Agronegócio
Empresas brasileiras buscam expandir presença no mercado egípcio

Assessoria
Dez empresas brasileiras estão se preparando para participar da Food Africa, a feira de alimentos e bebidas que acontecerá no Cairo, Egito, a partir do próximo dia 3 de dezembro. O evento visa facilitar a entrada de produtos brasileiros no Egito, o país mais populoso do continente africano, com a maioria das empresas participantes fazendo sua estreia no mercado local.
Entre as empresas que compõem a missão, estão a Grano Real (granolas) e Danês Alimentos (rações para pets), ambas do Paraná; Coperaguas (feijões), de Santa Catarina; Neokin Foods (carnes) e DaColônia (doces), do Rio Grande do Sul; Áurea Internacional (pipocas, feijões e grãos), de Goiás; Stefanoni Interagrícola (commodities agrícolas), do Espírito Santo; Dassoler (gergelim, feijão, milho e soja), de Mato Grosso; além das paulistas Camap (amendoins) e Holen Trading (commodities agrícolas).
Essas empresas estarão no estande da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que promove negócios entre o Brasil e os países da Liga Árabe, incluindo o Egito. O evento faz parte do projeto Halal do Brasil, uma iniciativa voltada para a exportação de alimentos halal, que atendem aos consumidores muçulmanos, liderada pela Câmara Árabe em parceria com a ApexBrasil. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Embaixada do Brasil no Egito também oferecem apoio à missão.
Fernanda Dantas, head de negócios internacionais da Câmara Árabe, destaca que o objetivo da participação é expandir a presença de novos alimentos brasileiros no mercado egípcio. O Egito já é um dos maiores destinos das exportações brasileiras na Liga Árabe. Em 2023, o país recebeu US$ 2,31 bilhões em exportações brasileiras, com destaque para produtos como açúcar, milho, carne bovina e de aves, óleo de soja e soja em grãos. No entanto, Dantas vê na participação na Food Africa a oportunidade de aumentar as vendas de produtos com maior valor agregado, que ainda são pouco comuns no mercado egípcio.
“Ao longo dos três dias de feira, as empresas vão expor seus produtos e buscar contatos com importadores do Egito e de países vizinhos. Temos um mix interessante de produtos, incluindo os líderes tradicionais nas exportações, mas também itens novos, industrializados e com certificação halal. Isso é crucial em um país de maioria muçulmana, como o Egito, pois a certificação atesta que o produto foi feito em conformidade com a religião, sendo melhor aceito pelos consumidores”, explicou Dantas.
A DaColônia, especializada em doces e alimentos funcionais à base de amendoim, é uma das empresas que apresentará produtos com certificação halal. A empresa ingressou no projeto Halal do Brasil em 2024 e já iniciou negociações com importadores egípcios, visando expandir sua atuação no mercado. Durante a Food Africa, a expectativa é consolidar essas parcerias e efetivar os primeiros embarques.
Outro exemplo é a Danês, produtora de rações para pets, que também está apostando no mercado egípcio. Após participar de um evento promovido pela Câmara Árabe e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), a empresa iniciou o processo de certificação halal para suas linhas, buscando destacar seus produtos no mercado árabe, embora o selo halal não seja obrigatório para rações.
Para facilitar o contato entre as empresas brasileiras e possíveis parceiros, a Câmara Árabe organizou uma força-tarefa, convidando os principais importadores de alimentos do Cairo para visitar o estande durante a feira. A abertura oficial será realizada pelo embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, que destacará os 100 anos de relações diplomáticas entre os dois países e o acordo de livre comércio Mercosul-Egito, assinado em 2017. Além disso, representantes da Embaixada e do MAPA estarão presentes para promover o Brasil e seus produtos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Receita do café no Brasil deve alcançar R$ 127,88 bilhões em 2025

Foto: Pixabay
A receita bruta dos cafés do Brasil para o ano-cafeeiro de 2025 está estimada em R$ 127,88 bilhões, segundo dados divulgados com base nos preços médios recebidos pelos produtores entre janeiro e abril. A cifra representa um crescimento de 59,2% em relação ao faturamento registrado em 2024, que foi de R$ 80,31 bilhões. Quando comparado a 2023, o aumento supera 140%. As informações foram divulgadas pelo Consócio Pesquisa Café.
Do total estimado para 2025, R$ 93,05 bilhões são referentes à produção de Coffea arabica, o que equivale a 72,7% do total, enquanto os R$ 34,82 bilhões restantes dizem respeito ao Coffea canephora (robusta e conilon), com participação de 27,3%.
Na análise por espécies, o café arábica apresenta aumento de 60% em relação ao ano anterior. Em 2024, o faturamento dessa variedade foi de R$ 58,15 bilhões. O desempenho positivo se reflete também nos principais estados produtores. Minas Gerais lidera com receita estimada em R$ 65,55 bilhões, ou 70,4% do total nacional. Em seguida, aparecem São Paulo (R$ 12,31 bilhões), Espírito Santo (R$ 7,23 bilhões), Bahia (R$ 4,61 bilhões) e Paraná (R$ 1,78 bilhão).
Em relação ao C. canephora, o Espírito Santo ocupa a primeira posição no ranking dos estados produtores, com previsão de arrecadar R$ 22,80 bilhões, o equivalente a 65,46% do total dessa espécie. Rondônia surge em segundo lugar com R$ 5,72 bilhões (16,42%), seguido pela Bahia com R$ 5,02 bilhões (14,41%). Minas Gerais e Mato Grosso fecham o grupo dos cinco principais produtores, com receitas estimadas em R$ 760,98 milhões (2,18%) e R$ 330,69 milhões (menos de 1%), respectivamente. A análise do Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil leva em conta os preços médios recebidos pelos produtores e utiliza dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Alta nos insumos eleva custo do algodão em abril

Foto: Canva
O custo de produção do algodão para a safra 2025/2026 apresentou nova alta em abril, segundo levantamento do projeto CPA-MT, divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (19). O avanço foi puxado principalmente pelos preços dos defensivos agrícolas, fertilizantes e corretivos.
De acordo com o Imea, os custos com defensivos subiram 0,20% no mês, enquanto a classe dos fertilizantes e corretivos registrou aumento de 0,19%. A soma dessas variações elevou o custo total estimado de produção para R$ 10.751,50 por hectare, o que representa um acréscimo de 0,19% em relação ao mês anterior.
O Custo Operacional Efetivo (COE), que inclui gastos diretos da lavoura, também teve alta e passou a ser calculado em R$ 15.363,73 por hectare. Esse valor representa um aumento de 0,47% sobre o apurado em março e uma elevação de 17,36% quando comparado com os dados consolidados da safra 2024/2025.
“O custo atual é o segundo mais alto da série histórica”, aponta o relatório do CPA-MT. Diante disso, o instituto alerta que a próxima safra exigirá atenção redobrada por parte dos produtores. “A produção futura ainda é incerta, e um planejamento mais preciso é indispensável diante dos desafios de rentabilidade”, ressalta o Imea.
O cenário reforça a necessidade de os cotonicultores acompanharem de perto as variações de mercado e adotarem estratégias para mitigar riscos, em especial em um ambiente de custos crescentes e margens pressionadas.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Graças à soja, MT vai colher maior safra da sua história em 2025

A produtividade média apresentou alta de 5,22% em relação à projeção anterior e de 25,22%, em comparação com a safra passada, alcançando 65,31 sc/há – Foto: Divulgação/Aprosoja
Desde quando assumiu a liderança da safra nacional de grãos, no ciclo 2011/12 – ao superar o Paraná –, Mato Grosso nunca mais perdeu a liderança e, por ciclos e mais ciclos, vem superando o próprio recorde.
Na safra 2024/25 não será diferente.
Apesar de todos os problemas de início de cultivo, por falta de chuvas, o Estado está prestes a quebrar novo recorde e ofertar a maior safra da história, com mais 102 milhões de toneladas.
Dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) projetam que Mato Grosso deverá superar, em 10%, a colheita anterior, passando de 93,19 milhões t para 102,64 milhões t.
Se os números se confirmarem, mais uma vez, o Estado irá responder, sozinho, por mais de um terço da produção nacional de grãos e fibras.
O grande diferencial está na safra de soja. Enquanto a área plantada aumentou 2,9% de um ciclo ao outro, a produção do grão cresceu, na mesma comparação, quase 27%.
São mais de um milhão de toneladas a mais: de 39,34 milhões t para 49,71 milhões t.
O algodão em pluma tem projeção de somar 2,69 mil t, aumento de 1,7%, ante a colheita anterior de 2,65 mil t. Já o milho segunda safra deve reduzir em 2,2% a oferta.
Segundo a Conab, a produção passa de 48,20 milhões t para 47,15 milhões t.
No país, a produção de grãos no país na safra 2024/25 tende a registrar um aumento de 35,4 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior, e deve chegar a 332,9 milhões de toneladas.
O volume, se confirmado, configura um novo recorde para a série histórica da Conab.
A área cultivada também deve crescer em torno de 2,2%, estimada em 81,7 milhões de hectares, assim como a produtividade média das lavouras, que tende a apresentar uma recuperação de 9,5% projetada em 4.074 quilos por hectare.
Os dados estão no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 publicado na quinta-feira (15) pela companhia.
Dentre os produtos cultivados, a soja se destaca com a estimativa de um volume a ser colhido de 168,3 milhões de toneladas, a maior já registrada para o grão na história do país.
A colheita da oleaginosa já chega a 98,5% da área semeada, sendo que nos estados do Centro-Oeste, Sudeste, Paraná e Tocantins os trabalhos já foram concluídos.
Em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Tocantins, as produtividades alcançadas foram recordes da série histórica da Conab.
Esses ótimos rendimentos foram reflexo de condições climáticas favoráveis e do alto grau de profissionalismo dos produtores.
Outra cultura importante na safra brasileira, o milho tem produção total estimada em 126,9 milhões de toneladas, crescimento de 9,9% em relação à temporada 2023/24.
A 1ª safra do grão tem a colheita finalizada em 77,6% da área semeada, com estimativa de produção em 24,7 milhões de toneladas.
Já a 2ª safra do cereal apresenta a semeadura concluída.
A Conab espera uma produção em torno de 99,8 milhões de toneladas.
As boas condições climáticas nas principais regiões produtoras vêm favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e enchimento de grãos.
No caso do arroz, importante produto na alimentação dos brasileiros, a expectativa é de uma produção de 12,1 milhões de toneladas, incremento de 14,8% em relação ao ciclo anterior.
O bom resultado é reflexo de uma maior área semeada, atingindo 1,7 milhão de hectares, combinado com uma melhora de 7,4% na produtividade média das lavouras, chegando a 7.071 quilos por hectare.
Para o feijão, a expectativa da Conab é que ao final das três safras da leguminosa sejam colhidas 3,2 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento interno.
Outro produto de destaque na segunda safra, o algodão também registra a semeadura finalizada, com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 7,2% sobre a safra de 2023/24.
Para a produção, é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas da pluma, 5,5% acima do volume produzido na safra anterior.
O comportamento climático nos principais estados produtores vem favorecendo as lavouras, que se encontram desde o estágio de floração até o de início da colheita.
Dentre as culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná.
Os trabalhos de plantio já atingem 26% da área prevista para o cultivo do grão no estado paranaense. No Rio Grande do Sul, a semeadura ainda não foi iniciada.
A estimativa de produção da Conab para o cereal indica um volume de 8,3 milhões de toneladas para a safra 2025, crescimento de 4,6% sobre o ciclo passado.
Marianna Peres/Diário de Cuiabá
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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