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Avicultura de corte impulsiona o setor pecuário no Distrito Federal com faturamento bilionário em 2023

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A produção de frango de corte foi o destaque do setor pecuário do Distrito Federal em 2023, gerando um faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão. O volume produzido, de 132.845.561 kg, destinou cerca de 90% de sua produção para exportações, tendo como principais mercados países como Arábia Saudita, Japão, Rússia e México. Esse desempenho foi alcançado por meio de um sistema de integração vertical, no qual 618 avicultores brasilienses são responsáveis pela criação e engorda dos pintinhos, enquanto grandes empresas do setor, como Seara/JBS e Pluma, gerenciam as demais etapas da produção.

A avicultura industrial, que gerou cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos, foi o principal fator que impulsionou o setor pecuário no DF em 2023, contribuindo para um crescimento de 78% no total de faturamento. Além da carne de frango, outros segmentos relevantes como a produção de ovos férteis e de ovos comerciais somaram, respectivamente, R$ 703 milhões e R$ 56 milhões em receita bruta. O desempenho do setor em 2023 superou os números de anos anteriores, quando a receita foi de R$ 780 milhões em 2022 e R$ 788 milhões em 2021.

Controle sanitário e apoio governamental

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O sucesso da avicultura brasiliense está atrelado à qualidade sanitária e aos incentivos oferecidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, destaca que aproximadamente 90% da carne de frango produzida no DF é exportada devido ao valor agregado que a comercialização em dólar proporciona. “O GDF garante que as normas sanitárias sejam cumpridas rigorosamente, prevenindo a propagação de doenças e assegurando a geração de emprego e renda”, enfatizou.

Equipes da Secretaria de Agricultura (Seagri) realizam fiscalizações periódicas nas granjas para verificar o cumprimento das normas e prevenir o surgimento de doenças, como a gripe aviária, que poderiam comprometer a produção e afetar o comércio.

Fatores competitivos e apoio ao produtor

A competitividade da avicultura no DF é também favorecida pelo uso de grãos locais, como milho, que reduz os custos de logística e aumenta a eficiência do processo de alimentação das aves. O grão, base da ração, é inteiramente produzido no Distrito Federal, beneficiando o produtor com incentivos fiscais. Em 2023, o milho, o trigo e o feijão foram incluídos no programa Pró-Rural, que concede crédito e isenções fiscais, além de outros benefícios aos produtores rurais, promovendo uma redução significativa nos impostos.

A vice-governadora do DF, Celina Leão, ressaltou a importância econômica da avicultura, que gerou mais de R$ 1 bilhão em receita em 2023. “A avicultura tem se consolidado como um componente vital para a economia local, gerando empregos e contribuindo para o agronegócio, que movimentou R$ 6 bilhões na capital no ano passado”, comentou. Ela também destacou que a avicultura demanda menos recursos hídricos em comparação com a bovinocultura, tornando-a uma alternativa atraente e sustentável.

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Sistema de integração e produção eficiente

No modelo de integração vertical utilizado pelos avicultores do DF, os produtores recebem os pintinhos com um dia de vida e recebem suporte completo para o desenvolvimento das aves, como ração, assistência veterinária e medicação. Após cerca de 40 dias, os frangos são recolhidos pelas empresas integradoras para o abate e processamento. Segundo Rodrigo Dolabella, presidente do Sindicato dos Avicultores do DF (Sindiaves), o sistema garante eficiência e segurança para os produtores, que são remunerados de acordo com a performance.

Cerca de 200 granjas no DF estão inseridas nesse sistema, e mais de 260 mil aves são abatidas diariamente. Dolabella também apontou o papel fundamental da avicultura no consumo de grãos da região, sendo o maior consumidor desse insumo no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento (Ride).

Histórias de sucesso no setor

Produtores locais como Brasil Américo Louly, de 77 anos, estão no setor avícola há décadas e atestam o potencial econômico da atividade. Louly, que começou a criar frangos de corte em 2002, hoje administra seis galpões com capacidade para cerca de 130 mil aves. “A atividade sempre foi uma oportunidade de bom retorno financeiro, e seguimos rigorosamente os cuidados sanitários para garantir a qualidade da produção”, afirmou.

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Outro exemplo é Henrique Matos, que junto com sua família entrou na avicultura há seis anos. Com uma granja moderna, eles entregam em média seis lotes anuais de 157 mil aves para uma integradora. Matos destaca a estabilidade do modelo de integração, que oferece segurança financeira, já que os preços são fixados em contrato, blindando os produtores das oscilações do mercado.

A avicultura no DF segue como um pilar importante do agronegócio local, agregando valor, promovendo a geração de emprego e consolidando o Distrito Federal como um player significativo no mercado internacional de carne de frango.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Veja onde a chuva deve beneficiar o plantio de soja

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Foto: Freepik

A previsão de chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos dias é uma boa notícia para os produtores da soja do estado, que enfrentavam a falta de precipitações. A chegada das precipitações deverá ajudar a melhorar a umidade do solo, que estava abaixo do ideal, o que favorecerá o crescimento das lavouras.

Além do Rio Grande do Sul, estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também devem receber bons volumes de chuva, com possibilidade de superar 100 mm em cinco dias. No entanto, apesar dos benefícios para a umidade do solo, as chuvas intensas podem dificultar o trabalho no campo.

Plantio da soja avança em Santa Maria

Segundo a Safras & Mercado, na região de Santa Maria (RS), o plantio da soja está em fase inicial, com mais de 60% da área já semeada, conforme dados da Emater/RS. A área total destinada ao cultivo de soja na região é de 1,063 milhão de hectares, com o restante da semeadura programada para as próximas semanas. Até o momento, não há registro de infestação de pragas ou doenças nas plantações de soja. No entanto, alguns municípios, como Capão do Cipó e Tupanciretã, ainda enfrentam dificuldades devido a uma leve estiagem, o que tem retardado o andamento das atividades agrícolas nessas regiões.

Desafios após as enchentes

As enchentes que afetaram o estado em maio deste ano deixaram marcas nas áreas agrícolas, principalmente nas regiões de coxilha e várzea. Nos campos de coxilha, o impacto mais visível foi a erosão do solo, com a formação de valetas e voçorocas, que exigiram o uso de maquinário para restaurar as condições adequadas para o plantio.

Nas lavouras de várzea, os danos foram mais severos. Áreas afetadas por inundação receberam uma camada de lodo e matéria orgânica, que pode ser corrigida com uma ou duas gradagens. Já em outras áreas, os rios e arroios formaram depressões no terreno, dificultando a recuperação, especialmente nas regiões mais próximas aos corpos d’água. Embora algumas dessas áreas não sejam recuperáveis, muitas foram restauradas, permitindo o retorno do cultivo, principalmente o arroz.

Além disso, áreas aterradas pelo transporte de materiais, como areia, pedras e galhos, exigiram grandes esforços dos agricultores para restabelecer as condições produtivas. A recuperação dessas áreas aumentou o custo de produção, uma vez que a fertilidade do solo foi reduzida.

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Serão necessários investimentos elevados em correção de acidez e aplicação de adubos para restaurar a produtividade das lavouras. Esse processo de recuperação pode levar mais de uma ou duas safras, até que as áreas atingidas pelas enchentes retomem um nível de produção similar ao período anterior às cheias.

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Cuidado com o calor: manejo avícola na primavera

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Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente – Foto: Divulgação

 

A primavera traz temperaturas mais altas, um desafio para avicultores. O calor intenso, aliado à baixa umidade, afeta a produtividade das aves, alerta Guilherme Pimenta, analista técnico da MCassab Nutrição e Saúde Animal. Para minimizar os impactos, ajustes no manejo e foco na saúde e eficiência da granja são indispensáveis.

O manejo pré-alojamento é essencial. Limpeza, desinfecção e manutenção preventiva dos aviários, além de um pinteiro bem dimensionado, garantem conforto às aves e reduzem a competição por recursos. O transporte também exige atenção: caminhões equipados e equipes ágeis minimizam o estresse térmico no alojamento.

Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente, oferecer ar de qualidade e garantir acesso fácil à água e ração balanceada. Essas ações preservam o desempenho produtivo das aves.

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A nutrição adequada é outra estratégia para mitigar o estresse térmico. Ajustes na dieta, com fontes energéticas mais leves, suplementação de vitaminas, probióticos e o uso de óleos essenciais, ajudam a manter o conforto térmico e a saúde das aves, promovendo frescor e melhor função respiratória. Essas práticas tornam a produção mais eficiente, mesmo sob altas temperaturas.

“A adequação das fontes energéticas e ácidos graxos nas dietas ajuda a compensar a baixa ingestão de outros nutrientes, decorrentes da alteração da fisiologia do apetite. Além disso, a menor produção de calor durante a digestão de gorduras, quando comparado às proteínas, contribui para o conforto térmico das aves. A suplementação de vitaminas, minerais, aminoácidos e probióticos em água ou via ração também são boas alternativas para minimizar os impactos do estresse térmico. Outra medida utilizada com sucesso é a administração de produtos à base de óleos essenciais, opção que promove sensação de frescor nas altas temperaturas e ainda melhora a função respiratória das aves”, conclui.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Restrições à pesca durante a piracema visam proteger espécies nativas

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Reprodução

 

A piracema, fenômeno natural que marca a temporada de reprodução de várias espécies de peixes, exige atenção especial de pescadores e autoridades ambientais. A piracema ocorre em todo o território nacional, com variações no período de defeso dependendo das características climáticas e das bacias hidrográficas.

Em estados como Goiás e Tocantins, a restrição vai de novembro a fevereiro, enquanto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina começa em outubro e se encerra em janeiro. Em Roraima, devido às peculiaridades da região amazônica, o defeso ocorre de março a junho.

Em Minas Gerais, o período de defeso começou agora em novembro e segue até fevereiro de 2025. Durante esses meses, a pesca de espécies nativas está proibida, com o objetivo de preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade das bacias hidrográficas.

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A proibição protege espécies como dourado, curimba, mandi e piapara, que dependem de condições específicas para a reprodução. Nesse período, pescadores comerciais e estabelecimentos que comercializam pescado devem declarar seus estoques por meio do site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), um procedimento obrigatório para evitar irregularidades.

Leia Também: Exportação de carne bovina deve atingir 35% da produção até o fim do ano
Embora a pesca de espécies nativas seja restrita, é permitida a captura de espécies exóticas e alóctones, como tilápias, tucunarés e carpas, desde que respeitadas as regras de quantidade e equipamentos. Pescadores podem utilizar até cinco varas ou caniços e capturar até três quilos de peixe, além de um exemplar adicional. A licença de pesca, emitida pelas autoridades estaduais ou federais, é obrigatória.

Áreas sensíveis, como lagoas marginais e confluências de rios, têm a pesca totalmente proibida. Em Minas Gerais, locais específicos como trechos do rio Grande e do rio Tijuco, além de reservatórios como o de Nova Ponte, estão entre os protegidos. A legislação prevê multas que variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil e até pena de detenção para quem descumprir as normas.

O termo piracema, de origem tupi, significa “subida do peixe” e descreve o esforço dos cardumes em nadar contra a correnteza em busca de locais adequados para desova. Algumas espécies percorrem milhares de quilômetros, enfrentando desafios como cachoeiras e barragens. Essa jornada é crucial para a reprodução e o equilíbrio ecológico das espécies.

Com as mudanças nos habitats e a pressão da pesca predatória, o período de defeso é essencial para a recuperação das populações de peixes e a manutenção dos ecossistemas aquáticos. O respeito às regras da piracema, além de ser uma exigência legal, é um compromisso com a preservação ambiental e o futuro da pesca no Brasil.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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