Economia
Audiência no STF sobre isenção tributária de defensivos agrícolas será no dia 5 de novembro
Assessoria
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou para o dia 5 de novembro a audiência pública sobre a desoneração de tributação (de IPI e ICMS) para agrotóxicos. As exposições visam reunir informações técnicas para o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5553.
Na ação, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) questiona regras do Convênio 100/1997 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que reduzem em 60% na base de cálculo do ICMS sobre agrotóxicos e da legislação tributária que estabelece alíquota zero do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns desses produtos.
Participarão da audiência autoridades técnico-científicas já habilitadas na ação como terceiros interessados, mas o ministro abriu a oportunidade para representantes da União, dos estados ou de entidades científicas, que terão até 18 de setembro para se inscrever por meio do e-mail [email protected]. O relator já definiu que a primeira exposição será do representante da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que deverá esclarecer se é preciso adaptar as isenções atuais ao novo marco legal dos agrotóxicos (Lei 4.785/2023) e à Reforma Tributária (Emenda Constitucional 132/2023).
Para Fachin, é fundamental que o STF obtenha subsídios para analisar a matéria, cuja apreciação ultrapassa os limites jurídicos em razão de sua complexidade e por envolver política agrícola, direitos à saúde e meio ambiente. Ele destacou as repercussões práticas e econômicas que o tratamento fiscal tributário pode acarretar.
O cronograma da audiência pública será divulgado oportunamente nos autos do processo. O evento ocorrerá na Sala de Sessões da Primeira Turma do STF, a partir das 9h30.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta
foto: arquivo/assessoria
As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato Grosso avançaram 3,96 pontos percentuais em novembro. Com isso, as negociações atingiram 89,75% da produção, com o preço médio de R$ 58,28/saca, incremento de 15,02% ante outubro.
O avanço na comercialização é pautado pelo aumento do preço do cereal no estado. Sendo assim, os negócios para a safra disponível estão 7,08 p.p. à frente aos da temporada passada. Já para a temporada 24/25, as vendas totalizaram 23,84% da produção estimada, aumento de 3.11 pontos percentuais em relação a outubro, 8,14 pontos percentuais à frente do mesmo período da safra passada, mas 14,37 pontos percentuais atrás das médias das últimas cinco safras.
O incremento mensal nos negócios em Mato Grosso foi impulsionado pela valorização no preço do milho e pela necessidade dos produtores em travar seus custos com insumos para a próxima temporada. Dessa maneira, o preço comercializado para a safra 2024/25 ficou em R$ 44,32/saca, aumento de 3,98% no comparativo com outubro.
A informação é do IMEA (Instituto Mato-grossense Economia Agropecuária) no boletim semanal do milho.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Crescimento de plantas daninhas afeta a qualidade das pastagens durante a temporada de chuvas
Divulgação
A temporada de chuvas, que ocorre tradicionalmente entre novembro e janeiro, é um período crucial para o desenvolvimento das forrageiras nas áreas de pastagem no Brasil. Esse aumento na precipitação favorece a alimentação do rebanho e, consequentemente, a produtividade do pecuarista. Contudo, a abundância de água também impulsiona o crescimento de plantas daninhas, que competem com as forrageiras por luz, água e nutrientes, resultando em pastos menos produtivos e na degradação das áreas. Para ajudar os pecuaristas a lidar com essa questão, a Linha Pastagem da Corteva Agriscience oferece soluções sustentáveis e eficazes no controle dessas plantas invasoras por meio de herbicidas especializados.
Edson Ciocchi, agrônomo de campo da Linha Pastagem da Corteva, explica que o aumento da precipitação, da temperatura e o maior fotoperíodo durante este período favorecem tanto o desenvolvimento das forrageiras quanto o das plantas daninhas. “Essas condições climáticas favorecem o surgimento e desenvolvimento das invasoras, que competem por recursos essenciais com a forrageira principal, o que chamamos de matocompetição”, comenta Ciocchi.
Impacto das plantas daninhas na produção de carne e leite
De acordo com Ciocchi, as forrageiras são fundamentais para a nutrição dos bovinos, especialmente durante a temporada de chuvas. Quando as plantas invasoras tomam conta das áreas de pastagem, a quantidade de pasto disponível para o rebanho diminui, o que pode resultar em perdas na produção de carne e leite, além de redução dos índices zootécnicos. “O controle das plantas daninhas é essencial para aumentar a produtividade da fazenda, pois garante um pasto de melhor qualidade e maior valor nutricional, refletindo diretamente na rentabilidade, seja para o produtor de carne ou leite”, afirma o agrônomo.
Manejo das plantas invasoras
O Brasil possui cerca de 160 milhões de hectares de áreas de pastagem, com aproximadamente 28 milhões de hectares apresentando níveis de degradação intermediários e severos, segundo a Embrapa. Ciocchi destaca que, em cenários como esse, o uso adequado de herbicidas é uma das principais ferramentas para o controle das plantas daninhas, ajudando a recuperar pastagens degradadas e a aumentar a produtividade das forrageiras. “O manejo adequado das invasoras não só contribui para a recuperação dos pastos, mas também para o equilíbrio de carbono das fazendas”, explica.
O primeiro passo para o controle das plantas daninhas é realizar um levantamento para avaliar o nível de infestação e identificar as espécies presentes. Após isso, o pecuarista deve consultar um engenheiro agrônomo para definir o melhor método de controle, incluindo a aplicação de herbicidas. “O manejo adequado das pastagens também garante uma melhor produção de forragem, que pode alimentar o rebanho durante a seca”, afirma Ciocchi.
Soluções tecnológicas para o controle de plantas daninhas
Durante a temporada de chuvas, quando as plantas daninhas estão em pleno desenvolvimento vegetativo, os herbicidas têm maior eficiência. A Linha Pastagem da Corteva oferece tecnologias avançadas, como as soluções Ultra-S e XT-S, para o manejo das pastagens e o controle eficaz das invasoras. “Esses herbicidas são formulados para otimizar o manejo das pastagens, aumentando a produtividade por hectare e contribuindo para uma pecuária mais sustentável”, destaca Ciocchi.
A Tecnologia Ultra-S se destaca no controle de plantas daninhas anuais e bianuais de folhas largas, como o Fedegoso-Branco (Senna obtusifolia) e a Cheirosa (Heterotheca suaveolens). Ela é uma solução concentrada, o que permite o uso de doses menores de herbicida por hectare, mantendo a eficiência. Por sua vez, a Tecnologia XT-S oferece um amplo espectro de controle para plantas daninhas anuais, bianuais e perenes, incluindo semilenhosas e lenhosas. Essa tecnologia promove maior produtividade de capim e, por conseguinte, maior produção de carne e leite, além de contribuir para a sustentabilidade, pois evita a abertura de novas áreas.
Além de suas formulações concentradas, essas tecnologias são versáteis em termos de aplicação, podendo ser feitas de forma costal, tratorizada ou aérea. A Corteva Agriscience é a única empresa do setor com foco específico em pesquisa e desenvolvimento de herbicidas para pastagens, oferecendo suporte contínuo aos pecuaristas para garantir o melhor manejo das suas áreas de pastagem.
05
Agricultura
Estiagem afeta produtividade e gera preocupação para a safra de cana 2025/2026
Divulgação
A produção de cana-de-açúcar no Brasil pode enfrentar uma queda de até 20% até 2050, em razão das mudanças climáticas, de acordo com um estudo do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). A pesquisa aponta que a irregularidade das chuvas e o aumento das temperaturas são desafios crescentes para a produtividade, forçando os produtores a adotarem práticas de manejo mais eficientes para garantir a safra 2025/2026.
As condições climáticas adversas, como a estiagem e queimadas que afetaram a região Centro-Sul do Brasil na safra 2023/2024, continuam a ameaçar o setor. Esses fenômenos não só prejudicam o desenvolvimento das plantas, mas também favorecem o desequilíbrio de pragas e doenças nas lavouras de cana, comprometendo a produtividade dos canaviais.
Além disso, a irregularidade hídrica trouxe um problema adicional: a perda de viveiros de mudas, o que pode resultar em uma escassez de mudas saudáveis para o próximo ciclo. Esse fator é crucial para a renovação dos canaviais e para a manutenção da produtividade e qualidade da cultura.
Michel Fernandes, consultor agrícola da MS Fernandes, alerta: “A cana depende de mudas sadias para garantir um ciclo produtivo sustentável. A falta de mudas cria uma janela crítica para a cadeia, onde cada perda de colmos vigorosos significa menos cana no campo.” Ele destaca que, sem o planejamento adequado, os produtores podem enfrentar não apenas a perda de produtividade, mas também um aumento nos custos de produção a longo prazo.
Estratégias para recuperação dos canaviais
Diante desses desafios, a adoção de boas práticas agrícolas é fundamental para a recuperação dos canaviais. Para apoiar os produtores, a BASF disponibiliza o Muneo® Biokit, uma solução biológica e química que auxilia no desenvolvimento sustentável da cana, ajudando a aumentar a longevidade e o potencial produtivo das plantações após períodos de estresse climático.
O Muneo® Biokit combina um produto químico, Muneo®, com ação inseticida e fungicida, e um biológico, Aprinza®, que promove o crescimento das raízes e da parte aérea da planta, além de melhorar a absorção de nutrientes.
Maria Leticia Guindalini, especialista em Desenvolvimento de Mercado da BASF Soluções para Agricultura, enfatiza: “Os canaviais estão cada vez mais expostos a condições extremas. Nossa missão é oferecer soluções que ajudem os produtores a lidar com essas mudanças, maximizando o uso eficiente de recursos hídricos e solo, com um ciclo de produção mais sustentável.”
A aplicação do Muneo® Biokit induz a planta a produzir fitohormônios, que ajudam na melhor absorção de água e nutrientes, além de facilitar o manejo da soqueira – parte da planta que rebrota após a colheita. Esse manejo é essencial para garantir a saúde dos canaviais, mesmo em condições climáticas desfavoráveis. A combinação dos ativos também atua no controle de pragas e doenças, promovendo maior sanidade do colmo e um perfilhamento robusto.
Os resultados da solução foram avaliados em experimentos de campo conduzidos por Michel Fernandes no Triângulo Mineiro, que apontaram desempenho positivo em diferentes tipos de solo e em condições de diversas ocorrências de pragas.
O Muneo® Biokit é o reflexo do significativo investimento da BASF em pesquisa e desenvolvimento, com mais de 900 milhões de euros investidos anualmente globalmente.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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