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Alergia alimentar: o desafio diário que exige atenção e apoio especializado

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Ovo e leite estão entre os alimentos responsáveis por 90% das alergias. – Foto: Arquivo/AguaBoaNews

 

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio de seus hospitais universitários federais, está preparada para auxiliar no diagnóstico, acompanhamento e tratamento dessas alergias em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Acompanhe esta matéria especial que conta com a participação de especialistas da Rede Ebserh e aborda os aspectos:

– Alergia ou intolerância alimentar?

– Amamentação: fator de prevenção de alergias alimentares

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– Alergia alimentar na vida adulta

Viver com alergia alimentar apresenta desafios diários, como a leitura minuciosa de rótulos e os cuidados redobrados ao consumir um simples sanduíche. O sistema imunológico humano, responsável por proteger o corpo, pode reagir de forma inadequada a certos alimentos, desencadeando reações alérgicas potencialmente perigosas e até fatais. Nesse contexto, a Semana Mundial da Alergia, de 23 a 29 de junho, traz o tema: “Superando os Obstáculos da Alergia Alimentar”, lembrando que essa condição afeta muitas pessoas e requer atenção, empatia e ações efetivas por parte de toda a sociedade.

Alergia ou intolerância alimentar?

“É importante compreender as diferenças entre alergia e intolerância alimentar para garantir o diagnóstico correto e o tratamento adequado. A atenção à prevenção de reações graves é essencial para a segurança e bem-estar dos pacientes com alergias alimentares”, destacou a médica preceptora do Centro de Pesquisas em Alergia e Imunologia Clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), Adriana Azoubel, especialista em Alergia e Imunologia Clínica pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e professora adjunta do Centro de Ciências Médicas da UFPE.

As alergias alimentares podem manifestar-se de maneiras bastante diversas, dependendo do mecanismo imunológico envolvido na reação. Segundo a especialista, “existem reações imediatas, mediadas pela Imunoglobulina E (IgE), que incluem urticária, inchaços, sintomas nasais, falta de ar, dificuldade para respirar e edema de glote. Além disso, existem sintomas não mediados pela IgE, como vômitos, dor abdominal, refluxo e diarreia crônica”.

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A intolerância alimentar, por outro lado, não envolve um mecanismo imunológico. Ela ocorre devido a uma insuficiência enzimática que dificulta a digestão de determinados alimentos. Um exemplo clássico é a intolerância à lactose, sendo frequentemente confundida com alergia ao leite. Nesta última, há uma reação imunológica à proteína do leite, enquanto na intolerância, o indivíduo não produz quantidade suficiente de enzima lactase para digerir o açúcar do leite. “As pessoas com alergia alimentar precisam evitar qualquer contato com o alérgeno, pois a reação é qualitativa e não depende da quantidade ingerida. Já na intolerância alimentar, cada indivíduo tem uma capacidade diferente de digerir determinados alimentos, tornando a dieta mais flexível”, explicou Adriana.

Para confirmar o diagnóstico de alergias mediadas pela IgE, podem ser realizados exames de sangue para dosagem de IgE sérica específica e teste cutâneo. Já para as alergias não mediadas por ela, o teste de provocação oral é o padrão ouro para o diagnóstico. Quanto ao tratamento, a restrição dietética é fundamental para pacientes com alergias alimentares. Para alergias ameaçadoras à vida, é possível realizar tratamento de dessensibilização oral. A médica destacou a necessidade de um ambiente controlado para oferecer o alimento responsável pela alergia, em pequenas quantidades, visando desenvolver a tolerância imunológica.

Além disso, a médica alertou para a gravidade da anafilaxia em casos de alergias alimentares: “Ela é uma reação alérgica sistêmica e, potencialmente, fatal que pode acontecer caso o paciente seja exposto à proteína à qual ele é alérgico”. A anafilaxia pode ser imprevisível e caracteriza-se pelo acometimento de mais de um sistema do corpo, podendo evoluir para um quadro de choque anafilático.

Amamentação: fator de prevenção de alergias alimentares

Karoline Camargo dos Santos é mãe da pequena Rafaela, uma prematura extrema que nasceu com apenas 26 semanas e dois dias de gestação, pesando 810 gramas. Rafaela ficou quase 14 semanas internada na UTI Neonatal do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg). Durante esse período, Karoline descobriu a importância da amamentação ao enfrentar a suspeita de alergia ou intolerância à lactose: “Após 14 dias de dieta zero lactose, começamos a introduzir meu leite novamente e Rafaela aceitou super bem, pois meu organismo tinha se preparado. A dieta se torna bem restrita, pois quase tudo contém lactose”. Karoline deixou uma mensagem de esperança e encorajamento para outras mães que passam por situações semelhantes: “Não fiquem tristes e nem preocupadas, é só uma fase e vai passar. Hoje minha filha está saudável e eu posso comer de tudo novamente”.

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A nutricionista do HU-Furg, Grace Santos, que acompanhou mãe e filha durante a internação, explicou o processo: “O tratamento é feito retirando o alimento causador da alergia da alimentação do bebê. Caso ele esteja em amamentação exclusiva, retiramos da alimentação da mãe e observamos. Por exemplo, na alergia à proteína do leite de vaca (APLV), a mãe faz uma dieta com exclusão a proteína do leite e seus derivados (uma dieta bem restrita)”.

A amamentação é um dos principais fatores de prevenção de alergias alimentares em recém-nascidos. O ato de amamentar protege o bebê de possíveis alergias, regula o apetite e evita a obesidade, além de promover o vínculo afetivo entre mãe e filho, fundamental para o desenvolvimento infantil. A nutricionista destacou que “A alergia é uma doença mediada pelo sistema imunológico e durante a amamentação, toda a parte imunológica que a mãe adquiriu em toda sua vida, é passada pelo leite materno”.

A introdução precoce de leite de vaca ou fórmula na criança é apontada como o principal fator relacionado à presença de alergia alimentar. Conforme a nutricionista, “quanto mais precoce o contato da criança lactente com o uso de fórmulas, maior a probabilidade de desencadear alergia alimentar”. Os alimentos responsáveis por 90% das alergias são: leite de vaca, soja, amendoim, ovo, castanhas, trigo, peixe e frutos do mar. Em caso de suspeita de alergia ou intolerância alimentar, a orientação é procurar um alergista pediátrico ou pediatra.

Os sintomas mais comuns de alergia alimentar incluem manchas avermelhadas e inchadas pelo corpo; coceiras; vômitos e diarreia; inchaço de língua, lábios e rosto; tosse e chiado ao respirar, além de dificuldade na respiração. O diagnóstico é feito com base na história clínica e, em alguns casos, por meio de testes específicos para alérgenos. O tratamento envolve a eliminação do alimento que desencadeia a reação e, no caso de bebês, o uso de medicamentos e alimentos específicos.

Alergia alimentar na vida adulta

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Segundo a alergista Albertina Capelo, coordenadora da Residência Médica e Pós-graduação em Alergia e Imunologia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (HUGG-Unirio) e diretora científica da ASBAI/RJ, a alergia alimentar pode ocorrer em qualquer idade, salientando: “Sempre que houver exposição ao alimento, haverá desencadeamento dos mesmos sintomas. Ocorre duas vezes mais na infância comparado com o adulto”.

As reações alérgicas alimentares em adultos são desencadeadas por crustáceos, peixes, oleoginosas como castanhas, gergelim, amêndoas, nozes, amendoim e milho. Com a mudança nos hábitos alimentares, novos alérgenos têm surgido. A regionalização dos alimentos e a predisposição genética determinam a frequência da alergia a determinado alimento. “Devemos destacar que não temos como prever ou prevenir a sensibilização primária ao alérgeno. A reação alérgica pode ser imediata, ocorrendo em minutos ou algumas horas, ou tardia quando os sintomas iniciam dias ou semanas após a ingestão do alimento. O que irá diferenciar além do tempo ocorrido entre a exposição e o início da reação, serão os sintomas específicos”, detalhou a especialista.

O diagnóstico da alergia alimentar baseia-se na identificação do tipo da reação, de acordo com a história e os sintomas. O teste de provocação realizado em ambiente apropriado por profissional especializado é o único teste que confirma a alergia alimentar. A especialista enfatiza que “não existe medicamento para tratar a alergia alimentar, sendo que a única opção consiste em eliminar o contato, consumo ou inalação do alimento envolvido”.

A especialista reforça a importância de “estar atento aos sintomas, evitando a exposição ao alimento, uma vez, que as reações imediatas poderão evoluir para anafilaxia, reação sistêmica grave, necessitando ser tratada imediatamente com adrenalina”. Portanto, no caso de sintomas imediatos de alergia alimentar, o paciente deve portar o autoinjetor de adrenalina e ser orientado quanto ao manuseio correto.

Sobre a Ebserh

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Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Andreia Pires/Comunicação-Ebserh/AguaBoaNews

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Veja onde a chuva deve beneficiar o plantio de soja

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Foto: Freepik

A previsão de chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos dias é uma boa notícia para os produtores da soja do estado, que enfrentavam a falta de precipitações. A chegada das precipitações deverá ajudar a melhorar a umidade do solo, que estava abaixo do ideal, o que favorecerá o crescimento das lavouras.

Além do Rio Grande do Sul, estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também devem receber bons volumes de chuva, com possibilidade de superar 100 mm em cinco dias. No entanto, apesar dos benefícios para a umidade do solo, as chuvas intensas podem dificultar o trabalho no campo.

Plantio da soja avança em Santa Maria

Segundo a Safras & Mercado, na região de Santa Maria (RS), o plantio da soja está em fase inicial, com mais de 60% da área já semeada, conforme dados da Emater/RS. A área total destinada ao cultivo de soja na região é de 1,063 milhão de hectares, com o restante da semeadura programada para as próximas semanas. Até o momento, não há registro de infestação de pragas ou doenças nas plantações de soja. No entanto, alguns municípios, como Capão do Cipó e Tupanciretã, ainda enfrentam dificuldades devido a uma leve estiagem, o que tem retardado o andamento das atividades agrícolas nessas regiões.

Desafios após as enchentes

As enchentes que afetaram o estado em maio deste ano deixaram marcas nas áreas agrícolas, principalmente nas regiões de coxilha e várzea. Nos campos de coxilha, o impacto mais visível foi a erosão do solo, com a formação de valetas e voçorocas, que exigiram o uso de maquinário para restaurar as condições adequadas para o plantio.

Nas lavouras de várzea, os danos foram mais severos. Áreas afetadas por inundação receberam uma camada de lodo e matéria orgânica, que pode ser corrigida com uma ou duas gradagens. Já em outras áreas, os rios e arroios formaram depressões no terreno, dificultando a recuperação, especialmente nas regiões mais próximas aos corpos d’água. Embora algumas dessas áreas não sejam recuperáveis, muitas foram restauradas, permitindo o retorno do cultivo, principalmente o arroz.

Além disso, áreas aterradas pelo transporte de materiais, como areia, pedras e galhos, exigiram grandes esforços dos agricultores para restabelecer as condições produtivas. A recuperação dessas áreas aumentou o custo de produção, uma vez que a fertilidade do solo foi reduzida.

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Serão necessários investimentos elevados em correção de acidez e aplicação de adubos para restaurar a produtividade das lavouras. Esse processo de recuperação pode levar mais de uma ou duas safras, até que as áreas atingidas pelas enchentes retomem um nível de produção similar ao período anterior às cheias.

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Cuidado com o calor: manejo avícola na primavera

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Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente – Foto: Divulgação

 

A primavera traz temperaturas mais altas, um desafio para avicultores. O calor intenso, aliado à baixa umidade, afeta a produtividade das aves, alerta Guilherme Pimenta, analista técnico da MCassab Nutrição e Saúde Animal. Para minimizar os impactos, ajustes no manejo e foco na saúde e eficiência da granja são indispensáveis.

O manejo pré-alojamento é essencial. Limpeza, desinfecção e manutenção preventiva dos aviários, além de um pinteiro bem dimensionado, garantem conforto às aves e reduzem a competição por recursos. O transporte também exige atenção: caminhões equipados e equipes ágeis minimizam o estresse térmico no alojamento.

Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente, oferecer ar de qualidade e garantir acesso fácil à água e ração balanceada. Essas ações preservam o desempenho produtivo das aves.

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A nutrição adequada é outra estratégia para mitigar o estresse térmico. Ajustes na dieta, com fontes energéticas mais leves, suplementação de vitaminas, probióticos e o uso de óleos essenciais, ajudam a manter o conforto térmico e a saúde das aves, promovendo frescor e melhor função respiratória. Essas práticas tornam a produção mais eficiente, mesmo sob altas temperaturas.

“A adequação das fontes energéticas e ácidos graxos nas dietas ajuda a compensar a baixa ingestão de outros nutrientes, decorrentes da alteração da fisiologia do apetite. Além disso, a menor produção de calor durante a digestão de gorduras, quando comparado às proteínas, contribui para o conforto térmico das aves. A suplementação de vitaminas, minerais, aminoácidos e probióticos em água ou via ração também são boas alternativas para minimizar os impactos do estresse térmico. Outra medida utilizada com sucesso é a administração de produtos à base de óleos essenciais, opção que promove sensação de frescor nas altas temperaturas e ainda melhora a função respiratória das aves”, conclui.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Restrições à pesca durante a piracema visam proteger espécies nativas

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Reprodução

 

A piracema, fenômeno natural que marca a temporada de reprodução de várias espécies de peixes, exige atenção especial de pescadores e autoridades ambientais. A piracema ocorre em todo o território nacional, com variações no período de defeso dependendo das características climáticas e das bacias hidrográficas.

Em estados como Goiás e Tocantins, a restrição vai de novembro a fevereiro, enquanto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina começa em outubro e se encerra em janeiro. Em Roraima, devido às peculiaridades da região amazônica, o defeso ocorre de março a junho.

Em Minas Gerais, o período de defeso começou agora em novembro e segue até fevereiro de 2025. Durante esses meses, a pesca de espécies nativas está proibida, com o objetivo de preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade das bacias hidrográficas.

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A proibição protege espécies como dourado, curimba, mandi e piapara, que dependem de condições específicas para a reprodução. Nesse período, pescadores comerciais e estabelecimentos que comercializam pescado devem declarar seus estoques por meio do site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), um procedimento obrigatório para evitar irregularidades.

Leia Também: Exportação de carne bovina deve atingir 35% da produção até o fim do ano
Embora a pesca de espécies nativas seja restrita, é permitida a captura de espécies exóticas e alóctones, como tilápias, tucunarés e carpas, desde que respeitadas as regras de quantidade e equipamentos. Pescadores podem utilizar até cinco varas ou caniços e capturar até três quilos de peixe, além de um exemplar adicional. A licença de pesca, emitida pelas autoridades estaduais ou federais, é obrigatória.

Áreas sensíveis, como lagoas marginais e confluências de rios, têm a pesca totalmente proibida. Em Minas Gerais, locais específicos como trechos do rio Grande e do rio Tijuco, além de reservatórios como o de Nova Ponte, estão entre os protegidos. A legislação prevê multas que variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil e até pena de detenção para quem descumprir as normas.

O termo piracema, de origem tupi, significa “subida do peixe” e descreve o esforço dos cardumes em nadar contra a correnteza em busca de locais adequados para desova. Algumas espécies percorrem milhares de quilômetros, enfrentando desafios como cachoeiras e barragens. Essa jornada é crucial para a reprodução e o equilíbrio ecológico das espécies.

Com as mudanças nos habitats e a pressão da pesca predatória, o período de defeso é essencial para a recuperação das populações de peixes e a manutenção dos ecossistemas aquáticos. O respeito às regras da piracema, além de ser uma exigência legal, é um compromisso com a preservação ambiental e o futuro da pesca no Brasil.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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