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Agronegócio

Governo anuncia Plano Safra 24/25 que somado chega a R$ 584,59 bilhões

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Reprodução

 

 

Como o Portal Pensar Agro já havia adiantado, Governo Federal apresentou nesta quarta-feira (03.07) o Plano Safra 2024/2025, que visa impulsionar o agronegócio nacional com um total de R$ 584,59 bilhões em recursos para os produtores rurais em diversos níveis.

Para a agricultura empresarial, serão alocados R$ 400,59 bilhões em linhas de crédito, marcando um incremento de 10% comparado à safra passada.

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Dentro deste montante, R$ 293,29 bilhões serão direcionados para custeio e comercialização, representando um aumento de 8%. Além disso, R$ 107,3 bilhões serão destinados a investimentos, um crescimento notável de 16,5% em relação ao ano anterior.

O plano também oferece aos produtores rurais a oportunidade de acessar mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR). Essa medida visa complementar os incentivos do plano, facilitando o acesso ao crédito necessário para investimentos e custeio da produção.

No total o plano disponibiliza R$ 508,59 bilhões em recursos para o agronegócio empresarial, com R$ 400,59 bilhões destinados ao crédito para a agricultura empresarial e R$ 108 bilhões em recursos de LCA. Com um aumento de 10% nos recursos para a agricultura empresarial em relação à safra anterior, o plano inclui incentivos para custeio, comercialização e investimentos.

Além disso, oferece crédito facilitado através de emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR), focando no desenvolvimento sustentável do agronegócio, geração de emprego e renda, fortalecimento da economia nacional e garantia da segurança alimentar.

FAMILIAR – O governo também anunciou um investimento recorde de R$ 76 bilhões no Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25. O valor, 43,3% superior aos recursos disponibilizados na safra anterior, representa um marco histórico no apoio aos pequenos produtores do país.

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Segundo o Governo o Plano Safra da Agricultura Familiar 24/25 contará com R$ 1 bilhão a mais do que o valor inicialmente anunciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Esse acréscimo, fruto da articulação do governo com os Fundos Constitucionais, demonstra o compromisso do governo com o desenvolvimento sustentável do campo brasileiro.

Segundo o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, o Plano Safra 2024/25 não apenas disponibiliza mais recursos, como também garante maior eficiência e produtividade para os pequenos produtores.

“Com um custo de produção 23% menor, teremos um Plano Safra 63% mais eficiente, cobrindo mais áreas e impulsionando a produção de alimentos saudáveis para o Brasil”, destacou o ministro.

Leia Também: CVM prevê novas regras para Fiagro no segundo semestre

Fávaro também ressaltou a importância da parceria com os bancos públicos na construção do Plano Safra. “O BNDES, o Banco do Brasil, o BASA e o BMB foram essenciais para o sucesso desse plano, demonstrando sua confiança no potencial da agricultura familiar brasileira”, afirmou.

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Plano Safra da Agricultura Familiar:

*Valor total: R$ 76 bilhões

Origem dos recursos:

*Tesouro Nacional

*Fundos Constitucionais

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*Bancos públicos: BNDES, Banco do Brasil, BASA e BMB

Destaques:

*Aumento de 43,3% em relação à safra anterior

*R$ 1 bilhão a mais do que o valor inicialmente anunciado

*Redução de 23% no custo de produção

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*Aumento de 63% na eficiência do Plano Safra

*Ampliação da área de cobertura

*Foco na produção de alimentos saudáveis

Fonte: Pensar Agro

Colaborou:  Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Alta dos preços e demanda aquecida impulsionam profissionalização na pecuária de cria

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Foto: Armindo Barth Neto/Divulgação

A pecuária de cria iniciou 2025 com um cenário promissor, impulsionado pela alta no preço do boi gordo e pela expectativa de continuidade desse movimento nos próximos anos. A análise é do gerente técnico do Serviço de Inteligência em Agronegócio (SIA Brasil), Armindo Barth Neto, que avalia que o ambiente atual abre oportunidades importantes, mas exigirá mais profissionalização dos produtores.

Barth Neto explica que vários fatores convergem para um momento favorável, como a expectativa de aumento do consumo interno, exportações aquecidas, câmbio favorável e a previsão de menor oferta de bois gordos. Segundo ele, o recorde de abate de fêmeas em idade reprodutiva registrado nos últimos anos deverá impactar a oferta de reposição, fortalecendo ainda mais a demanda por bezerros de qualidade. “Temos uma escassez de oferta combinada com uma demanda elevada, o que gera um cenário de valorização, mas apenas quem estiver estruturado poderá aproveitar ao máximo”, destaca.

Vaca bate recorde com valorização de R$ 15,2 milhões

O gerente técnico da SIA ressalta que o segredo está em profissionalizar a gestão da propriedade rural. Entre as medidas necessárias estão a organização do rebanho, com descarte de animais improdutivos e investimento em genética melhoradora, além da atenção à qualidade das pastagens, adubação e controle de lotação. “A base do sucesso é pastagem de qualidade. Sem isso, todo o restante do sistema fica comprometido”, observa.

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Outro ponto fundamental para melhorar a eficiência é elevar a taxa de desmame e o peso dos terneiros, Barth Neto recomenda buscar taxas de desmame acima de 75% e terneiros com no mínimo 210 quilos ao desmame. Ele também enfatiza a importância de antecipar o primeiro parto para os 24 meses de idade. “Quanto antes a novilha iniciar sua vida produtiva, menor será o custo de recria e maior será a produtividade ao longo do tempo”, pontua.

A estratégia para quem deseja consolidar a produção e aproveitar o bom momento passa ainda por investimentos bem planejados. “O melhor dia para investir foi ontem. O segundo melhor dia é hoje. Estruturar o negócio agora é garantir ganhos maiores na alta e resistência nos momentos de baixa”, finaliza.

(Com Nestor Tipa Júnior/SIA

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Mercado de trigo muda de rumo em meio ao início do plantio e pressão internacional

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Foto: Aires Mariga/Epagri

O mercado brasileiro de trigo vive uma reviravolta neste início de maio. Depois de um abril marcado por expectativas altistas — sustentadas pela escassez de produto no mercado interno e pela valorização do dólar —, o cenário mudou com a entrada de trigo argentino mais competitivo, a queda nas cotações internacionais e a valorização do real, que reduziu o custo das importações e inverteu a dinâmica de força entre vendedores e compradores.

O movimento acontece em um momento estratégico para o setor. As principais regiões produtoras do país, Paraná e Rio Grande do Sul, iniciaram o plantio da nova safra 2025/26. Juntos, os dois estados respondem por cerca de 80% da produção nacional, e o avanço das lavouras tende a ganhar ritmo ao longo de maio. Com o campo voltando à ativa, o foco se desloca para as perspectivas de oferta e a postura dos agentes diante de um mercado que perdeu fôlego.

A estimativa oficial para a produção da safra 2025/26 é de 9,1 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa recuperação em relação à safra passada, que foi impactada por eventos climáticos adversos, especialmente no Sul. Mesmo com essa expectativa positiva, o início da temporada não tem sido suficiente para sustentar os preços domésticos, pressionados por fatores externos.

No começo de abril, o ambiente era outro. O dólar chegou a bater R$ 6,10, os estoques internos estavam limitados e o mercado internacional ainda oferecia suporte. Esses elementos sustentavam o otimismo do lado vendedor, que se aproveitava do momento para ditar o ritmo das negociações. Mas a entrada de trigo argentino a preços mais baixos começou a mudar o jogo.

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O Sul do Brasil, onde estão concentrados os estoques disponíveis, foi o primeiro a sentir os efeitos da competição externa. As ofertas argentinas chegaram com valores próximos à viabilidade econômica, minando a vantagem doméstica. Paralelamente, as cotações internacionais, especialmente nos Estados Unidos, passaram a recuar, forçando os exportadores argentinos a reduzirem seus preços para manter espaço no mercado. Essa pressão foi diretamente repassada ao Brasil.

Além disso, a valorização do real ao longo de abril contribuiu para tornar as importações mais baratas. Com o câmbio mais favorável, o trigo externo passou a ter mais apelo, o que enfraqueceu ainda mais o preço interno. A combinação desses fatores transformou completamente o ambiente: de um mercado pautado pela firmeza do vendedor, passou-se a uma postura cautelosa do comprador, que agora pressiona por preços mais baixos.

A mudança de humor se refletiu na conduta dos agentes. Os produtores, que no início do mês evitavam vender à espera de melhores cotações, agora demonstram maior disposição para negociar. Do outro lado, compradores recuam, exigem descontos e impõem ritmo mais lento às operações. Embora os preços ainda estejam acima dos níveis de março, a tendência é de enfraquecimento — e o sentimento de mercado já antecipa essa correção.

O quadro ganha contornos ainda mais relevantes diante do cenário de estoques e consumo. Os estoques finais da safra passada estão estimados em cerca de 704 mil toneladas — um volume superior ao do ano anterior, mas ainda considerado apertado frente à demanda interna. A oferta total de trigo no país, considerando estoques, produção e importações, está ajustada para 14,48 milhões de toneladas, enquanto o consumo doméstico segue estável, com destaque para o segmento de moagem.

Com o plantio em andamento e o mercado internacional oferecendo trigo a preços mais competitivos, a tendência para maio é de que a pressão baixista persista. A movimentação cambial, o avanço da safra nacional e o comportamento dos preços externos continuarão sendo os principais fatores de influência. A expectativa, agora, gira em torno da postura que os agentes adotarão diante desse novo equilíbrio de forças — e do quanto o Brasil conseguirá manter sua competitividade frente à oferta global.

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(Com Feagro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Fruta nativa do Sul do Brasil, goiaba-serrana encerra colheita em Santa Catarina neste mês

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Divulgação

Entre março e maio, o Planalto Serrano Catarinense é tomado por um aroma marcante: é tempo de colheita da goiaba-serrana, fruta nativa do Sul do Brasil conhecida pelo perfume intenso e sabor doce-acidulado. Em Santa Catarina, a fruta é cultivada por cerca de 20 agricultores familiares em aproximadamente 20 hectares, com produtividade média de 15 a 20 toneladas por hectare.

“A Goiaba da Serra é a fruta do futuro, é uma fruta muito nossa e vem sendo estudada pelo
governo, através da Epagri. Queremos continuar o melhoramento genético pra aumentar sua duração e
fortalecer o cultivo entre as famílias produtoras. A goiaba da serra é nossa, vem do campo, bota dinheiro no bolso de famílias rurais e merece o nosso apoio pra crescer mais e mais”, destaca o governador Jorginho Mello.

A goiabeira-serrana (Acca sellowiana) passou a ser cultivada comercialmente no estado a partir da década de 1980, graças a um programa de pesquisa e domesticação da espécie coordenado pela Epagri em parceria com a UFSC, Udesc e produtores locais. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) é o órgão do Governo do Estado responsável pela produção de ciência, tecnologia e assistência técnica aos agricultores e pescadores catarinenses. Está vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária

Segundo Maêve Silveira Castelo Branco, líder do Programa de Fruticultura da Epagri nas regiões de Lages e São Joaquim, o cultivo tem se mostrado uma alternativa lucrativa para diversificação da renda em propriedades familiares. Hoje, os produtores recebem em média R$15,00 por quilo da fruta in natura, que chega ao mercado final por valores que variam de R$20 a R$30.

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A planta ocorre naturalmente em altitudes acima de 800 metros, associada aos biomas Mata Atlântica e Pampa. De aparência semelhante à goiaba comum, a goiaba-serrana tem casca verde mesmo quando madura. Apenas a polpa é consumida in natura — uma massa gelatinosa de cor clara, altamente aromática e sabor agridoce.

Além do consumo fresco, a fruta é versátil e pode ser usada na produção de sucos, geleias, doces em pasta ou corte, licores, sorvetes, molhos e até espumantes artesanais.

Pesquisa e melhoramento genético

Desde 1980, Epagri conduz um programa de melhoramento genético da goiabeira-serrana. Até agora, cinco cultivares foram lançados: Alcântara, Nonante, Helena, Mattos e Pierri. O principal diferencial entre eles é o período de maturação, o que permite aos produtores escalonar a colheita.

Em 2019, a Epagri lançou o livro A cultura da goiabeira-serrana, com informações técnicas sobre o cultivo, manejo fitotécnico e fitossanitário. A obra, organizada pelo pesquisador Leonardo Araújo, coordenador dos estudos com a espécie na Empresa, é voltada para professores, técnicos, agricultores e demais interessados.

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Pâmella Andressa

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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