Agronegócio
MT produz cerca de 70% do algodão sustentável do país e lidera setor

O Programa de Apoio à Cultura do Algodão (Proalmat) foi um dos principais responsáveis por transformar Mato Grosso no maior produtor da fibra do país – Foto por: Christiano Antonucci/Secom
O Estado de Mato Grosso liderou na produção sustentável de algodão na safra 2023/2024, sendo responsável por cerca de 70% da pluma produzida no país, segundo resultados divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa).
De acordo com a associação, foram produzidos 2,12 milhões de algodão em lavouras mato-grossenses. A pluma tem a certificação do Algodão Brasileiro Responsável (ABR), emitida pela própria Abrapa, que consolida o Estado na produção sustentável no país.
Os números da Abrapa apontam que a safra nacional 2023/2024 bateu recorde em relação à anterior e alcançou 3,04 milhões de toneladas de algodão sustentável. Em Mato Grosso, 284 unidades produtivas espalhadas em 49 municípios são responsáveis por este tipo de produção mais sustentável.
“Esse resultado mostra que, mesmo sendo o maior produtor de algodão do país, Mato Grosso mostra ao mundo que, possui mais de 60% do território conservado, e consegue aliar práticas sustentáveis da produção mato-grossense. Os compradores querem produtos com sustentabilidade e o Estado mostra como se faz”, comentou a secretária adjunta de Agronegócios da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Linacis Silva.
Para a safra 2024/2025 de algodão no Brasil, a expectativa é de colher 9 milhões de toneladas, sendo 6,2 milhões de toneladas oriundas de Mato Grosso. Segundo o relatório de Safra da Abrapa, divulgado em fevereiro, a área plantada com algodão no Brasil deve atingir 2,21 milhões de hectares, um crescimento de 6,6% em relação à safra anterior.
Em Mato Grosso, o plantio segue em andamento, mas está atrasado em relação à média histórica devido ao alto volume de chuvas em janeiro, que impactou a retirada da soja e o início da segunda safra de algodão.
Incentivo do Estado
Criado na década de 1990, o Programa de Apoio à Cultura do Algodão (Proalmat) foi um dos principais responsáveis por transformar Mato Grosso no maior produtor da fibra do país. Com incentivos fiscais, como redução do ICMS e crédito presumido de 65% na comercialização interestadual, o programa tem garantido competitividade ao setor, atraindo consumidores dentro e fora do Brasil.
Conforme o relatório divulgado no final de 2024 pela Sedec sobre os resultados do ano anterior, o programa contabilizou 2.285 produtores credenciados, sendo 1.800 beneficiários ativos.
O impacto econômico também se refletiu na geração de empregos, com 34.800 postos de trabalho diretos, um crescimento de 35,7% em relação a 2022. Além disso, os investimentos no setor chegaram a R$ 5,29 bilhões, e o faturamento com as vendas internas e interestaduais atingiu R$ 12,13 bilhões, um aumento de 6,09% em relação ao ano anterior. A arrecadação para o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) também cresceu expressivamente, somando R$ 231,99 milhões, um avanço de 64,31%.
O secretário César Miranda, titular da Sedec, destacou que a certificação do algodão mato-grossense e os incentivos estaduais colocam o Estado em evidência no cenário global do agronegócio.
“Além de garantir um produto reconhecido internacionalmente pela qualidade e sustentabilidade, Mato Grosso fortalece sua posição nas missões internacionais promovidas pelo governo para expandir mercados e atrair investimentos para a agroindústria mato-grossense. Com inovação, incentivo público e compromisso com boas práticas, Mato Grosso segue como referência na produção de algodão sustentável, unindo crescimento econômico e preservação ambiental para o futuro do setor”.
Débora Siqueira | Assessoria/Sedec
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Cultivo de flores em rodovia traz de volta polinizadores e é bom para o agro

Imagem: Getty Images
O Programa de Flores Silvestres da Carolina do Norte, criado há 40 anos, surgiu da iniciativa de equipes rodoviárias embelezarem as estradas do estado com espécies nativas. Atualmente, a iniciativa é uma parceria entre o Departamento de Transportes da Carolina do Norte (NCDOT) e o Garden Club estadual, promovendo benefícios ambientais e agrícolas ao criar habitats para polinizadores.
Cada uma das 14 divisões rodoviárias do estado possui equipes ambientais responsáveis pela instalação e manutenção dos canteiros. Ao longo do ano, imagens das flores são submetidas em competições regionais e estaduais, avaliadas por juízes do Garden Club com base na cor, variedade, densidade e organização dos canteiros.
Flores e polinizadores essenciais
Além de tornar as estradas mais atraentes, os canteiros de flores silvestres proporcionam habitats para polinizadores como abelhas, borboletas e mariposas, essenciais para a indústria agrícola estadual, avaliada em US$ 111 bilhões. Cientistas estimam que um terço dos alimentos consumidos depende desses animais, tornando sua preservação crucial para a produção agrícola.
Financiamento e expansão do programa
O programa é financiado por recursos provenientes de placas de veículos personalizadas e doações privadas, incluindo do Garden Club estadual. As equipes rodoviárias garantem floradas contínuas ao longo do ano, adaptando-se às condições climáticas e do solo para maximizar os benefícios ambientais.
O impacto do modelo do Texas
Inspirado na abordagem do Texas, a Carolina do Norte diferencia-se pelo cultivo manual e pela atenção ao design dos canteiros. Em vez de simplesmente espalhar sementes, os funcionários do NCDOT planejam, plantam e mantêm cada área de forma cuidadosa, garantindo beleza sazonal e apoio aos polinizadores.
Premiação e reconhecimento
Os prêmios do William D. Johnson Daylily de flores silvestres do NCDOT são concedidos anualmente, reconhecendo o trabalho das equipes rodoviárias na criação dos canteiros mais impressionantes. O programa, altamente competitivo dentro do NCDOT, inspira funcionários a aprimorar suas técnicas, superando desafios ambientais para garantir exibições florais de destaque.
(Com Forbes Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Cotações Agropecuárias: Preços do soja seguem enfraquecidos no Brasil

Imagem: Freepik
Os preços da soja seguem enfraquecidos no spot brasileiro, conforme apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, a produtividade da oleaginosa da atual safra está satisfatória, o que mantém elevada a oferta doméstica – e projeções indicam crescimento de área na próxima temporada.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a trégua comercial entre os Estados Unidos e a China pode limitar o aumento dos embarques brasileiros de soja – o governo norte-americano reduziu as tarifas de importações da China, de 145% para 30%; o país asiático, por sua vez, baixou as tarifas sobre os produtos norte-americanos de 125% para 10%.
Relatório divulgado no último dia 12 pelo USDA mostra que a produção mundial de soja deve bater um novo recorde na safra 2025/26, para 426,82 milhões de toneladas.
No Brasil, as 175 milhões de toneladas estimadas também correspondem a uma nova marca histórica.
Estimativas indicando produção de milho elevada no Brasil e no mundo mantêm pressionados os valores internos do cereal, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) operando no menor patamar nominal desde janeiro, de acordo com levantamentos do Cepea.
No Brasil, as boas condições climáticas na maior parte das regiões produtoras de segunda safra sustentam a expectativa de boa produtividade, enquanto nos Estados Unidos a semeadura em bom ritmo e o clima favorável também melhoram as perspectivas sobre a produção, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Nesse contexto, segundo o Centro de Pesquisas, parte dos consumidores brasileiros prefere se afastar do mercado e aguardar novas desvalorizações para recompor os estoques. Já vendedores tentam negociar lotes remanescentes da temporada 2023/24 e da atual safra verão 2024/25.
PARANAVAÍ
Milho – R$ 53
Soja – R$ 115
Trigo – R$ 80
Boi – R$ 300
Suíno – \\\
PATO BRANCO
Milho – R$ 59
Soja – R$ 119
Trigo – R$ 80
Boi – R$ 320
Suíno – R$ 8
CASCAVEL
Milho – R$ 53
Soja – R$ 115
Trigo – R$ 80
Boi – R$ 300
Suíno – \\\
Confira a cotação completa AQUI.
(Com Cepea)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Abate de gado em Mato Grosso aumenta 6,2%

Divulgação
Mato Grosso atingiu o segundo maior volume de animais abatidos em abril. O total de bovinos enviados para abate nos frigoríficos foi o segundo maior volume já registrado para o mês na série histórica, com acréscimo de 6,29% em relação a março. O abate de fêmeas representou 56,81% do total, somando 330,36 mil cabeças, aumento de 10,07% em relação ao mês anterior.
No entanto, no comparativo anual, a participação das fêmeas segue em queda pelo terceiro mês consecutivo, reflexo da decisão dos produtores de reter matrizes nas propriedades visando ao período de monta.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informa ainda que, a “curto prazo, a expectativa é que os volumes de abate se mantenham firmes devido ao ajuste de lotação nas fazendas. Contudo, com a chegada da seca e a consequente piora na qualidade das pastagens, a tendência é que o volume total, especialmente a participação de fêmeas, apresente recuo nos próximos meses”.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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