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Caso de febre aftosa na Alemanha deixa auditores fiscais federais agropecuários em alerta

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Assessoria

 

A confirmação do primeiro caso de febre aftosa na Alemanha em quase quatro décadas reafirma a necessidade de uma fiscalização intensa no Brasil, que é o maior exportador de carne do mundo. A reemergência dessa doença em um país europeu com um histórico de rigor sanitário lança um alerta global sobre os riscos para a saúde animal, o comércio internacional e a segurança dos alimentos. Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), este é um lembrete claro da importância de manter e investir em sistemas de vigilância e defesa agropecuária robustos.

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Embora não represente risco à saúde humana, seu impacto econômico pode ser devastador, resultando em prejuízos como a perda de rebanhos, a suspensão de exportações e o declínio na confiança do mercado.

Os surtos de febre aftosa são caracterizados por uma rápida disseminação, o que exige respostas imediatas. A prevenção e o controle da doença demandam investimentos contínuos em vigilância epidemiológica, controle de fronteiras, diagnóstico rápido e capacitação de profissionais de saúde animal.

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O Brasil, como um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo, precisa manter o status de país livre de febre aftosa. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), apenas no ano passado, foram embarcadas mais de 2,8 milhões de toneladas de carne bovina, que somaram mais de US$ 13 bilhões em receita para o país. Um eventual surto poderia impactar diretamente a economia nacional, especialmente em setores dependentes do agronegócio, além de comprometer a imagem do país nos mercados internacionais.

“A ocorrência de um foco de febre aftosa teria um impacto econômico enorme para o país. De imediato as exportações de diversos produtos seriam suspensas, como as carnes produzidas na região e até mesmo produtos vegetais, como as sementes que muitos países só compram se vierem de estados livres da doença. Paralização de indústrias frigoríficas e laticínios, suspensão do comercio de carne e leite, forte impacto para os trabalhadores, para os produtores e seus familiares”, destacou o secretário de Planejamento do Anffa, Serguei Brener.

O especialista explica que o Brasil está celebrando o fim da vacinação contra a febre aftosa, após mais de 50 anos de trabalho árduo para erradicar a doença e obter o status de livre sem vacinação. “Uma reintrodução nos faria retornar para etapas anteriormente cumpridas para a erradicação. Seria necessário sacrificar animais para evitar a disseminação do vírus, voltar a vacinar, lembrando que os custos anuais para a vacinação de bovinos contra a febre aftosa eram de R$ 500 milhões, e incrementar as atividades de vigilância”.

Diante desse cenário, o Anffa Sindical reforça a necessidade de investimentos contínuos na defesa agropecuária, com especial atenção para o fortalecimento da infraestrutura de vigilância nos portos, aeroportos e postos de fronteira para evitar a entrada de animais e seus produtos que tenham risco de trazer o vírus. Essa vigilância precisa ser continua, ininterrupta e suportada por trabalhos de inteligência, análises de risco para maior efetividade.

Para todo esse trabalho, é fundamental a recomposição do quadro deficitário de auditores fiscais federais agropecuários, que hoje está extremamente deficitário. As 200 vagas reservadas para a carreira no concurso público unificado do ano passado estão muito aquém dos cerca de 1.200 servidores que podem se aposentar a qualquer momento e deixar a função.

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“Observamos ainda neste período, saídas de médicos veterinários para a iniciativa privada como consequência da defasagem salarial e da sobrecarga de trabalho que em diversos locais superam os limites diários de horas permitidos por lei, além de ser realizado em locais insalubres comprometendo também a saúde física e mental dos servidores. É urgente fortalecer o sistema de defesa agropecuária e vigilância com a contratação de auditores fiscais federais agropecuários para trabalhar nos Serviços de Fiscalização de Insumo, nas unidades do Vigiagro e nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária para prevenir a entrada do vírus e responder rapidamente, com eficiência, caso ocorra a reintrodução em qualquer local do país”, destacou Brener.

O Anffa Sindical reitera que os auditores fiscais federais agropecuários permanecem atentos e atuantes para garantir a manutenção do status sanitário do país, impedindo a entrada de doenças que possam comprometer a sanidade dos rebanhos e a economia nacional. A confirmação do caso na Alemanha é um chamado para que governos e entidades mantenham a atenção redobrada e assegurem os recursos necessários para proteger a produção agropecuária.

Assessoria

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Reforma tributária aumenta obrigações de produtores e pode elevar custo dos alimentos

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Foto: Imagem Ilustrativa

 

A segunda etapa da regulamentação da reforma tributária será votada nesta quarta-feira (24), a partir das 16h, no Plenário do Senado. O Projeto de Lei Complementar (PLP 108/2024) deve alterar a forma como produtores rurais declaram impostos, trazendo mais obrigações fiscais e exigindo revisão de contratos e atualização do patrimônio declarado.

Segundo o advogado tributarista Fernando Melo de Carvalho, os produtores que não se adequarem às novas regras podem enfrentar aumento da carga tributária, com custos que podem ser repassados ao preço dos alimentos.

Arrendamentos passam a ter tributação adicional

Atualmente, os contratos de arrendamento rural estão sujeitos apenas ao Imposto de Renda. Com a reforma, a mesma receita poderá ser tributada também pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituem PIS, Cofins, ICMS e ISS. Esses tributos compõem o chamado “IVA dual”, que incide sobre operações de bens e serviços.

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“O arrendamento, que hoje paga apenas Imposto de Renda, também vai recolher CBS e IBS em alguns casos. Isso significa que o produtor terá mais declarações fiscais para preencher e entregar”, explica Carvalho.

Mais burocracia e “custo de conformidade”

Além de mais impostos a declarar, o produtor precisará formalizar contratos, organizar notas fiscais e documentos de forma mais rigorosa. Erros podem levar à perda de benefícios fiscais e a autuações, aumentando o chamado custo de conformidade, mesmo sem mudança direta na alíquota.

Contratos informais, comuns no campo, não garantem proteção jurídica frente às novas regras. Para se manter na tributação atual de 3,65%, é necessário que os contratos de arrendamento sejam formalizados com cláusulas básicas e reconhecimento de firma até 31 de dezembro de 2025. Caso contrário, o produtor será obrigado a migrar para a nova tributação.

Imóveis rurais também precisam ser atualizados

A reforma exige que imóveis rurais sejam declarados a valor de mercado. Carvalho explica:

“Se um imóvel está registrado por R$ 100 mil, mas hoje vale R$ 2 milhões, é preciso atualizar. Isso impacta a base de cálculo de tributos e pode gerar efeitos em casos de falecimento ou transferência para herdeiros”.

Medidas preventivas recomendadas

Para reduzir riscos e custos futuros, especialistas orientam os produtores a:

  • Formalizar contratos de arrendamento com cláusulas claras e reconhecimento de firma até o final do ano;
  • Atualizar o valor patrimonial declarado dos imóveis;
  • Organizar notas fiscais, recibos, declarações de imposto de renda, escrituras e demais documentos que comprovem operações rurais.

“Quem se antecipa e ajusta contratos e planejamento tributário consegue reduzir risco de autuações e manter benefícios importantes. A falta de adequação pode sair mais cara e refletir no preço final dos alimentos”, alerta Carvalho.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Minas Gerais, maior produtor de café do Brasil, enfrenta desafios com conectividade no campo

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Foto: Ari Dias

Embora seja líder na produção e exportação de café, Minas Gerais ainda enfrenta limitações no acesso à internet nas lavouras, um fator que impacta produtividade e competitividade do setor. Estudo da ConectarAGRO revela disparidades significativas entre regiões e municípios produtores.

Café é destaque nas exportações, mas conectividade ainda é limitada

No primeiro semestre de 2025, Minas Gerais exportou quase US$ 10 bilhões em produtos do agronegócio, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total, o café representou mais de US$ 5,5 bilhões, ou 56% da receita do setor, confirmando a força da cafeicultura estadual.

Apesar desse desempenho, o estudo da ConectarAGRO aponta que apenas 67,8% da área cafeeira mineira, cerca de 600,9 mil hectares dos 886,7 mil cultivados, está conectada a redes móveis 4G ou 5G. O índice está próximo da média nacional (69%), mas atrás de outros estados produtores: Paraná (81,8%), Espírito Santo (79,5%) e São Paulo (76,3%).

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Disparidades regionais impactam produtividade

A pesquisa destaca desigualdades significativas dentro do estado. Em Patrocínio, no Cerrado Mineiro, com 44,5 mil hectares plantados, apenas 57,9% da área possui conectividade. Monte Carmelo apresenta cobertura superior a 81%, enquanto Serra do Salitre mostra apenas 23% das lavouras conectadas.

Paola Campiello, presidente da ConectarAGRO, explica: “A topografia montanhosa, a dispersão territorial e a predominância de pequenas propriedades dificultam a expansão da infraestrutura. Parcerias público-privadas e programas de incentivo serão fundamentais para acelerar a inclusão digital no campo.”

Conectividade em regiões de indicações geográficas

O estudo também avaliou áreas com denominações de origem, que conferem identidade ao café mineiro no mercado internacional. O Caparaó aparece como a região mais conectada (93,5%), seguida pelas Matas de Minas (86,5%), Campo das Vertentes (72,2%) e Mantiqueira de Minas (70,4%). Já o Cerrado Mineiro apresenta 54,2%, e a Serra da Canastra, apenas 35,7%.

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Internet no campo é condição para competitividade

Segundo Campiello, a conectividade deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito básico para a competitividade da cafeicultura. “A internet no campo viabiliza irrigação inteligente, sensores climáticos, rastreabilidade e certificações cada vez mais exigidas internacionalmente. Com maior conectividade, Minas poderá unir tradição, qualidade e inovação para manter sua liderança mundial na produção de café”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mauro manda reforçar fiscalização contra bebidas adulteradas em Mato Grosso após mortes em SP

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foto: Só Notícias/Kelvin Ramirez/arquivo

 

O governador Mauro Mendes determinou, hoje, que as forças de Segurança intensifiquem a fiscalização em todo o Estado para combater a falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas. A ordem foi dada como resposta preventiva aos casos registrados recentemente em outras regiões do país, especialmente em São Paulo, que registrou mortes por bebidas adulteradas com o uso da substância metanol.

“Emitimos um alerta para todas as forças de segurança. Esse é um crime grave, que coloca vidas em risco. Aqui em Mato Grosso, a resposta está sendo rápida e firme”, afirmou o governador.

Mauro registrou que ainda nesta semana a Polícia Civil e a Polícia Militar desarticularam um galpão clandestino em Nova Mutum, onde funcionava um esquema de falsificação de bebidas. No local, foram apreendidas garrafas adulteradas, tampas, rótulos e apetrechos usados para enganar o consumidor, além da prisão em flagrante de três envolvidos. A Politec realizou perícia no material apreendido e colabora com a apuração.

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De acordo com o governador, a população também pode ajudar a combater esse crime por meio do disque-denúncia 181, com a garantia do sigilo absoluto. “Se você souber de algo parecido, denuncie. Ligue 181. É anônimo, não precisa se identificar, finalizou.

Redação Só Notícias

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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