Agronegócio
Open Field Day: dia de campo da Agristar se consolida como o maior do Brasil com mais de 4500 visitantes

Evento contou com 23.000 m² de culturas a campo aberto e 420 m² de estufas – Fotos: Assessoria
Pela 18ª vez, a Agristar abriu sua Estação Experimental em Santo Antônio de Posse (SP), para visitação de toda a cadeia da horticultura do Brasil e do mundo, no Open Field Day, seu tradicional dia de campo realizado na última semana. No total, mais de 4500 visitantes conferiram de perto diversos lançamentos e as principais cultivares das linhas profissionais de sementes Topseed, Topseed Premium, Superseed e TSV Sementes.
O evento ocorreu simultaneamente à 29ª Hortitec (Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas), em Holambra (SP), onde a Agristar do Brasil também esteve presente com seu estande e suas novidades.
“Os produtores ficaram encantados por conseguirmos sincronizar tudo no mesmo lugar, no Open Field Day. O clima ajudou, as condições foram perfeitas e os visitantes puderam ver, ao vivo, a performance de cada material para diferentes regiões. Visitar a estação experimental, conhecer os produtos e as culturas em campo, ajuda a direcionar o produtor, e como notícia boa se espalha, estamos crescendo ano após ano”, enfatiza o gerente Comercial Topseed Premium, Anderson Moreira.
O dia de campo contou com mais de 190 variedades, entre produtos comerciais, pré-comerciais e em testes, em quase 23.000 m² de culturas a campo aberto, e cerca de 420 m² de estufas. Na ocasião, os visitantes puderam conhecer, em primeira mão, os seguintes lançamentos do ano da Agristar: tomate Nivus, cenoura Vitória, cebolinha Itachi e porta-enxerto Augusto, pela Topseed Premium; tomate Taos, cenoura Solar, cebola Chelsea, quiabo Hulk e cebolinha Naruto, da Superseed/TSV Sementes, o portfólio de Microverdes, da Topseed, entre outros. Em estufa foram apresentados: tomate cocktail (minitomates), tomates saladete (italiano), pepinos (japonês e indústria) e produtos para hidroponia (folhosas e maçaria).
Segundo o diretor de Desenvolvimento de Produtos, Mauricio Coutinho, os lançamentos possuem tecnologia de ponta, com o objetivo de aumentar a produtividade e apresentar resultados financeiros diante das principais pragas e doenças que têm ocorrido ultimamente. No caso dos tomates, por exemplo, o Taos e o Nivus são resistentes ao vira-cabeça, com qualidade e firmeza de fruto. Quanto às cenouras, são materiais adaptados para cultivo de verão, que é uma época difícil para a produção. Além de apresentar tolerância às doenças foliares, possuem alta tolerância ao nematoide, o que está fazendo uma grande diferença, e os produtos têm se adaptado muito bem nas diferentes regiões do Sul do país, Sudeste e Centro-Oeste, gerando maior produtividade e retorno financeiro ao produtor”, afirma Coutinho.
De acordo com o gerente Comercial das linhas Superseed e TSV Sementes, Douglas Machado, os feedbacks sobre os lançamentos são muito positivos, principalmente por trazerem maior segurança no momento da produção.
“O feijão de vagem Provence, determinado, se destaca por sua alta tolerância à virose, e a alface Jamila tem um pacote completo de resistência aos fungos. O investimento para produzir essas e outras cultivares é alto, e conseguir trazer maior resistência, por meio da genética, automaticamente proporciona mais segurança para poder investir e ter uma garantia de colheita melhor”, completa Machado.
Para o gerente de Marketing da Agristar do Brasil, o número de visitantes reflete a confiança no trabalho realizado pela empresa no desenvolvimento de cultivares que tragam qualidade e rendimento para o produtor rural. “Temos um dia de campo que completa a experiência do visitante, que vem de diferentes locais do país para a Hortitec e vai até o Open Field Day para ser atendido por técnicos preparados para dar a ele todo o suporte necessário”.
Sobre a Agristar
A Agristar é movida pela paixão ao campo e pelo desafio de superar limites. Com mais de 60 anos de existência, é uma das maiores empresas do país no desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de hortaliças e frutas. Atua no mercado profissional com as linhas Topseed Premium, Topseed, Superseed e TSV Sementes, e no segmento de jardinagem, hobby e lazer através das linhas Topseed Garden e TSV Sementes. Com capital 100% nacional e com uma ampla e moderna infraestrutura, a Agristar tem orgulho em conhecer a sua terra e assim desenvolver e testar produtos de alto desempenho. Sediada em Santo Antônio de Posse (SP), a empresa possui quatro estações experimentais e uma unidade de pesquisa e melhoramento estrategicamente localizadas nos estados de SP, MG, SC e RN, que asseguram o desenvolvimento de produtos adaptados para os mais diversos climas e regiões.
Para mais informações acesse: www.agristar.com.br.
Juliana Bonassa – Attuale Comunicação
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Carne bovina responde por 90% do faturamento das exportações de Mato Grosso no 1º trimestre

O produto respondeu por 80% do volume exportado e por 90,7% do valor gerado nas vendas internacionais de proteínas animais – Foto por: Assessoria/Ima
A carne bovina segue sendo o grande motor das exportações de Mato Grosso. No primeiro trimestre de 2025, o produto respondeu por 80% do volume exportado e por 90,7% do valor gerado nas vendas internacionais de proteínas animais.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex/MDIC), compilados pelo Centro de Dados Econômicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), e reforçam o protagonismo do Estado no cenário agroindustrial nacional.
Entre janeiro e março, Mato Grosso embarcou 170,7 mil toneladas de carnes bovina, suína e de aves, o que representa um crescimento de 8,58% em relação ao mesmo período de 2024. Em faturamento, a alta foi ainda maior: 19,3%, alcançando US$ 721,7 milhões — contra US$ 604,9 milhões no primeiro trimestre do ano anterior.
A carne bovina lidera com folga. Foram 137 mil toneladas exportadas, o que garantiu ao Estado US$ 654,7 milhões em receita. Com esse desempenho, Mato Grosso foi responsável por 20,5% de toda a carne bovina vendida pelo Brasil ao exterior, ficando atrás apenas de São Paulo, que respondeu por 21,7% do total nacional.
Com um rebanho de 32,8 milhões de cabeças, o maior do Brasil, Mato Grosso consolida-se como uma potência na produção e exportação de carne vermelha. O Estado vem somando esforços para expandir mercados, diversificar destinos e agregar valor ao seu produto, com o apoio direto do Governo do Estado, da iniciativa privada e de entidades como o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o crescimento nas exportações é resultado da solidez do setor produtivo e da política de atração de investimentos desenvolvidas pelo Governo do Estado.
“Esses números refletem o trabalho do pecuarista, da indústria e do Estado em promover a carne mato-grossense no mundo. Estamos colhendo frutos de uma política forte de internacionalização, atração de investimentos e participação em feiras globais”, destaca.
Além disso, o secretário lembra que, já em maio, o Estado vai receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação — um avanço sanitário histórico que deve abrir portas para mercados ainda mais exigentes, como Coreia do Sul e Japão. “Essa certificação vai nos colocar em um novo patamar de competitividade internacional”, afirma Miranda.
O Imac, com apoio do Governo, tem atuado fortemente na promoção da carne mato-grossense no exterior, marcando presença em eventos internacionais e articulando com compradores e investidores estratégicos. O objetivo é fortalecer a imagem da carne produzida no Estado como sinônimo de qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade.
“A cadeia da carne é dinâmica e exige estratégias assertivas para a abertura de novos mercados. O Imac tem atuado de forma estratégica na promoção da carne mato-grossense, com formação de parcerias, destacando sua qualidade, sustentabilidade e potencial competitivo, com o objetivo de atrair stakeholders e fomentar novos negócios no cenário internacional”, destaca a diretora executiva do Imac, Paula Sodré Queiroz
Suínos e aves
Apesar da dominância da carne bovina, os demais segmentos também apresentaram crescimento. As exportações de carne suína saltaram 32% no trimestre, com 7,8 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 17,9 milhões — frente aos US$ 12,3 milhões do ano passado. A China segue como principal destino, seguida por Hong Kong, Filipinas, Vietnã e Singapura.
Já as carnes de aves somaram 25,2 mil toneladas exportadas, com faturamento de US$ 49 milhões, crescimento relevante sobre os US$ 40,6 milhões obtidos no mesmo período de 2024. Os principais mercados foram Arábia Saudita, China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
Débora Siqueira | Assessoria/Sedec
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Crise na Produção de Castanha-da-Amazônia Exige Adaptação ao Clima Extremo

Foto: Ronaldo Rosa
Queda na Produção: Impactos da Seca e do El Niño
A produção de castanha-da-amazônia, também conhecida como castanha-do-brasil ou castanha-do-pará, enfrenta uma queda significativa na safra 2024/2025, com consequências diretas para a economia local. A diminuição da produção está associada a uma seca extrema, exacerbada pelo fenômeno climático El Niño. Especialistas preveem recuperação na safra seguinte, porém, alertam sobre a necessidade urgente de implementar medidas de adaptação para evitar novos prejuízos.
A região amazônica experimentou um dos períodos de seca mais intensos dos últimos 40 anos, com a seca agravada pelo El Niño, que se estendeu entre agosto de 2023 e maio de 2024. A combinação de baixa nebulosidade, radiação solar elevada e queimadas prolongadas aumentou as temperaturas e reduziu a umidade do solo, comprometendo a floração e a frutificação das castanheiras.
Carolina Volkmer de Castilho, pesquisadora da Embrapa Roraima, explica que o ciclo reprodutivo das castanheiras é longo e sensível às variações climáticas. A floração ocorre anualmente, durando de quatro a seis meses, geralmente no fim da estação seca e início da chuvosa, enquanto a maturação dos frutos leva de nove a treze meses.
Lucieta Guerreiro Martorano, da Embrapa Amazônia Oriental, lembra que a situação atual é semelhante à crise de 2017, quando o El Niño de 2015/2016 causou temperaturas 2°C acima da média e uma seca excepcionalmente severa, prejudicando a floração e a formação dos frutos, além de reduzir a atividade de polinizadores.
Perspectivas para Recuperação: Expectativa de Superprodução
Apesar da atual redução na safra, pesquisadores da Embrapa preveem uma possível superprodução na safra 2025/2026, fenômeno já observado após a crise de 2017. Segundo Patrícia da Costa, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, as castanheiras tendem a compensar a baixa produtividade com uma maior frutificação nos anos seguintes, principalmente devido ao fenômeno climático La Niña.
No entanto, essa oscilação pode gerar instabilidade nos preços do mercado. Costa cita o exemplo de 2017, quando a alta demanda e a escassez de castanha elevaram o preço da lata (20 litros) para R$ 180,00, mas no ano seguinte, a superprodução e a diminuição da demanda resultaram em uma queda acentuada nos preços, com a lata chegando a valer apenas R$ 25,00. Esse fenômeno, conhecido como “efeito ressaca”, causou perdas financeiras significativas para os extrativistas.
Medidas Necessárias: Manejo Sustentável e Renovação dos Castanhais
Para enfrentar os desafios impostos pelas condições climáticas extremas, é necessário adotar medidas de manejo e renovação dos castanhais. As castanheiras mais velhas estão morrendo, enquanto as mais jovens demonstram maior resiliência frente aos eventos climáticos extremos.
Pesquisas realizadas pela Embrapa têm demonstrado que práticas como o corte de cipós podem aumentar a produção das castanheiras em até 30%, além de melhorar as condições fisiológicas das árvores. Lúcia Wadt, pesquisadora da Embrapa Rondônia, destaca que essa técnica foi validada por um estudo de dez anos, que comprovou seus benefícios tanto para a estrutura das árvores quanto para o aumento da produção.
Além disso, a técnica de produção de mudas em miniestufas tem se mostrado eficaz, permitindo que os produtores aproveitem melhor o potencial de suas áreas de plantio, contribuindo para a regeneração das florestas e para a formação de novos castanhais. Marcelino Carneiro-Guedes, da Embrapa Amapá, reforça a importância de sistemas agroflorestais, como o “Castanha na Roça”, que combinam a agricultura com a produção florestal, favorecendo a regeneração natural da castanheira.
Garantindo a Qualidade do Produto: Armazenamento e Secagem
Com a previsão de aumento na produção para a safra seguinte, é fundamental garantir a qualidade da castanha, especialmente no que diz respeito ao armazenamento e à secagem das amêndoas. O manejo adequado dessas etapas é crucial para evitar a contaminação por aflatoxinas, substâncias produzidas por fungos que se desenvolvem em condições inadequadas de armazenamento e que podem ser prejudiciais à saúde.
Cleisa Brasil, pesquisadora da Embrapa Acre, enfatiza a importância das boas práticas de coleta, como a secagem rápida e uniforme das amêndoas e o armazenamento em locais secos e arejados, para garantir a qualidade e segurança alimentar do produto.
Seguro Extrativismo: Proposta para Proteção Financeira
Diante da instabilidade provocada pelos eventos climáticos extremos, a criação de um seguro-extrativismo tem sido debatida como uma solução para proteger os extrativistas. Esse mecanismo garantiria compensações financeiras nos anos de baixa produção, oferecendo maior segurança econômica às comunidades extrativistas.
Napoleão Ferreira de Oliveira, da Associação Apavio, destaca que a falta de chuvas tem afetado não apenas a produção de castanha, mas também de outros produtos essenciais como o açaí. Ele sugere a criação de um abono para os extrativistas, similar aos auxílios concedidos a outros setores do agronegócio. Segundo Oliveira, sem essa segurança, muitas famílias extrativistas serão forçadas a abandonar a floresta, impactando negativamente a conservação da Amazônia.
Rede Kamukaia: Colaboração e Pesquisa no Setor Extrativista
A Rede Kamukaia, coordenada pela Embrapa, reúne pesquisadores, ONGs e universidades para desenvolver tecnologias sociais e entender os aspectos ecológicos e socioeconômicos das espécies vegetais usadas como produtos florestais não madeireiros. O projeto NewCast, com foco no fortalecimento da cadeia produtiva da castanha-da-amazônia, é um exemplo de como a pesquisa pode contribuir para melhorar a produção e a qualidade do produto, além de valorizar as comunidades extrativistas.
O projeto NewCast, iniciado em 2024, contará com a colaboração de várias unidades da Embrapa e comunidades parceiras nas Reservas Extrativistas do Rio Cajari (Amapá) e Baixo Rio Branco-Jauaperi (Roraima/Amazonas), bem como em Terras Indígenas, como a do Rio Branco (Rondônia) e WaiWái (Roraima). O projeto visa superar os desafios na produção e melhorar a qualidade da castanha, expandindo a base produtiva e valorizando o produto no mercado.
Impactos para a Economia Local e Sustentabilidade
A escassez de castanhas pode afetar a renda das comunidades extrativistas que dependem desse produto. Em diversas regiões, como a Reserva Extrativista Cajari, no Amapá, a seca causou perdas significativas na produção. Paulo César Nunes, da Cooperativa do Povo Indígena Zoro (Cooperapiz), explica que a quebra na produção comprometeu contratos e impactou a renda das famílias extrativistas. A cooperativa, no entanto, recebeu apoio da Cooperação Internacional para facilitar a aquisição de castanha, embora Nunes defenda o fortalecimento das indústrias de base comunitária para garantir a sustentabilidade do setor.
Ítalo Tonetto, da Castanhas Ouro Verde, em Rondolândia (MT), destaca a necessidade de previsibilidade no mercado e comunicação transparente com os clientes, para lidar com os riscos da safra atual e assegurar a normalização na produção futura.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Mercado de açúcar recua diante de cenário econômico incerto e fundamentos baixistas

Divulgação
A Hedgepoint Global Markets divulgou uma análise sobre o comportamento recente do mercado de açúcar, destacando um ambiente de forte cautela influenciado por tarifas de importação, receios de recessão global e problemas na cadeia de suprimentos. Esses fatores afetaram amplamente setores estratégicos, incluindo o energético, e refletiram diretamente sobre o mercado do adoçante, que sofreu perdas expressivas ao longo da última semana.
O início da semana foi marcado pelos efeitos da primeira rodada de tarifas, que geraram um clima de apreensão generalizada nos mercados. A retração do real frente ao dólar — o que geralmente incentiva exportações por parte dos produtores brasileiros — somou-se a fundamentos já enfraquecidos do setor, pressionando ainda mais as cotações. A aproximação da nova safra no Centro-Sul brasileiro contribuiu para o aumento da oferta no curto prazo, em um cenário de demanda ainda enfraquecida. Como resultado, o açúcar bruto registrou recuo, encerrando a terça-feira a 18,3 centavos de dólar por libra-peso.
Segundo Lívea Coda, coordenadora de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, a combinação entre o temor de recessão, interrupções na cadeia de suprimentos e a desvalorização cambial acentuou a pressão sobre os preços. “Esses fatores, somados ao aumento esperado da oferta com a nova safra brasileira, levaram à queda nas cotações”, destacou.
Na quarta-feira, houve uma leve recuperação do mercado, após os Estados Unidos anunciarem novas medidas tarifárias com foco na China e uma trégua de 90 dias para países que não responderam com retaliações, além da redução das tarifas para 10%. Embora tenha havido sinais pontuais de melhora, a perspectiva de curto prazo permaneceu negativa. Outros mercados, como o setor energético e o câmbio, também registraram perdas no mesmo dia, refletindo o grau elevado de incerteza global. Ao fim da semana, o açúcar acumulou retração superior a 4%, cotado a 18 centavos de dólar por libra-peso.
Enquanto o mercado tenta assimilar as recentes mudanças e permanece atento a novos desdobramentos, os fundamentos do açúcar continuam frágeis. A queda brusca nos preços abriu uma janela para arbitragem de importação na China — especialmente em regiões não produtoras —, mas isso não se traduziu em novas compras por parte do país asiático. Especialistas acreditam que o envolvimento direto da China na atual disputa tarifária e a fragilidade de seu setor imobiliário contribuíram para a inércia nas negociações.
Ainda assim, há expectativa de que o mercado chinês volte a exercer influência nos preços. Com ritmo de importações reduzido nos últimos meses, a China poderá voltar a sustentar o mercado, especialmente após o término de sua temporada de moagem — que caminha para um recorde. A projeção é de que a safra 2024/2025 atinja 11 milhões de toneladas de açúcar, com 10,75 milhões já produzidas até o fim de março. Esse cenário pode ter justificado a ausência de compras na última semana.
Na Tailândia, outro importante produtor asiático, os dados finais da moagem começaram a ser divulgados, indicando a colheita de 92 milhões de toneladas de cana e uma produção de 10 milhões de toneladas de açúcar. Embora os números fiquem abaixo das expectativas iniciais, representam avanço em relação ao ciclo anterior, quando foram colhidas cerca de 82 milhões de toneladas.
No Brasil, os fundamentos continuam contribuindo para a pressão baixista. A expectativa pelo próximo relatório da Unica sobre a safra 2024/2025 é alta. As recentes chuvas no Centro-Sul amenizaram as preocupações causadas pela estiagem de fevereiro, com melhora de indicadores como o Índice de Saúde da Vegetação (VHI). Com o início da nova temporada, os contratos futuros de açúcar tendem a encontrar resistência para avançar, a menos que surjam notícias expressivamente altistas.
Por fim, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) confirmou o fim do fenômeno El Niño e a transição para uma fase climática Neutra, o que pode favorecer as lavouras no Hemisfério Norte. Na Índia, as previsões de monções indicam chuvas 3% acima da média histórica em 2025, o que poderá ampliar a disponibilidade de cana na safra 2025/2026, adicionando mais um fator de pressão futura sobre o mercado global de açúcar.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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