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Calculadora avalia emissões de gases de efeito estufa na agropecuária gaúcha

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Protocolo assinado entre empresa de inteligência no agronegócio e governo do Estado vai garantir dados para elaboração do Plano de Ação Climática – Foto: Patrícia Lima/AgroEffctive

 

Reunir dados já existentes sobre os sistemas produtivos na agropecuária gaúcha e cruzá-los com o conhecimento acadêmico disponível para mapear a real emissão de gases de efeito estufa do setor primário no Rio Grande do Sul. Esse é o objetivo do protocolo assinado na tarde desta quinta-feira, 29 de agosto, entre a empresa SIA – Serviço de Inteligência em Agronegócios, e a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado (SEMA). O protocolo vai possibilitar o uso da ferramenta Calculadora do Balanço de Emissões de GEE no Setor Primário, desenvolvida pela SIA, para elaborar o Plano de Ação Climática para o Rio Grande do Sul.

Anunciado na programação da Expointer 2024, o protocolo permite que a SIA acesse os dados disponíveis nas instâncias públicas e oficiais, como as bases de dados das Secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente, e cruze essas informações com os seus próprios dados, provenientes do atendimento de mais de 900 propriedades rurais ao longo de mais de quatro anos. Essa junção de informações será posta em linha com os parâmetros coletados por meio de variadas pesquisas desenvolvidas por universidades e instituições científicas. O resultado irá definir os níveis de emissão de gases de cada propriedade.

De acordo com o diretor executivo da SIA, Bruno Quadros, a sociedade e os órgãos de controle e administração sequer sabem se o sistema produtivo rural gaúcho é, de fato, um emissor de carbono. Muito menos em que medida a atividade está impactando a aceleração das mudanças climáticas. “Com esse cruzamento completo de dados, vamos conseguir dizer se uma propriedade é emissora ou não, se tem um balanço positivo ou negativo. E, mais importante, vamos conseguir determinar o que será preciso fazer para corrigir eventuais emissões excessivas”, explica Quadros.

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A ferramenta digital foi desenvolvida para auxiliar os produtores na avaliação e redução de suas emissões, estimando o balanço de gases em propriedades rurais voltadas para sistemas produtivos baseados em grãos e pecuária leiteira e de corte. A assinatura do protocolo prevê o acesso a bancos de dados mais amplos, o que possibilita uma análise e uma geração de dados mais completa.

A secretária de Meio Ambiente do Estado, Marjorie Kauffmann, salienta que a assinatura do protocolo está inserida em um escopo maior, que é o da conformidade climática. Segundo ela, já foram identificadas algumas medições, principalmente de emissões e balanços, que estão distorcidas para a realidade do Rio Grande do Sul. Por isso, o Estado está investindo em pesquisas acadêmicas para verificar os sistemas produtivos agrícolas. “A calculadora recebe essas informações e nos diz qual a emissão real das propriedades. Essa será uma maneira rápida de contabilizar as emissões e, posteriormente, beneficiar as propriedades que contribuem para a mitigação e redução das mudanças climáticas”, completa.

Texto: Patrícia Lima/AgroEffctive

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Veja onde a chuva deve beneficiar o plantio de soja

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Foto: Freepik

A previsão de chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos dias é uma boa notícia para os produtores da soja do estado, que enfrentavam a falta de precipitações. A chegada das precipitações deverá ajudar a melhorar a umidade do solo, que estava abaixo do ideal, o que favorecerá o crescimento das lavouras.

Além do Rio Grande do Sul, estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também devem receber bons volumes de chuva, com possibilidade de superar 100 mm em cinco dias. No entanto, apesar dos benefícios para a umidade do solo, as chuvas intensas podem dificultar o trabalho no campo.

Plantio da soja avança em Santa Maria

Segundo a Safras & Mercado, na região de Santa Maria (RS), o plantio da soja está em fase inicial, com mais de 60% da área já semeada, conforme dados da Emater/RS. A área total destinada ao cultivo de soja na região é de 1,063 milhão de hectares, com o restante da semeadura programada para as próximas semanas. Até o momento, não há registro de infestação de pragas ou doenças nas plantações de soja. No entanto, alguns municípios, como Capão do Cipó e Tupanciretã, ainda enfrentam dificuldades devido a uma leve estiagem, o que tem retardado o andamento das atividades agrícolas nessas regiões.

Desafios após as enchentes

As enchentes que afetaram o estado em maio deste ano deixaram marcas nas áreas agrícolas, principalmente nas regiões de coxilha e várzea. Nos campos de coxilha, o impacto mais visível foi a erosão do solo, com a formação de valetas e voçorocas, que exigiram o uso de maquinário para restaurar as condições adequadas para o plantio.

Nas lavouras de várzea, os danos foram mais severos. Áreas afetadas por inundação receberam uma camada de lodo e matéria orgânica, que pode ser corrigida com uma ou duas gradagens. Já em outras áreas, os rios e arroios formaram depressões no terreno, dificultando a recuperação, especialmente nas regiões mais próximas aos corpos d’água. Embora algumas dessas áreas não sejam recuperáveis, muitas foram restauradas, permitindo o retorno do cultivo, principalmente o arroz.

Além disso, áreas aterradas pelo transporte de materiais, como areia, pedras e galhos, exigiram grandes esforços dos agricultores para restabelecer as condições produtivas. A recuperação dessas áreas aumentou o custo de produção, uma vez que a fertilidade do solo foi reduzida.

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Serão necessários investimentos elevados em correção de acidez e aplicação de adubos para restaurar a produtividade das lavouras. Esse processo de recuperação pode levar mais de uma ou duas safras, até que as áreas atingidas pelas enchentes retomem um nível de produção similar ao período anterior às cheias.

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Cuidado com o calor: manejo avícola na primavera

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Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente – Foto: Divulgação

 

A primavera traz temperaturas mais altas, um desafio para avicultores. O calor intenso, aliado à baixa umidade, afeta a produtividade das aves, alerta Guilherme Pimenta, analista técnico da MCassab Nutrição e Saúde Animal. Para minimizar os impactos, ajustes no manejo e foco na saúde e eficiência da granja são indispensáveis.

O manejo pré-alojamento é essencial. Limpeza, desinfecção e manutenção preventiva dos aviários, além de um pinteiro bem dimensionado, garantem conforto às aves e reduzem a competição por recursos. O transporte também exige atenção: caminhões equipados e equipes ágeis minimizam o estresse térmico no alojamento.

Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente, oferecer ar de qualidade e garantir acesso fácil à água e ração balanceada. Essas ações preservam o desempenho produtivo das aves.

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A nutrição adequada é outra estratégia para mitigar o estresse térmico. Ajustes na dieta, com fontes energéticas mais leves, suplementação de vitaminas, probióticos e o uso de óleos essenciais, ajudam a manter o conforto térmico e a saúde das aves, promovendo frescor e melhor função respiratória. Essas práticas tornam a produção mais eficiente, mesmo sob altas temperaturas.

“A adequação das fontes energéticas e ácidos graxos nas dietas ajuda a compensar a baixa ingestão de outros nutrientes, decorrentes da alteração da fisiologia do apetite. Além disso, a menor produção de calor durante a digestão de gorduras, quando comparado às proteínas, contribui para o conforto térmico das aves. A suplementação de vitaminas, minerais, aminoácidos e probióticos em água ou via ração também são boas alternativas para minimizar os impactos do estresse térmico. Outra medida utilizada com sucesso é a administração de produtos à base de óleos essenciais, opção que promove sensação de frescor nas altas temperaturas e ainda melhora a função respiratória das aves”, conclui.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Restrições à pesca durante a piracema visam proteger espécies nativas

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Reprodução

 

A piracema, fenômeno natural que marca a temporada de reprodução de várias espécies de peixes, exige atenção especial de pescadores e autoridades ambientais. A piracema ocorre em todo o território nacional, com variações no período de defeso dependendo das características climáticas e das bacias hidrográficas.

Em estados como Goiás e Tocantins, a restrição vai de novembro a fevereiro, enquanto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina começa em outubro e se encerra em janeiro. Em Roraima, devido às peculiaridades da região amazônica, o defeso ocorre de março a junho.

Em Minas Gerais, o período de defeso começou agora em novembro e segue até fevereiro de 2025. Durante esses meses, a pesca de espécies nativas está proibida, com o objetivo de preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade das bacias hidrográficas.

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A proibição protege espécies como dourado, curimba, mandi e piapara, que dependem de condições específicas para a reprodução. Nesse período, pescadores comerciais e estabelecimentos que comercializam pescado devem declarar seus estoques por meio do site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), um procedimento obrigatório para evitar irregularidades.

Leia Também: Exportação de carne bovina deve atingir 35% da produção até o fim do ano
Embora a pesca de espécies nativas seja restrita, é permitida a captura de espécies exóticas e alóctones, como tilápias, tucunarés e carpas, desde que respeitadas as regras de quantidade e equipamentos. Pescadores podem utilizar até cinco varas ou caniços e capturar até três quilos de peixe, além de um exemplar adicional. A licença de pesca, emitida pelas autoridades estaduais ou federais, é obrigatória.

Áreas sensíveis, como lagoas marginais e confluências de rios, têm a pesca totalmente proibida. Em Minas Gerais, locais específicos como trechos do rio Grande e do rio Tijuco, além de reservatórios como o de Nova Ponte, estão entre os protegidos. A legislação prevê multas que variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil e até pena de detenção para quem descumprir as normas.

O termo piracema, de origem tupi, significa “subida do peixe” e descreve o esforço dos cardumes em nadar contra a correnteza em busca de locais adequados para desova. Algumas espécies percorrem milhares de quilômetros, enfrentando desafios como cachoeiras e barragens. Essa jornada é crucial para a reprodução e o equilíbrio ecológico das espécies.

Com as mudanças nos habitats e a pressão da pesca predatória, o período de defeso é essencial para a recuperação das populações de peixes e a manutenção dos ecossistemas aquáticos. O respeito às regras da piracema, além de ser uma exigência legal, é um compromisso com a preservação ambiental e o futuro da pesca no Brasil.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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