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FPA lidera debate sobre barreiras europeias e impactos para o agronegócio brasileiro
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A nova regulamentação da União Europeia, que proíbe a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas a partir de dezembro de 2025, acende um alerta para o agronegócio brasileiro. O regulamento da União Europeia, aprovado em 2023, exige que as empresas europeias comprovem a origem sustentável dos produtos agrícolas importados. Apesar de sua implementação estar prevista para 2025, as regras já pressionam o setor produtivo brasileiro.
A medida inclui itens como soja, carne bovina, cacau e madeira, independentemente de o desmatamento ser considerado legal no país de origem, e impõe exigências rigorosas de rastreabilidade e certificação ambiental.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) está à frente das discussões sobre os impactos da medida, especialmente para os pequenos produtores, que enfrentam dificuldades técnicas e financeiras para se adequar. Em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, realizada na semana passada, representantes do setor produtivo, do governo e especialistas destacaram os desafios impostos pelo regulamento europeu e reforçaram a necessidade de ação política coordenada.
A senadora Tereza Cristina, presidente da audiência, ressaltou os avanços do Brasil na agricultura sustentável e criticou as barreiras impostas ao país. “O Brasil é referência em agricultura tropical sustentável e líder na preservação ambiental. Contudo, enfrentamos barreiras que, muitas vezes, ignoram nossos esforços. Precisamos garantir que o pequeno produtor não seja penalizado por exigências que desconsideram nossa realidade”, afirmou.
O senador Alan Rick destacou a importância de fortalecer a narrativa positiva do Brasil no cenário internacional. “Somos grandes produtores de alimentos e líderes na preservação ambiental. Precisamos mostrar ao mundo que o Brasil produz com responsabilidade e combate o desmatamento ilegal, mas sem aceitar barreiras comerciais disfarçadas de proteção ambiental”, declarou.
Segundo Fernando Pimentel, diretor do Departamento de Política Comercial do Itamaraty, a rastreabilidade exigida pelos europeus é um desafio significativo, principalmente para pequenos e médios produtores. “Exigir imagens de satélite detalhadas e outras tecnologias avançadas não é compatível com a realidade de muitos produtores. Precisamos buscar alternativas viáveis e apoiar o setor com soluções práticas”, explicou.
Clecivaldo Ribeiro, do Ministério da Agricultura, reforçou que o Brasil deve aproveitar a oportunidade para diversificar mercados e fortalecer sua posição competitiva. “Já atendemos a rigorosos padrões sanitários. Agora, a questão socioambiental ganha protagonismo, e é nosso papel mostrar como produzimos de forma sustentável para abrir portas em novos mercados”, afirmou.
A audiência concluiu com um consenso: a adaptação às novas exigências deve ser acompanhada de políticas públicas que garantam a competitividade do agronegócio brasileiro. A FPA se comprometeu a liderar o diálogo, buscando equilíbrio entre sustentabilidade e viabilidade econômica para produtores de todos os portes.
“O Brasil tem condições de atender às demandas internacionais sem comprometer sua posição no mercado global, mas isso exige estratégia e reconhecimento de nosso papel como potência agroambiental”, finalizou a ex-ministra Tereza Cristina.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Carrapatos nos Equinos: Desafios e Cuidados na Estação de Verão
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Com o aumento das temperaturas e da umidade típicos do verão em grande parte do Brasil, as condições tornam-se favoráveis para a proliferação de carrapatos, moscas e outros parasitas no campo. No caso dos equinos, os carrapatos representam uma ameaça silenciosa, comprometendo tanto o bem-estar quanto a saúde dos animais e, consequentemente, sua performance. Esses ectoparasitas não apenas se alimentam do sangue dos equinos, mas também são transmissores de doenças graves e podem atuar como ponto de entrada para larvas de moscas que causam berne e bicheira.
Espécies de Carrapatos e Seus Efeitos
Os equinos são particularmente suscetíveis a duas espécies de carrapatos: Anocentor nitens, que costuma ser encontrado na base da crina, no períneo e nas orelhas, e o Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato estrela. Ambas as espécies podem causar sérios transtornos aos equinos, levando ao desenvolvimento de anemias, infecções secundárias e até a morte do animal, dependendo do nível de infestação.
Além dos efeitos diretos, como o enfraquecimento do animal, esses carrapatos são conhecidos por transmitirem doenças como a Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE) e a Babesiose Equina, também chamada de Piroplasmose ou Nutaliose.
Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE)
A Anaplasmose Granulocítica Equina é uma doença sazonal, mais comum durante períodos de temperaturas elevadas. Ela é causada pela bactéria Anaplasma phagocytophilum, transmitida por carrapatos, afetando equinos, cães e até humanos. Os sintomas da doença nos equinos incluem letargia, febre alta e intermitente, anorexia, edema nos membros, hemorragia petequial, icterícia e dificuldade para se locomover. A doença pode ser confundida com infecções virais em seu estágio inicial, mas cerca de 50% dos animais infectados não apresentam sinais clínicos. O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais, como microscopia óptica, sorologia e biologia molecular. O tratamento envolve o uso de antibióticos, com tetraciclinas sendo o medicamento de escolha, além de suporte com anti-inflamatórios e protetores gástricos.
Babesiose Equina (Piroplasmose ou Nutaliose)
A Babesiose é uma doença bem conhecida no meio equestre e tem o potencial de se tornar crônica caso não seja tratada adequadamente em sua fase inicial. A doença é provocada pelos protozoários Babesia caballi e Babesia equi, que são transmitidos através da picada de carrapatos e se instalam nos glóbulos vermelhos do sangue.
Nos animais afetados, os sintomas incluem picos febris ao final da tarde, anemia, icterícia e urina de coloração acastanhada (hemoglobinúria), além de perda de apetite, depressão e desconforto abdominal. Se não tratada, pode causar queda de desempenho e perda de peso. Nos equinos atletas, a Babesiose pode impedir a participação em competições internacionais devido às restrições sanitárias. O tratamento é realizado com antiparasitários, como o Dipropionato de Imidocarb, e o uso de suplementos de ferro, ácido fólico e vitamina B12 para ajudar na recuperação.
Prevenção e Controle
Embora as doenças transmitidas por carrapatos possam ser tratadas na maioria dos casos, a prevenção continua sendo o melhor caminho. Reduzir ou até eliminar a presença de carrapatos nos equinos é essencial para manter a saúde e o desempenho dos animais. O controle dos carrapatos deve ser realizado não apenas nos animais, mas também nas áreas em que eles frequentam, como baias, piquetes e redondéis.
A pulverização de carrapaticidas nas pastagens e a eliminação de materiais que possam servir de abrigo para os parasitas são medidas essenciais. Os tratamentos acaricidas devem ser intensificados na primavera e no verão, quando os níveis de infestação são mais elevados. A aplicação dos carrapaticidas deve abranger todo o corpo dos equinos, incluindo a região auricular, com intervalos de 7 dias, por um período de pelo menos 4 meses.
Além disso, o manejo adequado das pastagens, incluindo roçadas periódicas, ajuda a prevenir o estabelecimento de carrapatos e plantas invasoras. A mistura de pastagens e a presença de vegetação densa favorecem a infestação, enquanto a roçada, realizada principalmente no verão, pode contribuir para a redução da população de carrapatos.
O controle efetivo de carrapatos envolve um programa contínuo de monitoramento, tratamentos regulares e um manejo eficiente das pastagens, minimizando o impacto desses ectoparasitas na saúde e no desempenho dos equinos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]m
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Carrapatos nos Equinos: Desafios e Cuidados na Estação de Verão
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Com o aumento das temperaturas e da umidade típicos do verão em grande parte do Brasil, as condições tornam-se favoráveis para a proliferação de carrapatos, moscas e outros parasitas no campo. No caso dos equinos, os carrapatos representam uma ameaça silenciosa, comprometendo tanto o bem-estar quanto a saúde dos animais e, consequentemente, sua performance. Esses ectoparasitas não apenas se alimentam do sangue dos equinos, mas também são transmissores de doenças graves e podem atuar como ponto de entrada para larvas de moscas que causam berne e bicheira.
Espécies de Carrapatos e Seus Efeitos
Os equinos são particularmente suscetíveis a duas espécies de carrapatos: Anocentor nitens, que costuma ser encontrado na base da crina, no períneo e nas orelhas, e o Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato estrela. Ambas as espécies podem causar sérios transtornos aos equinos, levando ao desenvolvimento de anemias, infecções secundárias e até a morte do animal, dependendo do nível de infestação.
Além dos efeitos diretos, como o enfraquecimento do animal, esses carrapatos são conhecidos por transmitirem doenças como a Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE) e a Babesiose Equina, também chamada de Piroplasmose ou Nutaliose.
Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE)
A Anaplasmose Granulocítica Equina é uma doença sazonal, mais comum durante períodos de temperaturas elevadas. Ela é causada pela bactéria Anaplasma phagocytophilum, transmitida por carrapatos, afetando equinos, cães e até humanos. Os sintomas da doença nos equinos incluem letargia, febre alta e intermitente, anorexia, edema nos membros, hemorragia petequial, icterícia e dificuldade para se locomover. A doença pode ser confundida com infecções virais em seu estágio inicial, mas cerca de 50% dos animais infectados não apresentam sinais clínicos. O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais, como microscopia óptica, sorologia e biologia molecular. O tratamento envolve o uso de antibióticos, com tetraciclinas sendo o medicamento de escolha, além de suporte com anti-inflamatórios e protetores gástricos.
Babesiose Equina (Piroplasmose ou Nutaliose)
A Babesiose é uma doença bem conhecida no meio equestre e tem o potencial de se tornar crônica caso não seja tratada adequadamente em sua fase inicial. A doença é provocada pelos protozoários Babesia caballi e Babesia equi, que são transmitidos através da picada de carrapatos e se instalam nos glóbulos vermelhos do sangue.
Nos animais afetados, os sintomas incluem picos febris ao final da tarde, anemia, icterícia e urina de coloração acastanhada (hemoglobinúria), além de perda de apetite, depressão e desconforto abdominal. Se não tratada, pode causar queda de desempenho e perda de peso. Nos equinos atletas, a Babesiose pode impedir a participação em competições internacionais devido às restrições sanitárias. O tratamento é realizado com antiparasitários, como o Dipropionato de Imidocarb, e o uso de suplementos de ferro, ácido fólico e vitamina B12 para ajudar na recuperação.
Prevenção e Controle
Embora as doenças transmitidas por carrapatos possam ser tratadas na maioria dos casos, a prevenção continua sendo o melhor caminho. Reduzir ou até eliminar a presença de carrapatos nos equinos é essencial para manter a saúde e o desempenho dos animais. O controle dos carrapatos deve ser realizado não apenas nos animais, mas também nas áreas em que eles frequentam, como baias, piquetes e redondéis.
A pulverização de carrapaticidas nas pastagens e a eliminação de materiais que possam servir de abrigo para os parasitas são medidas essenciais. Os tratamentos acaricidas devem ser intensificados na primavera e no verão, quando os níveis de infestação são mais elevados. A aplicação dos carrapaticidas deve abranger todo o corpo dos equinos, incluindo a região auricular, com intervalos de 7 dias, por um período de pelo menos 4 meses.
Além disso, o manejo adequado das pastagens, incluindo roçadas periódicas, ajuda a prevenir o estabelecimento de carrapatos e plantas invasoras. A mistura de pastagens e a presença de vegetação densa favorecem a infestação, enquanto a roçada, realizada principalmente no verão, pode contribuir para a redução da população de carrapatos.
O controle efetivo de carrapatos envolve um programa contínuo de monitoramento, tratamentos regulares e um manejo eficiente das pastagens, minimizando o impacto desses ectoparasitas na saúde e no desempenho dos equinos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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