Agronegócio
Queijaria artesanal de Jaguapitã conquista paladares exigentes
Fotos: Assessoria
A Estância Baobá, localizada em Jaguapitã (PR), vem conquistando paladares e reconhecimento internacional com seus queijos artesanais. Comandada pelo casal Samuel Cambefort e Lívia Trevisan, a propriedade é um reflexo da paixão pela terra e pela produção de alimentos de qualidade, com foco na qualidade dos produtos e no bem-estar animal.
A queijaria surgiu em 2015 quando o casal voltou ao Brasil após viverem por alguns anos na França. A ideia era executar um projeto agroecológico, onde pudessem criar vacas, ovelhas e aves, priorizando o equilíbrio entre meio ambiente, animais e humanos. Em 2016, com algumas vacas e ovelhas leiteiras, começaram a produção e comercialização de queijos.
Produção
Apaixonada pela terra e pelos animais, a propriedade produz, de forma totalmente artesanal, mais de 15 tipos de queijos, entre frescos fermentados, boursin, coalhada, queijos maturados e queijos com mofo branco e mofo azul, utilizando leite de ovelhas e vacas Jersey, criadas em sistema de pastoreio rotacionado. O destaque fica por conta do Requeijão de Corte, receita da bisavó de Lívia que rendeu à propriedade o prestigiado prêmio Super Ouro no Mundial de Queijos de 2024.
Desde a ordenha até a maturação dos queijos, cada etapa do processo é realizada com cuidado e atenção aos detalhes. A equipe utiliza técnicas tradicionais e ingredientes naturais, resultando em queijos com sabor único e textura inigualável.
Manejo e bem-estar
O manejo da pastagem é realizado de forma agroecológica, utilizando o pastejo rotacionado no qual vacas e ovelhas são rotacionadas em piquetes, permanecendo em cada um por no máximo dois dias. Essa prática reduz significativamente a infestação por parasitas internos e externos, promovendo a saúde animal e a qualidade do leite. Além disso, ao evitar o superpastejo, as plantas têm tempo para se recuperar, garantindo pastagens mais vigorosas e nutritivas
A queijaria também prioriza o bem-estar animal, adotando práticas que respeitem a sua natureza. Não realizam mutilações como o corte de chifres e caudas, que causam estresse, além de permitirem que os bezerros permaneçam com suas mães durante a primeira semana de vida, fundamental para seu desenvolvimento imunológico.
Nutrição
Os animais recebem rações específicas para cada fase da vida, garantindo a qualidade do leite e a saúde do rebanho. Com a orientação de Elissa Vizzotto, coordenadora técnica de Bovinos Leiteiros da Premix, as vacas em lactação atualmente são alimentadas com ração Max Lactação, que possui o aditivo 100% natural Fator P, responsável por aumentar os sólidos totais para a produção de leite. Já para os bezerros é oferecida a ração Max Bezerro 18, que tem como objetivo o rápido desenvolvimento do rúmen. O rebanho também é suplementado com Premiphos Leite Pasto.
Sustentabilidade
A Estância Baobá faz uso de placas solares para geração de energia limpa, adota a compostagem e a pecuária regenerativa, evitando o uso de agrotóxicos, promovendo a saúde do solo e dos animais.
Premiações
O primeiro concurso que a Estância Baobá participou foi na Expo Queijo, em 2019, onde conquistou uma medalha de prata e duas de bronze. Em 2022, a queijaria participou pela primeira vez do concurso Mundial de Queijos, faturando sete medalhas (quatro de prata e três de bronze). No concurso Queijos do Paraná de 2023 foram duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. No Mundial de Queijo de 2024, empresa conquistou a medalha Super-ouro e uma de bronze. E no Queijos Brasil de 2024, foram uma de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Para Livia Trevisan, as premiações são o resultado de muito trabalho e dedicação em produzir queijos artesanais de alta qualidade. “Essas conquistas reforçam nossa posição como referência no setor e nos motiva a continuar produzindo alimentos saudáveis e nutritivos sem comprometer o meio ambiente e o bem-estar animal”, destaca.
O futuro
Mesmo diante de desafios como o roubo de parte do rebanho em 2023, a queijaria demonstrou grande resiliência e mantém seu compromisso com a produção de queijos artesanais de alta qualidade. Com o objetivo de se consolidar ainda mais no mercado, a propriedade está investindo em sua expansão, buscando adquirir novos animais e implementar o sistema silvipastoril. Além disso, a obtenção do certificado de propriedade livre de tuberculose e brucelose é um passo fundamental para garantir a segurança alimentar e fortalecer a marca da Estância Baobá.
Sinergia perfeita
A qualidade dos queijos é resultado de um conjunto de fatores, como o manejo cuidadoso dos animais, a utilização de leite de alta qualidade e a alimentação fornecida pela Premix. As rações formuladas garantem uma nutrição equilibrada para os animais, contribuindo para a qualidade do leite e a saúde do rebanho.
A sinergia entre a alimentação, normas higiênicas sanitárias e as práticas de manejo sustentável da propriedade resulta em queijos artesanais de alta qualidade, que conquistam paladares exigentes e reforçam o compromisso da Estância Baobá com a produção de alimentos saudáveis e saborosos.
Daniel – DS Vox
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
FGVAgro: agroindústria brasileira cresce 1,6% em setembro de 2024, impulsionada por não-alimentícios
Assesoria
A agroindústria brasileira registrou um crescimento de 1,6% no volume de produção em setembro de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), o FGVAgro.
O desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo segmento de Produtos Não-Alimentícios, que apresentou alta de 4,5% no período. Já o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas registrou queda de 0,7%, refletindo uma redução na produção de alimentos de origem vegetal.
As projeções para o último trimestre do ano são otimistas. O FGVAgro estima um crescimento de 3,1% no período em relação ao ano anterior, o que pode levar a um avanço acumulado de 2,7% em 2024. Caso a previsão se confirme, os dois segmentos devem contribuir para o resultado positivo: Produtos Alimentícios e Bebidas com alta de 2,9%, enquanto Produtos Não-Alimentícios devem crescer 2,5%.
Apesar das expectativas otimistas, o estudo aponta a taxa de câmbio como um fator de incerteza devido à sua volatilidade. Isso pode levar a revisões na projeção final de crescimento, que pode variar entre 2,5% e 2,7%. Ainda assim, o desempenho projetado destaca o papel estratégico da agroindústria na economia brasileira, mesmo em um cenário de desafios econômicos globais.
O setor segue demonstrando resiliência e diversificação. A força do segmento de Produtos Não-Alimentícios, aliada à recuperação esperada em Produtos Alimentícios e Bebidas, reforça a importância da agroindústria para o desenvolvimento econômico do país.
SETOR – Os produtos não-alimentícios são aqueles provenientes do setor agrícola, mas que não têm como destino o consumo humano ou animal direto. Alguns exemplos de produtos não-alimentícios do agronegócio que se encaixariam na análise da FGVAgro incluem:
Fibras têxteis: Como o couro e as fibras naturais (algodão, juta, sisal), utilizadas na indústria têxtil, de vestuário e na produção de móveis.
Biocombustíveis: Etanol e biodiesel produzidos a partir de cana-de-açúcar, soja e outras matérias-primas agrícolas. Esses produtos são essenciais para o setor de energia, mas não são consumidos diretamente como alimentos.
Produtos florestais: Como a celulose e o papel que são fabricados a partir de madeira, bem como outros produtos de madeira, como móveis e madeira serrada, que são consumidos no setor da construção civil e outros setores industriais.
Plástico biodegradável: Produzido a partir do amido de milho ou da cana-de-açúcar, utilizado em embalagens e outros produtos plásticos. Embora derivado de matéria-prima agrícola, não é um produto alimentar.
Óleos essenciais: Extraídos de plantas, como o óleo de lavanda e o óleo de eucalipto, usados principalmente em cosméticos, perfumes e outros produtos industriais.
Produtos químicos: Como biopesticidas e fertilizantes orgânicos, que são utilizados em diversas indústrias, mas não têm como objetivo o consumo direto como alimento.
O FGVAgro é especializado em pesquisas e análises do setor agroindustrial. O centro é reconhecido por produzir estudos detalhados sobre a produção agrícola, a dinâmica do mercado, a sustentabilidade e as políticas públicas voltadas ao agronegócio.
As pesquisas do FGVAgro são uma importante referência para produtores, empresários, investidores e gestores públicos, oferecendo dados estratégicos e insights para tomada de decisões no setor. Além disso, o centro acompanha as tendências econômicas e as oscilações do mercado global, contribuindo para o desenvolvimento e fortalecimento do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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