Agricultura
Milharais tem espigas inteiras devoradas por ratos em Mato Grosso
Reprodução
Agricultores em Nova Mutum, médio-norte de Mato Grosso, estão apreensivos com os prejuízos causados pelo ataque de ratos nos milharais. Em algumas propriedades as perdas podem chegar a 50% em talhões com forte pressão da nova “praga”.
A presença de ratos nas lavouras de milho em Mato Grosso é observada desde o início dos trabalhos com a segunda safra.
O produtor Renan Leal Favretto já colheu mais da metade dos quatro mil hectares destinados ao milho nesta segunda safra. As primeiras áreas colhidas, conta ele ao Canal Rural Mato Grosso, apresentaram rendimento médio abaixo do esperado.
“Uma quebra de 15% a 20% do que esperávamos no começo da safra por ter plantado cedo. Está dando 25 sacas a menos. Mais de 20% da nossa produção saiu avariada, que está sendo vendida a 20%, 30% abaixo do preço de mercado. Como esses primeiros deram muito avariados, não consegue nem dar mistura. Aí é vendido como milho podre para confinamento e aí essa diferença de muito é muito grande”.
O produtor conta que esperava, com a produção de cultivares mais tardias, amenizar os prejuízos já causados pela alta pressão da cigarrinha e doenças nas lavouras. Contudo, os danos causados pelo ataque de ratos comprometem ainda mais a expectativa.
No início, pontua Renan Leal Favretto, havia uma redução de estande de até 30%, mas acredita que possa aumentar ainda mais.
“Só colocando a máquina para saber. Vai ter uma perda muito grande esse ano e se não aparecer uma solução boa, que resolva, o ano que vem vai ser pior ainda. Até agora, não tem nenhum produto para controlar. Vamos ver se vai aparecer alguma coisa para o ano que vem. Muito feio. É devastador. É muito agressivo o dano que ele causa”.
Ratos danificam espigas ainda nos pés
Na propriedade do produtor Patrik Lunardi as estimativas de perdas provocadas pelos ratos nos milharais também são significativas, tanto em estandes de plantas quanto na produtividade das espigas.
“Tivemos uma diferença de 15 sacas a menos no talhão onde tinha a pressão de ratos para outro que não tinha tanta pressão. Onde tinha bastante, praticamente 50% da produção foi perdida. É uma praga que para nós é nova e trouxe um prejuízo significante, principalmente em um ano desses já difícil”, diz Patrik Lunardi.
O consultor agronômico Cledson Guimarães Dias Pereira pontua que é preciso entender se o desequilíbrio para a crescente presença dos roedores é causado somente pela falta de chuva ou se há algo a mais.
“Se essa praga continuar evoluindo desse jeito, o estrago vai ser muito grande. Tem lavouras que a intensidade é baixa, tem lavouras que é média e tem lavouras que a intensidade é alta. O que se repetiu no Patrik Lunardi é que, além do ataque inicial, existiu o ataque posterior. Em algumas fazendas não tiveram o ataque inicial, mas tiveram o ataque posterior”.
Conforme o consultor agronômico, além da semente, os ratos sobem nos pés e comem as espigas, chegando à totalidade de muitas. Ele salienta, também, que mesmo não comendo toda a espiga a perda chega a 100% dela, pois ao abri-la a contamina todo o grão.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Paulo Zen, o rato é mais uma praga para o produtor rural se preocupar.
“Já tínhamos o porco do mato, o percevejo e esse ano agregou o rato. Na sua casa você tem os seus meios para controlar, mas em uma lavoura como você faz? É mais complicado. Uma área extensa e ali está a comida para ele que é o milho. Esse ano ele veio pesado. Estamos sofrendo com a população que está aumentando mais e a gente não consegue uma lei, talvez um recurso, um produto que consiga controlar isso a campo. E na próxima safra, a tendência é ter mais ainda ratos onde ele esteve esse ano e talvez até migrar para outras lavouras”.
Paulo Zen ressalta ainda que já foi solicitado às entidades para que seja realizada uma pesquisa que auxilie a encontrar o melhor jeito de diminuir a presença de roedores nas lavouras.
Pedro Silvestre/Viviane Petroli
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%
Divulgação
A comercialização da soja para a safra 2023/24 em Mato Grosso alcançou 99,23% da produção, mês passado, representando um avanço de 0,69 ponto percentual em relação a outubro e 1,19 ponto percentual acima da média dos últimos anos. A demanda pela oleaginosa no mês permaneceu aquecida, especialmente no mercado interno. Contudo, alguns produtores optaram por aguardar melhores preços para comercializar o restante da produção. Em relação ao valor médio da oleaginosa, o preço em novembro fechou em R$ 139,32/saca, incremento mensal de 0,29%, impulsionado pela baixa oferta no Estado.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informou que, para a safra 24/25, a comercialização de soja em Mato Grosso alcançou 41,09% da produção estimada, avanço de 2,74 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Com as condições das lavouras no Estado dentro do esperado até o momento, os produtores retomaram as negociações de grandes volumes.
Além disso, a alta nas cotações da soja, impulsionada pela valorização do dólar, contribuiu para o avanço das vendas. Assim, o preço médio negociado no estado fechou em R$ 111,68/saca, uma alta de 0,62% em relação ao mês de outubro.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta
foto: arquivo/assessoria
As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato Grosso avançaram 3,96 pontos percentuais em novembro. Com isso, as negociações atingiram 89,75% da produção, com o preço médio de R$ 58,28/saca, incremento de 15,02% ante outubro.
O avanço na comercialização é pautado pelo aumento do preço do cereal no estado. Sendo assim, os negócios para a safra disponível estão 7,08 p.p. à frente aos da temporada passada. Já para a temporada 24/25, as vendas totalizaram 23,84% da produção estimada, aumento de 3.11 pontos percentuais em relação a outubro, 8,14 pontos percentuais à frente do mesmo período da safra passada, mas 14,37 pontos percentuais atrás das médias das últimas cinco safras.
O incremento mensal nos negócios em Mato Grosso foi impulsionado pela valorização no preço do milho e pela necessidade dos produtores em travar seus custos com insumos para a próxima temporada. Dessa maneira, o preço comercializado para a safra 2024/25 ficou em R$ 44,32/saca, aumento de 3,98% no comparativo com outubro.
A informação é do IMEA (Instituto Mato-grossense Economia Agropecuária) no boletim semanal do milho.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Bahia cresce na produção de laranja e fortalece a citricultura nacional
Reprodução
A Bahia reforça sua importância na citricultura brasileira ao registrar um crescimento de 6,95% na produção de laranja, conforme a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM 2023), do IBGE. O estado, que ocupa o quarto lugar no ranking nacional, produziu 610.084 toneladas em 2023, com destaque para Rio Real, maior produtor baiano, responsável por 251.430 toneladas.
Apesar dos avanços, o estado ainda está distante de São Paulo, líder absoluto com mais de 13 milhões de toneladas, seguido por Minas Gerais e Paraná. A produção nacional de laranja, estimada em 15,3 milhões de toneladas para 2024, mantém o Brasil como maior produtor global, respondendo por 34% da oferta mundial, segundo o USDA.
A citricultura é vital para o agronegócio brasileiro, abrangendo laranja, tangerina, limão e lima ácida. O setor é impulsionado por exportações robustas, com 396,4 mil toneladas exportadas entre janeiro e maio de 2024, gerando US$ 310,3 milhões. Paraguai, Uruguai e Argentina lideram como principais destinos.
Na Bahia, o fortalecimento do setor é impulsionado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que capacitou mais de 260 municípios em gestão e técnicas agrícolas. Atualmente, 164 produtores da região Norte, especialmente próximo a Rio Real, recebem assistência técnica e gerencial.
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A laranja é a cultura que mais oferece retorno na região, permitindo investimentos sem necessidade de crédito bancário, além de atender à demanda interna, 70% da produção baiana é destinada a São Paulo, mostrando o potencial competitivo do estado no mercado nacional.
Embora o estado enfrente desafios para expandir sua participação, a crescente produtividade indica que a Bahia caminha para se consolidar como um polo estratégico na citricultura brasileira.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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