Agricultura
Pesquisas procuram encontrar variedades de citros tolerantes à seca Reprodução

Reprodução
Os desafios para se ter uma boa produção de laranja são grandes. Além das doenças, na qual o greening é o grande destaque, fatores climáticos também são preponderantes para o sucesso ou insucesso de um pomar de citros. A queda na safra de 2024 se deve, dentre outros fatores, ao longo período de estiagem observado no cinturão citrícola.
Mitigar problemas relacionados aos períodos de seca é o objetivo de diversas pesquisas realizadas em parceria entre Fundecitrus, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Fundação Coopercitrus Credicitrus e Instituto Agronômico (IAC). Um desses trabalhos é realizado em Bebedouro (SP), local em que estão plantadas algumas variedades de porta-enxertos que já dão indícios de vigor em meio à seca.
O pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Eduardo Girardi, explica que essas variedades podem ser tolerantes à seca, para dispensar o uso da irrigação, ou mais responsivas nas áreas irrigadas. “Temos aqui 27 experimentos, muitos deles híbridos do tipo citrandarin, desenvolvidos pela Embrapa ou pelo Instituto Agronômico. Alguns deles vêm demonstrando alta tolerância à seca, comparável ao limão Cravo, enquanto outros são muito sensíveis”, completa.
O pesquisador também afirma que esse tipo de pesquisa é bastante importante para o cinturão citrícola e para as áreas de expansão. “Com esse tipo de trabalho é possível trazer novas opções de recomendações, e isso dará ao citricultor a possibilidade de buscar mais sustentabilidade. São opções que o produtor que não consegue irrigar poderá ter, ou quando ele até consegue irrigar, mas o volume de água não é muito grande”, afirma Girardi. O estudo permite ainda identificar os porta-enxertos mais apropriados para o manejo irrigado, pois são aqueles que sentem a seca primeiro.
As variedades do experimento com copa de laranja Pera IAC em Bebedouro foram plantadas em maio de 2022, com um espaçamento de 6,5 por 2,5 metros. No total, existem 27 porta-enxertos na área. “Além de alguns controles comerciais, como Cravo, Swingle e trifoliata, ele reúne alguns híbridos originados ou da Embrapa, ou do IAC, quase todos eles citrandarins, que são cruzamentos de tangerina com trifoliata. Além disso, temos outros híbridos, alguns vigorosos, outros mais ananicantes ou semiananicantes”, detalha o pesquisador.
Por fim, Girardi reforça a importância da parceria entre instituições na realização do estudo. “É muito importante essa parceria que existe entre as instituições, essa junção de conhecimentos é essencial na realização desse trabalho que ainda está em fase inicial, mas que certamente trará resultados”, finaliza Girardi.
agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agricultura
Expansão do sorgo e déficit de armazenagem pautam painel sobre alimentos no 3º Congresso Abramilho

Assessoria
Os próximos anos serão marcados pelo avanço da produção de sorgo no Brasil, apostou o pesquisador da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/Usp), Mauro Ozaki. Dois aspectos endossam essa projeção: o aproveitamento do grão por biorrefinarias de etanol de milho e o uso do sorgo como matéria-prima para a produção de farelo para ração animal.
Ozaki se apresentou no painel sobre “Cenários dos Alimentos no Brasil” do 3º Congresso Abramilho, que ocorre nesta quarta (14) em Brasília. “O mercado para o sorgo tem se ampliado e isso tende a aumentar, porque o grão está começando a ser usado como opção na composição de ração animal. Além disso, devido ao custo de produção menor, o sorgo também está sendo testado por indústrias de etanol de milho”, afirmou o pesquisador.
Mas pensar no futuro da produção de alimentos no Brasil passa, obrigatoriamente, pelo aperfeiçoamento de infraestruturas, como logística e armazenagem. O alerta foi feito tanto pela superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), Tânia Zanella, quanto pelo vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mario Schreiner.
“Existem mais de 1.200 cooperativas agrícolas no Brasil que englobam mais de 1,2 milhão de cooperados. O sistema cooperativista pode ser uma grande ferramenta de inclusão para pequenos produtores, reduzindo custos para o acesso a mercados e à infraestrutura, que é o nosso maior gargalo hoje em dia”, afirmou Tânia Zanella – que também atua como presidente do Instituto Pensar Agro (IPA).
O ritmo de crescimento do mercado de etanol foi citado pelo presidente da CNA como mais uma razão para que a armazenagem de grãos seja intensificada no Brasil. “Ainda enfrentamos um déficit de armazéns que não acompanha o desenvolvimento do setor. Devido a esse déficit, o produtor rural precisa ter outras ferramentas para evoluir, como o seguro rural e um Plano Safra mais robusto e acessível”, listou José Mario Schreiner.
O senador Zequinha Marinho (PA) endossou a fala de Schreiner. “O Brasil precisa reforçar o Plano Safra como política agrícola, além de pensar em taxas de juros diferenciadas para o produtor continuar investindo no desenvolvimento do nosso agro”, afirmou.
O evento é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho). Nesta terceira edição, o Congresso Abramilho tem como apoiadores Basf, Croplife e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Em sua terceira edição, o Congresso Abramilho conta com o apoio da Basf, da Croplife e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Entre os patrocinadores estão a Aprosoja-MT, a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), a Pivot Bio, a Fase-MT, a Bayer, a Corteva, o Senar e a Syngenta.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agricultura
Inflação brasileira e recuperação do mercado de trabalho: ouça os destaques econômicos do dia

Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam o mercado financeiro.
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No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, destaca a valorização do dólar, que subiu 0,82% e fechou a R$ 5,67, mesmo com queda nos Treasuries e petróleo. O Ibovespa avançou 0,66% e renovou recorde, impulsionado por Vale, bancos e alívio na curva de juros. No Brasil, o varejo surpreendeu positivamente, mas o cenário para 2025 ainda aponta desaceleração moderada. Hoje, destaque para a PNAD Contínua e dados de inflação.
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Agricultura
Chuva de 110 mm e veranico: confira a previsão do tempo de hoje

Temperaturas acima da média para o outono no centro-sul do país e muita chuva prevista para o Norte e Nordeste. Confira a previsão desta sexta-feira para todo o Brasil:
Sul
Veranico e bloqueio atmosférico: em todas as áreas do Sul, as temperaturas mínimas começam a entrar em ligeira elevação, e as máximas tendem a ficar acima da média para o período, principalmente na parte oeste do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Com isso, a umidade relativa do ar também começa a cair, pois não haverá mais infiltração de umidade no continente, apenas ventos secos e quentes de quadrante norte. Não há previsão de chuva.
Sudeste
Bloqueio atmosférico e veranico: a chuva persiste e se espalha mais no Espírito Santo, agora abrangendo todo o estado. Isso é efeito da entrada da umidade por conta da alta pressão no oceano e também pelo fato da localização geográfica do estado. Condições para chuva isolada no norte de Minas Gerais (divisa com o sul da Bahia). Nas demais áreas do Sudeste, o tempo continua estável, com predomínio de sol, temperaturas amenas durante as madrugadas e manhãs e altas no período da tarde.
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Centro-Oeste
Bloqueio atmosférico e veranico: a situação fica semelhante ao Sul e Sudeste, porém, as temperaturas mínimas começam a entrar em ligeira elevação, diminuindo a amplitude térmica. A umidade relativa do ar começará a ficar abaixo dos 30%, principalmente nas áreas mais próximas ao centro do país, como Goiás e leste de Mato Grosso. Não há previsão de chuva.
Nordeste
Até 110 mm de chuva: precipitações isoladas no período da tarde no litoral do Ceará, interior da Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A região de Porto Seguro (BA) e o leste do Rio Grande do Norte (incluindo Natal), ficam em situação de alerta devido à chuva persistente, que pode ser moderada em alguns momentos, ocasionando transtornos, tendo em vista que deve chover aproximadamente 110 mm nessas regiões em apenas três dias.
Norte
Acumulado de 100 mm: a chuva diminui no norte do Pará (incluindo Belém), e aumenta significativamente no leste do Amapá, em Boa Vista (RR) e no norte do Amazonas, com acumulados que podem chegar aos 50 mm ao dia. Em apenas três dias, as áreas citadas podem acumular aproximadamente 100 mm de chuva. Nas demais áreas, o tempo permanece com predomínio de sol entre nuvens e com possibilidade de chuva moderada a forte no período da tarde, mas que será rápida.
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