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Suinicultura

Alimentação de Precisão em Matrizes Suínas: Um Caminho para a Sustentabilidade na Suinocultura

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O conceito de alimentação de precisão está transformando a suinocultura, oferecendo uma abordagem mais sustentável e lucrativa para a gestão nutricional das granjas. Em vez de adotar uma dieta uniforme ao longo da gestação, o novo enfoque sugere ajustes específicos conforme as necessidades nutricionais das fêmeas mudam ao longo do tempo.

Rodrigo Lima, doutor em Nutrição de Precisão de Fêmeas Suínas e Especialista Global em Nutrição da Topigs Norsvin, destaca a importância de adaptar a dieta das matrizes em cada fase da gestação. “Estudos demonstram que a falta de personalização na dieta pode levar a complicações como obesidade ao parto e redução na ingestão de alimentos durante a lactação,” alerta Lima.

Segundo o especialista, muitas granjas ainda utilizam uma dieta única e constante para as matrizes ao longo da gestação, ignorando as mudanças nas necessidades nutricionais. “As necessidades nutricionais são dinâmicas e variam conforme o estágio gestacional. A abordagem de alimentação de precisão, como a estratégia ‘alto-baixo-alto’ (HLH), ajusta a dieta de forma a atender às exigências específicas de cada fase. A primeira fase foca na recuperação da condição corporal, a segunda na manutenção e desenvolvimento da glândula mamária, e a terceira na produção de leite e crescimento fetal,” explica Lima.

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Recentes estudos evidenciam os benefícios dessa abordagem, com aumentos significativos na produção de leite quando as matrizes são alimentadas com uma dieta adaptada às suas necessidades diárias durante a gestação. “Os resultados mostraram uma melhoria na produção de leite de cerca de 1,2 kg por dia ao adotar a nutrição de precisão, comparado ao uso de uma dieta única durante toda a gestação,” detalha Lima.

Rodrigo Lima conclui: “O objetivo não é apenas fornecer alimento, mas sim a nutrição adequada na quantidade certa e no momento oportuno. A alimentação de precisão não só melhora o desempenho das porcas, mas também aumenta a eficiência econômica dos produtores, contribuindo para um futuro mais sustentável na produção suína.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Suinicultura

Porco Moura: sinônimo de maciez e suculência

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Foto: Projeto Porco Moura/UFPR

 

O Paraná consolidou-se como o segundo maior produtor de suínos do Brasil em 2024, com uma produção de 12,4 milhões de porcos, representando 21,5% da suinocultura nacional. Além da relevância industrial, o Estado tem se destacado na criação da raça Moura, nativa e conhecida por sua carne de qualidade, que se assemelha aos melhores cortes bovinos.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) desempenha um papel essencial com o Projeto Porco Moura, criado em 1985, descontinuado no início dos anos 2000, e retomado em 2014, garantindo o resgate da raça e sua importância histórica. Atualmente, o Paraná concentra 74% da produção brasileira de porcos Moura, que somam cerca de 2.600 exemplares distribuídos em 21 municípios.

A raça Moura possui uma trajetória rica, com origem ligada às missões jesuíticas espanholas na América. Historicamente, sua banha foi utilizada como combustível no período anterior à industrialização. Porém, mudanças no mercado, como o foco na produção de carne e a chegada da peste suína africana, reduziram drasticamente sua presença.

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O tempo de engorda do Moura, que pode ultrapassar 300 dias, e os altos custos de produção são desafios que diferenciam essa raça dos porcos industriais. Contudo, sua carne, com marmoreio acentuado e sabor único, tem conquistado espaço em restaurantes, mercados e charcutarias gourmet.

A busca pelo selo de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI, desde 2018) é uma estratégia dos produtores para valorizar a raça Moura. Além disso, iniciativas legislativas e normas de biosseguridade têm sido implementadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para fortalecer a produção em sistemas de campo aberto.

Em 2024, o Moura foi declarado Patrimônio Histórico, Cultural e Genético do Paraná, reforçando seu papel na identidade e economia do Estado. O futuro aponta para a criação de novos mercados e a valorização de raças não industriais, à exemplo da produção de alto valor agregado na Espanha.

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Suinicultura

Preços do suíno vivo e da carne mostram recuperação em fevereiro

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Foto: Lucas Cardoso

 

Após registrarem queda em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne apresentaram forte recuperação em fevereiro, atingindo um recorde nominal para o período, conforme a série histórica do Cepea iniciada em 2002. Esse aumento foi impulsionado pela baixa disponibilidade de animais para o mercado interno, especialmente aqueles com peso ideal para abate.

As exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, recuaram levemente em janeiro, mas voltaram a crescer em fevereiro. O volume exportado e a receita alcançada registraram recordes para um mês de fevereiro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), cuja série histórica teve início em 1997. O crescimento das exportações foi impulsionado pelos maiores embarques para mercados como Filipinas, México e Hong Kong.

No mercado interno, o poder de compra do suinocultor paulista em relação aos principais insumos, como milho e farelo de soja, melhorou em fevereiro. Esse movimento foi favorecido pela valorização do suíno vivo, pela queda nos preços do farelo de soja e pelos aumentos menos expressivos nos valores do milho.

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Já no comparativo com outras proteínas, a carne suína perdeu competitividade frente às principais concorrentes, bovina e de frango. No atacado da Grande São Paulo, tanto a carne suína quanto a de frango tiveram elevação de preços em fevereiro, mas a alta da suinocultura foi mais expressiva. Em contrapartida, a carcaça bovina apresentou desvalorização no período.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Preço do suíno vivo sobe em Mato Grosso com melhora na reposição

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O preço do suíno vivo pago ao produtor mato-grossense registrou valorização na primeira quinzena de fevereiro de 2025, atingindo média de R$ 7,70 por quilo, um aumento de 3,63% em relação ao mesmo período de janeiro.

A carcaça suína também apresentou alta, com avanço de 1,24% no mesmo comparativo, chegando a R$ 12,21 por quilo. Esse movimento foi impulsionado, principalmente, pela melhora na reposição entre atacado e varejo, favorecida pela entrada da massa salarial, que aqueceu o consumo.

O mercado segue atento à demanda interna e às oscilações no custo de produção, fatores que podem influenciar os preços nos próximos meses.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Tendência