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Agronegócio

Proex poderá financiar pré-embarque de exportações brasileiras

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Exportações intrarregionais representam apenas 20% das realizadas pela America Latina e Caribe Por: Foto: Banco Mundial/Divulgação

As empresas exportadoras brasileiras poderão financiar as vendas para o exterior até seis meses antes do embarque. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quarta-feira (26) a ampliação do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) para permitir o financiamento pré-embarque.

Atualmente, o financiamento ocorre na fase pós-embarque, com o crédito só sendo liberado após a comprovação do embarque das mercadorias ou do faturamento dos serviços. Com a nova medida, o desembolso poderá ocorrer até 180 dias antes da exportação, que deverá ser comprovado em até 15 dias da data prevista no cronograma aprovado. Nesse caso, o financiamento começará no momento do desembolso, e não no da exportação.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que esse tipo de financiamento ajudará empresas com acesso restrito a outras fontes de crédito antes do embarque. As exportações cobertas por outros financiamentos (pré ou pós-embarque) ou com adiantamentos recebidos pelo exportador não poderão receber o financiamento pré-embarque do Proex.

Quando não houver comprovação de que a exportação ocorreu até a data prevista, quando os bens ou serviços exportados não forem fabricados ou prestados pelo exportador, ou quando o exportador não apresentar os documentos exigidos, ou falseá-los, o financiamento será suspenso, e o exportador deverá reembolsar os valores corrigidos à União. Caso a descaracterização das operações seja superior a 15% de seu montante total, o exportador ficará impedido de contratar com o Proex por cinco anos.

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Segundo o Ministério da Fazenda, o financiamento pré-embarque não aumenta as despesas do Tesouro Nacional. Isso porque os recursos sairão dos valores já previstos no Orçamento Geral da União para o Proex Financiamento.

Criado em 2001, o Proex apoia as exportações brasileiras de bens e serviços por meio da promoção de financiamento em condições equivalentes às praticadas no mercado internacional.

Edição: Maria Claudia

Fonte: CENÁRIOMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

IBGE projeta safra recorde de 333,3 milhões de toneladas para 2025, com alta em cereais, leguminosas e oleaginosas

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Imagem Ilustrativa

 

Estimativa geral da safra 2025

O IBGE divulgou em junho a previsão para a produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025, que deve atingir 333,3 milhões de toneladas. Esse volume representa um crescimento de 13,9% em relação a 2024 (292,7 milhões de toneladas) e um aumento de 0,2% em comparação ao dado estimado em maio, com acréscimo de 698,6 mil toneladas.

Área a ser colhida em crescimento

A área estimada para colheita chega a 81,2 milhões de hectares, 2,7% maior do que em 2024, com incremento de 2,1 milhões de hectares. Em relação a maio, houve estabilidade na área, com leve aumento de 15,3 mil hectares.

Principais culturas e suas participações

Arroz, milho e soja são os destaques, respondendo juntos por 92,6% da produção estimada e 88% da área a ser colhida. Outros destaques na área são o algodão herbáceo (crescimento de 5,6%), arroz em casca (11,4%), soja e milho (3,3% cada), e sorgo (5,5%). Já o feijão e o trigo tiveram redução na área cultivada, com quedas de 5% e 14,7%, respectivamente.

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Variações na produção por cultura

O IBGE aponta crescimento na produção para várias culturas: algodão herbáceo (5,3%), arroz em casca (16%), feijão (4,2%), soja (13,9%), milho (14,6%), sorgo (9%) e trigo (5,9%).

Estimativas específicas para as principais culturas
  • Soja: Produção estimada em 165,1 milhões de toneladas.
  • Milho: Total previsto de 131,4 milhões de toneladas (26 milhões na 1ª safra e 105,4 milhões na 2ª safra).
  • Arroz em casca: 12,3 milhões de toneladas.
  • Trigo: 8 milhões de toneladas.
  • Algodão herbáceo (em caroço): 9,3 milhões de toneladas.
  • Sorgo: 4,3 milhões de toneladas.
Distribuição regional da produção

As regiões com maior crescimento anual na produção foram: Centro-Oeste (17,5%), Sul (8,2%), Sudeste (14,7%), Nordeste (9,2%) e Norte (15,2%). No comparativo mensal, Norte (0,6%), Nordeste (0,4%) e Sul (0,5%) apresentaram alta, enquanto Sudeste e Centro-Oeste mantiveram suas estimativas estáveis.

Líderes na produção nacional

Mato Grosso segue como maior produtor, com 31,5% do total nacional, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,6%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,5%). Juntas, essas unidades federativas respondem por quase 80% da produção total. Por regiões, o Centro-Oeste lidera com 51%, seguido do Sul (25,4%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,4%) e Norte (6,3%).

Destaques mensais e variações por estados

Entre maio e junho, houve aumentos na produção estimada de cevada (+30,3%), café canephora (+10,8%), aveia (+1,2%), algodão herbáceo (+0,8%), café arábica (+0,8%), milho 1ª safra (+0,6%) e milho 2ª safra (+0,4%). Houve quedas nas estimativas de feijão 2ª safra (-0,7%), trigo (-0,6%), feijão 1ª safra (-0,4%) e soja (-0,0%).

Os estados com maiores variações positivas foram Paraná (+447,1 mil toneladas), Bahia (+177,6 mil toneladas), Tocantins (+108,9 mil toneladas), Rondônia, Espírito Santo, Amazonas e Rio de Janeiro. As maiores quedas ocorreram em Pernambuco, Ceará, Sergipe, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Amapá.

Análise das principais culturas
  • Algodão herbáceo (em caroço): A produção estimada é de 9,3 milhões de toneladas, com crescimento mensal de 0,8% e anual de 5,3%. A área plantada e a colhida cresceram 5,6%, renovando expectativa de recorde.
  • Café (arábica e canephora): Produção total estimada em 3,5 milhões de toneladas (57,5 milhões de sacas), aumento de 4% em relação ao mês anterior. O arábica deve atingir 2,3 milhões de toneladas, com queda anual de 6,2%, refletindo a bienalidade negativa da cultura. O canephora está estimado em 1,2 milhão de toneladas, com crescimento mensal de 10,8% e anual de 17,3%, impulsionado por melhor manejo e condições climáticas favoráveis.
  • Cereais de inverno (trigo, aveia e cevada):
    • Trigo: 8 milhões de toneladas, queda mensal de 0,6% e crescimento anual de 5,9%. A Região Sul responde por 86,2% da produção, com destaque para RS e PR.
    • Aveia: Produção prevista de 1,3 milhão de toneladas, crescimento mensal de 1,2% e anual de 24,8%. RS e PR lideram a produção.
    • Cevada: Estimada em 545,9 mil toneladas, alta mensal de 30,3% e anual de 31,2%, com Paraná como principal produtor.
  • Feijão: Produção total de 3,2 milhões de toneladas, queda mensal de 0,4% e alta anual de 4,2%. A produção está dividida em três safras, com o Paraná, Minas Gerais e Goiás como principais produtores. Há variações regionais e safras específicas com leves ajustes nas estimativas.
  • Milho: Estimativa total de 131,4 milhões de toneladas, aumento mensal de 0,4% e anual de 14,6%. A 1ª safra está prevista em 26 milhões de toneladas, com queda na área plantada mas aumento no rendimento. A 2ª safra deve bater recorde com 105,4 milhões de toneladas, crescimento em área e produtividade. Mato Grosso lidera a produção da 2ª safra, seguido por Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.
  • Soja: Estimativa de produção recorde em 165,1 milhões de toneladas, crescimento anual de 13,9%. Mato Grosso mantém liderança com 50,2 milhões de toneladas, seguido por Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com variações regionais influenciadas por clima e produtividade.

Esses dados reafirmam a importância do agronegócio brasileiro, com crescimento significativo e diversificação regional da produção, apesar de desafios climáticos e de mercado.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Santa Catarina bate recorde histórico nas exportações de carne suína e impulsiona agronegócio no primeiro semestre de 2025

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Foto: RPF Group

 

Santa Catarina alcançou um marco histórico nas exportações de carne suína no primeiro semestre de 2025, consolidando sua posição como líder nacional no setor. Entre janeiro e junho, o estado exportou 369,2 mil toneladas, gerando receita recorde de US$ 904,1 milhões — o melhor desempenho em volume e valor desde o início da série histórica, em 1997.

Em junho, foram embarcadas 69,8 mil toneladas de carne suína, movimentando US$ 178 milhões, o maior faturamento mensal já registrado pelo setor e o segundo melhor volume da série. O crescimento foi puxado pela forte demanda de países asiáticos, especialmente Japão, China e Filipinas. O Japão, em particular, destacou-se com aumento de 58,1% nas receitas na comparação com o primeiro semestre de 2024. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Autoridades ressaltam confiança e qualidade

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O governador Jorginho Mello destacou o rigor no controle sanitário como fator decisivo para a confiança dos mercados mais exigentes. “Temos um histórico de excelência com esses mercados e um potencial enorme. Recentemente, reforcei no Japão o pedido para autorizar a exportação de carne bovina catarinense. Estamos prontos para avançar”, afirmou.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, ressaltou que Santa Catarina foi responsável por mais de 53% das receitas nacionais com exportação de carne suína no período. “Este recorde reflete a expansão e diversificação de produtos e mercados, além da qualidade, sanidade e confiabilidade que entregamos”, complementou.

Exportações de frango mantêm desempenho positivo apesar de desafios

No segmento de frango, o estado também teve resultado positivo no primeiro semestre de 2025, com 573,1 mil toneladas exportadas e receita de US$ 1,18 bilhão — crescimento de 1,8% no volume e 9,9% nas receitas em relação ao mesmo período de 2024.

Porém, em junho, as exportações sofreram quedas de 6,3% em volume e 5,9% em faturamento, totalizando 76,4 mil toneladas e US$ 159,3 milhões. O recuo foi consequência dos embargos impostos por diversos países após a suspensão temporária das exportações devido a um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granja no Rio Grande do Sul, que já foi declarado erradicado.

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Chiodini afirmou que, mesmo diante dos embargos, o setor de frango manteve um desempenho sólido no semestre, demonstrando capacidade de adaptação e reforçando o compromisso com a defesa sanitária.

Recuperação parcial nas exportações de frango em junho

Alexandre Giehl, analista da Epagri/Cepa, destacou que em junho houve recuperação parcial nas exportações para mercados importantes, com crescimento expressivo nas vendas para Japão (136,9% em quantidade e 146,2% em receitas), Arábia Saudita (34% e 27,7%) e Emirados Árabes Unidos (87,2% e 75,9%).

Entre os dez principais importadores da carne de frango catarinense, apenas os Países Baixos registraram queda nas compras, o que impactou o total exportado pelo estado no mês.

Santa Catarina registra recorde em exportações totais de carnes

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Considerando todas as carnes — frango, suína, bovina, peru e outras — o estado exportou 974,2 mil toneladas no primeiro semestre, com faturamento recorde de US$ 2,15 bilhões, o melhor resultado desde o início da série histórica em 1997.

Somente em junho, foram exportadas 151,4 mil toneladas, gerando receita de US$ 348,8 milhões.

Programa Estrada Boa Rural para fortalecer o agronegócio
Na primeira semana de julho, o governador Jorginho Mello lançou o Programa Estrada Boa Rural, que prevê investimento de R$ 2,5 bilhões para pavimentar 2.500 quilômetros de vias rurais em todos os 295 municípios catarinenses.

O objetivo do programa é melhorar a infraestrutura viária para reduzir os custos de transporte, facilitar o escoamento da produção agrícola e fortalecer a cadeia agroindustrial do estado, potencializando ainda mais o desempenho do agronegócio catarinense.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Famato alerta para impacto da tarifa de Trump e cobra reação firme do Brasil

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Foto: Mapa / Divulgação

 

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) manifestou preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A entidade destaca que a medida representa uma ameaça direta ao agronegócio mato-grossense, especialmente à cadeia da carne bovina, uma das principais forças econômicas do estado.

“Como maior produtor de carne bovina do país, com rebanho superior a 30 milhões de cabeças, Mato Grosso pode ser diretamente afetado pela medida, que traz insegurança ao comércio internacional e pressiona o custo de produção no campo”, aponta a Famato em nota.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apenas em 2024 Mato Grosso exportou 39.039 toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, de um total de 303.149 toneladas embarcadas pelo Brasil. Até junho de 2025, o estado já soma 26,55 mil toneladas enviadas ao mercado norte-americano, o que reforça a importância da relação comercial entre as duas nações.

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Para a Famato, a imposição da tarifa pode provocar reflexos em toda a cadeia produtiva, desde o produtor rural até os frigoríficos, e comprometer o desempenho das exportações em um momento de instabilidade econômica global.

A entidade cobra uma postura firme por parte do governo brasileiro, com foco na preservação da competitividade do agro nacional e na garantia da segurança jurídica nas relações comerciais internacionais. “É essencial uma resposta diplomática à altura, que assegure previsibilidade e estabilidade ao setor produtivo”, reforça a federação.

A fala da Famato se soma a outras manifestações de entidades mato-grossenses, como a Fiemt e lideranças políticas, entre elas o governador Mauro Mendes e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Todos compartilham a preocupação com os efeitos da decisão americana e defendem ações institucionais para proteger os interesses brasileiros no comércio exterior.

Alline Marques

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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