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Pecuária

Mercado boi no Brasil: preços têm acomodação

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Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

 

O mercado físico do boi gordo se depara com uma certa acomodação em seus preços, com espaço limitado para melhora dos preços durante a primeira quinzena de agosto, período pautado por bom apelo ao consumo.

“Como ponto de inflexão está a entrada de animais confinados no mercado, com grande incidência de contratos a termo nesta temporada, oferecendo boa perspectiva para as escalas de abate dos frigoríficos, em especial os de maior porte”, disse o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Em São Paulo, a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 229,27, na modalidade à prazo. Já em Goiás, a indicação média foi de R$ 221,18 para a arroba do boi gordo. Em Minas Gerais, a arroba teve preço médio de R$ 219,41. No Mato Grosso do Sul, a arroba foi indicada em R$ 220,64. No Mato Grosso, a arroba ficou indicada em R$ 208,73.

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Boi no atacado

O mercado atacadista apresenta preços em queda para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento no curto prazo, em um período mais fraco em termos de consumo (segunda quinzena do mês).

A expectativa segue favorável em relação à primeira quinzena de agosto, período pautado por maior apelo ao consumo. Além da entrada dos salários na economia, há o adicional de consumo relacionado ao Dia dos Pais.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 17,20 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,35 por quilo. A ponta de agulha cedeu ao patamar de R$ 12,60 por quilo, queda de R$ 0,10.

Agência Safras

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Exposição Hereford e Braford dos Campos de Cima da Serra divulga os campeões

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Foto: ABHB/Divulgação

 

 

A cidade de Vacaria (RS) foi palco da 1ª Exposição de Hereford e Braford dos Campos de Cima da Serra, que aconteceu durante a 58ª ExpoVac. Bruno Loureiro de Souza Delabary foi o jurado responsável por avaliar os animais em pista. Nos animais rústicos da raça Polled Hereford PO Machos, o Lote Grande Campeão foi para Fazenda da Esperança, de Vacaria (RS), com os animais de tatuagens 112, 115 e 116. O prêmio de Melhor Rústico ficou com o exemplar FIVH50, da Fazenda São Pedro, de Muitos Capões (RS).

Na raça Hereford PC, a Fazenda da Esperança conquistou o Lote Grande Campeão, tatuagens 706, 710 e 713 e, Melhor Rústico com o animal 713. A propriedade também levou para casa o Lote Reservado Grande Campeão Polled Hereford PC, com os exemplares 704, 705 e 708. A Fazenda São Pedro, conquistou o Lote Grande Campeão Polled Hereford PC G57, G138 e G129 e Melhor Rústico com o macho G57. A propriedade também se consagrou com o Lote Grande Campeão da raça Braford, com os animais FIVH38, FIVH103 e H83. O Melhor Rústico da raça Braford foi para a Cabanha Manto Serrano, de Vacaria (RS), com o animal E10.

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Entre as fêmeas da raça Braford o Lote Grande Campeão ficou com a Cabanha Manto Serrano, tatuagens E05, E70 e E03, que também levou para casa o Lote Reservado Grande Campeão, com as exemplares FIVE33, FIVE24 e E62. O prêmio de Melhor Rústica foi para Cabanha Boa Vista, de Bom Jesus (RS), com a fêmea FIV492. Entre os animais de argola na raça Hereford Po a Cabanha Moreira, de Vacaria (RS) conquistou o Grande Campeão com o terneiro FIV342. A propriedade também levou para casa Grande Campeão com o animal FIV2100 e Reservado Grande Campeão com o exemplar FIV341. Na raça Braford a parceria entre a Fazenda Bom Princípio e Rancho Centauro, de Bom Jesus e Vacaria (RS), conquistou o título de Grande Campeã com a terneira E021 e, o prêmio de Reservada Grande Campeã com a fêmea E104.

Os resultados completos podem ser conferidos no site www.abhb.com.br.

Texto: Lauren Brasil/ABHB

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Primeiro concurso de carnes do Brasil avaliará características sensoriais ao consumidor

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Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

 

O primeiro concurso de carnes do Brasil será realizado durante o Universo Pecuária, evento que ocorre em Lavras do Sul (RS). O evento, organizado pelo Universo Pecuária, Instituto Desenvolve Pecuária, o sommelier de carnes André Madruga e Douglas Parrillero, acontecerá na noite do dia 1º de novembro e terá como foco as características organolépticas da carne bovina, ou seja, aquelas percebidas pelo consumidor, como sabor, textura e suculência, ao invés das tradicionais avaliações das carcaças bovinas.

Madruga, um dos líderes da iniciativa, diz que o concurso é uma inovação no país. “Vamos avaliar o que o consumidor sente ao saborear uma boa carne no churrasco, de maneira similar aos concursos de vinhos, que analisam as características sensoriais”, explica Madruga. “Será uma oportunidade de premiar e valorizar as melhores marcas de carne bovina, dando reconhecimento no mercado”, complementa.

As marcas que participarem poderão exibir prêmios — ouro, prata ou bronze — em seus pontos de venda, sinalizando ao consumidor a alta qualidade sensorial de seus produtos. “Queremos que o público tenha acesso a carnes de excelente padrão e que o concurso se torne uma referência de qualidade”, observa o sommelier.

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A diretora técnica do Universo Pecuária, Marcela Santana, salienta que o concurso é mais uma ferramenta de comunicação sobre a diferenciação de carnes, servindo para a educação do público consumidor e não apenas uma competição. “Além dos prêmios que levam em consideração oito atributos avaliados, teremos premiação de carne mais macia e carne mais saborosa, pois são características buscadas por consumidores mas que nem sempre andam de forma conjunta”, ressalta.

Já a diretora executiva do Instituto Desenvolve Pecuária, Elísia Corrêa, destaca que a entidade expressa seu apoio entusiástico ao concurso de carne que está prestes a ocorrer, uma iniciativa visionária do ex-presidente Luis Felipe Barros em colaboração com André Madruga. Lembra que este evento, que visa destacar a excelência da carne gaúcha, é considerado pela atual presidente, Antonia Scalzilli, como uma ação necessária e de grande importância. “A promoção da carne gaúcha não só fortalece a economia local, mas também celebra a rica tradição e qualidade que a região oferece. O Instituto acredita que este concurso será uma plataforma vital para impulsionar o reconhecimento nacional e internacional dos produtos gaúchos”, frisa.

Além de promover o consumo de carne bovina, o concurso busca incentivar a conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável, especialmente no desenvolvimento cognitivo e muscular das crianças. A intenção é expandir o concurso em edições futuras para todo o Brasil, avaliando carnes de diferentes regiões e incentivando o consumo de produtos de qualidade.

O Universo Pecuária que ocorrerá de 29 de outubro a 3 de novembro, tem projeto e execução da SIA – Serviço de Inteligência em Agronegócios, e é realizado pelo Sindicato Rural de Lavras do Sul com as parcerias da Cotrisul, Prefeitura de Lavras do Sul, Sebrae RS, Senar RS e Farsul. Mais informações sobre a programação podem ser conferidas no site www.universopecuaria.com.br.

Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Com trato humanizado e tecnologia, mulheres ganham espaço na pecuária

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Da esquerda para a direita: Téia Fava, Ida Beatriz Machado e Chris Parmigiani, produtoras em Mato Grosso – Montagem/Reprodução

 

Ao visualizar um pasto abarrotado de cabeças de gado, é difícil imaginar que a pessoa que usa o chapéu tem o cabelo preso em um rabo de cavalo, enquanto marca o gado com as unhas bem feitas. Uma vez à frente de uma propriedade rural, a mulher confere um eixo de avanço para o agronegócio, seja em adesão à tecnologia, zelo pelo bem-estar do animal ou amor pelo agro.

O esforço e presença das mulheres no agro é celebrado nesta terça-feira (15), quando se comemora o dia da Mulher Rural. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), existem 11 milhões de mulheres trabalhando no agronegócio no Brasil. Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), aponta que 8,5% da área destinada ao agronegócio no país é comandado por mulheres, totalizando 30 milhões de hectares.

Majoritariamente, as mulheres se inserem no agro a partir de influência da família, principalmente quando o pai já é do ramo. No caso de Téia Fava, produtora em Barra do Garças (a 522 km de Cuiabá), o gosto começou ainda quando vivia com o pai sojicultor no Paraná. Em 1985, Téia se casou com um pecuarista e mudou-se para o Mato Grosso. Após 20 anos casada, a produtora ficou com a propriedade “Estrela do Sul” na separação e gerencia quase 1,2 mil cabeças de gado desde então.

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Em sua fazenda, a atividade desenvolvida é a de bovinocultura de cria, quando os bezerros são comercializados para se desenvolverem em outro lugar. Dentro do funcionamento e rotina da propriedade, Téia não abre espaço para uso de violência e ou desordem que possa estressar o gado.

“Eu nunca pensei em desistir, porque a minha maior motivação, com certeza, é pensar que o nosso trabalho, de forma direta ou indireta, é o que faz o alimento chegar na mesa da população”

Chris Parmigiani

“Nós [mulheres] temos um trato mais fino, mais delicado e uma percepção aguçada. Sou eu quem marco o meu gado, porque eu acho que eles sentem menos dor quando é comigo. É um curral sem grito. Não aceito um grito, não aceito uma pauladinha, uma pancadinha, um choque elétrico, nada. Com isso, o meu gado é muito manso, mesmo eu só tendo Nelore”, comenta a pecuarista.

Dentro da propriedade, os colaboradores recebem um curso sobre como tratar o gado, ressaltando a dignidade do animal. Em 2018, a fazenda de Téia foi escolhida como uma das mais sustentáveis do Brasil pela Revista Dinheiro Rural. No ano seguinte, a pecuarista também foi contemplada com o 3º lugar do prêmio Mulheres do Agro, da Bayer e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

Já em Primavera do Leste (a 243 km de Cuiabá), a produtora Chris Parmigiani também dedica-se à pecuária de corte, junto com outras criações na agricultura. Filha de agricultor, ela sempre esteve na fazenda do pai durante suas férias.

A caminhada no agro continuou com o casamento, onde divide a rotina entre cuidado pessoal, da casa e da filha e a lida com os bois e as plantações.

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“A minha rotina não é só na propriedade. Eu preciso dividir os afazeres da fazenda com outras obrigações. Eu acordo às 5h de segunda a sexta-feira, sendo que às 6h eu já saio da fazenda para levar a minha filha na escola na cidade. Lá, eu já aproveito e resolvo as coisas, as tarefas do dia a dia”, detalha Chris.

Mesmo com a rotina cheia, a destinação do esforço de Chris e sua família sempre foi muito clara. Hoje, a fazenda da produtora é próspera e colabora diretamente com a subsistência da população.

“Eu nunca pensei em desistir, porque a minha maior motivação, com certeza, é pensar que o nosso trabalho, de forma direta ou indireta, é o que faz o alimento chegar na mesa da população. Onde quer que a gente olhe na cidade, existe um produto que vem do agronegócio. Isso é muito bom para nós”, destaca.

Tecnologia dentro da fazenda

“Na hora que a mulher vai pra dentro da fazenda, começa com a resistência da família, depois a resistência dos funcionários, a resistência das instituições que estão ao entorno, as lojas de produtos. Não adianta fazer o trabalho dentro da família, não adianta passar a herança, se o mercado não olha essa mulher”

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Ida Beatriz, diretora da Acrimat

Após anos se especializando em inovações para o agronegócio, a administradora rural Ida Beatriz Machado viu-se diante de um desafio delicado com a morte do pai em 2015: tocar uma fazenda no Pantanal. À época, Ida e o pai estavam implementando planos de recuperação de áreas degradadas e outros projetos quando foram surpreendidos com a queda da saúde do produtor.

“Tudo que eu juntei de experiência em tecnologia, sustentabilidade, trabalho corporativo, eu levei pra fazenda. Só que, concomitante, nós fizemos um planejamento estratégico de 2017 a 2027, para desenvolver todo esse melhoramento”, conta Ida.

Com seu pedaço da propriedade em Cáceres (a 222 km de Cuiabá), Ida conseguiu aplicar o que adquiriu pesquisando, acompanhando indústrias e novidades de mercado. A fazenda Nossa Senhora do Machadinho passou a fazer uso de inseminação artificial, sistemas de rastreio de bezerros, controle de prenha e registro do gado.

Mesmo que a propriedade possua 83% do território dentro do Pantanal, a parceria com conceitos de sustentabilidade abriu portas para o desenvolvimento da bovinocultura de cria. Dados os bons resultados e a procura por pesquisas e relações com instituições, Ida assumiu o Sindicato Rural de Cáceres como a primeira presidente mulher em 56 anos de existência.

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Atualmente, Ida é diretora da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e figura na lista das 100 Mulheres Poderosas do Agro, feita pela Forbes. Para a produtora, o mercado ainda é resistente para com fazendas lideradas por mulheres, fato que prejudica a continuidade delas nesses espaços.

“Na hora que a mulher vai pra dentro da fazenda, começa com a resistência da família, depois a resistência dos funcionários, a resistência das instituições que estão ao entorno, as lojas de produtos. Não adianta fazer o trabalho dentro da família, não adianta passar a herança, se o mercado não olha essa mulher. Nisso, as mulheres precisam se acolher e ter esses grupos de apoio, trabalhando juntas”, defende.

Realização no campo

Embora existam as dificuldades, pouquíssimas são as produtoras arrependidas da carreira no agro. Seja por herança ou casamento, a vida no campo, para elas, é um privilégio que vai além do acúmulo de tarefas de uma mulher.

“Eu me encontrei na pecuária. Eu adoro ver nascer, adoro a cria, essa renovação de vida”

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Téia Fava

“Eu me encontrei na pecuária. Eu adoro ver nascer, adoro a cria, essa renovação de vida. Eu acho incrível e gosto dessa história. Nós somos tantas mulheres produtoras rurais. Às vezes, faz falta termos um casal em uma propaganda institucional. Uma menina, um menino, para englobar os dois”, afirma Téia.

O olhar da mulher dentro de uma propriedade rural é diferenciado. Para Ida, uma mulher em uma equipe de uma fazenda, seja de qual ramo for, leva melhorias ao cotidiano e bem-estar da propriedade.

“A gente não se preocupa só simplesmente com o resultado, mas é uma questão de ser melhor. O homem é muito mais tecnicista, a mulher, não. Ela sempre trabalhou com olhar mais humanizado, para a família, comunidade, para a sociedade. Hoje em dia nós temos esse crescimento cada vez mais de sistemas produtivos, integração entre lavoura, pecuária e floresta, e quem sempre está à frente são mulheres – mulheres que geram incremento de lucro e produtividade”, conclui Ida.

Rdnews

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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