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Corpo de Bombeiros implementa novas medidas para aprimorar atendimento às mulheres vítimas de violência

CBMMT
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) implementou duas novas medidas para fortalecer a prevenção e o combate à violência contra a mulher, tanto dentro quanto fora da corporação. As iniciativas visam aprimorar o atendimento às vítimas, oferecendo maior suporte, além de promover um ambiente mais seguro e respeitoso para as mulheres.
Essas ações reforçam o compromisso da corporação não apenas com a qualidade dos atendimentos prestados à sociedade, mas também com a valorização e proteção das mulheres dentro da própria corporação, especialmente neste mês, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher.
A primeira medida consiste na criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP), que orienta os bombeiros militares sobre o atendimento às mulheres vítimas de violência, com foco em um serviço mais humanizado e sensível às necessidades dessas vítimas.
A segunda medida é o Protocolo de Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher, que deverá ser aplicado em todos os processos disciplinares que envolvam bombeiras militares, assegurando que casos de violência institucional sejam tratados com rigor.
De acordo com o comandante-geral do CBMMT, coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, o POP é resultado de um planejamento que visa trazer um olhar diferente, pautado pelo respeito e pela sensibilidade, para as vítimas de violência.
Além disso, são fundamentais para evitar a revitimização e garantir a integridade física e psicológica da vítima, da equipe profissional e de terceiros, desde a chegada dos bombeiros militares no local de ocorrência até o encaminhamento a uma unidade de saúde. O POP foi elaborado por uma equipe formada exclusivamente por bombeiras militares.
“Percebemos que precisávamos participar de algumas ações do Estado, especialmente as conduzidas pela primeira-dama Virginia Mendes. Era necessário um olhar diferente. Entendemos que o bombeiro militar tem um papel fundamental, pois já existe uma forma de orientar essa mulher quando ela é vítima, para que realmente siga um caminho de acolhimento. Foi a partir disso que nasceu a intenção de definir um procedimento operacional para realizar esse primeiro atendimento de forma adequada”, disse o coronel.
Sobre o Protocolo de Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher, o coronel explicou que se trata de uma medida que visa ampliar a política institucional de enfrentamento à violência dentro da corporação. O protocolo busca adotar políticas concretas para tornar o ambiente de trabalho seguro e livre de qualquer tipo de violência ou discriminação contra as mulheres.
“Trata-se de um protocolo de atendimento interno, pois, assim como em outras instituições, é necessário um olhar diferenciado. Em 2001, tivemos a primeira entrada oficiais femininas na instituição. Somos uma corporação de 60 anos e reconhecemos que há uma dívida histórica das instituições militares para com as mulheres. Estamos vendo que há problemas que exigem intervenções em todos os setores. Precisamos de um olhar diferente, de um acolhimento diferente e, principalmente, garantir segurança para aquelas que fazem uma denúncia, assegurando que elas terão o devido acolhimento”, afirmou.
O Protocolo de Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher faz parte da política institucional por meio da atuação da Corregedoria Geral, Ouvidoria Setorial e do Comitê de Gestão de Políticas Públicas para as Mulheres da corporação. O documento estabelece procedimentos desde o recebimento da denúncia e seu processamento inicial até o registro das informações e, caso necessário, o encaminhamento para exames e atendimento médico em casos de violência física.
A corregedora-geral da corporação, coronel BM Luciana Bragança, afirmou que o protocolo é uma medida crucial na rede de enfrentamento à violência, garantindo que sejam adotadas ações firmes para responsabilizar e punir os envolvidos em transgressões. A intenção é que todas as 116 mulheres bombeiras da corporação possam compreender que têm à disposição um caminho seguro e eficaz para buscar apoio e justiça, sem receio de retaliações, fortalecendo o ambiente de confiança e proteção dentro da instituição.
“A Corregedoria e a Ouvidoria estão trabalhando juntas para transmitir às nossas mulheres que elas podem, sim, se sentir seguras. Elas têm agora um caminho de segurança para o bem-estar delas, para a segurança delas. Vamos divulgar essas medidas e esperamos fortalecer a confiança que é necessária para o nosso efetivo feminino”, concluiu.
Confira o POP de atendimento às mulheres vítimas de violência
Destaque
Cabanha Santa Edwiges coloca à venda 50 anos de seleção da Raça Crioula

Foto: Divulgação
Localizada no município de São Lourenço do Sul (RS), quase às margens da Lagoa dos Patos, a Cabanha Santa Edwiges realiza no próximo dia 15 de março um leilão de 68 lotes de animais da raça Crioula. Estarão à venda 50 anos de seleção. Ao longo de sua história, a Cabanha conquistou vários prêmios cobiçados da raça, entre eles 17 Freios, sendo 10 de Ouro, três de Prata, três de Bronze e um Freio de Ouro Internacional.
O diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, que será o responsável pela batida do martelo no leilão, afirma que a expectativa é muito positiva. “Não tem nenhuma cabanha que tenha ganho tantos Freios assim, além de vencer também inúmeros prêmios morfológicos”, pontua. Conforme Silva, o mercado que está desejoso por ofertas diferenciadas vai saber avaliar muito bem esse material.
A previsão é de que o leilão de liquidação da Cabanha Santa Edwiges alcance uma liquidez absoluta e um resultado muito bom em termos de preços totais e de médias. “Teremos, pelo menos, 20 lotes de grande destaque que podem fazer parte de qualquer manada Crioula no Brasil”, salienta Silva.
O leilão virtual poderá ser acompanhado pela Trajano Web e Lance Rural, no sábado, dia 15, a partir das 15h30min.
Texto: Rejane Costa/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Tecpar vai participar de conferência internacional sobre febre aftosa em Curitiba

crédito: Gilson Abreu/Arquivo AEN
Prestes a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil foi escolhido para sediar a conferência internacional “Prevenção da febre aftosa: salvaguardando a pecuária, meios de subsistência e economias”, que ocorrerá em Curitiba, nos dias 18 e 19 de março. O Paraná já tem esse “selo” desde 2021.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), referência na área de saúde animal, é parceiro do evento, organizado pelo TAFS Forum, organização suíça sem fins lucrativos que atua no campo da saúde animal e segurança alimentar.
Na ocasião, são esperadas autoridades brasileiras, como o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, representantes do Governo do Paraná, secretários estaduais de todo o País, e representantes de governos, empresas e instituições governamentais da América Latina.
O Tecpar, único fornecedor da vacina antirrábica veterinária ao Ministério da Saúde e que hoje constrói o novo Laboratório de Pesquisa e Produção de Insumos para Diagnósticos Veterinários, para produzir insumos para o diagnóstico da brucelose, tuberculose e leucose bovina, deve anunciar uma nova frente de atuação veterinária durante o evento, com ações para o controle da febre aftosa.
De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, a febre aftosa continua sendo um desafio significativo para a saúde animal com consequências globais de longo alcance e o evento é uma oportunidade de debater impactos da doença.
“A América do Sul tem um histórico notável de esforços dedicados ao controle da doença, que levaram à sua erradicação, por meio da vacinação, na maioria dos países do continente. A cessação da vacinação preventiva marca uma mudança significativa nas estratégias tradicionais de controle da febre aftosa na região, trazendo novos desafios e riscos”, observa.
CONQUISTA – O Paraná vai completar quatro anos em 2025 com o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. A conquista é fruto de mais de 50 anos de trabalho e parceria entre iniciativa privada, entidades representativas do agronegócio e governo estadual. A campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela de atualização de rebanhos. O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.
O diretor executivo do TAFS Forum, Patrik Buholzer, salienta que o foco do evento será a preparação de emergências relacionadas com o controle da febre aftosa, com ênfase em estratégias de prevenção e mitigação de riscos. “Neste evento, os principais atores dos setores público e privado envolvidos em saúde animal e agropecuária, bem como especialistas acadêmicos, são convidados a discutir os últimos desenvolvimentos e desafios relacionados com febre aftosa e a compartilhar suas ideias sobre o controle da doença na América do Sul”, explica Buholzer.
A conferência “Prevenção da febre aftosa: salvaguardando a pecuária, meios de subsistência e economias” será realizada nos dias 18 e 19 de março na sede do Sebrae-PR (Rua Cyro Vellozo, 59 – Prado Velho).
FEBRE AFTOSA – A febre aftosa é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, com impacto econômico significativo, acometendo principalmente os animais de produção como bovinos, suínos, caprinos, ovinos e outros animais, em especial os de cascos bipartidos (cascos fendidos). A doença é raramente fatal em animais adultos, mas pode causar mortalidade entre os animais jovens.
Tecpar Assessoria de Comunicação
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Itaipu quer comprar terras para índios em mais um capítulo dos conflitos fundiários

Divulgação
O oeste do Paraná tem sido palco de intensos conflitos fundiários envolvendo comunidades indígenas, especialmente os Avá-Guarani, e produtores rurais. Essas tensões, que se arrastam há décadas, têm origem em disputas territoriais e reivindicações históricas por terras tradicionais.
A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, na década de 1980, teve um impacto significativo nas terras ocupadas pelos Avá-Guarani. Muitos territórios indígenas foram alagados, levando ao deslocamento de comunidades e à perda de áreas tradicionais de subsistência. Desde então, os Avá-Guarani têm buscado a recuperação de suas terras ancestrais, resultando em retomadas e ocupações em regiões como Guaíra e Terra Roxa.
Nos últimos anos, a violência na região aumentou consideravelmente. Em dezembro de 2023, às vésperas do Natal, comunidades Avá-Guarani sofreram ataques com armas de fogo, resultando em feridos e relatos de atuação de milícias armadas.
Em janeiro de 2025, novos ataques foram registrados na aldeia Yvy Okaju, localizada na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, deixando duas crianças e dois jovens feridos. Em resposta à escalada dos conflitos, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reforçou sua presença na região em agosto de 2024, enviando equipes para acompanhar de perto a situação e buscar soluções pacíficas. Além disso, o governo estadual cobrou celeridade do governo federal para resolver as invasões de terras no oeste do Paraná, buscando garantir a segurança e os direitos de todas as partes envolvidas.
As invasões e os conflitos têm causado insegurança jurídica e econômica para produtores rurais e comunidades indígenas. Levantamentos indicam que as invasões de terras no oeste do Paraná já comprometem uma parcela significativa das áreas agricultáveis em municípios como Terra Roxa e Guaíra, afetando diretamente a produção agropecuária e a subsistência das famílias locais.
NOVO CAPÍTULO – Na semana passada o Sistema FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), junto com Senar e Sindicato Rural denunciaram o desenrolar de mais um capitulo desta novela: um acordo da Itaipu para a compra de terras destinadas a comunidades indígenas.A entidade manifestou repúdio ao acordo alegando que a decisão foi tomada sem a participação dos representantes do setor agropecuário e dos produtores rurais da região. Em nota oficial, o Sistema FAEP classificou o acordo como arbitrário e anunciou que buscará, por meios legais, a impugnação da decisão. Além disso, pretende acionar a bancada paranaense no Congresso Nacional e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para defender os interesses dos agricultores e pecuaristas locais.
A principal crítica da entidade refere-se ao processo de escolha das áreas, conduzido pela Fundação Nacional do Índio (Funai), e à avaliação dos imóveis, realizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que teriam ocorrido sem a participação dos produtores rurais. O Sistema FAEP destaca que muitos desses produtores não demonstraram interesse em vender suas terras, o que poderia configurar uma desapropriação indevida, especialmente considerando o mercado de terras no Paraná.
O contexto desse desacordo está relacionado à tese do marco temporal, uma interpretação jurídica que estabelece que os povos indígenas têm direito à demarcação de terras que estavam sob sua posse ou disputa na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Essa tese tem gerado debates acalorados entre setores do agronegócio e comunidades indígenas.
O Sistema FAEP e os sindicatos rurais do oeste do Paraná têm defendido a segurança jurídica baseada no marco temporal e ressaltam que a solução para conflitos fundiários não está na compra de terras por entidades públicas, mas no cumprimento rigoroso das leis vigentes.
Por outro lado, organizações indígenas e entidades de defesa dos direitos humanos consideram a tese do marco temporal uma violação aos direitos dos povos originários, argumentando que desconsidera processos históricos de expulsão e migração forçada dessas comunidades.
A controvérsia em torno da compra de terras pela Itaipu e a aplicação do marco temporal reflete a complexidade dos debates sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil, envolvendo aspectos jurídicos, sociais e econômicos que afetam diversas partes interessadas.
A complexidade dos conflitos fundiários no oeste do Paraná exige uma abordagem integrada e dialogada entre governo, comunidades indígenas e produtores rurais. A busca por soluções pacíficas e justas é essencial para garantir a segurança, os direitos territoriais e a convivência harmoniosa na região.
VEJA NA ÍNTEGRA A NOTA DA FAEP:
O Sistema FAEP considera arbitrário o acordo aprovado pelo Conselho de Administração da Itaipu para a compra de terras destinadas a comunidades indígenas, sem a participação dos representantes do setor agropecuário e dos produtores rurais do Oeste. Diante disso, a entidade buscará, por meios legais, a impugnação do acordo e acionará a bancada do Paraná no Congresso Nacional, além da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), para defender os agricultores e pecuaristas da região.
A escolha das áreas, realizada pela Funai, e a avaliação dos imóveis, atribuída ao Incra, ocorreram sem a participação dos produtores – que, em sua maioria, não demonstram interesse em vender suas terras. Essa situação pode configurar desapropriação indevida, agravada pelo fato de que o mercado de terras se tornou um investimento rentável no Paraná.
Há anos, o Sistema FAEP e os sindicatos rurais do Oeste lutam por segurança jurídica, conforme o Marco Temporal – que limita as demarcações de terras indígenas à data da promulgação da Constituição Federal (5 de outubro de 1988) – e a recente Lei 14.701 fortalece esse compromisso. Enquanto invasões de terras continuam a gerar insegurança jurídica e prejuízos para o Paraná, reafirmamos que a solução não é a compra de terras por entidades públicas, mas o cumprimento rigoroso das leis.
Ágide Eduardo Meneguette
Presidente interino do Sistema FAEP
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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