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Algodão

MT seguirá respondendo por mais de um terço da safra nacional

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Das principais culturas do Estado, o algodão é a única a fechar o ciclo com saldo positivo, segundo a Conab – Foto: Divulgação

 

A produção mato-grossense de grãos de fibras deverá fechar o ciclo 2023/24 com 92,82 milhões de toneladas (t).

O volume estimado pelo no 11º Levantamento da Safra de Grãos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta semana), aponta uma quebra anual na oferta de 8,1%, já que no ciclo passado a colheita foi recorde no estado com mais de 100,98 milhões t.

Mesmo com perdas de uma safra para outra, Mato Grosso vai responder sozinho por mais de um terço da temporada brasileira.

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Das principais culturas do Estado, o algodão é a única a fechar o ciclo com saldo positivo.
A produção de pluma deve chegar a 2,63 milhões t, volume que, se confirmado, será 17,2% superior ao da safra passada.

No lado oposto estão o milho e a soja.

O cereal deve somar 47,82 milhões t, quebra anual de 5,7%, ante as mais de 50 milhões t da safra anterior que foi recorde.

A oleaginosa, com a colheita encerrada desde abril, fechou a safra atual com 39,34 milhões t, 13,7% inferior ao ciclo passado.

Conforme a Conab, a safra brasileira de grãos deverá atingir 298,6 milhões de toneladas na safra 2023/24, uma redução de 21,2 milhões de toneladas quando comparada com o volume obtido na temporada passada.

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Essa queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras do país, reflexo das adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas de primeira safra, em especial, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras.

A colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de toneladas.

De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela companhia, os trabalhos de colheita superam 90% da área cultivada no país.

As produtividades alcançadas neste ciclo do grão variaram de acordo com o pacote técnico utilizado e, principalmente, da época de plantio da cultura.

Semeaduras realizadas dentro da janela ideal, ou seja, entre janeiro até meados de fevereiro, obtiveram produtividades dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra devido, principalmente, à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura.

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As exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal.

Aliada à perda de produtividade, a área destinada para o milho também foi reduzida, tanto na segunda como na primeira safra do grão, o que influencia na menor expectativa de colheita.

A produção total esperada para o ciclo 2023/24 é de cerca de 115,65 milhões toneladas, cerca de 12,3% inferior à temporada passada.

Outra importante cultura de segunda safra é o algodão.

Mas, para a fibra, a Conab prevê aumento tanto na área como no desempenho médio das lavouras, influenciado pelas condições climáticas que favoreceram o desenvolvimento da cultura.

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Com isso, a previsão é de um novo recorde para a produção da fibra, sendo estimada uma colheita de 3,64 milhões de toneladas de algodão em pluma.

Já para o feijão é esperada uma produção total de 3,26 milhões de toneladas, 7,3% superior à produção de 2022/23.

A segunda safra da leguminosa, com a produção estimada em 1,5 milhão de toneladas, teve seu potencial de produtividade reduzido devido à incidência de doenças e da mosca-branca, além da falta de chuvas e temperaturas elevadas em importantes estados produtores.

A terceira safra do grão está estimada em 812,5 mil toneladas, com as lavouras, de modo geral, nos estágios de desenvolvimento à maturação, e em Goiás, em fase inicial de colheita.

Dupla do feijão no prato dos brasileiros, o arroz já está com a colheita finalizada.

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A produção neste ciclo teve um crescimento de 5,6%, comparada ao volume produzido na safra anterior, chegando a 10,59 milhões de toneladas.

O aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.

Já a soja, principal grão cultivado no país, a produção na atual safra é de 147,38 milhões de toneladas, redução de 4,7% sobre o ciclo anterior.

Nas áreas semeadas entre setembro e outubro, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, houve alterações no potencial produtivo das lavouras, com os baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade, diferente das áreas com lavouras mais tardias.

Marianna Peres

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Goiás responde por 98,6% da produção nacional de pequi, ouro do Cerrado

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A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) tem impulsionado a modernização do cultivo de pequi, com destaque para o desenvolvimento de cultivares sem espinhos. A iniciativa, liderada pela Emater Goiás em parceria com a Embrapa Cerrados, busca facilitar o manejo do fruto, reduzir riscos no extrativismo e ampliar seu uso na indústria.

Responsável por 98,6% da produção nacional de pequi, Goiás se consolida como referência no setor. Em 2023, o estado alcançou um recorde histórico de 3,7 mil toneladas extraídas, um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior, segundo a Seapa. Os municípios de Sítio d’Abadia, Damianópolis e Mambaí, localizados na região Nordeste, lideraram a produção, reafirmando a importância econômica do fruto na área.

Reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil, o pequi, chamado de “ouro do Cerrado”, desempenha um papel essencial na economia e na subsistência de comunidades agroextrativistas. Além de gerar renda, o fruto é rico em nutrientes como vitaminas A, C e E, e carotenóides antioxidantes, com aplicações que vão da culinária à produção de óleo, licores e conservas.

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A Ceasa/GO é o maior entreposto nacional de comercialização do pequi, abastecendo mercados de todo o país. Programas como o PAA e o PNAE também fortalecem a distribuição do fruto, ampliando sua presença em iniciativas de segurança alimentar e alimentação escolar.

No aspecto cultural, pratos como arroz com pequi e galinhada destacam o fruto como símbolo da gastronomia goiana. Contudo, a expansão agropecuária e o desmatamento no Cerrado representam desafios para a preservação do pequizeiro. A continuidade de práticas sustentáveis e o investimento em tecnologias inovadoras são apontados como fundamentais para proteger o bioma e garantir a liderança de Goiás na produção nacional.

Ao combinar inovação, sustentabilidade e valorização da agricultura familiar, Goiás reafirma seu protagonismo no extrativismo do pequi, assegurando que o fruto siga como ícone de desenvolvimento econômico e conservação ambiental no Brasil.

O pequi é o fruto do pequizeiro (Caryocar brasiliense), uma árvore nativa do Cerrado brasileiro, amplamente reconhecido por sua casca verde e polpa amarela rica em óleo, que envolve um caroço repleto de espinhos finos, o que exige cuidado ao consumi-lo.

Além de ser usado na culinária, o pequi tem grande importância cultural e econômica em regiões como Goiás e Minas Gerais, sendo também valorizado por suas propriedades nutricionais e medicinais.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Paraná quer antecipar o vazio sanitário da soja na safra 25/26

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A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná quer antecipar em 12 dias o início do vazio sanitário da soja na região Sudoeste do estado, que passará a começar em 10 de junho de 2025 e terminará em 10 de setembro.

A medida visa intensificar o controle da ferrugem asiática, uma das mais graves doenças que afetam a cultura da soja, e será encaminhada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para avaliação até 31 de janeiro de 2025.

Atualmente, os municípios do Sudoeste paranaense, classificados como Região 3, são os últimos a entrar no período de vazio sanitário no estado. A antecipação foi debatida no fórum “Proposta de vazio sanitário e calendário de semeadura da soja – Safra 2025/26”, promovido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) nesta quarta-feira (28), em Curitiba.

O vazio sanitário é um período em que é proibido o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja no campo. Essa medida tem o objetivo de interromper o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, doença que pode gerar perdas severas na produtividade e elevar os custos de produção com defensivos agrícolas.

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No Paraná, o vazio sanitário ocorre de forma escalonada:

Região 1: de 21 de junho a 19 de setembro;

Região 2: de 2 de junho a 31 de agosto;

Região 3 (atual): de 22 de junho a 20 de setembro.

Com a proposta, a Região 3 passaria a ter o vazio sanitário entre 10 de junho e 10 de setembro, alinhando-se melhor às outras regiões do estado.

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Impactos para os produtores – A Adapar, responsável pela fiscalização do cumprimento do vazio sanitário, reforça que a medida é crucial para evitar surtos da ferrugem asiática, protegendo a rentabilidade das lavouras e a sustentabilidade da produção. Os agricultores que não erradicarem as plantas vivas de soja durante o período estarão sujeitos a sanções previstas na legislação.

A antecipação proposta reflete o compromisso do estado em fortalecer a defesa fitossanitária, garantindo que o Paraná continue a se destacar como um dos maiores produtores de soja do Brasil. Caso aprovada, a mudança exigirá ajustes no planejamento dos produtores, mas trará benefícios significativos ao controle da ferrugem asiática e à produtividade futura.

O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.

desenvolvimento e sustentabilidade

O calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário. Implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) a ação visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência da ferrugem asiática da soja às moléculas químicas utilizadas no seu controle.

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Para a definição das datas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) considera as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pelos estados, como este do Paraná. Para o estabelecimento dos períodos de vazio sanitário e do calendário de semeadura, são utilizados de dados técnicos, além de realizar reuniões com os órgãos estaduais defesa vegetal de forma individual e regional, analisando de forma conjunta, todas as propostas enviadas pelas unidades da federação.

A Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Projeções Apontam Produção Recorde de Algodão no Brasil para a Safra 2024/25

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A produção brasileira de algodão para a safra 2024/25 é projetada em 3,89 milhões de toneladas de fibra, segundo estimativa da Safras & Mercado. Este volume representa um crescimento de 5,6% em relação à safra atual, que deve atingir 3,68 milhões de toneladas. O avanço é impulsionado pela expansão da área plantada, estimada em 2,15 milhões de hectares – 7,9% a mais do que na temporada anterior.

Dados da Safras & Mercado indicam que o aumento da área é liderado pelos estados da Bahia e Mato Grosso, que concentram 90% da produção nacional. Embora a semeadura tenha começado timidamente, atingindo apenas 0,17% da área projetada, o potencial de crescimento reforça as expectativas de uma safra recorde.

Mato Grosso: Líder na Produção Nacional

O Mato Grosso, maior produtor de algodão do Brasil, deve ampliar sua área plantada em 6,9%, alcançando 1,56 milhão de hectares – o equivalente a 73% da área nacional. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a segunda safra continua predominante, representando 82% do total plantado no estado.

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A retração nos preços do milho tem favorecido o retorno ao cultivo de algodão, que oferece maior rentabilidade, mesmo diante de preços internacionais mais baixos. Apesar disso, a recente recuperação do preço do milho e os altos custos de produção do algodão têm limitado um crescimento ainda mais expressivo. A produção mato-grossense é estimada em 2,77 milhões de toneladas, um aumento de 4,2% em relação à safra anterior.

Bahia: Crescimento Acelerado na Produção

Na Bahia, o plantio começará no final de novembro, após o período de vazio sanitário. A área plantada deve crescer 10%, atingindo 380 mil hectares, ou 18% da área nacional. O oeste do estado responde por 98% dessa produção, com destaque para a proporção de cultivo em sequeiro (72%) e irrigado (28%).

A queda nos preços de soja e milho tem atraído não apenas produtores que haviam migrado para os grãos, mas também novos agricultores interessados no algodão. A produção baiana deve crescer 10%, alcançando 748 mil toneladas, consolidando a região como o segundo maior polo de produção do país.

Expansão em Outras Regiões

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Além de Mato Grosso e Bahia, que dominam o cenário, estados como Minas Gerais vêm ampliando suas áreas plantadas. Novas fronteiras agrícolas, como o Piauí e o Maranhão, também estão atraindo atenção, indicando um movimento de diversificação regional na produção de algodão.

Com a perspectiva de aumento na área plantada e na produção, o Brasil reforça sua posição de destaque no mercado internacional de algodão, impulsionado pela alta competitividade de suas principais regiões produtoras.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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