voltada para o planejamento da próxima safra de grãos (2024/25), uma vez que as principais regiões produtoras de grãos do Brasil estão passando por fortes impactos climatológicos. No Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, grandes extensões de áreas agrícolas afetadas foram pelas enchentes e vão demorar para entrar em plena capacidade produtiva. Na Região Sudeste e, principalmente no Centro-Oeste, as ondas de calor estão causando elevadas perdas de água disponível nos solos criando condições propícias para a ocorrência de queimadas e danos ao solo, como a mineralização abrupta da matéria orgânica e a redução da atividade microbiana, afetando as atividades metabólicas dos microrganismos.

Quanto maior a incidência de queimadas, ondas de calor e a demora no início do próximo período chuvoso, maiores os danos na qualidade dos solos, sustentáculo da produção vegetal. Os principais modelos globais de previsão do clima estão em declínio que até o início da próxima safra no Brasil deverá ter chuvas abaixo da média e altas temperaturas, mesmo sob os efeitos da aparência La Niña.

Devemos lembrar que os modelos de previsão de longa duração são mais suscetíveis a erros do que os modelos de previsão de tempo com prognósticos para períodos máximos de 15 dias. Recomenda-se que os produtores rurais fiquem de olho no clima e tenham a máxima atenção aos cuidados de preservação do solo, principal patrimônio físico da agricultura nacional, de fácil manipulação e difícil recuperação, evitando a ocorrência de queimadas e cuidando para manter uma boa cobertura fazer solo para evitar os danos causados ​​pela exposição solar.

Fonte: Daniel Guimarães / Embrapa

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Projetos estadual e federal podem corrigir injustiças ambientais e impulsionar o agronegócio

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Duas propostas legislativas — uma estadual e outra federal — prometem corrigir falhas históricas na classificação de biomas em Mato Grosso, aliviando os custos para produtores rurais e ampliando a competitividade do agronegócio no estado. A primeira, em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reclassifica áreas dos biomas amazônico e cerrado, enquanto a segunda, na Câmara dos Deputados, visa retirar o estado da Amazônia Legal.

Atualmente, muitos produtores rurais em Mato Grosso precisam preservar até 80% de suas propriedades por estarem localizadas em áreas classificadas como floresta amazônica, mesmo em regiões de cerrado ou transição. Para ajustar essas áreas à realidade, os proprietários são obrigados a gastar altos valores com laudos técnicos para comprovar que suas terras pertencem ao bioma cerrado, onde a reserva legal exigida é de 35%.

A proposta estadual, aprovada em primeira votação, busca corrigir essas distorções ao redefinir os limites entre biomas. Se aprovada, permitirá que áreas erroneamente classificadas como floresta amazônica passem a ser reconhecidas como cerrado, alinhando a legislação ambiental à realidade no campo.

O deputado Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente e autor da proposta, defende que a reclassificação é essencial para reduzir custos e ampliar a área disponível para produção agrícola. “Estamos corrigindo equívocos históricos que penalizam produtores que já preservam boa parte de suas terras. Essa mudança é técnica e necessária”, afirmou.

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Produtores argumentam que, em muitas regiões de cerrado, onde é exigida a preservação de 80%, a vegetação é tratada como floresta de forma equivocada. Segundo lideranças do setor, isso encarece a produção e reduz a competitividade do Brasil no mercado global, especialmente diante das exigências internacionais.

Especialistas alertam que a reclassificação poderia abrir caminho para o desmatamento de até 10 milhões de hectares. Porém, produtores destacam que não se trata de “desmatamento indiscriminado”, mas de uma adequação técnica que garante a manutenção da preservação obrigatória de 35% em áreas de cerrado, conforme o Código Florestal.

Além disso, ambientalistas temem impactos na credibilidade do Brasil no mercado internacional, mas deputados como Juarez Costa, autor da proposta federal, ressaltam que o agronegócio brasileiro já adota padrões elevados de sustentabilidade.

No âmbito federal, o projeto de retirar Mato Grosso da Amazônia Legal promete aliviar ainda mais os custos para produtores, que seriam dispensados de preservar 80% de suas propriedades, como ocorre atualmente. Apesar do parecer contrário do deputado Coronel Chrisóstomo na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o texto ainda será debatido em outras instâncias legislativas.

A segunda votação da proposta estadual será crucial para determinar o futuro da legislação ambiental em Mato Grosso. Se aprovada, representará um avanço na segurança jurídica dos produtores e um estímulo ao agronegócio, pilar econômico do estado. O debate revela a necessidade de equilibrar conservação ambiental e crescimento econômico em um dos principais estados produtores do Brasil.

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O agronegócio mato-grossense, responsável por alimentar milhões de pessoas no Brasil e no mundo, reforça que ajustes como esses são indispensáveis para garantir sua sustentabilidade econômica e ambiental.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Florestas restauradas elevam produtividade em até 10 sacas de soja por hectare

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Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) apresentou nesta quinta-feira (21), durante a COP29, em Baku, um estudo inédito que avalia os impactos da restauração florestal para a agricultura e o meio ambiente. De acordo com a pesquisa, a recuperação de 2% a 10% da paisagem local ajuda a prevenir quebras de safra e eleva a produtividade. No caso da soja, o aumento pode chegar a 10 sacas por hectare em áreas restauradas.

A pesquisa faz parte do projeto Galo – sigla em inglês para Avaliação Global a partir de Observações Locais -, que investiga a relação entre a agricultura e a preservação da vegetação natural nos biomas Amazônia e Cerrado.

O estudo analisou dados desde 1985 e constatou que, mesmo em áreas recompostas com floresta secundária, não ocorre a total recuperação de serviços como evapotranspiração – o que significa dizer ser incapaz de manter o ciclo da água.

Segundo Ludmila Rattis, pesquisadora do Ipam e do Centro de Pesquisa Climática Woodwell, a regulação climática, especialmente da temperatura, também não é totalmente restabelecida.

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No entanto, os pesquisadores destacaram que florestas restauradas têm papel relevante na melhoria da eficiência agrícola, como no caso da soja, demonstrado pelo estudo.

“Mais floresta é mais produtividade. No caso da soja, atinge-se em área restaurada um aumento de aproximadamente 10 sacas, ou 600 quilos, por hectare”, afima Rattis.

Apesar dos benefícios, ela alerta que a restauração não substitui a preservação de florestas primárias. “Primordialmente, precisamos proteger as florestas primárias, que são insubstituíveis”, afirmou.

O estudo foi assinado pelos pesquisadores André Andrade, Bianca Rebelato e Elisângela Rocha, além de Ludmila Rattis.

Luis Roberto Toledo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Altas Doses de Calcário Impulsionam Produtividade da Soja no Matopiba

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Uma pesquisa conduzida pela Embrapa Meio-Norte (PI) aponta que a utilização de altas doses de calcário no cultivo da soja de primeira safra na região do Matopiba – que abrange partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – pode aumentar a produtividade em até 30% em comparação às doses recomendadas pelos documentos oficiais. Apesar de causar redução em alguns nutrientes do solo, o impacto é contornável por meio de adubação, assegurando o equilíbrio da fertilidade.

Demanda dos produtores impulsionou a pesquisa

O estudo, iniciado em 2019, surgiu a partir de uma solicitação da Associação dos Produtores de Soja do Estado do Piauí (Aprosoja-Piauí), que observou o uso de doses mais elevadas de calcário em algumas propriedades. O pesquisador Henrique Antunes, da Embrapa, explica que muitos produtores recorrem à prática devido à alta rentabilidade da soja. “Há quem inicie com doses altas de calcário para preparar áreas e já plante soja, que proporciona retorno imediato. Em outros casos, os produtores começam com forrageiras e entram com a soja no segundo ano”, relata.

Porém, a falta de respaldo técnico para esse manejo dificulta o acesso ao crédito bancário, o que motivou a realização de estudos para embasar novas práticas de fertilização. Antunes destaca que a maioria das diretrizes atuais é baseada em pesquisas das décadas de 1980 e 1990, enquanto os sistemas agrícolas atuais utilizam cultivares mais exigentes e manejo intensivo do solo. “Isso reforça a necessidade de revisar os documentos técnicos, especialmente em regiões de fronteira agrícola como o Matopiba”, afirma.

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Resultados das pesquisas

O primeiro experimento, realizado em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI), avaliou o impacto de diferentes doses de calcário e gesso sobre a fertilidade do solo e a produtividade da soja no Cerrado piauiense. Foram testadas doses entre zero e 20 toneladas por hectare, utilizando a cultivar BRS 9180. Os resultados demonstraram que doses de 10 a 15 toneladas de calcário por hectare aumentam significativamente a produtividade, neutralizando a toxicidade do alumínio no solo. No entanto, doses superiores a 15 toneladas reduziram as concentrações de fósforo e potássio, prejudicando a produtividade.

O engenheiro-agrônomo Doze Batista de Oliveira, que desenvolveu sua tese de doutorado com base nos dados do projeto, detalha que uma aplicação de 10 toneladas de calcário por hectare elevou a produtividade da soja em 18% e 12% nas safras de 2019/2020 e 2020/2021, respectivamente. “A calagem melhorou a fertilidade do solo, favorecendo o crescimento das plantas. O uso combinado de gesso acelerou a redução da acidez em profundidade, criando um ambiente mais favorável para o desenvolvimento das raízes”, explica.

Impacto e desafios na adoção da prática

O estudo também apontou que, embora doses elevadas de calcário sejam eficazes, é necessário complementar com adubação para evitar deficiências nutricionais no solo. Produtores como Diógenes Brandalize, que cultiva soja e outras culturas em 3 mil hectares no Piauí, já adotaram a prática, registrando um aumento de 20% na produtividade.

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Por outro lado, Luís Fernando Devicari, produtor no Maranhão, mantém o manejo tradicional enquanto aguarda os resultados definitivos. Ele ressalta a importância da análise do solo para orientar o uso do calcário. “Realizamos análises anuais e corrigimos as áreas conforme necessário”, afirma.

O consultor agrônomo Christofer Garanhani, de Paragominas (PA), reforça que os estudos têm ajudado a determinar as doses ideais de calcário para diferentes áreas. Ele destaca, porém, que os custos elevados e as dificuldades de crédito ainda são barreiras para uma adoção mais ampla.

Apesar desses desafios, a prática de aplicação de calcário em altas doses está ganhando adeptos na região, com a expectativa de que os resultados positivos impulsionem uma migração gradual para esse manejo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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