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Meio Ambiente

Relatório Anual da Ibá Destaca Setor de Árvores Cultivadas como Pilar Econômico e Ambiental do Brasil

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Às vésperas do Dia da Árvore, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) divulgou seu Relatório Anual, que revela um marco significativo: pela primeira vez, o setor de árvores cultivadas para fins industriais ultrapassou os 10 milhões de hectares de área plantada. Essas árvores, que foram plantadas, colhidas e replantadas, são essenciais para a geração de bioprodutos renováveis, biodegradáveis e recicláveis, beneficiando mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. No último ano, a indústria também preservou 6,91 milhões de hectares de mata nativa, demonstrando que é possível aliar produção à conservação.

O Brasil se mantém como o maior exportador de celulose globalmente e o segundo maior produtor desse insumo, com exportações que atingiram US$ 12,7 bilhões em 2023. O relatório, elaborado em parceria com a consultoria ESG Tech, apresenta indicadores econômicos, ambientais e sociais do setor, com dados coletados através de mapeamento por satélite, uma metodologia de ponta desenvolvida pela startup mineira Canopy.

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O levantamento aponta que o setor planta 1,8 milhão de árvores diariamente, expandindo sua atuação em áreas já antropizadas e aumentando a cobertura vegetal do país. Essas florestas desempenham um papel crucial no sequestro e armazenamento de carbono da atmosfera. A gestão das plantações é realizada de forma sustentável, utilizando técnicas reconhecidas internacionalmente, como o plantio em mosaico, que interage áreas de conservação com zonas de produção. Há 20 anos, o setor atua com certificação voluntária, antecipando-se a exigências por rastreabilidade e processos ambientalmente responsáveis, apoiando-se em selos respeitados como o FSC e o PEFC.

Além disso, a agroindústria tem buscado constantemente novas maneiras de descarbonizar seus processos produtivos e de transporte, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. Muitas fábricas de celulose alcançaram autossuficiência energética por meio do licor preto, um coproduto do processamento da madeira, e priorizam fontes de energia renováveis, como biomassa e biocombustíveis. Em 2023, 87% da energia consumida no setor provieram de fontes renováveis.

“O Brasil deve se inspirar em bons exemplos, e o setor de árvores cultivadas é um deles”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá. “O compromisso do setor com o futuro do planeta demonstra que é possível conciliar crescimento econômico com responsabilidade ambiental. A Indústria Brasileira de Árvores continua a investir em inovação e sustentabilidade, provando que a bioeconomia pode ser uma solução viável para os desafios climáticos globais.”

Impacto Econômico
O relatório também enfatiza a crescente relevância da indústria de árvores cultivadas na economia brasileira. Em 2023, o setor gerou R$ 202 bilhões em receita bruta, posicionando-se como o quarto item nas exportações do agronegócio brasileiro. Com previsão de mais de R$ 105 bilhões em investimentos até 2028, novas fábricas estão sendo inauguradas a cada 18 meses, desafiando a tendência de desindustrialização no país e criando mais empregos. Em 2023, foram gerados 33,4 mil novos postos de trabalho, totalizando 690 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos garantidos pela indústria.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Produtores rurais encontram no crédito de carbono uma aliada para fortalecer a preservação ambiental

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Crédito de carbono como ferramenta para conservação

Agricultores brasileiros, obrigados por lei a manter áreas de vegetação nativa preservadas, estão recorrendo ao mercado voluntário de créditos de carbono para fortalecer a proteção ambiental. Com o apoio de consultorias especializadas, como a RDG Eco Finance, essa iniciativa traz mais estrutura e eficiência para a conservação das florestas nas propriedades rurais.

Exemplo de sucesso: projeto do agricultor Luiz Eduardo Pilatti

Luiz Eduardo Pilatti Rosas, produtor rural que cultiva grãos no Paraná e preserva áreas em Rondônia, foi orientado pela RDG Eco Finance para estruturar um projeto de compensação da pegada de carbono. Embora já cumprisse as exigências legais, Pilatti viu no mercado de carbono uma oportunidade de dar mais respaldo técnico e ambiental à manutenção das florestas em sua propriedade.

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Obrigação legal e interesse pelo mercado voluntário

No Brasil, o Código Florestal determina a preservação de até 80% da área nas propriedades localizadas na Amazônia Legal como reserva legal, sem uso produtivo. Para além do cumprimento da lei, cresce o interesse por iniciativas que promovam a conservação ambiental, como o mercado voluntário de créditos de carbono, que reconhece e valoriza o trabalho dos produtores.

Estruturação e certificação do projeto

Com o suporte técnico da RDG Eco Finance, Pilatti estruturou ações focadas no cancelamento de desmatamentos autorizados e na proteção ativa das florestas, especialmente no controle contra incêndios e invasões. A certificação do projeto foi rápida e prática, baseada em documentos como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e georreferenciamento atualizado. Os créditos já estão registrados na B3 e na plataforma da RDG, prontos para negociação.

Foco na preservação e reinvestimento ambiental

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Pilatti destaca que o objetivo não é a exploração comercial, mas o reforço na proteção ambiental. O recurso gerado pelos créditos é destinado a manter e ampliar áreas preservadas e a desenvolver ações de reflorestamento. “O crédito de carbono ajuda a continuar cumprindo a lei com mais qualidade e planejamento”, ressalta.

Protagonismo dos produtores e papel da consultoria

Para Ivan Pinheiro, diretor Comercial e sócio-fundador da RDG Eco Finance, o envolvimento dos produtores rurais é essencial para avançar na agenda ambiental do país. “Nosso papel é tornar essa jornada mais acessível e segura, transformando uma obrigação legal em uma oportunidade de impacto positivo”, explica.

Crescimento e potencial do mercado de carbono no Brasil

Em 2023, o mercado global de carbono movimentou US$ 909 bilhões, crescimento de 13% em relação ao ano anterior, segundo o Banco Mundial. No Brasil, iniciativas como a Política Nacional de REDD+ e o projeto de lei do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) impulsionam o setor. Tecnologias modernas, como imagens de satélite e inteligência artificial, facilitam a medição e certificação das áreas preservadas, com custos médios de R$ 200 por hectare e entrega em até 90 dias.

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Perspectivas para o futuro

Especialistas apontam que o Brasil, com seus biomas Amazônia e Cerrado, tem condições ideais para liderar a geração de créditos de carbono de alta qualidade. Pilatti acredita que, com mais informação e suporte técnico, muitos produtores vão adotar o mercado de carbono como forma de valorizar a preservação ambiental em suas propriedades.

Este movimento reforça a importância da sustentabilidade na agricultura familiar e o papel estratégico do crédito de carbono para aliar responsabilidade ambiental e inovação no campo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Pecuaristas devem ficar atentos aos efeitos da estiagem

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Foto: Arquivo/Emater/Divulgação

Com a aproximação da estiagem em Mato Grosso, a Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) reforçou, nesta semana, a importância do planejamento estratégico por parte dos pecuaristas para diminuir os impactos da seca. A entidade destaca que o período de estiagem impõe desafios à produtividade das fazendas, exigindo medidas antecipadas em relação à água, alimentação, manejo e prevenção de incêndios.

Um dos principais pontos de atenção, segundo a Acrimat, é o abastecimento hídrico. Com a queda no nível de rios e reservatórios, o acesso à água potável para o gado se torna crítico. A associação recomenda a revisão de bebedouros, manutenção de caixas d’água e, se necessário, a instalação de sistemas alternativos de captação e armazenamento. “É preciso garantir não só a quantidade, mas também a qualidade da água”, afirma a equipe técnica da entidade.

Terceira massa de ar polar chega esta semana

Outro aspecto considerado essencial é a alimentação do rebanho. Com a redução da qualidade das pastagens durante a seca, a Acrimat orienta os produtores a formarem reservas de alimentos conservados, como silagem, feno e capim, além de reforçarem a suplementação proteica e mineral.

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O manejo adequado das pastagens também é apontado como estratégia para preservar o solo. A Acrimat também chama atenção para o aumento do risco de incêndios no período seco. A orientação é que os produtores criem aceiros ao redor das propriedades, mantenham equipamentos de contenção em condições adequadas e promovam treinamentos com suas equipes. A entidade ainda defende que vizinhos organizem sistemas de alerta e resposta conjunta, para agir rapidamente em caso de focos de fogo.

Além disso, a associação recomenda que os meses que antecedem a estiagem sejam utilizados para a manutenção de estruturas essenciais, como cercas, cochos e corredores de manejo, a fim de evitar contratempos durante o período crítico.

Para apoiar os produtores, a Acrimat disponibiliza suporte técnico, materiais informativos e capacitações específicas sobre manejo na seca. A entidade reforça que a estiagem é um fenômeno previsível e que a sustentabilidade da atividade pecuária depende, em grande medida, da preparação prévia.

Com Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Chuva provoca emergência no Sul

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Imagem Ilustrativa

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde sábado e que ganharam força desde ontem com a chegada de uma frente fria ao estado provocaram estragos em diferentes regiões e mobilizam equipes da Defesa Civil em diversos municípios.

Em Alegrete, no Oeste, famílias ficaram desabrigadas e desalojadas após a elevação do rio Ibirapuitã, que superou a cota de inundação de 9,70 metros. Órgãos municipais foram acionados para operar o plano de contingência e monitorar o nível do rio.

De acordo com a Defesa Civil, foram contabilizadas três famílias desabrigadas (15 pessoas) e 2 famílias desalojadas (7 pessoas). Os desabrigados estão sendo acolhidos no ginásio do Instituto Estadual de Educação Oswaldo Aranha, que foi estruturado para receber a população atingida.

Em Santa Cruz do Sul, houve um deslizamento de terra que atingiu duas residências. Três pessoas precisaram deixar suas casas e ficaram desalojadas, segundo a Defesa Civil municipal.

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No município de São Vicente do Sul, uma ponte de madeira que liga a área rural à cidade de Cacequi foi danificada. O trânsito está interrompido e equipes atuam no conserto. Ainda em São Vicente do Sul, uma ponte sobre o rio Ibicuí foi levada pela água na segunda-feira. A estrutura tinha 220 metros e ligava comunidades nos dois municípios. Cerca de 600 moradores ficaram isolados após a destruição da ponte.

A rota alternativa exige uso da RS-640 e RS-241, aumentando significativamente o tempo de deslocamento. As autoridades locais informaram que as providências só poderão ser tomadas após a baixa do nível do rio. O fluxo entre as comunidades permanece interrompido.

Em Sobradinho, a chuva derrubou um passo provisório que ligava o Centro ao bairro Baixada. A estrutura era essencial para o deslocamento de aproximadamente 300 famílias. A passagem foi interditada por equipes da Defesa Civil e da secretaria de obras. Até o momento, o local segue bloqueado, com risco à segurança dos moradores.

Em São Borja, a chuva provocou alagamentos que atingiram cerca de 40 residências. O município decretou situação de emergência ainda na terça-feira devido à gravidade da situação. Além disso, houve queda de árvores em diferentes pontos da cidade. Equipes atuam na remoção dos galhos e na liberação de ruas obstruídas.

Em Quaraí, o rio que leva o nome da cidade ultrapassou o nível de alerta e segue em elevação. A medição mais recente apontou quase 9 metros, subindo cerca de 10 centímetros por hora. O nível de alerta é de 7m80cm, e a estimativa é que o rio ultrapasse 9m15cm ainda nesta quarta-feira. Sete pessoas já foram retiradas de suas casas em áreas próximas ao rio.

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O tempo segue instável nas áreas atingidas hoje, mas a tendência é de instabilidade menos forte que nos últimos dias pelo ingresso de ar frio. O risco de chuva forte e com altos volumes se transfere agora para o Leste gaúcho com a formação de um ciclone na costa. No final da semana, o tempo firme com sol se estabelece por vários dias com frio.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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