Mato Grosso
Com previsão de entrega de trecho em 2028, FICO tem 100% da frente de obras liberada

Foto: Jeff D’Avilla/ANTT/Reprodução
A frente de obras da primeira etapa da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), que liga Mara Rosa/GO a Água Boa/MT, está 100% liberada. Esse marco foi atingido graças à constituição de 344 processos de desapropriação na faixa de domínio da ferrovia.
Na semana passada, a Infra S.A. finalizou o quarto e último mutirão de conciliação na região por onde passará a linha férrea, entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). Foi um total de 206 audiências ocorridas desde agosto de 2023, com a obtenção de 139 acordos que encerraram processos judiciais, além dos 77 processos de desapropriação encerrados de forma amigável.
Os municípios impactados por esse trecho inicial da FICO, que possui 366 km de extensão são: Mara Rosa, Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás, Santa Terezinha, Crixás, Nova Crixás e Aruanã, em Goiás, e os municípios de Cocalinho, Nova Nazaré e Água Boa, no Mato Grosso.
De acordo com Jorge Bastos, diretor-presidente da Infra S.A., estatal responsável pelas desapropriações, licenciamentos ambientais e fiscalização do empreendimento, “a realização de uma obra grandiosa de infraestrutura traz resultados positivos para a logística nacional, mas certamente impacta a vida de quem vive nas proximidades do empreendimento. A iniciativa dos mutirões trouxe agilidade ao processo e permitiu que os expropriados, em sua maioria produtores rurais, pudessem discutir aspectos que vão além da indenização para os trechos desapropriados.”
Agora, a perspectiva é de que as obras desse primeiro trecho da FICO sejam entregues pela Vale até 2028. É nesse primeiro trecho que a ferrovia se conectará com a Ferrovia Norte-Sul, ligando a região produtiva do Vale do Araguaia a portos como Santos/SP e Itaqui/MA.
Para o diretor de Empreendimentos da estatal, André Ludolfo, os mutirões proporcionaram a resolução de questões que poderiam se arrastar por muitos anos. “O país espera pela FICO e nosso papel até aqui foi o de viabilizar sua execução por meio da obtenção de Licenças Ambientais e Desapropriação da forma mais eficiente possível. Os trilhos que serão utilizados na ferrovia já estão no canteiro de obras e a liberação dessas áreas conclui uma etapa muito importante para o andamento do projeto”, afirmou.
Modelo será replicado
A realização de mutirões de conciliação poderá ser adotada também em outros empreendimentos em andamento conduzidos pela Infra S.A., como a segunda etapa da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL II), ou em planejamento, como é o caso da Ferrovia Transnordestina no trecho que liga Salgueiro a Suape, em Pernambuco, a partir de alinhamentos a serem realizados com centros judiciais de conciliação nessas localidades.
Escuta ativa da população impactada
Durante os mutirões de desapropriações promovidos pela Infra S.A., a empresa pública abriu espaço para a comunidade local expressar dúvidas, reclamações e sugestões, por meio do projeto Ouvidoria Itinerante. Para a ouvidora, Ladjane de Mello, a iniciativa convida a população afetada pela ferrovia para participar de todo o processo.
“A Infra S.A. tem a preservação do interesse público como missão e, por isso, quer ouvir o ponto de vista do usuário de serviços públicos a fim de sempre aprimorar nossos procedimentos para, ao final, realizarmos ótimas entregas”, afirmou.
Sobre a FICO
As obras do trecho entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT) da FICO são executas como contrapartida da prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas celebrado com a Vale. Além da execução dessa obra, outra responsabilidade assumida pela Vale foi o fornecimento de trilhos para a construção da FIOL II, obra conduzida pela Infra S.A. na Bahia.
Após a conclusão da FICO pela Vale, a Infra S.A. poderá realizar a subconcessão do ativo à iniciativa privada, captando recursos que serão aplicados na malha ferroviária do Brasil
Assessoria/Infra SA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Paraíso do Tocantins é Destaque Nacional: Prefeito Celso Morais Brilha em Brasília e Mostra Como o Turismo Sustentável Pode Transformar Cidades

Assessoria
Em um dos eventos mais importantes do calendário político brasileiro, o prefeito de Paraíso do Tocantins, Celso Morais, roubou a cena na XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Em sua palestra na Arena Boas Práticas de Gestão Municipal, Morais apresentou com orgulho os resultados concretos de uma política pública que vem ganhando reconhecimento nacional: o turismo sustentável como vetor de desenvolvimento econômico e social.
Com um discurso confiante e inspirador, o gestor destacou que Paraíso do Tocantins deixou de ser apenas uma cidade do interior para se tornar referência em planejamento estratégico, aproveitamento do potencial turístico e valorização das tradições locais.
“Não é sobre fazer turismo por turismo. É sobre transformar cultura em renda, tradição em emprego e eventos em oportunidades”, afirmou Celso Morais, sob aplausos de prefeitos, secretários e lideranças de todo o país.
Eventos que Viraram Marca Registrada
Entre os exemplos de sucesso apresentados, Morais citou o crescimento da Semana Santa, do Arraiá no Paraíso e do Festival do Chambari, eventos que hoje movimentam a economia local, atraem turistas de várias regiões e geram centenas de empregos temporários.
“A gente viu a cidade se preparar, comerciantes se organizando, pousadas lotadas. É gratificante ver que estamos colhendo os frutos de um planejamento sério e comprometido”, disse o prefeito.
Essas ações, segundo ele, são baseadas em um modelo de gestão que valoriza o diálogo com a comunidade, o investimento em infraestrutura e a promoção de uma imagem positiva de Paraíso do Tocantins no cenário estadual e nacional.
Reconhecimento Nacional e Protagonismo Municipalista
A participação de Celso Morais na Marcha dos Prefeitos não foi apenas simbólica, mas estratégica. Representando os interesses da cidade em Brasília, ele defendeu maior autonomia para os municípios e recursos diretos para iniciativas bem-sucedidas como as que ocorrem em Paraíso.
“A Marcha é um espaço para mostrarmos que, com gestão eficiente, os municípios podem ser protagonistas das soluções que o Brasil precisa”, ressaltou.
A XXVI Marcha, promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), reuniu milhares de gestores públicos, sendo considerada o maior encontro municipalista da América Latina. A presença de Morais em um painel de destaque consolida seu nome entre os prefeitos mais atuantes e inovadores do Tocantins.
Turismo Sustentável: O Caminho do Futuro
Com um modelo que alia sustentabilidade, identidade cultural e desenvolvimento econômico, Paraíso do Tocantins mostra que é possível crescer com responsabilidade. Celso Morais já anunciou que novas ações estão sendo planejadas para fortalecer o setor, incluindo parcerias com o Sebrae, capacitações para guias locais e roteiros turísticos integrados com municípios vizinhos.
“Turismo é presente, mas também é futuro. E nós estamos prontos para seguir avançando”, finalizou o prefeito.
Fonte: Harrison Gomes de Oliveira
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Sítio arqueológico com vestígios de 8 mil anos pode se tornar novo atrativo turístico em Palmas

O local faz parte da chamada “Rota do Abraço”, circuito ecoturístico de Taquaruçu Grande | Foto: Divulgação
Pesquisadores e gestores públicos estudam a possibilidade de integrar um novo local ao roteiro turístico de Palmas: o sítio arqueológico Abrigo do Jon, localizado em Taquaruçu Grande, na zona rural da Palmas. O espaço abriga artefatos líticos e pinturas rupestres com datação estimada de até 8 mil anos, encontrados na área da Serra do Lajeado.
A presidente da Agência Municipal de Turismo (Agtur), Ana Paula Setti Nogueira, visitou o local no último domingo, 6 e afirmou que o objetivo é avaliar o potencial turístico e educacional do sítio. A área ainda está em fase de pesquisa e segue fechada à visitação.
Segundo o arqueólogo Rômulo Macedo, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o sítio precisa de medidas urgentes de conservação. “É preciso um trabalho de preservação rigoroso, pois o abrigo vem sendo impactado por ações degradantes, tanto naturais quanto humanas. Após essa etapa, será possível planejar uma infraestrutura adequada, com sinalização e outros elementos que possibilitem a abertura oficial à visitação”, afirmou.
Rota do Abraço
O Abrigo do Jon fica em uma faixa estreita de aproximadamente 60 metros de comprimento, com presença de pinturas rupestres que retratam figuras humanas, animais, cenas de caça e formas abstratas. Também foram encontrados carvões, sementes e pólen, que ajudam a entender as antigas ocupações da região.
O local faz parte da chamada “Rota do Abraço”, circuito ecoturístico de Taquaruçu Grande. Moradores e entusiastas, como Ruy Bucar, acreditam que o sítio tem potencial para se tornar um atrativo aberto à visitação, como já ocorre em outros pontos da região.
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Jornal Opção
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Grupo Monte Sião: o império agropecuário que ultrapassa as porteiras e domina os bastidores da política tocantinense

Monte Sião | Foto: Divulgação
Enquanto o cenário político de Palmas fervilha com o afastamento do prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) e a ascensão do vice Carlos Velozo (Agir), quem realmente ganha terreno nos gabinetes e nas nomeações estratégicas não é um ator qualquer, é o Grupo Monte Sião. Muito longe de ser discreto, esse conglomerado agropecuário sediado em Porto Nacional impõe sua presença no tabuleiro político estadual com força, ambição e articulação refinada.
O Monte Sião não é apenas referência em genética bovina e equina; é um verdadeiro império rural moderno que, além da criação de gado para corte e leilões de elite, investe pesado em conexões políticas e alianças que extrapolam as porteiras. Sua influência se espalha rapidamente e já marca território no coração das decisões públicas.
À frente do grupo está a advogada Dalide Barbosa Alves Corrêa, uma figura conhecida e respeitada nos meios jurídicos de Brasília, onde acumulou cargos de peso, diretora jurídica da Caixa Econômica Federal, procuradora da ANAC, assessora de ministros do STF e diretora do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Seu trânsito político é sólido, e sua chegada à política tocantinense é marcada por um patrimônio declarado de impressionantes R$ 88,5 milhões em 2022, quando foi primeira suplente ao Senado na chapa do ex-deputado João Campos (Republicanos-GO).
No contrato social da Agropecuária Monte Sião Ltda, além de Dalide, aparece a empresária Vilma Magalhães e Silva, sócia desde a fundação em 2022, mas quem realmente toca os bastidores do grupo é o empresário Leandro Luiz, apontado como braço forte da organização.
O Grupo Monte Sião controla três marcas principais: Agropecuária Monte Sião, especializada em manejo avançado de pastagem irrigada e criação de bovinos; Genética Monte Sião, que possui um banco de mais de 600 doadoras puras e está prestes a inaugurar um laboratório de embriões; e Monte Sião Haras, referência nacional em equinos de linhagem superior e leilões milionários.
Com animais avaliados em mais de R$ 20 milhões e tecnologia que mantém o pasto verde o ano todo, o grupo já foi destaque na mídia nacional. Recentemente, movimentou mais de R$ 10 milhões na compra de cavalos campeões mundiais em Goiás. Além do agro, a holding atua em seguros com a marca 10x Global e no mercado de vestuário e produtos personalizados pela Monte Sião Store, ampliando seu alcance econômico.
Mas o que faz do Monte Sião um protagonista político são suas alianças estratégicas. O grupo mantém laços estreitos com o pastor Amarildo Martins, presidente da CONEMAD-TO/MA, entidade que congrega mais de 10 mil pastores e é uma das principais forças evangélicas do Estado. Amarildo é pai do deputado federal Filipe Martins (PL), figura influente que frequenta leilões e eventos do grupo.
Essa conexão com o segmento evangélico e a bancada ruralista abriu portas decisivas em Brasília e no Tocantins. Na recente crise da Prefeitura de Palmas, o Monte Sião estampou sua marca nas nomeações da gestão interina de Carlos Velozo: a Procuradoria-Geral ficou com Priscila Alencar Veríssimo, advogada e sócia de Dalide; a Secretaria da Habitação, com Jandir Vasconcelos, ligado a Filipe Martins; e a Secretaria de Representação em Brasília, com Fábio Bernardino, vice-presidente nacional do Agir e aliado de Dalide. Isso mostra que o grupo não apenas influencia, mas ocupa diretamente o comando da máquina pública da capital.
Embora evite holofotes midiáticos, o Monte Sião constrói uma base sólida para crescer no cenário político. Dalide, que tentou a estreia eleitoral em 2022, agora trabalha nos bastidores fortalecendo sua rede jurídica, econômica e religiosa. Já há quem aponte seu nome para o Senado ou para a suplência em chapa majoritária em 2026.
Com recursos financeiros robustos, alianças poderosas e apoio evangélico, o Grupo Monte Sião é hoje uma força que não se limita ao campo, é um ator que domina espaços políticos, atua com método e não esconde suas ambições.
Jornal Opção
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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