Pecuária
Mudança no comportamento de compra derruba preços do boi gordo; veja cotações
Foto: Lorran Lima/Idaf
O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com preços em forte queda. Conforme previsto anteriormente pela consultoria Safras & Mercado, a entrada de animais confinados no mercado acabou alongando as escalas de abate das indústrias.
Assim, houve mudança drástica no comportamento de compra de gado. “Soma-se a isso os problemas de demanda no mercado doméstico, que já não consegue mais acompanhar reajustes dos preços da carne bovina, com a população optando por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango”, disse o analista Fernando Henrique Iglesias.
Preços médios da arroba do boi:
São Paulo: forte queda dos preços, com negócios reportados entre R$ 330 a R$ 340 a prazo em boa parte do estado
Minas Gerais: também foi evidenciada forte redução, com negócios ao nível de R$ 320
Goiás: a indicação média foi de R$ 316,43 para a arroba do boi gordo
Minas Gerais: preço médio de R$ 316,76
Mato Grosso do Sul: indicada em R$ 322,84
Mato Grosso: ficou precificada em R$ 305,69
Mercado atacadista
O mercado atacadista se depara com preços acomodados no decorrer da semana. “É importante ressaltar que há uma certa dificuldade em repassar novos reajustes ao longo da cadeia produtiva, já que o consumidor brasileiro, mesmo em momento mais capitalizado, opta por produtos mais acessíveis”, assinalou Iglesias.
O quarto dianteiro permanece precificado a R$ 20,50 por quilo, o quarto traseiro está a R$ 27 por quilo e a ponta de agulha permanece no patamar de R$ 19,50 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,58%, sendo negociado a R$ 6,0088 para venda e a R$ 6,0068 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,9597 e a máxima de R$ 6,0357.
Victor Faverin – Agência Safras
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Rastreabilidade deve impulsionar acesso a mercados internacionais
Divulgação
O Brasil deu um passo importante rumo ao fortalecimento da rastreabilidade na pecuária com o lançamento, no início desta semana, do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB). Apresentado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o plano visa aprimorar a qualificação da rastreabilidade dos animais, com o objetivo de garantir maior controle sanitário e melhorar o acesso do Brasil aos mercados internacionais.
O PNIB irá estabelecer um sistema de identificação individual para cada bovino e búfalo, permitindo o acompanhamento de sua trajetória, saúde e localização ao longo de sua vida. Segundo o Governo Federal, essa medida será crucial para fortalecer os programas de saúde animal, melhorar a resposta a surtos sanitários e garantir o cumprimento das exigências sanitárias de países que importam produtos do Brasil.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável (MBPS), que participaram ativamente da elaboração do plano, destacaram a importância da iniciativa para o setor. José Mário Schreiner, vice-presidente da CNA, ressaltou que o PNIB vai contribuir para o controle sanitário do rebanho brasileiro, sem ser um programa impositivo. “A adesão ao plano será voluntária, e é importante que o produtor, a indústria e o país se beneficiem dessa ação, que foi construída com a participação do setor”, disse.
Ana Doralina Menezes, presidente da MBPS, também comemorou a conquista, destacando que a rastreabilidade era um objetivo emergente. “Com a consolidação deste plano, conseguimos avançar na criação de uma pecuária mais sustentável e competitiva, atendendo às exigências do mercado e da sociedade”, afirmou. Ela reforçou que a rastreabilidade individual é uma das ferramentas essenciais para valorizar a pecuária sustentável e fortalecer a competitividade do setor.
A implementação do PNIB será gradual e deverá ocorrer até 2032. A primeira fase, entre 2024 e 2026, será dedicada à construção da base de dados nacional, enquanto entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais. A meta é que, até 2032, todos os bovinos e búfalos do Brasil sejam identificados de forma unificada e integrada.
O plano será estruturado em seis pilares sanitários que garantirão a eficácia do sistema. Entre os principais, destaca-se a universalização da numeração 076 (ISO Brasil – PGA), que será gerenciada pelo MAPA, e a obrigatoriedade de uso da numeração oficial em todos os protocolos, públicos ou privados. Também será promovida a integração da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a identificação do animal antes de sua primeira movimentação.
A ação ainda prevê a definição de regras claras para a reintegração de produtores não conformes na cadeia de fornecimento, visando garantir que todos os participantes do setor sigam os padrões estabelecidos para garantir a rastreabilidade e a sanidade do rebanho.
A implementação desse plano é vista como uma ação estratégica para o setor pecuário, que busca cada vez mais atender às exigências internacionais e se consolidar como fornecedor confiável de carne de qualidade. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) também se manifestou positivamente sobre o lançamento, reconhecendo o impacto positivo que a rastreabilidade individual trará para o acesso aos mercados externos.
Com o fortalecimento da rastreabilidade, o Brasil estará ainda mais preparado para garantir que sua produção de carne esteja em conformidade com as exigências sanitárias de mercados como a União Europeia, os Estados Unidos e outros grandes importadores. Isso pode abrir portas para novas oportunidades de exportação, além de contribuir para a sustentabilidade do setor.
Apesar dos avanços, a implementação de um sistema de rastreabilidade individual para todo o rebanho bovino e bufalino brasileiro apresenta desafios, principalmente para os pequenos e médios produtores, que terão que adaptar suas propriedades e processos. No entanto, o fato de a adesão ser voluntária permite que os produtores possam se preparar e se adaptar de forma gradual, garantindo que o sistema se expanda de maneira inclusiva e sem imposições abruptas.
Além disso, a integração com a Guia de Trânsito Animal e a base de dados unificada representam uma oportunidade de modernização e de maior transparência para o setor. A rastreabilidade não só reforça o controle sanitário, mas também contribui para a valorização da pecuária sustentável, um ponto cada vez mais relevante para consumidores e mercados internacionais.
Com a implementação desse plano, o Brasil dá mais um passo rumo à inovação e à sustentabilidade, mantendo-se firme como líder na produção de carne de alta qualidade, com compromisso com a saúde do rebanho e o meio ambiente.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Período entre o pré e pós-parto exige atenção redobrada de produtores
Divulgação
O período de transição é um dos momentos mais críticos da pecuária leiteira. De acordo com o zootecnista Tarciso Villela, coordenador técnico-comercial da Trouw Nutrition, “oferecer as condições adequadas para que o máximo potencial genético das vacas seja alcançado é um dos principais desafios, pois, quando o manejo não é o adequado, podem surgir problemas como baixa performance, desenvolvimento de doenças metabólicas e reprodutivas, e aumento do descarte involuntário de animais”.
Um dos mais importantes obstáculos que os produtores podem enfrentar é o de compreender as necessidades fisiológicas da fêmea neste período, quando o intuito é oferecer as melhores condições para que o animal possa lidar com os desafios da forma mais eficiente possível. Além dos desafios fisiológicos do próprio parto, e as implicações sociais, dietéticas para o animal, há ainda o desafio com estresse térmico por calor, que associado aos demais fatores citados, aumentam o risco de inflamação e comprometem a saúde, elevando a possibilidade do aparecimento de doenças e da baixa eficiência produtiva.
O estresse térmico é um fator silencioso, mas com impacto profundo, que afeta até mesmo as gerações futuras. Por isso, investir em resfriamento em todo o período seco é uma estratégia com alto retorno, assim como aderir ao uso de aditivos modernos e estratégias nutricionais adequadas, que são essenciais para manter o bem-estar e o desempenho das vacas. Tarciso explica que “o cenário ideal é que as fazendas que almejam melhoria nos resultados adotem estratégias nutricionais específicas para os períodos de pré e pós-parto imediato, o que pode resultar na melhoria do consumo de matéria seca, principalmente no pós-parto, com adequado balanceamento de carboidratos e aminoácidos. O produtor de leite que tem visão empreendedora em sua propriedade com certeza está muito atento e empenhado nesses detalhes”.
Maximizar o consumo de matéria seca é uma boa estratégia nutricional. Vacas que comem bem no pré-parto tendem a manter este padrão no pós-parto, melhorando o desempenho produtivo e reprodutivo. Ajustes de manejo, como separação de multíparas e nulíparas, investimento em programas de resfriamento e acertos na rotina de alimentação também são práticas fundamentais para otimizar o consumo e garantir a saúde do rebanho.
O uso de aditivos prebióticos, como Selko® Lactibute, colaboram para promover a saúde intestinal e prevenir inflamações sistêmicas. Assim como Reviva – solução desenvolvida para vacas no pós-parto imediato. “Enquanto Selko® Lactibute fortalece o epitélio intestinal, melhorando a absorção de nutrientes e protege contra agentes inflamatórios, Reviva atua como repositor de cálcio, evitando a hipocalcemia nas primeiras 36 horas do pós-parto. Ao garantir níveis adequados de cálcio no sangue, o suplemento previne doenças secundárias, tais como metrite, deslocamento de abomaso e mastite”, explica Tarciso.
“Os melhores resultados são alcançados por produtores que assumem postura proativa, tomando decisões estratégicas e implementando ações com impacto positivo. É essencial compreender que o sucesso na produção leiteira está diretamente relacionado ao manejo consciente e ao uso de tecnologias baseadas em evidências científicas. Nesse sentido, a equipe técnica da Trouw Nutrition auxilia o produtor a aplicar as melhores práticas de acordo com a realidade de cada negócio, sempre buscando proporcionar bem-estar para alcançar a produtividade e a longevidade para o rebanho”, finaliza o zootecnista.
Raphaela Candido
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Mercado do boi gordo com pouca movimentação
Foto: Pixabay
A análise do informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, aponta que o mercado do boi gordo abriu com poucos negócios nesta terça-feira (16), refletindo um ritmo lento nas praças paulistas. Com escalas de abate alongadas e estoques confortáveis devido ao fraco escoamento da carne, grande parte dos frigoríficos optou por se manter fora das negociações.
As cotações do boi gordo e da vaca apresentaram estabilidade, enquanto o preço da novilha e do “boi China” sofreu uma queda de R$ 3,00 por arroba. Em São Paulo, as escalas de abate seguem em média para nove dias, com alguns frigoríficos já programados para o início de janeiro.
No Pará, o mercado também mostrou baixa movimentação, com preços mantidos estáveis. Assim como em São Paulo, as escalas de abate estão, em média, para nove dias, refletindo um ritmo moderado nas operações de compra e venda.
As exportações de carne bovina in natura brasileiras registraram um volume de 89,3 mil toneladas até o momento, com uma média diária de 8,9 mil toneladas. O desempenho representa uma queda de 14,3% em comparação com o mesmo período de 2023. Por outro lado, o preço médio da tonelada subiu 7,9%, alcançando US$ 4,9 mil. Apesar do aumento no valor, o faturamento médio diário caiu 7,5%, totalizando US$ 43,8 milhões, em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme apontou o informativo.
AGROLINK – Seane Lennon
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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