Algodão
Controle eficiente do ácaro-rajado no algodão
“Reduz a taxa fotossintética das plantas causando a desfolha precoce” – Foto: Canva
O acaricida Fujimite 50 SC foi aprovado para controlar o ácaro-rajado no algodão, após sucesso em citros e café. Testado por especialistas, ele atua por contato e ingestão, com mais de 90% de eficácia, principalmente em fases jovens e adultas. A recomendação é aplicar no início das infestações.
“O acaricida conta com ação ovicida, age nas formas móveis do ácaro-rajado e entrega prolongados períodos de controle”, destaca Eric Ono, engenheiro agrônomo da área de pesquisas da Sipcam Nichino. “Trata-se de solução plenamente adequada ao manejo integrado de pragas (MIP), visando a preservar inimigos naturais do ácaro-rajado e outros insetos benéficos ao algodoeiro”, continua Ono.
O ácaro-rajado é considerado uma praga significativa no algodoeiro, atacando folhas e causando desfolha precoce, o que reduz a qualidade e quantidade das plumas, gerando grandes prejuízos. Carulina Oliveira, da Sipcam Nichino, destaca o crescimento dos negócios relacionados ao algodão e a intenção da empresa de trazer novas soluções para essa cultura nos próximos anos.
“Reduz a taxa fotossintética das plantas causando a desfolha precoce, além de reduzir o número, peso e qualidade das plumas do algodoeiro. O ‘rajado’, não controlado, detém potencial para transferir elevados prejuízos ao produtor”, diz Ono. “A expectativa da companhia é trazer ao Brasil novas soluções para o algodão de agora aos próximos anos”, finaliza.
A Sipcam Nichino, formada em 1979 pela união da italiana Sipcam e da japonesa Nihon Nohyaku, é especializada em agroquímicos. A Nichino, pioneira no Japão desde 1928, foca na inovação e desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos. A empresa planeja lançar mais de 20 produtos no mercado brasileiro até 2025.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Goiás responde por 98,6% da produção nacional de pequi, ouro do Cerrado
Divulgação
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) tem impulsionado a modernização do cultivo de pequi, com destaque para o desenvolvimento de cultivares sem espinhos. A iniciativa, liderada pela Emater Goiás em parceria com a Embrapa Cerrados, busca facilitar o manejo do fruto, reduzir riscos no extrativismo e ampliar seu uso na indústria.
Responsável por 98,6% da produção nacional de pequi, Goiás se consolida como referência no setor. Em 2023, o estado alcançou um recorde histórico de 3,7 mil toneladas extraídas, um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior, segundo a Seapa. Os municípios de Sítio d’Abadia, Damianópolis e Mambaí, localizados na região Nordeste, lideraram a produção, reafirmando a importância econômica do fruto na área.
Reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil, o pequi, chamado de “ouro do Cerrado”, desempenha um papel essencial na economia e na subsistência de comunidades agroextrativistas. Além de gerar renda, o fruto é rico em nutrientes como vitaminas A, C e E, e carotenóides antioxidantes, com aplicações que vão da culinária à produção de óleo, licores e conservas.
A Ceasa/GO é o maior entreposto nacional de comercialização do pequi, abastecendo mercados de todo o país. Programas como o PAA e o PNAE também fortalecem a distribuição do fruto, ampliando sua presença em iniciativas de segurança alimentar e alimentação escolar.
No aspecto cultural, pratos como arroz com pequi e galinhada destacam o fruto como símbolo da gastronomia goiana. Contudo, a expansão agropecuária e o desmatamento no Cerrado representam desafios para a preservação do pequizeiro. A continuidade de práticas sustentáveis e o investimento em tecnologias inovadoras são apontados como fundamentais para proteger o bioma e garantir a liderança de Goiás na produção nacional.
Ao combinar inovação, sustentabilidade e valorização da agricultura familiar, Goiás reafirma seu protagonismo no extrativismo do pequi, assegurando que o fruto siga como ícone de desenvolvimento econômico e conservação ambiental no Brasil.
O pequi é o fruto do pequizeiro (Caryocar brasiliense), uma árvore nativa do Cerrado brasileiro, amplamente reconhecido por sua casca verde e polpa amarela rica em óleo, que envolve um caroço repleto de espinhos finos, o que exige cuidado ao consumi-lo.
Além de ser usado na culinária, o pequi tem grande importância cultural e econômica em regiões como Goiás e Minas Gerais, sendo também valorizado por suas propriedades nutricionais e medicinais.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Paraná quer antecipar o vazio sanitário da soja na safra 25/26
Divulgação
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná quer antecipar em 12 dias o início do vazio sanitário da soja na região Sudoeste do estado, que passará a começar em 10 de junho de 2025 e terminará em 10 de setembro.
A medida visa intensificar o controle da ferrugem asiática, uma das mais graves doenças que afetam a cultura da soja, e será encaminhada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para avaliação até 31 de janeiro de 2025.
Atualmente, os municípios do Sudoeste paranaense, classificados como Região 3, são os últimos a entrar no período de vazio sanitário no estado. A antecipação foi debatida no fórum “Proposta de vazio sanitário e calendário de semeadura da soja – Safra 2025/26”, promovido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) nesta quarta-feira (28), em Curitiba.
O vazio sanitário é um período em que é proibido o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja no campo. Essa medida tem o objetivo de interromper o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, doença que pode gerar perdas severas na produtividade e elevar os custos de produção com defensivos agrícolas.
No Paraná, o vazio sanitário ocorre de forma escalonada:
Região 1: de 21 de junho a 19 de setembro;
Região 2: de 2 de junho a 31 de agosto;
Região 3 (atual): de 22 de junho a 20 de setembro.
Com a proposta, a Região 3 passaria a ter o vazio sanitário entre 10 de junho e 10 de setembro, alinhando-se melhor às outras regiões do estado.
Impactos para os produtores – A Adapar, responsável pela fiscalização do cumprimento do vazio sanitário, reforça que a medida é crucial para evitar surtos da ferrugem asiática, protegendo a rentabilidade das lavouras e a sustentabilidade da produção. Os agricultores que não erradicarem as plantas vivas de soja durante o período estarão sujeitos a sanções previstas na legislação.
A antecipação proposta reflete o compromisso do estado em fortalecer a defesa fitossanitária, garantindo que o Paraná continue a se destacar como um dos maiores produtores de soja do Brasil. Caso aprovada, a mudança exigirá ajustes no planejamento dos produtores, mas trará benefícios significativos ao controle da ferrugem asiática e à produtividade futura.
O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
desenvolvimento e sustentabilidade
O calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário. Implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) a ação visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência da ferrugem asiática da soja às moléculas químicas utilizadas no seu controle.
Para a definição das datas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) considera as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pelos estados, como este do Paraná. Para o estabelecimento dos períodos de vazio sanitário e do calendário de semeadura, são utilizados de dados técnicos, além de realizar reuniões com os órgãos estaduais defesa vegetal de forma individual e regional, analisando de forma conjunta, todas as propostas enviadas pelas unidades da federação.
A Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Algodão
Projeções Apontam Produção Recorde de Algodão no Brasil para a Safra 2024/25
Divulgação
A produção brasileira de algodão para a safra 2024/25 é projetada em 3,89 milhões de toneladas de fibra, segundo estimativa da Safras & Mercado. Este volume representa um crescimento de 5,6% em relação à safra atual, que deve atingir 3,68 milhões de toneladas. O avanço é impulsionado pela expansão da área plantada, estimada em 2,15 milhões de hectares – 7,9% a mais do que na temporada anterior.
Dados da Safras & Mercado indicam que o aumento da área é liderado pelos estados da Bahia e Mato Grosso, que concentram 90% da produção nacional. Embora a semeadura tenha começado timidamente, atingindo apenas 0,17% da área projetada, o potencial de crescimento reforça as expectativas de uma safra recorde.
Mato Grosso: Líder na Produção Nacional
O Mato Grosso, maior produtor de algodão do Brasil, deve ampliar sua área plantada em 6,9%, alcançando 1,56 milhão de hectares – o equivalente a 73% da área nacional. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a segunda safra continua predominante, representando 82% do total plantado no estado.
A retração nos preços do milho tem favorecido o retorno ao cultivo de algodão, que oferece maior rentabilidade, mesmo diante de preços internacionais mais baixos. Apesar disso, a recente recuperação do preço do milho e os altos custos de produção do algodão têm limitado um crescimento ainda mais expressivo. A produção mato-grossense é estimada em 2,77 milhões de toneladas, um aumento de 4,2% em relação à safra anterior.
Bahia: Crescimento Acelerado na Produção
Na Bahia, o plantio começará no final de novembro, após o período de vazio sanitário. A área plantada deve crescer 10%, atingindo 380 mil hectares, ou 18% da área nacional. O oeste do estado responde por 98% dessa produção, com destaque para a proporção de cultivo em sequeiro (72%) e irrigado (28%).
A queda nos preços de soja e milho tem atraído não apenas produtores que haviam migrado para os grãos, mas também novos agricultores interessados no algodão. A produção baiana deve crescer 10%, alcançando 748 mil toneladas, consolidando a região como o segundo maior polo de produção do país.
Expansão em Outras Regiões
Além de Mato Grosso e Bahia, que dominam o cenário, estados como Minas Gerais vêm ampliando suas áreas plantadas. Novas fronteiras agrícolas, como o Piauí e o Maranhão, também estão atraindo atenção, indicando um movimento de diversificação regional na produção de algodão.
Com a perspectiva de aumento na área plantada e na produção, o Brasil reforça sua posição de destaque no mercado internacional de algodão, impulsionado pela alta competitividade de suas principais regiões produtoras.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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