Café
MG: café sente impacto da estiagem e das altas temperaturas, aponta Conab

Foto: Pixabay
Segundo o 3º levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (19), a safra de café de 2024 atingiu 96% da colheita até o final de agosto e está estimada em 54,79 milhões de sacas beneficiadas. Esse número representa uma ligeira queda de 0,5% em comparação à produção obtida em 2023. O desempenho abaixo do esperado foi atribuído principalmente às condições climáticas adversas que afetaram o desenvolvimento das lavouras. Embora o início da safra indicasse uma perspectiva de crescimento, com base na alta bienalidade e no bom estado das lavouras, estiagens, chuvas irregulares e altas temperaturas durante o desenvolvimento dos frutos acabaram frustrando as expectativas iniciais. A produtividade média nacional está agora projetada em 28,8 sacas por hectare, 1,9% abaixo do resultado da safra anterior.
Apesar das dificuldades, a produção de café arábica deve crescer 1,7%, alcançando 39,59 milhões de sacas. Minas Gerais, maior produtor do grão no Brasil, deverá colher 27,69 milhões de sacas, uma redução de 3,4% em relação a 2023, reflexo das condições climáticas adversas, especialmente a falta de chuvas após abril.
Em São Paulo, também afetado pelo clima, a expectativa é de um crescimento de 8,2% na produção, chegando a 5,44 milhões de sacas. Situações semelhantes são observadas em outras regiões produtoras de arábica, como Espírito Santo, Rio de Janeiro e cerrado baiano, onde o crescimento, embora positivo, será inferior ao inicialmente previsto.
Por outro lado, a produção de café conilon deve sofrer uma redução de 6%, com uma estimativa de 15,2 milhões de sacas. No Espírito Santo, maior produtor de conilon, a safra deve atingir 9,97 milhões de sacas, representando uma queda de 1,9%. Em Rondônia e na região do Atlântico baiano, as reduções são mais acentuadas, com quedas de 16,4% e 13,3%, respectivamente.
Ainda de acordo com a Conab, a área total destinada ao cultivo de café no Brasil em 2024 será de 2,25 milhões de hectares, sendo 1,9 milhão de hectares em produção, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Produção Recorde e Estoques Limitados Marcam o Cenário do Café para 2025/26

Reprodução/Portal do Agronegócio
Apesar da previsão de produção recorde para o ciclo agrícola 2025/26, o mercado global de café deve continuar relativamente justo. O consumo elevado combinado com estoques finais limitados mantém o setor em alerta, exigindo atenção especial dos agentes envolvidos para lidar com as oscilações e incertezas do período.
Expectativa de alívio para 2026/27 com recuperação da produção brasileira
César de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, aponta que, embora o cenário para 2025/26 seja de maior restrição, o mercado já projeta um possível alívio em 2026/27, graças à expectativa de forte recuperação da produção de café arábica no Brasil. Ele ressalta que as margens para os produtores permanecem positivas, mas muitos ainda estão vulneráveis às quedas de preços por não utilizarem instrumentos de hedge.
Custos e sensibilidade do consumidor
A redução dos custos da matéria-prima pode beneficiar as margens das torrefadoras, porém, o consumidor final permanece sensível aos preços, enquanto os custos industriais continuam elevados, o que mantém desafios para toda a cadeia produtiva.
Ausência de carrego nas curvas de preços e crédito restrito exigem cautela
Outro ponto crucial destacado é a ausência de carrego nas curvas de preços, além do crédito restrito no setor. Essas condições demandam uma gestão ainda mais cautelosa de risco e capital, especialmente para as tradings que atuam no mercado. Planejamento estratégico e financeiro são essenciais para enfrentar a maior volatilidade e limitações de recursos previstas para o período.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Cafés adulterados revelam falhas na cadeia produtiva; robótica surge como solução para garantir pureza do grão

Divulgação
Descoberta de cafés adulterados gera alerta no mercado brasileiro
Recentes casos de cafés vendidos com impurezas — como cascas, palhas e fungos perigosos — reacenderam o debate sobre rastreabilidade e segurança alimentar na principal bebida do país. A Anvisa chegou a retirar marcas adulteradas das prateleiras, reforçando a necessidade de controle mais rigoroso na cadeia produtiva.
Robótica e visão computacional: uma solução promissora
Diego Lawrens Bock, engenheiro mecatrônico e gerente da Bock Robotics, destaca que muitas das impurezas poderiam ser eliminadas já na lavoura ou nos centros de beneficiamento com o uso de tecnologias avançadas. Segundo ele, “a aplicação sistemática de visão computacional e inteligência robótica nas etapas de seleção, triagem e inspeção dos grãos é fundamental para garantir qualidade”.
Experiência da indústria automotiva a serviço do agronegócio
Com vasta experiência em automação para montadoras como Volkswagen, Ford e GM, Bock vê potencial para transferir esse know-how para cadeias agrícolas, especialmente no café especial. Robôs equipados com sensores ópticos e sistemas de visão identificam rapidamente defeitos imperceptíveis ao olho humano, como grãos mofados ou contaminados.
Tecnologia para garantir pureza e elevar padrões
Na prática, robôs com câmeras industriais e algoritmos inteligentes realizam análises em tempo real durante o processamento do café, classificando e separando os grãos com precisão cirúrgica. Essa tecnologia aumenta a segurança do consumidor, melhora a consistência dos lotes e fortalece a imagem dos produtores no mercado internacional.
Benefícios para cooperativas e torrefações
Além de elevar a qualidade, a automação traz ganhos em eficiência e sustentabilidade. Menores perdas, redução de retrabalho e rastreabilidade completa da cadeia são vantagens importantes. Sistemas automatizados podem realizar inspeções finais com base em sensores laser e inteligência artificial, tornando o combate à fraude muito mais eficaz.
Urgência em adotar padrões tecnológicos
Diante do recente escândalo e da perda de confiança do consumidor, Diego Bock reforça a necessidade de o setor cafeeiro implementar um controle de qualidade preventivo, automatizado e baseado em tecnologia. “Robótica não é exclusividade da indústria automotiva de luxo; é uma ferramenta essencial para a saúde pública e a economia agrícola”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Polinização por abelhas eleva produtividade do café em área experimental da Empaer

A produção de café na agricultura familiar de Mato Grosso pode ganhar um novo impulso com a aplicação de técnicas de polinização por abelhas. A iniciativa foi apresentada durante o Dia de Campo – Cadeias de Valor da Agricultura Familiar, realizado no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologias (CRPTT) da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), em Tangará da Serra quarta-feira (11.6).
O projeto, desenvolvido pela Empaer em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), aposta no uso estratégico de abelhas nativas e exóticas para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos grãos nos cafezais. A proposta integra ciência, sustentabilidade e valorização da agricultura familiar.
Segundo João Bosco, pesquisador da Empaer e coordenador do experimento, a tecnologia tem demonstrado resultados animadores: “Nós estamos com esse projeto em parceria com a Unemat, para que a gente possa trazer para os produtores um aumento de produtividade com qualidade. É uma cultura de boa renda para o produtor de pequena escala. O preço está interessante, os chineses aprenderam agora a tomar café e são consumidores em potencial, com isso o preço aumentou. Nós conhecemos produtores que conciliaram a polinização e chegaram a produzir 130 sacas de café em apenas um hectare.”
A professora Daniele Starktonon, bióloga e docente do curso de Agronomia e do Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola da Unemat, destaca que a pesquisa une conservação ambiental e incremento na produção agrícola.
“A questão da polinização é muito interessante, tanto pelo lado da produção quanto da conservação das abelhas, especialmente em Mato Grosso, onde temos uma elevada diversidade de espécies nativas. Com essa parceria da Empaer, estamos investigando a importância da apicultura migratória, em que os produtores podem deslocar os enxames em suas propriedades durante a florada. Pensamos que isso possa ser uma solução para o aumento da produtividade do café para os pequenos produtores”, explicou.
Entre os participantes do projeto está a mestranda Daniela Padilha, de 31 anos, que veio do Pará para estudar na Unemat. “Achei muito interessante essa pesquisa sobre polinização no café, tendo em vista que o Estado está se destacando na produção, inclusive em propriedades menores. E a polinização por abelhas tem uma importância significativa na qualidade da produção nos cafezais, além de ser sustentável”, afirmou.
A iniciativa do Dia de Campo é do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) Fundação, em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seapa), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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