Pecuária
Registro de rebanhos pela ANC cresce mais de 40% em 2024

Foto: Rubens Ferreira/Divulgação
ano de 2024 terminou com um crescimento notável no registro de rebanhos junto à Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC). Foram 60.543, contra 41.978 em 2023, crescimento de 44,22%. A ANC desempenha um papel fundamental no controle dos rebanhos registrados. O criador tem uma escrituração zootécnica completa e atualizada de seu rebanho, o que inclui detalhes precisos sobre cada animal, como identificação, datas de nascimento, pedigree e outras informações relevantes. Ele informa à ANC todas as coberturas realizadas, o que envolve o registro de dados sobre os indivíduos acasalados, a data do acasalamento e outros detalhes necessários.
De acordo com a superintendente suplente de Registro Genealógico da ANC, Juliana Salies Souza, esse processo garante um controle rigoroso e eficaz das linhagens genéticas e de reprodução. “Isso permite monitorar de perto as características de interesse do rebanho e tomar decisões mais precisas sobre futuros acasalamentos. Posteriormente, o criador informa à ANC os nascimentos resultantes das coberturas previamente comunicadas. Esses registros incluem dados detalhados sobre os animais nascidos, como data de nascimento, identificação dos pais, peso ao nascer e outras informações relevantes”, detalha.
Esta prática sistemática e rigorosa de registro garante que o criador tenha um controle total sobre a gestão do rebanho, contribuindo para a melhoria genética e a rastreabilidade dos animais. Com base nestas informações, Juliana ressalta a importância de registrar adequadamente os animais. “Registrar os animais traz várias vantagens importantes para criadores, associações e consumidores. Primeiro, permite a melhoria genética do rebanho através da seleção dos melhores indivíduos para reprodução, promovendo características desejáveis aumentando a produtividade e a saúde do rebanho ao longo do tempo. Também garante a rastreabilidade dos animais, permitindo acompanhar toda a trajetória desde o nascimento até a venda ou abate”, explica.
Juliana aponta ainda que animais registrados geralmente têm maior valor de mercado, pois os compradores confiam mais na procedência e qualidade dos indivíduos com histórico documentado. “Mantendo registros precisos, o criador aumenta a transparência de suas operações e fortalece sua credibilidade no mercado, sendo essencial para exportação e participação em feiras e exposições”, constata. Por fim, a escrituração zootécnica é crucial para participar de programas de melhoramento genético, oferecendo suporte e orientação para otimizar a gestão e genética do rebanho.
Com relação ao aumento significativo no número de registros, Juliana afirma que isso pode ser atribuído a vários fatores. Um dos principais é a conscientização crescente dos criadores sobre os benefícios do registro e do melhoramento genético. “Além disso, a ANC tem investido em campanhas de incentivo e na simplificação do processo de registro e melhoramento, tornando-o mais acessível e conveniente para os criadores. A implementação de novas ferramentas digitais e a inclusão de novas raças também podem ter contribuído para esse aumento significativo”, conclui.
Já a superintendente de Registro Genealógico da ANC, Silvia Freitas, lembra que o setor vem se recuperando e, neste sentido, Silvia vislumbra uma expectativa positiva a partir de agora, numa referência ao novo ciclo pecuário. “A gente já vê expectativas positivas aí pela frente, isso faz com que os criadores se mobilizem. Precisamos de genética, de bons animais para multiplicá-los. Então a tendência, até dos próximos remates, é positiva e entendo que o salto no número de registros também é um reflexo”, complementa.
Texto: Artur Chagas/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Produção de carne bovina cresce, aumentam exportações e os preços ainda em alta

Foto: Pensar Agro
A pecuária brasileira começou 2025 com forte crescimento na produção e nas exportações de carne bovina. Segundo estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a oferta interna de carne bovina nos meses de janeiro e fevereiro foi 10% maior que no mesmo período de 2024 e 38% superior à registrada em 2023.
Mas mesmo com o aumento na produção, os preços continuam em alta. O valor médio da carcaça com osso no atacado da Grande São Paulo subiu 25% em relação ao início do ano passado, considerando a correção pela inflação. Já o preço do boi gordo (Indicador Cepea/Esalq São Paulo) avançou 23% no mesmo período.
EXPORTAÇÕES
As exportações também cresceram. No primeiro bimestre, o volume exportado foi cerca de 6% maior que no início de 2024 e 33% superior ao registrado em 2023. Segundo analistas do Cepea, esses números mostram a força da pecuária nacional e a resiliência do consumo de carne bovina no Brasil, impulsionado, em parte, pela baixa taxa de desemprego.
No mercado internacional, os preços médios da carne bovina brasileira também aumentaram. Até a quarta semana de fevereiro de 2025, a tonelada foi negociada a aproximadamente R$ 28.532, um ganho anual de 8,9% em relação a fevereiro de 2024, quando o valor estava em torno de R$ 26.211 por tonelada.
A receita total das exportações de carne bovina no período chegou a R$ 5,43 bilhões, um aumento de 16,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o faturamento foi de R$ 4,68 bilhões. A média diária de exportações ficou em R$ 271,8 milhões, um avanço de 10,3% frente a fevereiro de 2024.
O desempenho reforça a importância da pecuária para a economia brasileira, evidenciando o crescimento da produção e o fortalecimento das exportações, mesmo diante de um cenário global desafiador.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Nutrição de precisão impulsiona resultados na fazenda Água da Torre

Divulgação
A Fazenda Água da Torre, localizada em Ocauçu (SP), alcançou resultados expressivos no último abate de seus animais, com números superiores a outros confinamentos de grande tradição, em especial, entre os animais confinados em baias cobertas, com ganho de peso que chegou a 11,4% em relação aos que estavam em baias tradicionais.
A preparação do ambiente, somada à assessoria da Premix, responsável por todas as etapas da dieta dos bovinos, e o engajamento da equipe de colaboradores, foram os principais responsáveis pelo sucesso técnico e econômico da operação.
Durante um período médio de 104 dias, 1.387 animais foram alimentados com dietas personalizadas, formuladas pela Premix para otimizar o desempenho e a eficiência produtiva. Foram 1.076 machos Nelore, 84 machos F1 Angus x Nelore, 161 machos cruzados e 66 fêmeas Nelore.
Resultados
Os animais entraram para o confinamento com peso médio de 404,84 kg e foram abatidos com 595,92 kg. Durante o período, os bovinos tiveram 191,08 kg de ganho de peso, com rendimento médio de 56,71%, e 135,52 kg (ou 9,03@) de carcaça produzida.
A média de carcaça produzida nos 104 dias entre os machos foi de 9,32@ (56,83%), enquanto as fêmeas abatidas tiveram média de 3,56@ (54,5%). O rendimento de carcaça foi superior aos “Top Rentáveis” do Inttegra (Instituto de Métricas Agropecuária), que traz os machos com 6,16@ (54,5%), e fêmeas, com 3,57@ (50,4%), em 84 dias de confinamento.
De acordo com o consultor técnico da Premix, Ricardo Viana, que acompanhou todo o projeto, os ganhos de carcaça do confinamento ultrapassaram 1,3 kg por animal/dia. “Um resultado muito satisfatório, uma vez que a média dos melhores confinamentos no Brasil é de 1,1 kg/animal/dia”, ressalta.
Outro resultado que merece destaque foi a diferença significativa no ganho de peso entre animais confinados em baias cobertas e em baias tradicionais. Os animais nas baias descobertas tiveram ganho diário de carcaça (GDC) de 1,285 kg, enquanto os que estavam sob baias cobertas apresentaram ganho de 6,68%, com 1,371 kg.
Em relação ao ganho de peso corporal (GPC) médio por dia, a diferença foi ainda maior, 11,4%, com 1,979 kg para os que estavam em baias cobertas, contra 1,780 kg para os animais que estavam em baias descobertas. Em termos econômicos, o lucro por arroba produzida foi de R$ 138,92 por animal em baia tradicional, e de R$ 143,65 para os que estavam em baias cobertas, representando um ganho de 3,4%.
Nutrição
Ricardo Viana explica que a nutrição de precisão foi fundamental para o sucesso do projeto. “Desenvolvemos um plano nutricional personalizado para cada fase do confinamento, considerando as características dos animais e a disponibilidade de ingredientes na região. Com o uso de tecnologias como o software TGC, conseguimos acompanhar de perto o desempenho dos animais e ajustar a dieta conforme necessário, garantindo o máximo de eficiência e rentabilidade para o produtor”, destaca.
Segundo Mário Sérgio Spinosa, gerente regional de Vendas da Premix nas regiões Sul, Sudeste e MS, o uso dos suplementos indicados para os sistemas pasto e confinamento, somado ao manejo e dietas bem formulados, foram os pilares utilizados para atingir os objetivos.
“A estratégia utilizada por nossa equipe foi, inicialmente, uma recria bem feita a pasto, onde foram utilizados produtos com o aditivo natural Fator P e um manejo pré- confinamento bem estruturado com objetivo de deixar os animais bem mais adaptados para início do confinamento”, ressalta.
Para o gestor, o sucesso do projeto se deve ao planejamento estratégico da recria e terminação, aliado ao acompanhamento constante da equipe Premix. “As visitas quinzenais, o uso de tecnologias como o Fator P e o software de gestão garantiram a otimização dos resultados”, enfatiza.
Parceria
Paulo Boechat, proprietário da Fazenda Água da Torre, destaca a parceria com a Premix como pilar fundamental para o sucesso da produção. Ele enfatiza que a empresa oferece um serviço completo, que vai além da alta qualidade e tecnologia de seus produtos, incluindo consultoria e acompanhamento personalizado. O criador também reconhece a expertise e dedicação dos colaboradores da fazenda, que garantem a excelência na operação diária.
“A Premix é muito mais do que um fornecedor de rações, mas um parceiro estratégico que nos ajuda a alcançar nossos objetivos. A qualidade dos produtos, o suporte técnico e a tecnologia que oferecem são inigualáveis. Mas nada disso se traduziria em sucesso sem a dedicação e o profissionalismo da nossa equipe. O gerente da fazenda, seus assessores e todos os colaboradores que trabalham no dia a dia também são responsáveis pelo nosso sucesso e são o coração da nossa operação”, ressalta.
A inovação e relacionamento são pilares da Premix. Através de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a empresa oferece soluções nutricionais que otimizam o desempenho dos animais e minimizam o impacto ambiental. A parceria com a Fazenda Água da Torre demonstra o compromisso da empresa em contribuir para um futuro mais sustentável para a pecuária.
Daniel – DS Vox
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
CNA discute pauta prioritária para o setor lácteo

Divulgação
A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA promoveu, na quarta (26), a primeira reunião de 2025, onde abordou a ação antidumping contra a importação de leite em pó de Argentina e Uruguai, a identificação individual de bovinos e o plano de ação para o ano.
O presidente da comissão, Ronei Volpi, abriu o encontro e destacou a atuação do colegiado para atender as demandas do setor esse ano.
Em seguida, o consultor Rodrigo Pupo falou sobre o andamento da investigação de antidumping do leite em pó.
A ação foi aberta pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em dezembro de 2024, a pedido da CNA. Segundo o consultor, a investigação já identificou indícios da prática de dumping nas importações de leite em pó dos dois países que contribuíram significativamente para danos à produção doméstica.
“Verificou-se que a indústria doméstica apresentou, em geral, deterioração de seus indicadores quantitativos e no resultado e margem obtidos, considerando que a elevação do custo de produção não pôde ser integralmente repassada aos preços de venda”, explicou Pupo.
Rodrigo Pupo disse afirmou que 20 empresas importadoras no Brasil e sete exportadoras argentinas e uruguaias foram envolvidas, e protocolaram respostas à investigação do governo brasileiro, que deve solicitar, nos próximos dias, informações adicionais às empresas.
O consultor ressaltou que a CNA tem contribuído com o governo ao longo de todo o processo de investigação, prestando os esclarecimentos em resposta aos argumentos apresentados pelas partes investigadas. O próximo passo é aguardar as deliberações do Departamento de Defesa Comercial que devem ocorrer entre abril e junho. A investigação deve seguir até outubro de 2025, no melhor cenário, mas existe a possibilidade de prorrogação até junho de 2026, considerando os prazos legais máximos.
A reunião também discutiu a identificação individual de bovinos. O coordenador de Produção Animal, João Paulo Franco, falou sobre o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) , lançado em dezembro pelo Ministério da Agricultura.
O coordenar destacou que o ministério vai formar um novo grupo de trabalho, que a CNA fará parte, para definir os próximos passos de implantação do sistema que armazenará os dados de identificação, que tem um prazo de até dois anos para ser desenvolvido e integrado entre o Mapa e os estados.
Somente após a implantação do sistema federal e estaduais é que passará a ser exigida a identificação dos animais com a numeração oficial, com um período de transição para a implementação.
Franco argumentou que a identificação será dividida em duas etapas, com a primeira versando sobre a identificação de fêmeas vacinadas contra brucelose no momento da vacinação e, posteriormente, todos os bovinos. O prazo máximo para essas duas etapas é de seis anos após os sistemas de gestão das informações forem implantados.
Plano de ação
O assessor técnico da comissão, Guilherme Dias, apresentou as ações estratégicas do colegiado para 2025. Além da ação de antidumping do leite em pó, a comissão está trabalhando para delinear ferramentas de gestão de risco para a atividade, com o mercado futuro do leite.
“Queremos trazer desenvolvimento para o setor e melhores condições para a produção nacional”, comentou Dias. A proposta é possibilitar a produtores e indústrias comercializarem o leite a preços futuros, desenhando um seguro de preços de compra e venda para o leite. “Se o produtor trava o preço do leite a R$ 2,50 por litro, e no momento da liquidação do contrato o mercado físico aponta para R$ 2,00, o produtor entrega o leite a R$ 2,00 e recebe R$ 0,50 do seguro”, destacou.
Para tanto foi composto um Grupo de Trabalho na CNA que vem discutindo as propostas, tendo conquistados diversos avanços em 2024, e os trabalhos continuarão em 2025.
Outra ação prevista para o ano é o foco na brucelose, com atuação em diversas frentes para a controlar a enfermidade no país.
A comissão também vai buscar a aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional que são de interesse do setor, como, por exemplo, o PL 10.556/2018, que proíbe a nomenclatura dos lácteos em produtos que não sejam derivados, bem como o PL 952/2019, que determina o regramento do limite imposto ao importador brasileiro de leite em pó sobre prazo de validade mínimo do produto.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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