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Operação Cerco Verde prende grupo criminoso responsável por furtos de defensivos em fazendas de MT

Polícia Civil-MT
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta terça-feira (06.08), a Operação Cerco Verde para cumprir sete mandados de prisões preventivas e 11 de buscas contra um grupo criminoso, especializado no furto de defensivos agrícolas no estado, investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Os investigados também são alvos de sequestro de bens e valores, no montante de R$ 1,2 milhão.
As ordens judiciais, decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), foram cumpridas nas cidades de Canarana (MT) e Itumbiara, Rio Verde e Jataí (GO).
A organização criminosa é investigada por furtos ocorridos em propriedades rurais de diferentes regiões de Mato Grosso, entre 2021 e 2023. Os crimes foram registrados nos municípios de Araguaiana, Ipiranga do Norte, Ribeirarão Cascalheira, Canarana e Tapurah.
Furtos
A investigação comprovou a existência de organização criminosa envolvida com os furtos de defensivos agrícolas, com atuação em Mato Grosso. A apuração reuniu elementos robustos comprovando a autoria em relação a três furtos em diferentes municípios, bem como indícios de outros crimes. As informações reunidas atestam a estrutura característica de organização criminosa integrada e constituída pelos indiciados.
Três furtos investigados pela GCCO ocorreram em 2021, em fazendas dos municípios de Ribeirão Cascalheira e Ipiranga do Norte, e outro em dezembro do ano passado, em Araguaiana.
Na madrugada de 10 de dezembro do ano passado, cinco dos investigados furtaram defensivos avaliados em quase R$ 200 mil de uma fazenda em Araguaiana.
Já em dezembro de 2021, o furto atingiu uma propriedade rural em Ipiranga do Norte, onde o grupo criminoso furtou R$ 107.610,00 em produtos agrícolas.
No mês de novembro daquele mesmo ano, a quadrilha criminosa invadiu uma fazenda em Ribeirão Cascalheira, de onde foram furtados produtos avaliados em R$ 864 mil.
A GCCO apontou que, pelo menos, desde o ano de 2021, o grupo criminoso já vinha atuando em Mato Grosso e Goiás em furtos e receptação qualificadas de defensivos agrícolas.
Atuação da organização criminosa
Diálogos obtidos durante a investigação mostram os integrantes do grupo combinando os crimes e depois de efetivar os furtos, fazendo a partilha do lucro criminoso.
Em um dos diálogos, F.F.M. diz que que está na cidade de Querência, esperando o seu cunhado, ou seja, “U.A.S”, pra ir a fazenda. Na sequência, F.F.M. deixa bem claro a outros dois suspeitos que, o que vão pegar na fazenda vale milhões ao dizer “ganhar os milhões mano”.
No dia 14 de novembro de 2021, F.F.M. torna a informar os suspeitos: “o trem vai ser agora” se referindo à ação criminosa que estavam prestes a cometer. No dia 15 de novembro, ele diz: “estamos na metade” se referindo à volta para a cidade de Jataí (GO), após cometer o furto.
Conforme as datas descritas no diálogo, a Polícia Civil comprovou que na noite entre 14 e 15 de novembro de 2021 ocorreu um grande furto em Ribeirão Cascalheira, quando foram levados 3.356 litros de defensivos de uma propriedade rural da região.
Em 16/12/2021, F.F.M. diz: “hoje nós pega e já desce”, dando entender que já estão no local onde vão fazer o furto. A análise da conversa, data, hora e distância aponta que se tratou do roubo à fazenda no município de Ipiranga do Norte, ocorrido na madrugada do dia 17/12/2021.
Nesse roubo em Ipiranga do Norte, F.F.M. estava com uma picape Montana prata, que foi carregada com os defensivos, e diz: “achei que ia ficar com medo, mas fiquei de boa”; “pai tá em todas agora” “carregou até o talo” “mais de mil kilos” “deu pra pegar os 3 carros cheios”; ”Montana representou”, “estava cheio de veneno; “os três carros andando na lavoura de madrugada…foi coisa de filme”.
A irmã de F.F.M., responsável pela organização dos furtos, diz que a carga foi entregue em uma fazenda na cidade de Itumbiara (GO) e o receptador pagaria com cheque pelos produtos roubados.
Após concluir o roubo, um dos investigados diz: “eu acho que dessa vez (fulana) pegou muito trem bom viu, que selecionou só os top, só os top pra nós levar”(sic).
Em seguida, um deles fala dos valores que ganhou como resultado do roubo: “cantou minha ala, ficou 10 mil, ganhei 10 mil, tá bom hein, tô achando que hoje eu vou em Rio Verde pra tomar uma”. Já a irmã do investigado responde: “… 10 mil, hein, (fulano) ? Só pra você ficar três dias fora de casa. Tá bom, hein. moço, tô te falando, como é que faz alguma coisa? O (fulano) não dormiu até agora, ele vai chegar aqui e vai capotar. Só amanhã”, se referindo ao marido, também investigado e um dos líderes dos roubos.
Outro diálogo obtido na investigação, os investigados conversam sobre mais um furto planejado, inclusive dizendo que tem a planta da fazenda: “…já mandei um áudio para ele, um serviço numa fazenda aqui por perto… até a planta da fazenda nós tem’, dizendo que a investigada, identificada como a responsável em planejar as ações, tem as imagens da fazenda alvo.
Em outro diálogo, os dois irmãos falam em abrir um negócio com o lucro das ações criminosas: “É mesmo, ele tem que abrir um trem, mas o que vocês estavam pensando de abrir, tem alguma coisa em mente? tem que ser oficina, né? porque não tem outra coisa? O (fulano) não trabalha. No caso, ia ser pra abrir oficina, você trabalhar, né? Ele ia só investir o dinheiro, no caso. Aí, porque ele não gerencia porra nenhuma, não ia mexer com nada”.
Após essa conversa, em fevereiro de 2022, F.F.M. abriu uma autoelétrica, localizada no setor central da cidade de Jataí.
O delegado Antenor Pimentel explicou que a investigação concluiu que C.F.M. aliciou o irmão F.F.M. para ingressar na quadrilha. A investigada fazia a organização das ações e estava ciente sobre toda a atuação do grupo. Já os demais integrantes, incluindo o marido da investigada, eram os responsáveis pelos furtos dos defensivos, transporte e entrega dos produtos aos receptadores.
Após um dos furtos concretizados, o marido diz à esposa que receberam R$ 37 mil do receptador.
Fichas criminais
A investigação identificou sete integrantes do grupo criminoso, um deles com extensa ficha criminal por crimes semelhantes praticados em Mato Grosso do Sul e Goiás. P.C.W. é conhecido das Polícias Civis de outros dois estados por envolvimento em furtos de defensivos. Em 2019 foi preso em flagrante por roubo de defensivos em Mato Grosso do Sul. Onde anos antes. ele foi preso no mesmo estado por um furto na cidade de São Gabriel d’Oeste.
Outros três investigados são da mesma família, um casal de irmãos e um cunhado. C.F.M., esposa de U.A.S., e moradores de Jataí, no sudoeste goiano, foi identificada como a responsável pela organização e logística dos furtos. Ela cooptou o irmão, F.F.M. para compor o grupo criminoso.
U.A.S. responde a diversos processos por crimes diversos no estado de Goiás. Outros integrantes do grupo respondem por recepção em Mato Grosso do Sul e por furto em Chapada dos Guimarães (MT).
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Polícia Civil cumpre ordens judiciais contra facção criminosa voltada para o tráfico interestadual

PJC
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira (30.10), a Operação Doce Amargo – Acorde Final, com o objetivo de desarticular uma complexa faccão criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas. A operação representa a fase conclusiva de uma série de investigações iniciadas em 2023, que revelou uma rede de narcotraficantes atuando na baixada cuiabana com ramificações em outros estados.
Na operação, são cumpridos 25 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz de Garantias da Capital. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados, além do sequestro de veículos utilizados nas atividades ilícitas.
As ordens judiciais são cumpridas em quatro estados do país: nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande (MT), Tefé (AM), Rio de Janeiro (RJ) e Natal (RN), evidenciando o caráter interestadual da facção criminosa. Os investigados respondem pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O cumprimento dos mandados conta com o apoio das unidades da Diretoria de Atividades Especiais (DAE), Diretoria Metropolitana, Delegacia de Polícia de Campo Novo do Parecis, bem como unidades de outros estados: Delegacia de Tefé (AM), Denarc de Natal (RN), e 12ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro (RJ).
Estrutura do crime
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) iniciaram em 2023, conseguindo identificar uma extensa rede de tráfico estruturada com divisão organizada de funções, incluindo fornecedores, intermediários, distribuidores e responsáveis pela logística de transporte e armazenamento.
Para a prática da atividade ilícita, o grupo utilizava locais fixos para armazenamento de drogas, conhecidos como “casas-cofre”, estabelecia rotas de fornecimento interestadual e movimentava grandes quantidades de maconha, cocaína e haxixe de forma coordenada e contínua.
A análise dos dados obtidos por meio de investigações anteriores, aliado ao trabalho de campo da equipe de investigação demonstrou que os investigados mantinham fornecedores em outros estados, especialmente no Rio de Janeiro e Amazonas, e discutiam em várias oportunidades a viabilidade do transporte de entorpecentes por meio de encomendas pelos Correios e transportadores.
O grupo também estruturou um sistema paralelo de movimentação financeira, utilizando transações via Pix para pagamento das drogas e ocultação dos valores ilícitos.
Modo de ação e movimentações
Foi identificado que os investigados alteravam constantemente seus endereços residenciais, possivelmente com intuito de dificultar as investigações policiais e obstruir suas localizações.
Durante os meses de investigação, a análise dos dados revelou ainda que o grupo realizava negociações quase diárias com registros de comercialização de grandes quantidades de entorpecentes. Em um dos casos, chegou a realizar a negociação de lote contendo 300 quilogramas de drogas, dos quais 200 já haviam sido comercializados.
O sistema financeiro da facção também chamou atenção, uma vez que os pagamentos eram centralizados em contas específicas, com movimentações constantes via Pix. Os valores eram repassados entre os integrantes do grupo de forma organizada, com alguns investigados recebendo porcentagens sobre as vendas realizadas.
Segundo o delegado responsável pela coordenação da operação, Marcelo Miranda Muniz, a investigação evidenciou a gravidade e complexidade da facção criminosa desarticulada, demonstrando que o grupo operava com divisão de tarefas bem definida e hierarquia estruturada.
“Identificamos coordenadores responsáveis pelas negociações, intermediários que recebiam e repassavam pedidos, distribuidores que mantinham casas-cofre para armazenamento, e operadores financeiros que movimentavam os recursos ilícitos através de contas bancárias. O volume de recursos movimentados e a ampla rede de contatos evidenciam a periculosidade do grupo e a necessidade de repressão qualificada”, detalhou.
De acordo com o delegado titular da Denarc, Wilson Cibulskis, a medida representa um importante passo no enfrentamento ao tráfico de drogas e na descapitalização de facções criminosas. “Além de retirar entorpecentes de circulação, nosso objetivo é atingir também o patrimônio usado pelos criminosos para manter suas atividades ilícitas”, destacou.
Doce Amargo – Acorde Final
O nome da operação integra uma série de operações sucessivas batizadas com o termo “Doce Amargo”, desenvolvidas pela Denarc para combater o tráfico de drogas interestadual. O termo “Doce Amargo”, além de fazer alusão às drogas sintéticas comercializadas, traduz, de forma simbólica, a dicotomia existente no mundo do tráfico: uma atividade que, embora prometa ganhos fáceis e aparentes benefícios, conduz inevitavelmente a consequências amargas para todos os envolvidos.
O subtítulo “Acorde Final” representa o encerramento de um importante ciclo investigativo representando o desfecho das ações de inteligência, vigilância e coleta de elementos probatórios, culminando na neutralização desse núcleo criminoso, com forte impacto no mercado ilícito de drogas da baixada cuiabana.
A operação integra o planejamento estratégico da Polícia Civil por meio da operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso, que tem intensificado o combate às facções criminosas em todo o Estado.
Assessoria | Polícia Civil-MT
Polícia Civil cumpre ordens judiciais contra facção criminosa voltada para o tráfico interestadual
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Fiscalização apreende 75 mil litros de cachaça irregular

Foto: Divulgação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária em Santa Catarina (SFA-SC), realizou uma operação de fiscalização que resultou na apreensão de cerca de 75 mil litros de cachaça produzida de forma clandestina na região de Criciúma (SC). Segundo o órgão, a bebida era fabricada em condições higiênico-sanitárias impróprias para o consumo.
De acordo com o Mapa, a ação reforça a necessidade de que a produção de bebidas alcoólicas ocorra em locais devidamente registrados e que cumpram as normas sanitárias. “A conformidade garante a procedência e a qualidade dos produtos consumidos pela população”, destacou a Superintendência.
O Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) da SFA-SC foi responsável pela inspeção. Três estabelecimentos foram fiscalizados: dois deles foram autuados e interditados por não possuírem registro junto ao Mapa, e um terceiro foi autuado por fabricar em condições higiênico-sanitárias inadequadas.
O Ministério alertou que o consumo de bebidas clandestinas representa risco à saúde, podendo causar intoxicações, cegueira e até morte, em decorrência de substâncias tóxicas resultantes de adulterações ou de processos irregulares de produção.
Para registro ou regularização das atividades, o Mapa orienta que os produtores acessem a seção de Vinhos e Bebidas, disponível no site oficial do Ministério. A Instrução Normativa Mapa nº 72/2018 define os requisitos e procedimentos administrativos para o registro de estabelecimentos e produtos classificados como bebidas e fermentados acéticos.
O órgão informou ainda que as ações de fiscalização foram intensificadas nos últimos meses, impulsionadas pela chegada de novos servidores, entre eles Auditores Fiscais Federais Agropecuários e Agentes de Atividades Agropecuárias, o que ampliou a capacidade de atuação para proteger o consumidor e garantir a qualidade dos produtos agrícolas.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Polícia Civil prende homem procurado por estupro de vulnerável em Terra Nova do Norte

PC-MT
Um homem, procurado por estupro de vulnerável, foi preso pela Polícia Civil na tarde de terça-feira (28.10), na zona rural de Terra Nova do Norte (a 675 km de Cuiabá).
O foragido, de 42 anos, estava com o mandado de prisão preventiva decretado pelo juízo da Comarca de Vera. Ele é suspeito de abusar sexualmente da enteada.
Durante as diligências, os investigadores identificaram o homem em uma propriedade rural localizada a cerca de 60 quilômetros da cidade de Terra Nova do Norte.
O suspeito era procurado desde 2024, sendo a prisão realizada pelos policiais civis da Delegacia de Terra Nova do Norte, com apoio da equipe da Delegacia de Vera.
Após o cumprimento do mandado judicial, ele foi conduzido à Delegacia de Terra Nova do Norte para as providências cabíveis e, em seguida, encaminhado à disposição da Justiça.
Assessoria | Polícia Civil – MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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