Agronegócio
Confina Brasil visita propriedades em Colíder em busca de melhores práticas nos confinamentos

De 14 a 26 de julho a pesquisa-expedicionária Confina Brasil visitará confinamentos de gado de corte no estado do Mato Grosso, colhendo dados sobre a nutrição, sanidade, tecnologia, gestão, bem-estar animal e sustentabilidade, além de identificar as principais características do setor em termos de gestão e manejo.
Em Colíder, zootecnistas, médicos-veterinários e consultores especialistas da Scot Consultoria – que organiza a expedição -, visitarão o Confinamento Abacaxi Quebrado e a Fazenda Ranchão.
Nestas visitas acontece uma troca de experiências com consultores e patrocinadores do projeto, sendo um ganho de mão dupla, em que os pecuaristas podem discutir a situação, projetos e inovações que os especialistas estão encontrando nos outros estados e nas propriedades de cidades vizinhas.
“Visitamos as propriedades para levantarmos informações que vão compor um estudo descritivo completo e gratuito que será compartilhado com todo o setor ao final do projeto”, comenta Julia Zenatti, médica-veterinária coordenadora da expedição.
Integração Lavoura-Pecuária e a busca por sustentabilidade, são pontos em comum em confinamentos de todos os estados
A pesquisa-expedicionária está em sua sétima semana, já passando por fazendas de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e uma primeira rodada pelo norte do Mato Grosso.
Um dos pontos de destaque entre os estados já visitados é a adesão a práticas de Integração Lavoura-Pecuária, com 43% das propriedades visitadas adeptas a esse sistema.
A ILP é um modelo de produção que busca otimizar o uso da terra e dos recursos naturais, planejando e executando a agricultura e a pecuária de forma conjunta, de modo que uma atividade complemente e beneficie a outra.
A Integração Lavoura-Pecuária oferece vantagens significativas, incluindo a otimização da ciclagem de nutrientes e melhoria da qualidade do solo, resultando em maior produtividade agrícola. Além disso, promove o bem-estar animal, a biodiversidade e a sustentabilidade, pois os bovinos se beneficiam de pastagens de melhor qualidade e maior oferta forrageira, aumentando o potencial de desempenho do rebanho e a capacidade de suporte em períodos críticos. Também proporciona maior renda ao produtor, melhorando a eficiência no uso de recursos e contribuindo para a sustentabilidade e na parte econômica da propriedade.
Sustentabilidade para aproveitar recursos e diminuir custos
Outro ponto de destaque são as muitas soluções sustentáveis encontradas pelos confinamentos, que buscam aproveitar os recursos que têm disponíveis.
Um investimento observado em várias propriedades é a instalação de placas solares para a geração de energia limpa. Essa prática não apenas aproveita a estrutura do confinamento e a abundante luz solar, mas também, em alguns casos, proporciona áreas extras de sombreamento para o gado, quando instaladas em coberturas de cochos ou como sombrites.
A instalação de biodigestores é outra oportunidade valiosa visualizada pelos produtores. As baias devem ser concretadas para que possam ser devidamente limpas e os dejetos transferidos para o biodigestor, onde ocorre um processo de fermentação anaeróbica e decomposição da matéria orgânica, gerando o biogás, utilizado como fonte de energia.
Mesmo quem ainda não conta com a estrutura de um biodigestor, não deixa de fazer a coleta e reaproveitamento dos dejetos. De acordo com a pesquisa-expedicionária deste ano, 84% dos confinamentos visitados realizam a coleta e reutilização dos dejetos, e em alguns casos, o excedente é comercializado, proporcionando uma renda alternativa para o confinamento.
Em resumo a pecuária avança cada vez mais em direção ao progresso, demonstrando um compromisso crescente com a sustentabilidade e eficiência na produção agropecuária. As visitas do confina Brasil nos trazem diariamente, relatos de produtores que estão buscando maior rentabilidade de suas propriedades, preocupados com a qualidade do gado e com o meio ambiente.
O Confina Brasil
Ao longo dos anos, o Confina Brasil já visitou, in loco, mais de 500 confinamentos e semiconfinamentos. Foram mapeadas mais de 10 milhões de cabeças de gado ao longo do projeto, percorridos mais de 200 mil km, em 16 estados brasileiros.
Este ano está em sua 5ª edição, percorrendo o país em 4 rotas que acontecerão de forma ininterrupta de junho a outubro, passando por 12 estados. Para saber mais, acompanhe a expedição através das redes sociais (@confinabrasil) e o site www.confinabrasil.com.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Famato alerta para impacto da tarifa de Trump e cobra reação firme do Brasil

Foto: Mapa / Divulgação
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) manifestou preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A entidade destaca que a medida representa uma ameaça direta ao agronegócio mato-grossense, especialmente à cadeia da carne bovina, uma das principais forças econômicas do estado.
“Como maior produtor de carne bovina do país, com rebanho superior a 30 milhões de cabeças, Mato Grosso pode ser diretamente afetado pela medida, que traz insegurança ao comércio internacional e pressiona o custo de produção no campo”, aponta a Famato em nota.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apenas em 2024 Mato Grosso exportou 39.039 toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, de um total de 303.149 toneladas embarcadas pelo Brasil. Até junho de 2025, o estado já soma 26,55 mil toneladas enviadas ao mercado norte-americano, o que reforça a importância da relação comercial entre as duas nações.
Para a Famato, a imposição da tarifa pode provocar reflexos em toda a cadeia produtiva, desde o produtor rural até os frigoríficos, e comprometer o desempenho das exportações em um momento de instabilidade econômica global.
A entidade cobra uma postura firme por parte do governo brasileiro, com foco na preservação da competitividade do agro nacional e na garantia da segurança jurídica nas relações comerciais internacionais. “É essencial uma resposta diplomática à altura, que assegure previsibilidade e estabilidade ao setor produtivo”, reforça a federação.
A fala da Famato se soma a outras manifestações de entidades mato-grossenses, como a Fiemt e lideranças políticas, entre elas o governador Mauro Mendes e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Todos compartilham a preocupação com os efeitos da decisão americana e defendem ações institucionais para proteger os interesses brasileiros no comércio exterior.
Alline Marques
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Menor demanda de tilápia pressiona cotações em junho

A tilápia se manteve na liderança da espécie mais exportada (Foto: Jefferson Christofoletti)
Levantamento do Cepea mostra que os preços da tilápia caíram em junho em todas as regiões acompanhadas, como já era esperado pelo setor. Segundo o Centro de Pesquisas, a retração esteve atrelada à menor demanda no mercado interno, comportamento típico durante o inverno, quando o consumo de pescado tende a diminuir.
Agentes consultados pelo Cepea relatam que indústrias reduziram o ritmo de abate e de compra de tilápia, reflexo direto da queda na procura por parte de redes varejistas, centrais de abastecimento (Ceasas) e estabelecimentos de food service, como bares e restaurantes.
Quanto às exportações brasileiras de tilápia, o volume embarcado em junho caiu pelo terceiro mês seguido. Foram 1.288 toneladas, baixas de 9,3% em relação a maio e de 9,7% frente a junho/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.
Já no acumulado do semestre deste ano, as 8.752 toneladas exportadas superam em expressivos 40,2% a quantidade enviada em igual intervalo de 2024.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Tarifa dos EUA ameaça exportação em Mato Grosso com foco em carne

Tarifa dos EUA ameaça exportação em Mato Grosso com foco em carne – Foto: CenárioMT
Os Estados Unidos anunciaram uma tarifa de 50% sobre cerca de 40 produtos exportados por Mato Grosso, com previsão de entrada em vigor em 1º de agosto. A medida foi comunicada nesta quarta-feira (9) pelo presidente Donald Trump e é vista como retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal.
De janeiro a junho de 2025, o estado faturou US$ 166,37 milhões em vendas para os EUA, segundo dados do MDIC. O principal item da pauta é a carne bovina congelada, com mais de 20 milhões de quilos embarcados. Também foram exportados carne resfriada, sebo, madeiras tropicais, ovos, gelatina, feijão, ouro de baixo valor e até rabos bovinos.
Em nota, a Federação da Agricultura e Pecuária do estado manifestou preocupação com os possíveis impactos diretos nas exportações, destacando a carne bovina como o setor mais vulnerável. A entidade alertou para o aumento de custos de produção e a insegurança no comércio internacional. Em 2025, até junho, já foram exportadas 26,5 mil toneladas de carne bovina aos EUA, volume inferior ao registrado em 2024, quando somou 39 mil toneladas. A federação defende uma postura diplomática firme do governo brasileiro para evitar prejuízos ao setor agropecuário.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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