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Suinicultura

Deficiência da nutrição de leitões no pós-desmame compromete produtividade da suinocultura

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em

Por Fernanda Laskoski, médica-veterinária da Auster Nutrição Animal – Divulgação

 

O desmame é um dos momentos mais críticos do início de vida de leitões em um sistema produtivo. O principal desafio envolve a nutrição. A adaptação de comedouros e bebedouros para estes animais é um importante ponto de atenção porque, após o desmame, é crucial iniciar a inserção de hábitos alimentares entre os animais mais jovens.

O baixo consumo nesse período provoca alterações fisiológicas importantes no trato gastrointestinal, no desenvolvimento e na saúde dos leitões. Do mesmo modo, o baixo consumo voluntário de ração resulta na remoção de animais do sistema por subdesenvolvimento, independentemente do seu peso ao desmame. Por isso, é fundamental auxiliar a adaptação ao meio, às instalações e aos equipamentos para a busca de alimentos principalmente nas primeiras horas após o desmame.

Assim, uma estratégia primordial do sucesso de consumo pós-desmame se inicia na maternidade. O fornecimento de ração aos leitões a partir do 5º dia de idade em pequenas quantidades várias vezes ao dia permitirá a adaptação digestiva desse leitão, melhorando seu desempenho de creche.

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Uma das alternativas é o incentivo ao consumo por meio da inserção de pequenas porções de ração nas proximidades do comedouro para oferta, visibilidade e disponibilidade nos primeiros dias. Essa iniciativa pode reduzir em até 4% o percentual de leitões removidos durante o período de creche. O ajuste no comedouro também estimula o consumo, já que estudos apontam que mais espaço pode acelerar em até 8 horas o início do consumo.

É extremamente importante que o suinocultor controle a uniformidade dos animais. Esse manejo evita brigas e a consequente desnutrição do animal de menor porte, que visita o comedouro com menor frequência. Por fim, também influenciam no desempenho produtivo pós-desmame a manutenção da temperatura das instalações e a qualidade do ar fornecido – que pode afetar em até 11% o ganho de peso diário e em até 3% a conversão alimentar.

O Brasil possui desafios nesse período devido à diferença de clima entre as regiões. Por isso, é preciso analisar de forma específica cada realidade para o suinocultor incluir melhorias de forma constante. Associar boas práticas de manejo com uma nutrição de qualidade, incluindo o cuidado sanitário nas granjas, é chave para indicadores positivos de desempenho e do bem-estar dos leitões.

Com a adoção dessas medidas, contribuímos com o avanço de produtividade da suinocultura no Brasil, que cresce de forma contínua desde 2013. No ano passado, alcançamos 5,1 milhões de toneladas e o consumo per capita atingiu 18 quilos por habitante, segundo dados da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA). Ajustes de manejo numa época tão crítica para a atividade otimizam a produção e contribuem com o avanço do setor, intensificando a lucratividade

Thiago Silva – Texto Comunicação Corporativa

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Suinicultura

Porco Moura: sinônimo de maciez e suculência

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Foto: Projeto Porco Moura/UFPR

 

O Paraná consolidou-se como o segundo maior produtor de suínos do Brasil em 2024, com uma produção de 12,4 milhões de porcos, representando 21,5% da suinocultura nacional. Além da relevância industrial, o Estado tem se destacado na criação da raça Moura, nativa e conhecida por sua carne de qualidade, que se assemelha aos melhores cortes bovinos.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) desempenha um papel essencial com o Projeto Porco Moura, criado em 1985, descontinuado no início dos anos 2000, e retomado em 2014, garantindo o resgate da raça e sua importância histórica. Atualmente, o Paraná concentra 74% da produção brasileira de porcos Moura, que somam cerca de 2.600 exemplares distribuídos em 21 municípios.

A raça Moura possui uma trajetória rica, com origem ligada às missões jesuíticas espanholas na América. Historicamente, sua banha foi utilizada como combustível no período anterior à industrialização. Porém, mudanças no mercado, como o foco na produção de carne e a chegada da peste suína africana, reduziram drasticamente sua presença.

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O tempo de engorda do Moura, que pode ultrapassar 300 dias, e os altos custos de produção são desafios que diferenciam essa raça dos porcos industriais. Contudo, sua carne, com marmoreio acentuado e sabor único, tem conquistado espaço em restaurantes, mercados e charcutarias gourmet.

A busca pelo selo de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI, desde 2018) é uma estratégia dos produtores para valorizar a raça Moura. Além disso, iniciativas legislativas e normas de biosseguridade têm sido implementadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para fortalecer a produção em sistemas de campo aberto.

Em 2024, o Moura foi declarado Patrimônio Histórico, Cultural e Genético do Paraná, reforçando seu papel na identidade e economia do Estado. O futuro aponta para a criação de novos mercados e a valorização de raças não industriais, à exemplo da produção de alto valor agregado na Espanha.

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Suinicultura

Preços do suíno vivo e da carne mostram recuperação em fevereiro

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Foto: Lucas Cardoso

 

Após registrarem queda em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne apresentaram forte recuperação em fevereiro, atingindo um recorde nominal para o período, conforme a série histórica do Cepea iniciada em 2002. Esse aumento foi impulsionado pela baixa disponibilidade de animais para o mercado interno, especialmente aqueles com peso ideal para abate.

As exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, recuaram levemente em janeiro, mas voltaram a crescer em fevereiro. O volume exportado e a receita alcançada registraram recordes para um mês de fevereiro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), cuja série histórica teve início em 1997. O crescimento das exportações foi impulsionado pelos maiores embarques para mercados como Filipinas, México e Hong Kong.

No mercado interno, o poder de compra do suinocultor paulista em relação aos principais insumos, como milho e farelo de soja, melhorou em fevereiro. Esse movimento foi favorecido pela valorização do suíno vivo, pela queda nos preços do farelo de soja e pelos aumentos menos expressivos nos valores do milho.

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Já no comparativo com outras proteínas, a carne suína perdeu competitividade frente às principais concorrentes, bovina e de frango. No atacado da Grande São Paulo, tanto a carne suína quanto a de frango tiveram elevação de preços em fevereiro, mas a alta da suinocultura foi mais expressiva. Em contrapartida, a carcaça bovina apresentou desvalorização no período.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Preço do suíno vivo sobe em Mato Grosso com melhora na reposição

Publicado

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Divulgação

 

O preço do suíno vivo pago ao produtor mato-grossense registrou valorização na primeira quinzena de fevereiro de 2025, atingindo média de R$ 7,70 por quilo, um aumento de 3,63% em relação ao mesmo período de janeiro.

A carcaça suína também apresentou alta, com avanço de 1,24% no mesmo comparativo, chegando a R$ 12,21 por quilo. Esse movimento foi impulsionado, principalmente, pela melhora na reposição entre atacado e varejo, favorecida pela entrada da massa salarial, que aqueceu o consumo.

O mercado segue atento à demanda interna e às oscilações no custo de produção, fatores que podem influenciar os preços nos próximos meses.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Tendência