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Agronegócio

Crescimento da Oferta de Etanol no Brasil Pode Atingir 48 Bilhões de Litros até 2034

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Reprodução

 

 

A oferta de etanol no Brasil, considerando as produções a partir da cana-de-açúcar (primeira e segunda geração) e do milho, pode alcançar 48 bilhões de litros até 2034, segundo projeções divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Esse aumento representa um crescimento médio anual de 3,8% em relação ao volume registrado em 2022. As informações fazem parte do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), lançado nesta segunda-feira, 23 de setembro.

O estudo também estima que a demanda por etanol combustível deve atingir cerca de 45 bilhões de litros nos próximos dez anos, gerando um balanço positivo durante todo o período analisado. Além disso, o relatório aponta um potencial técnico de geração de energia elétrica a partir do bagaço de cana, que pode chegar a 5,8 GW médios até 2034, valor que pode aumentar com o uso de palhas e pontas da cana-de-açúcar.

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Projeções para Outros Biocombustíveis e Energias Renováveis

O relatório também traz previsões sobre a produção de biocombustíveis como biodiesel, biogás e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). A produção de biogás, proveniente de resíduos como a vinhaça e a torta de filtro da cana-de-açúcar, pode atingir 6,4 bilhões de metros cúbicos (Nm³), que, após purificação, se transformariam em 3,5 bilhões de Nm³ de biometano, o equivalente a 17% da demanda por gás natural em 2023.

No segmento de biodiesel, as estimativas são baseadas nas regras de adição obrigatória ao diesel convencional, o que deve gerar uma demanda de 13,6 bilhões de litros até o final do período analisado, com o óleo de soja permanecendo como principal matéria-prima.

A análise de capacidades produtivas também abrange combustíveis para o setor aéreo. Os projetos de produção de SAF anunciados deverão atender cerca de 41% das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) estabelecidas pelos programas CORSIA e ProBioQAV entre 2027 e 2034. A produção nacional de SAF deverá alcançar 1,1 milhão de metros cúbicos anuais até 2030, utilizando a rota HEFA em todas as plantas previstas.

Além disso, o estudo aborda outros biocombustíveis, como o diesel verde (HVO), bionafta e bioGLP, além de destacar oportunidades para reduzir a intensidade de carbono com o avanço de tecnologias como o Bio-CCS (captura e armazenamento de carbono).

Impacto das Políticas Públicas no Setor de Biocombustíveis

O PDE 2034 também discute o impacto das políticas públicas no setor de biocombustíveis, como a diferenciação tributária entre combustíveis renováveis e fósseis, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), o RenovaBio e o Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro.

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Outros temas abordados incluem a produção de hidrogênio com baixo carbono, combustíveis sintéticos, a expansão das biorrefinarias, o mercado internacional, a logística de transporte e os investimentos necessários para garantir o crescimento do setor nos próximos anos.

Caderno Oferta de Biocombustíveis

infografico-etanol

 

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Pesquisa desenvolve tecnologia que garante leite mais nutritivo a bebês prematuros

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Fotos: Marcelo Ribeiro/Epamig

Bebês prematuros internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais poderão receber um leite materno mais nutritivo e completo graças a uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig ILCT) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O estudo, em andamento desde 2019, adapta tecnologias usadas na indústria de laticínios para melhorar o aproveitamento do leite humano doado, reduzindo a perda de gordura e nutrientes essenciais.

A proposta busca aumentar a disponibilidade deste alimento e, consequentemente, reduzir a mortalidade de prematuros extremos, bebês com menos de 1,5 quilo. “O trabalho consiste na adaptação de tecnologias usadas na indústria do leite para a aplicação em bancos de leite humano”, define a pesquisadora e professora da Epamig ILCT, Denise Sobral.

Pesquisadora da área de Nutrição Neonatal e de Leite Materno para Prematuros na Fiocruz, a médica neonatologista Maria Elizabeth Moreira conta que, há quase duas décadas, a equipe buscava uma instituição parceira para trabalhar com o manuseio do leite materno.

“Esse casamento com a Epamig ILCT foi perfeito. Ainda mais, trabalhando essa questão junto ao Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e quem vai se beneficiar muito disso serão os nossos bebês”, afirma.

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Homogeneização do leite

Um dos projetos em vigor avalia o processo de homogeneização do leite humano. O objetivo é evitar a perda da gordura e nutrientes deste leite que será oferecido a bebês internados em UTIs neonatais. A separação de fases e a perda da gordura são um grande desafio enfrentado pelos bancos de leite.

“A gordura do leite humano se separa naturalmente após a doação, nos processos de congelamento, descongelamento, transporte, pasteurização e fica aderida aos frascos e sondas. Com isso, o leite oferecido nas UTIs neonatais fica parcialmente desnatado, quando o bebê precisaria de mais calorias para sobreviver”, explica Denise Sobral.

“A ideia foi processar o leite humano em um homogeneizador de pequeno porte. No processamento, esse leite é forçado a passar em pequenos orifícios, então o glóbulo de gordura que é grande, se subdivide em pequenos glóbulos que não se separam mais e também não se aderem às superfícies”, detalha.

Andamento das pesquisas

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A primeira fase de experimentos definiu as condições de processamento, por meio de diferentes pressões e temperaturas. A etapa atual consiste em averiguar se o leite preserva os nutrientes e fatores de imunidade e em simular o comportamento desse leite nas bombas de infusão, como as usadas nas UTIs neonatais.

Estamos na fase pré-clínica. No visual, conseguimos distinguir o leite homogeneizado daquele que não passou pelo processamento, é perceptível que não há a separação de fases. Também estamos simulando a alimentação por sonda e bombas de infusão”, informa o gestor do Laboratório de Controle de Qualidade de Leite Humano da Fiocruz, Jonas Borges da Silva.

“Se tudo transcorrer como previsto, deveremos realizar os testes clínicos já em 2026. Esperamos que esse trabalho resulte no aumento da disponibilidade de conteúdo calórico no leite humano fornecido para bebês internados em UTIs neonatais”, acrescenta Jonas.

Responsável pela pesquisa clínica, a neonatologista Maria Elizabeth Moreira destaca que antes da oferta aos bebês este leite passa por avaliações de segurança, eficiência e de efeitos adversos.

“Ao final queremos ofertar um leite humano que seja totalmente aproveitado por esses prematuros impactando no crescimento, no neurodesenvolvimento, no comprimento e no peso de cada bebê. Essa homogeneização que estamos trabalhando junto com o Instituto Cândido Tostes busca reduzir ao máximo a perda de nutrientes”.

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“Os resultados até agora são o que a gente esperava. Estou muito orgulhosa de participar desse projeto. Eu acho que, em breve, vamos conseguir oferecer um leite de melhor qualidade para esses bebês que precisam tanto”, comemora Denise Sobral.

(Por Mariana Penaforte – Ascom/Epamig)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Agronegócio

Colheita do pêssego avança no Rio Grande do Sul

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em

Foto: Pixabay

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (30), a colheita do pêssego segue em diferentes estágios no Rio Grande do Sul, variando conforme as regiões produtoras e as variedades cultivadas.

Na regional de Caxias do Sul, estão em colheita as variedades BRS Kampai, Charme, Chimarrita e PS 25399. Os frutos apresentam “calibre e coloração regulares, influenciados pela baixa insolação registrada no período”, informou a Emater/RS-Ascar. A maior parte da produção está sendo armazenada em packing houses e comercializada nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do Estado e em mercados regionais. Pequenos volumes seguem para outros estados. O preço médio nas feiras do produtor varia entre R$ 7,00 e R$ 10,00/kg, sem registro expressivo de pragas ou doenças nos pomares.

Na regional de Passo Fundo, as variedades tardias estão em fase final de formação dos frutos, enquanto as precoces iniciam a maturação. Os produtores mantêm os tratamentos preventivos para garantir a sanidade das plantas e a qualidade da produção.

Em Pelotas, os frutos estão em desenvolvimento e os pomares apresentam boas condições sanitárias. Os agricultores seguem realizando tratamentos contra doenças, principalmente podridão-parda. Os preços definidos para a indústria de conservas ficaram abaixo do esperado: R$ 2,10/kg para o tipo I e R$ 1,85/kg para o tipo II.

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Nas regionais de Bagé e Santa Maria, a colheita das variedades precoces teve início. Segundo o informativo, “a produtividade e a qualidade estão excelentes em função das condições meteorológicas durante o ciclo e dos tratamentos de inverno, aliados ao controle eficiente de mosca-das-frutas”.

Na região de Santa Rosa, as lavouras estão na fase de frutificação, e o raleio foi concluído. A colheita das variedades precoces, destinadas ao consumo in natura e à produção de doces e geleias, já começou, com preços entre R$ 4,00 e R$ 5,00/kg.

Em Soledade, as variedades precoces Marli e Premier estão em colheita. Há ocorrência de podridão-parda, exigindo manejo fitossanitário adicional. As variedades medianas e tardias seguem em formação de frutos, com raleio e poda verde realizados. Foram observados casos de broca-dos-ponteiros (Grapholita modesta), demandando controle em áreas com maior incidência.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Preço do leite tem nova queda e preocupa setor

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Foto: Divulgação

 

O valor de referência do leite projetado para outubro de 2025 no Rio Grande do Sul é de R$ 2,2163 por litro, conforme divulgado em reunião do Conseleite/RS, realizada na sede da Farsul no dia 28 de outubro. O dado representa uma redução de 4,26% em relação ao valor projetado de setembro. Segundo informações da Farsul, o consolidado de setembro fechou com o litro a R$ 2,3235, o que corresponde a uma queda de 2,62% frente ao indexador de agosto, de R$ 2,3861.

Durante o encontro, produtores e representantes da indústria debateram os desafios enfrentados pelo setor. As principais preocupações giram em torno do desequilíbrio da balança comercial de lácteos no Brasil, que segue sendo impactada pela entrada de produtos importados e pela dificuldade em ampliar as exportações. “É um assunto que preocupa e precisamos nos unir para buscar alternativas. A relação entre compras e vendas internacionais de produtos lácteos é o caminho da estabilidade interna que a cadeia leiteira tanto espera”, afirmou o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, em declaração reproduzida pela Farsul.

O coordenador adjunto do Conseleite/RS e da Comissão do Leite e Derivados da Farsul, Allan Tormen, destacou a apreensão dos produtores diante da queda de preços no Leite UHT e no queijo muçarela, produtos que concentram parte relevante da produção estadual. De acordo com Tormen, o Leite UHT registrou uma redução de 8,29% em relação ao mês anterior. “Isso tem deixado a gente bastante preocupado. A situação é conjuntural e estrutural. Hoje temos uma oferta, no estado e no Brasil, mais alta”, explicou.

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Tormen, que também preside o Sindicato Rural de Erechim, atribuiu o movimento de queda a dois fatores principais: o aumento sazonal da produção e a entrada de produtos importados do Mercosul. “Como entendemos que o mercado é soberano, com a questão da oferta e demanda há esse movimento de pressão dos preços para baixo”, salientou o dirigente. Ainda segundo ele, a Farsul e a CNA solicitaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio agilidade na análise do pedido de antidumping, apresentado pelo setor.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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