Agronegócio
Produtor de Mateiros (TO) alcança 104,42 sacas por hectare na safra 23/24 e é o campeão do Norte sequeiro na 16ª edição do Desafio Nacional de Produtividade de Soja CESB
Da esquerda para a direita: João Pascoalino (ICL), Luciano Biancini (consultor), Rafael Gil (ICL) e Márcio da Cunha (produtor)
Com mais de 6 mil inscrições de 1,1 mil municípios em 20 estados, cobrindo 4 milhões de hectares e 980 áreas auditadas – 481 delas acima de 90 sacas por hectare –, a 16ª edição do Desafio da Máxima Produtividade da Soja CESB evidenciou novamente o compromisso dos produtores com sistemas de produção mais sustentáveis. Este ano, o concurso foi avaliado pela ecoeficiência, considerando o desempenho ambiental e econômico.
Durante a premiação, foram reconhecidos e incentivados os campeões que adotam práticas aumentando a produtividade sem comprometer a saúde do solo, da água e biodiversidade. O Grupo Ilmo da Cunha, inscrito pela ICL e com a orientação do engenheiro agronômico e consultor Luciano Biancini, foi eleito o campeão do Norte na categoria sequeiro, produzindo 18% a mais, com 61% menos adubo, 25% menos água e 4% menos defensivos. Segundo o CESB, se toda a produção de soja da região Norte adotasse práticas similares, seriam evitadas emissões de 6 bilhões de quilos de gás carbônico.
Lorena Moura, coordenadora técnica e de Pesquisa do CESB, explicou a conquista do Grupo Ilmo da Cunha: “A fazenda tem 7.560 hectares, dos quais 5.770 hectares são destinados ao cultivo da soja. Na última safra, a média produtiva foi de 76,4 sacas de soja por hectare, um número excelente para a realidade do Brasil. A área auditada, com uma altitude de quase 800 metros, produziu uma média de 90 sacas por hectare, atingindo 104,42 sacas na área específica de 2,54 hectares auditada. Com um total de pouco mais de 800 milímetros de chuva ao longo do ciclo da cultura e temperaturas variando de 20 a 35 graus, houve uma eficiência climática de 76% e uma eficiência agrícola de 74%”.
Além disso, a análise física do solo revelou uma variação de argila entre 25% e 40%, com boa infiltração até 40 centímetros de profundidade, presença de raízes profundas e bons resultados nas propriedades químicas do solo. “O manejo nutricional foi feito de forma foliar, compensando qualquer deficiência no solo”, acrescentou Lorena.
O sistema produtivo da fazenda é diversificado, com pelo menos quatro culturas: algodão, soja, milheto e braquiária. “A cada três anos, realiza-se a correção de solo com calcário e gesso, além do uso de subsoladores e escarificadores para melhorar a estrutura do solo. O manejo nutricional incluiu a aplicação de produtos da ICL, como Sulfurgran B-MAX, Produbor, Kellus Copper, Kellus Inox, Tônus, Profol Produtividade e complementos com nitrogênio e magnésio”, detalhou a coordenadora.
O custo de produção nessa área foi de R$ 5.685. Os principais investimentos foram em operação de máquinas e implementos, corretivos, fertilizantes e defensivos. “O preço médio de venda da soja foi de R$ 120,00, resultando em um retorno sobre o investimento de R$ 1,20”, destacou.
Os produtores Isabel e Márcio da Cunha, juntamente com seu consultor Luciano Biancini, o diretor comercial da ICL Rafael Gil Silvano e o gerente de serviços digitais João Pascoalino, estiveram nos estúdios do Canal Rural para a premiação e comentaram os resultados. Cunha agradeceu todos os envolvidos, e Biancini destacou as condições necessárias para alcançar esses resultados. “É louvável ver produtores e consultores se desafiando e buscando melhorias. Um dos pilares da ICL é evoluir juntos, reconhecendo quem busca se desafiar”, declarou Rafael Gil.
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Outros campeões também se destacaram utilizando produtos da ICL, como Sílvio Maluta de Itapeva (SP), campeão nacional de soja irrigada, a Fazenda Reunidas Baungart de Rio Verde (GO), campeã na categoria Centro-Oeste Sequeiro, e Ralf Karly, campeão Nordeste Sequeiro, reforçando a eficácia das tecnologias da ICL no alcance de altas produtividades quando usadas de maneira correta e responsável. Filosofia de trabalho notório entre os campeões, que sempre buscam fazer além do básico bem feito.
Sobre a ICL
ICL Group Ltd. é uma empresa global líder em minerais especializados, que desenvolve soluções impactantes para os desafios de sustentabilidade da humanidade nos mercados de alimentos, agricultura e indústria. A ICL utiliza seus recursos exclusivos de bromo, potássio e fosfato, sua força de trabalho profissional global e sua P&D focada em sustentabilidade e recursos de inovação tecnológica para impulsionar o crescimento da empresa em seus mercados finais. As ações da ICL são listadas duplamente na Bolsa de Valores de Nova Iorque e na Bolsa de Valores de Tel Aviv (NYSE e TASE: ICL). A empresa emprega mais de 12,5 mil pessoas em todo o mundo e sua receita em 2023 totalizou aproximadamente US$ 7,5 bilhões. Na América do Sul, a ICL controla também as marcas Dimicron, Maximus e Aminoagro e atua ainda no mercado de produtos biológicos, aditivos e ingredientes para a indústria alimentícia.
Cláudia Rodrigues Santos Nunes
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Indea capacita técnicos para impedir entrada em MT de fungo que afeta plantações de mandioca
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules – Foto por: Divulgação/Embrapa
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Luciana Cury | Indea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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