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IBPecan realiza encontro de pecanicultores para debater o futuro da cultura

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Economista-chefe da Farsul apresentou estudo sobre produção de alimentos e crescimento da população – Foto: Ieda Risco/AgroEffective

 

A primeira palestra do seminário Rumo ao Futuro, promovido pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), na tarde desta quinta-feira 29 de agosto, contou com um estudo sobre o setor agropecuário e o crescimento da população no mundo. O tema foi apresentado pelo economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz. Ele iniciou sua fala relatando aos pecanicultores presentes uma proposta de discussão. Luz disse que trabalha no agronegócio porque quer e não por obrigação. A visão dele é de que não tem nada que seja mais potencial do que o agro no Brasil e complementou dizendo que o olhar do produtor deve ser o de ocupar espaço lá fora.

Sobre a produção de alimentos de forma global, Antônio da Luz mostrou dados sobre alimentação da população mundial e fez um paralelo com o crescimento da população que precisa ser alimentada e o número de pessoas que estão no campo produzindo alimentos. “Nossa primeira necessidade é a alimentação, como qualquer animal. E só vivemos na cidade porque há alguém no campo produzindo”, afirmou o economista. Ele projetou que em 2050 teremos 70% de pessoas vivendo na cidade e dependendo dos 30% que estarão no campo produzindo.

A visão de Antônio da Luz é de que o mundo caminha para ter o crescimento de países importadores líquidos, ou seja, aqueles que compram mais do que produzem, o que já aconteceu com o Brasil. “Até os anos 90, o Brasil era um país importador de comida, isso é uma vergonha que nós temos vamos levar séculos para limpar. Mas nós éramos importadores de comida até 1996. Foi a partir de 1997 que o Brasil virou um país exportador líquido, ou seja, entre o que importa e exporta, exporta mais do que importa, contribui mais com a alimentação dos outros”, disse. Contudo, pontuou que hoje o Brasil é exportador líquido, ou seja, tem alimentos de sobra para vender para quem precisa, mas que este cenário pode mudar no futuro.

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Já ao final da palestra, o economista também falou sobre o crescimento de 80% da produção de alimentos do país e que isto se deveu à instituição da segunda safra e dos avanços tecnológicos no setor. O comparativo foi com os Estados Unidos, que cresceram apenas 0,8% no mesmo período avaliado. E encerrou dizendo que estar no agronegócio é estar em um setor que dá certo.

O presidente do IBPecan, Eduardo Basso, celebrou que o economista da Farsul mostrou a vocação do Brasil para o agronegócio. Afirmou que a fruticultura brasileira tem que ocupar seu espaço, e que nele estão as pecans. “Eu acho que nós temos solo, tecnologia, clima, e temos que melhorar, fazer o nosso dever de casa, seja como investidores da pecã, seja como investidores do Brasil. E eu acho que o Antônio nos mostrou claramente a vocação do Brasil e a importância disso. Então vamos procurar levar isso a todos os nossos associados, para que esse momento ruim que nós vivemos, a gente possa superar já na safra do ano que vem, onde a gente está pensando em 7 a 8 mil toneladas de nozes-pecãs”, avaliou o presidente, complementando que é preciso aproveitar todo o mercado nacional, a potência do mercado internacional e continuar fazendo o dever de casa.

E quem está fazendo o dever de casa é a jovem produtora de Santa Catarina, Bruna Colle Rissardi. Hoje com 20 anos, ela ganhou a primeira muda de nogueira pecã aos 13. O pomar, já está com 7 anos e produzindo. As nozes são comercializadas, principalmente, para docerias da região. Bruna contou que os pais decidiram investir na produção como forma de deixar um legado para ela e o primo, ambos filhos únicos. A jovem pecanicultora estuda agronomia e veio à Expointer em busca de conhecimento para aprimorar o negócio, que é o único na região de Pinheiro Preto, onde mora e também cultiva uvas.

Durante a tarde, foram apresentadas as experiências com irrigação e poda por dois produtores gaúchos. O seminário também contou com a fala dos apoiadores JXO, Sicredi, GreenHas e Luma.

Texto: Ieda Risco/AgroEffective

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Gato por lebre? Não, galo por papagaio!

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Um caso inusitado chamou atenção nas redes sociais: um vendedor tentou enganar compradores ao pintar um galo de verde e anunciá-lo como papagaio em uma plataforma de comércio online.

A ave foi colocada à venda por 6.500 rúpias (cerca de R$ 150), mas a fraude foi rapidamente descoberta.

Especialistas destacam que a venda de animais silvestres sem autorização pode configurar crime, alertando consumidores sobre a importância de verificar a procedência dos produtos antes da compra.

No Paquistão e em outros países, práticas fraudulentas como essa podem resultar em sanções legais, reforçando a necessidade de maior fiscalização em ambientes digitais.

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No Brasil já aconteceu algo parecido, o que chamamos de comprar ‘gato por lebre’: há alguns anos uma família carioca foi atraída por um anúncio na internet que oferecia dois filhotes de cães da raça yorkshire por R$ 700.

Os animais ainda teriam pedigree comprovado. A família levou um dos animais e ao chegar na casa, o cãozinho começou a passar mal e foi levado a um veterinário. O filhotinho, na verdade, era um vira-lata e tinha sido pintado para parecer um cachorro de raça.

Nesse caso, a família foi prejudicada por um anúncio falso. O Código de Defesa do Consumidor estabelece pena de três meses a um ano de detenção, além de multa, para quem praticar propaganda enganosa.

Caso o consumidor perceba discrepâncias entre as características, preço ou origem do produto ou serviço ofertado e o anunciado, é fundamental informar os órgãos competentes, como o Procon local, para que as providências cabíveis sejam tomadas.

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Anunciados vencedores do Concurso de Carcaças Carne Hereford Edição Mundial Braford

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Foto: Divulgação

A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), por meio do Programa Carne Hereford, realizou no dia 28 de março o Concurso de Carcaça – Edição Especial Mundial Braford RAM IESA na unidade industrial do Frigorífico Silva, em Santa Maria (RS). O evento contou com a participação de mais de 300 animais e definiu as carcaças que serão servidas durante o Mundial.

O prêmio de Melhor Carcaça Hereford foi conquistado pelo produtor Marco Silva de Marco, de Santa Vitória do Palmar (RS), com uma pontuação de 125. Seu animal apresentou peso de 311 quilos de carcaça, com acabamento de gordura 4, idade de 2 dentes. Na categoria Melhor Carcaça Braford, a vencedora foi a produtora Márcia Mascarenhas Linhares, de Quaraí (RS), com 135 pontos, seu animal apresentou peso de 273 quilos de carcaça com acabamento de gordura 4 e zero dentes. Já a Melhor Carcaça Cruza ficou com Luciano Augusto Sperotto Terra, também de Santa Vitória do Palmar (RS), que obteve 135 pontos, seu animal apresentou 262,2 quilos de carcaça, acabamento de gordura 4 e zero dentes.

Além das premiações individuais, a competição também reconheceu os melhores lotes. Marco Silva de Marco garantiu o primeiro lugar na categoria Melhor Lote da raça Hereford, somando 2.415 pontos, com peso médio de carcaça de 293,41 quilos e 2 dentes. O segundo lugar ficou com Marilda de Marco Flório, de Chuí (RS), que obteve 2.390 pontos, peso médio de carcaça de 285,25 quilos e 2/4 dentes. O terceiro colocado foi Romulo Fernandes Flório, também de Chuí (RS), com 2.375 pontos, peso médio de carcaça de 290,30 quilos e 2/4 dentes.

No Melhor Lote da raça Braford, a vencedora foi Márcia Mascarenhas Linhares, com 2.350 pontos, peso médio de carcaça de 243,68 quilos e zero dente. O segundo colocado foi Carlos Edmundo Cirne Lima, de Alegrete (RS), que obteve 2.270 pontos, peso médio de carcaça de 253,18 quilos e 2 dentes. Já o terceiro lugar ficou com Fernando Fabrin Alvarez, de Itaqui (RS), com 2.035 pontos, peso médio de carcaça de 251,10 quilos e 2/4 dentes. Nos lotes Cruza HB, Luciano Sperotto Terra foi o campeão com 2.405 pontos, peso médio de carcaça de 266,22 quilos e 0/2 dentes, seguido por Ricardo Sperotto Terra, que obteve 2.400 pontos, peso médio de carcaça de 283,21 quilos e 2 dentes.

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O gerente executivo da Carne Hereford, Felipe Azambuja, destacou a importância do evento para o setor. “Foi um dia de trabalho excelente. O concurso, como sempre, promoveu uma competição saudável entre os produtores e nos permitiu conhecer lotes espetaculares. Sem dúvida, nosso grande evento será marcado por carne de alta qualidade. Além disso, o workshop foi uma oportunidade valiosa para apresentarmos o programa, alinharmos ideias e unirmos forças com a indústria, impulsionando ainda mais a carne certificada Hereford”, destaca.

Paralelamente ao concurso, foi realizado o Workshop Carne Hereford, que promoveu palestras sobre a cadeia produtiva da carne e aproximou os produtores da ABHB e da indústria. O diretor Comercial do Frigorífico Silva, Gabriel Moraes, apresentou a palestra “Carne Hereford e Frigorífico Silva: Situação Atual e Futuro”, discutindo o mercado e os desafios do setor. O professor e pesquisador Leonir Pascoal, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), abordou o tema “Perspectiva do Mercado da Carne”, trazendo informações sobre tendências e oportunidades.

Texto: Lauren Brasil/ABHB

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Égua bragada de criatório catarinense é escolhida Melhor Exemplar da Raça no Mancha Crioula 2025

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Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Com uma manada expressiva de bragados, tobianos e oveiros, o Mancha Crioula 2025 encerrou a avaliação morfológica de machos e fêmeas com a certeza de que o futuro próximo é muito promissor em termos de selo racial. E ao final da tarde do sábado, 29 de março, sagrou-se Melhor Exemplar da Raça, a égua Marconi Tatuagem. O evento foi realizado na Arena do Cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS) e organizado pela Trajano Silva Remates.

Gateada Bragada Salgo Direito, a égua foi Grande Campeã em sua categoria. Criada por Alexandre Espíndola Araújo e exposta por Marcelo Zermiani, Marconi Tatuagem leva para a Cabanha Zermiani/TRV, de Itajaí (SC), o título máximo do Mancha Crioula. Ela superou o Grande Campeão dos machos, Iguaçu del Tierba. Criado por Carlos Ricardo Szczerbowiski e exposto por Rosinei Áustria e Bruno Knopf Khun, Iguaçu ostentou sua pelagem Colorada Bragada Salina na categoria Potranco Maior, que o levou a conquistar o Grande Campeonato que levou para a Cabanha Volvo, de Bento Gonçalves (RS).

O leiloeiro e diretor de Relações com o Mercado da Trajano Silva, Décio Lemos, enalteceu a participação de criadores e expositores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná nesta edição do Mancha Crioula. “Essa exposição, esta festa é feita com a colaboração deles. Quem trouxe animais, quem escreveu animais, quem aqui está presente”, destacou.

O jurado da exposição, Mauro Ferreira, salientou que nas categorias incentivo, na delegação de machos, todos eram bem apresentados, consistentes e com uma cabeceira de potrilhos muito bonitas. “A delegação de incentivo das fêmeas era um pouco mais heterogênea, mas igualmente tinha algumas potrancas de exceção, que certamente vão figurar nas principais exposições da raça, tão logo recebam a marca”, enalteceu. Ferreira destacou, também, o pioneirismo do Mancha Crioula em valorizar e incentivar bragados, tobianos e oveiros, que, segundo ele, seu pai chamava de “pelos alegres”.

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Texto: Ieda Risco/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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