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Agricultura

Alegações de atributos de alimentos orgânicos

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Para que fique bem claro, nada tenho contra a produção ou o consumo de alimentos orgânicos. É uma das formas de agricultura e, como as demais, seu objetivo é oferecer produtos – alimentos, fibras, fitoterápicos, madeira, energia – aos consumidores. Portanto, bem-vindas sejam todas as formas de agricultura, especialmente as que se destinam a saciar a fome no mundo.

O que me desagrada são inverdades ou meias verdades, alegações que se propagam na mídia, ou nas redes sociais, que não resistem ao crivo da demonstração científica. Neste particular, recomendo a leitura dos artigos da Profa. Nathalia Pasternak (bit.ly/3KZMeKC) e do Prof. Claud Ivan Goellner (bit.ly/3xwD6Kt), que expandem o tema deste artigo e abordam outros, elencando diversas alegações a respeito da agricultura orgânica, que não se sustentam à luz da Ciência.

Marketing

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As alegações que são efetuadas a respeito de produtos orgânicos objetivam, claramente, diferenciá-los de outros alimentos. Ora, isto se aprende em uma das primeiras aulas de qualquer curso de marketing. O que me lembra o famoso dito de Dan Glickman, ex-Secretário da Agricultura dos EUA, quando do lançamento da legislação americana sobre orgânicos: “Let me be clear about one thing: the organic label is a marketing tool. It is not a statement about food safety, nor is ‘organic’ a value judgment about nutrition or quality” (Deixe-me ser claro sobre uma coisa: a certificação orgânica é uma ferramenta de marketing. Não se trata de uma afirmativa sobre segurança de alimentos, nem “orgânico” é um julgamento de valor sobre nutrição ou qualidade) (bit.ly/3RJmLcl).

Absolutamente nada tenho contra um produto se diferenciar de seus similares, desde que os atributos sejam verdadeiros e entregue tudo o que promete. Uma das alegações eventualmente explicitadas em redes sociais é que a alimentos orgânicos não usam pesticidas, portanto sendo sua produção e seu consumo mais seguros. Isso é meia-verdade: Usa, sim, caso contrário não haveria colheita, que seria devorada por pragas, como lagartas, ou dizimada por fungos. A verdade integral é: Só não podem ser utilizadas moléculas sintéticas. Mas, os produtos não-sintéticos, utilizados para controle de pragas em cultivos orgânicos, são absolutamente seguros? São inócuos para os seres humanos e para outros animais?

Há controvérsias. Por exemplo, a afirmação de que os agrotóxicos ditos naturais, como a piretrina, a nicotina ou o óleo de nim, utilizados na agricultura orgânica, são inofensivos para o homem e outros animais, varia entre mito, inverdade ou meia verdade. Vejamos o que diz o conhecimento científico.

Óleo de nim

O óleo de nim (Azadirachta indica), ou sua substância ativa, a azadiractina, são largamente utilizados para controle de insetos pragas na produção orgânica. A principal base de dados, que congrega informações sobre pesticidas, em escala planetária, aponta que há falta de informações a respeito da azadiractina em relação à saúde humana, como a toxicidade aguda, carcinogênese, disrupção endócrina, toxicidade para o sistema reprodutivo e desenvolvimento fetal (bit.ly/3VBHeAV). Não há informações definitivas sobre sintomas pós exposição e primeiros socorros. Também há muitas lacunas no que tange à ecotoxicidade do produto.

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O Dr. Robert Krieger, autor da obra clássica Handbook of Pesticide Toxicology, refere casos de mortalidade humana por uso de óleo de nim na Índia e na Malásia (bit.ly/3W08QBi). Cinco a dez mililitros do óleo, administrado oralmente a crianças como remédio anti-helmíntico, causaram vômitos, sonolência, taquipneia com respiração acidótica, leucocitose polimorfonuclear e encefalopatia, sintomas que surgiram poucas horas após a ingestão. Convulsões associadas ao coma desenvolveram-se em alguns casos. A autópsia demonstrou infiltração pronunciada de ácidos graxos no fígado e nos túbulos renais proximais, com dano mitocondrial e edema cerebral, alterações compatíveis com a síndrome de Reye (doença rara e grave que causa confusão mental, inchaço no cérebro e danos ao fígado). Também existem inúmeras referências do impacto negativo da azadiractina sobre insetos úteis (bit.ly/45CcCE3), peixes, abelhas e animais aquáticos (bit.ly/3XCF1aQ), assim como sobre inimigos naturais de pragas (bit.ly/3xvyR1Q).

Piretro

Trata-se de uma substância extraída do crisântemo, contendo até seis princípios químicos com atividade inseticida, denominados piretrinas. Elas são degradadas por fotólise, razão pela qual foram modificadas em laboratório para conferir maior estabilidade, originando os piretroides, que são pesticidas sintéticos.

De acordo com o Departamento de Saúde de Nova Jersey (EUA), a exposição de humanos ao piretro pode causar desde pequenas irritações e alergias, até dificuldade de respiração, asma, dores de cabeça, vômito, fadiga e opressão no peito (bit.ly/3RGl7rM). Também pode danificar os pulmões e causar catarro crônico e danos ao aparelho reprodutivo, porém seu potencial carcinogênico não foi completamente elucidado. O prof. Vishal Soni lista uma série de problemas de saúde humana causada por piretrinas (bit.ly/3KYnPW0). O piretro também possui efeito adverso sobre a vida aquática e insetos úteis, como abelhas (bit.ly/45H2V7g).

Nicotina

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A nicotina era muito usada como inseticida, até meados do século passado, tendo sido praticamente eliminada das lavouras pela sua alta toxicidade, restando apenas os usos na agricultura orgânica, normalmente com preparados a partir do fumo ou de folhas de tabaco (Nicotiana tabacum).

A nicotina é muito tóxica, sendo sua dose letal média (DL50) de 0,8mg/kg de peso vivo (bit.ly/3zKxXiE), ou seja, seriam necessários apenas 56mg para levar a óbito 50% das pessoas com peso médio de 80kg, que a ingerissem (bit.ly/3XyHza8). Essa dose é muito semelhante ao cianeto, de 1 mg/kg (bit.ly/4cTfXB90). Considerando que uma folha de fumo pesa, em média, 10g e que a concentração de nicotina nas folhas gira em torno de 3,26%, temos que uma folha contém 326mg de nicotina. Logo, o conteúdo de nicotina de uma única folha de tabaco é seis vezes superior à dose que levaria à óbito 50% das pessoas que ingerissem essa quantidade.

A nicotina é tida como teratogênica (causa defeitos em embriões) e suspeita de ser carcinogênica (bit.ly/3zKxXiE).

Detalhe irônico: Por conta de sua alta toxicidade para animais de sangue quente, os químicos modificaram a molécula da nicotina, criando um grupo de inseticidas sintéticos denominado neonicotinoides, de muito baixa toxicidade para humanos e outros vertebrados, mantendo a sua eficiência no controle de pragas (bit.ly/3LqfVVr). Porém, neonicotinoides sintéticos não podem ser usados na agricultura orgânica.

Sulfato de cobre

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Lavouras orgânicas também são atacadas por fungos. Um dos métodos mais utilizados para seu controle é a calda bordalesa, à base de sulfato de cobre. As informações a seguir têm como fonte o Departamento de Saúde de Nova Jersey (bit.ly/3VC4jTX): o contato do corpo com o sulfato de cobre pode irritar e queimar a pele e os olhos; sua inalação pode irritar o nariz e a garganta, causando tosse e respiração ofegante. Pode causar dor de cabeça, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal. A exposição ao sulfato de cobre pode ocasionar mutação no genoma e necessita de mais estudos para verificar se pode causar câncer, mas há evidências de ser teratogênico em animais. Estudos indicam que pode causar danos ao sistema reprodutor masculino, incluindo a diminuição de espermatozoides em animais. A inalação pode causar feridas e um buraco no septo, dividindo a parte interna do nariz, às vezes com sangramento, secreção e formação de crosta. Pode causar uma descoloração esverdeada na pele, cabelos e dentes. Pode causar alergia cutânea, coceira e erupção cutânea. Também pode afetar fígado e rins.

Resíduos

Outra alegação se refere à ausência de resíduos de pesticidas em alimentos orgânicos. Não é o que verificou a Environmental Protection Agency (EPA) dos EUA, que analisou 571 amostras de alimentos orgânicos. Do total, 224 amostras apresentaram resíduos abaixo do limite máximo permitido, enquanto 21 apresentaram resíduos em níveis inaceitáveis (bit.ly/3W9Chzo).

Outras alegações

a.Alimentos orgânicos são mais nutritivos e saudáveis. Não é o que os cientistas dizem, ao contrário, do ponto de vista de saúde e de teores de nutrientes, não é possível diferenciar alimentos orgânicos de convencionais, conforme revisão de 240 estudos científicos, publicada na revista Annals of Internal Medicine (bit.ly/3SbdIkq).

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b.Alimentos orgânicos são mais saborosos. Os resultados disponíveis são absolutamente inconsistentes, alguns favorecendo produtos orgânicos, outros indicando que os produtos convencionais possuem sabor mais agradável (bit.ly/4cU4UaK).

c.Alimentos orgânicos agridem menos o ambiente. Em termos globais, a produtividade por hectare da agricultura orgânica pode ser até 80% inferior à agricultura convencional (bit.ly/4bK0P88). Isso leva a um aumento da necessidade de área para obter a mesma produção, tendo consequência maior emissão de gases de efeito estufa – responsáveis pelo aquecimento global (bit.ly/3Y0DnAd). Em alguns casos, as emissões de agricultura orgânica podem ser até 70% maiores que a convencional (bit.ly/3W9VvVE).

Conclusões

O objetivo deste artigo foi mostrar que existem alegações inverídicas, distorcidas ou exageradas, sobre atributos de produtos da agricultura orgânica, sendo o não uso de pesticidas uma delas. Não apenas são usados pesticidas, como eles podem apresentar diversos impactos toxicológicos sobre a saúde humana e o meio ambiente. Resíduos de pesticidas foram encontrados em alimentos orgânicos, nos Estados Unidos e outros países.

Também não procedem outras alegações, como referenciar que alimentos orgânicos são mais saborosos, saudáveis, nutritivos ou menos impactantes sobre o ambiente, em especial no que tange às emissões de gases de efeito estufa.

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Alimentos orgânicos sempre são mais caros que convencionais. Portanto, destinam-se a um nicho de mercado de alto poder aquisitivo. Empiricamente, supõe-se que pessoas de mais alto nível de renda também disponham de melhores informações e condições para fundamentar e aquilatar os riscos decorrentes de suas escolhas nutricionais. Que cada um faça a melhor escolha, porém lastreada em fatos e números cientificamente comprovados.

Por Décio Luiz Gazzoni,Engenheiro Agrônomo, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica.

Fonte: CCAS

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Concurso de cacho de banana impressiona jurados

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Pesquisadores da Epagri, compuseram o júri

 

 

Quando o consumidor vê a penca de banana na gôndola do mercado não tem ideia do tamanho que um cacho pode alcançar na roça, principalmente se for a Cavendish, mais conhecida em Santa Catarina como caturra. Cachos podem ser tão pesados quanto um ser humano, caso sejam escolhidos a dedo para participar de uma competição, como a que aconteceu em Balneário Piçarras, na sexta-feira, 4, com apoio da Epagri.

“Tinha cacho com 14 pencas! Com certeza, esse deve ter passado de um metro”, se surpreendeu o pesquisador e engenheiro-agrônomo Ricardo Negreiros, que integrou o júri junto com outros três pesquisadores da fruticultura da Epagri Itajaí: Ramon Scherer, Luana Castilho Maro e Fabiano Bertoldi. “O produtor do cacho mais pesado disse que é um cacho padrão do seu bananal, acima de 70kg, isso chama a atenção”, reforçou Ramon.

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Participaram da 2º Exposição de cachos de banana dos produtores de Balneário Piçarras 38 produtores no município. O cacho mais pesado de banana caturra alcançou 73,1 kg, produzido por Adenilson Antunes Ramos, da comunidade de Rio Novo. Na categoria prata, o vencedor foi Marcelo Feltrin, de São Brás (36,2kg).

Também fizeram parte do júri o gerente regional da Epagri Joinville, Hector Haverroth, os técnicos agrícolas Ingomar Seidel, Ricardo Grejianin e Adriano Bondan, e o extensionista Bruno Salvador, de Luiz Alves. O extensionista rural Eraldo Monteiro ficou a cargo da organização do evento junto com a Associação de Bananicultores de Luiz Alves (Abla), pioneira neste tipo de competição, e a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Piçarras.

Ramon Scherer e Luana Castilho Maro, pesquisadores da Epagri, compuseram o júri

À procura do cacho perfeito

Mas como eleger um cacho de banana campeão? Para analisar a qualidade da fruta os critérios se baseiam na aparência, sanidade, manejo, comprimento e diâmetro da fruta. Cada cacho recebia um número e os jurados escolheram, na primeira etapa, os 10 melhores. Depois da contagem dos cachos mais citados, chegaram aos cinco melhores.

Os jurados ficaram atentos a defeitos como restos florais na ponta de cada fruto, dano e manchas causado pelo manejo inadequado e maturação precoce. O presidente da Abla, Bertolino Vilvert, disse que a fruta no inverno vai ser sempre mais magra que no verão, e ter vincos que podem parecer estranhos ao consumidor final, mas não são necessariamente um defeito. “Pior é quando já está amadurecendo, daí tem menor vida útil”, acrescenta.

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A pesquisadora Luana Maro chamou a atenção sobre cachos que tinham a primeira penca com desenvolvimento diferenciado. “Quando a penca tem uma banana pra lá e outra pra cá, dificulta a colocação na caixa de transporte”, explica.

Membro do júri e da Abla

Na categoria Caturra, os vencedores foram Adilson Lourenço Antunes Ramos (Rio Novo),  Marcos Alexandre Vilvert (Rio Novo), Luis Felipe Habitzreiter (São Brás), José Vilvert (Rio Novo) e Fábio Bittencourt Bettoni (São Brás). Na categoria Prata, também conhecida como branca, levaram a melhor Aline Maria Kons Rech (Nossa Senhora da Conceição), Alcir Leonardo Rech (Nossa Senhora da Conceição) e Marcelo Feltrin (São Brás).

(Com Renata Rosa/Epagri/Fapesc)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Você produz soja sustentável? Participe do 4º Prêmio Planeta Campo 2025!

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Foto: divulgação

Estão abertas as inscrições para o 4º Prêmio Planeta Campo 2025, que valoriza iniciativas sustentáveis no agronegócio brasileiro. Para participar, basta acessar o link e preencher o formulário. As inscrições vão até 23 de julho e reconhecem quem alia respeito ao meio ambiente, impacto social positivo e resultados econômicos sólidos no campo.

  • Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link!

O prêmio contempla cinco categorias: Agroindústria, Agricultura Familiar, Pequeno, Médio e Grande Produtor. Os vencedores terão suas histórias contadas em uma reportagem especial, exibida nos principais programas do Canal Rural e no YouTube do Planeta Campo.

Se você adota práticas sustentáveis com a soja e quer ver sua trajetória valorizada, essa é a sua chance de mostrar que é possível produzir com responsabilidade e inovação.

Sojicultores que já foram destaque no prêmio

Em edições anteriores, produtores de soja de diversas regiões do Brasil mostraram que é possível aliar produtividade e conservação ambiental. Exemplos inspiradores incluem agricultores que adotaram práticas como plantio direto, preservação de nascentes, rotação de culturas e redução no uso de defensivos, provando que a sustentabilidade é um diferencial competitivo no campo.

Na 3ª edição, em 2024, a Fazenda Carolina do Norte, gerida por Diego Schardong, destacou-se ao adotar o cultivo sustentável da soja em grande parte de sua área, utilizando sistemas de rotação que preservam e enriquecem o solo. Já a Fazenda Serra Vermelha, em Sambaíba, investe na regeneração do solo e na retenção de carbono por meio da integração de braquiária, soja e algodão.

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Agricultura

JBS inaugura unidade do programa Escritórios Verdes em Minas Gerais

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Divulgação JBS

A JBS acaba de inaugurar, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, sua mais nova unidade dos Escritórios Verdes JBS – iniciativa gratuita de apoio à regularização ambiental e assistência técnica e gerencial para produtores rurais. Esta é a primeira unidade em Minas Gerais, com atuação prevista em todo o estado, completando a presença da Companhia nos cinco principais estados com rebanho bovino do país: Mato Grosso, Pará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Com um rebanho estimado de 22,5 milhões de cabeças de gado de corte em 2023, Minas Gerais ocupa a quarta posição entre os estados com o maior rebanho bovino do Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representando cerca de 9,4% do total nacional. O estado também se destaca por sua diversidade ambiental, abrigando três importantes biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.

Lançado em 2021, o programa Escritórios Verdes integra o compromisso da Companhia com a pecuária sustentável e sua política de compra responsável. A iniciativa tem como objetivo apoiar gratuitamente pecuaristas na regularização ambiental de suas propriedades e na melhoria da produtividade com responsabilidade socioambiental. As unidades são instaladas em plantas da Friboi pelo Brasil, com equipes especializadas que atendem os produtores de forma personalizada.

A inauguração em Minas Gerais marca mais um passo da JBS na ampliação da iniciativa, que em 2024 viabilizou a elaboração de 523 projetos de regularização ambiental, com impacto direto na recomposição de mais de 4,15 mil hectares de vegetação nativa. Desde 2021, os Escritórios Verdes já prestaram consultoria e apoio técnico para mais de 18 mil propriedades rurais em todo o Brasil. Em quatro anos, mais de 6 mil hectares foram destinados à recuperação florestal.

Além dos atendimentos presenciais, a JBS lançou no segundo semestre de 2024 o Escritório Verde Virtual, disponível via e-mail, telefone e WhatsApp. Desde sua criação, já foram realizadas mais de 16 mil interações com produtores rurais de diversas regiões do país, ampliando o alcance da assistência técnica e ambiental da empresa.

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“O produtor rural – especialmente o pequeno – precisa estar no centro das discussões sobre sustentabilidade no campo. Por isso, criamos soluções que atendam suas necessidades, oferecendo ferramentas práticas e suporte técnico de forma gratuita. A crescente adesão dos pecuaristas aos Escritórios Verdes reforça que estamos no caminho certo”, afirma Liège Correia e Silva, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.

Escritórios Verdes 2.0: tripé de apoio ao produtor

A evolução do programa foi em 2024 com o lançamento dos Escritórios Verdes 2.0, um hub de soluções para pequenos e médios produtores. Após uma triagem inicial, os atendimentos são direcionados para uma das três frentes:

  • Escritório Verde Ambiental: apoio à regularização ambiental e reinserção de propriedades na cadeia produtiva;
  • Escritório Verde Assistência Técnica: ações voltadas à recuperação de pastagens e boas práticas para aumento da produtividade;
  • Escritório Verde Assistência Gerencial: capacitação e ferramentas para melhorar a administração das propriedades.

Os resultados já demonstram o impacto do programa: em 2024, 6.887 propriedades foram regularizadas, e 1.311 fazendas receberam apoio técnico ou gerencial. O time de extensão rural realizou mais de 4.700 visitas a produtores familiares, com coleta e análise de mais de 600 amostras de solo.

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