Agricultura
Agrodefesa redobra vigilância para evitar a entrada da praga Amaranthus palmeri em Goiás

Divulgação
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensificou suas ações de fiscalização e educação sanitária com o objetivo de prevenir a entrada da praga quarentenária Amaranthus palmeri, conhecida popularmente como caruru-palmeri ou caruru-gigante, no estado de Goiás. A medida foi adotada após a detecção da praga em Guiratinga, município de Mato Grosso, próximo à divisa com Goiás, conforme anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no dia 7 de março.
A Amaranthus palmeri é uma planta daninha extremamente agressiva, capaz de causar danos significativos à produção agrícola. Sua resistência aos herbicidas convencionais e seu rápido desenvolvimento — podendo atingir até dois metros de altura — a tornam uma ameaça constante às lavouras. Estudos demonstram que, em competição com culturas como milho, soja e algodão, a praga pode reduzir a produtividade em até 91%, 79% e 77%, respectivamente.
Apesar de não haver registros da praga em Goiás, a Agrodefesa tem redobrado a atenção, principalmente em relação ao trânsito de máquinas e implementos agrícolas provenientes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estados já afetados pela presença da planta. Desde 2015, quando a praga foi detectada em Mato Grosso, a agência realiza inspeções fitossanitárias em áreas cultivadas com culturas de grande importância econômica, como soja, milho, feijão e algodão.
Fiscalização e higienização de máquinas
De acordo com Daniela Rézio, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, a vigilância focada no trânsito de máquinas agrícolas tem se intensificado, especialmente no que diz respeito à higienização dos equipamentos. “Tratores, colheitadeiras e outros implementos agrícolas que circulam sem a devida limpeza, ou que transportam restos de solo ou resíduos vegetais, podem ser uma das principais formas de disseminação da praga”, explica.
Régio reforça ainda a responsabilidade dos produtores em manter a limpeza adequada dos maquinários, tanto os que chegam ao estado quanto aqueles que circulam entre propriedades dentro de Goiás. A ação preventiva pode ser determinante para impedir a entrada de pragas quarentenárias, que representam riscos econômicos para a agricultura local.
Origem e disseminação da praga
Estudos sobre a introdução da Amaranthus palmeri no Brasil indicam que ela foi trazida pelo empréstimo de maquinários de outros países, como a Argentina, que também enfrenta problemas com a praga, assim como os Estados Unidos. A gerente alerta: “Os produtores precisam se atentar à higienização dos seus maquinários, especialmente ao transitar de uma área para outra, e devem comunicar à Agrodefesa caso suspeitem da presença da planta, uma vez que as sementes se disseminam com facilidade.”
A Amaranthus palmeri se propaga principalmente por suas sementes, que são produzidas em grande quantidade. Em fase de floração, uma única planta pode gerar de 100 mil a 1 milhão de sementes, facilitando sua dispersão. Nos estados afetados, recomenda-se que as plantas em estágio de floração sejam retiradas e incineradas para evitar a propagação. Já as plantas que não estão florescendo devem ser removidas e descartadas adequadamente.
Vigilância constante
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, destaca a importância do trabalho contínuo de vigilância no estado para garantir a sanidade vegetal e proteger a agricultura goiana. “Nossa equipe de engenheiros agrônomos monitora ativamente os riscos que podem impactar as lavouras, realizando inspeções, fiscalizações e ações educativas para fortalecer a defesa agropecuária em Goiás”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Após três meses de baixa, produção industrial fica estável em janeiro

A produção industrial brasileira apresentou variação nula na passagem de dezembro para janeiro, ou seja, não teve crescimento nem queda. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor teve alta de 1,4%, a oitava expansão seguida nesse tipo de comparação. No acumulado de 12 meses, houve expansão de 2,9%.
O resultado de janeiro deixa a indústria brasileira 1,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. No entanto, a produção industrial brasileira está 15,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em maio de 2011.
O índice de difusão mostra que 68,9% dos 789 produtos pesquisados apresentaram alta na produção na passagem de dezembro para janeiro.
A variação nula de janeiro interrompeu três meses de queda, quando a produção encolheu 1,2%, conforme os dados abaixo:
- Outubro: -0,2%
- Novembro: – 0,7%
- Dezembro: -0,3%
- Janeiro: 0%
A última vez em que a produção industrial ficou quatro meses sem crescimento foi em 2015, de setembro a dezembro, acumulando 5,6% de recuo.
Produção industrial por setor
Apesar da variação nula, o gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta como positiva a interrupção do movimento de queda e o maior espalhamento dos resultados positivos.
Macedo se refere ao fato de que três das quatro grandes categorias econômicas mostraram avanço na produção:
- Bens de capital (máquinas e equipamentos): 1,5%
- Bens intermediários (utilizados para fabricar outros bens ou serviços): -1,4%
- Bens de consumo duráveis: 4,4%
- Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 3,1%
Além disso, 18 dos 25 ramos pesquisados ficaram no terreno de expansão. Entre os destaques, as principais contribuições positivas foram:
- Máquinas e equipamentos (6,9%)
- Veículos automotores, reboques e carrocerias (3%)
- Produtos de borracha e de material plástico (3,7%)
- Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%)
- Farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%)
- Produtos diversos (10%)
- Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%)
- Móveis (6,8%)
- Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5%)
- Alimentícios (0,4%)
De acordo com André Macedo, a produção industrial vêm de comportamento negativo no final de 2024, influenciadas, em grande medida, por férias coletivas neste período.
“Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por causa da volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024”, explica.
Indústrias extrativas
Seis segmentos industriais apresentaram queda. Nesse universo, se destaca a atividade de indústrias extrativas (-2,4%), que exerceu o principal impacto em janeiro e interrompeu dois meses seguidos de crescimento na produção.
O gerente do IBGE aponta que a atividade de indústrias extrativas foi influenciada pelo comportamento de seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro.
“Outro ponto importante, que deve ser considerado para explicarmos a queda deste mês, é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, afirma.
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Agricultura
Carne suína: exportações batem recorde em fevereiro com 114 mil toneladas

As exportações brasileiras de carne suína atingiram um novo recorde para o mês de fevereiro, totalizando 114,4 mil toneladas embarcadas. O volume representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 97,8 mil toneladas. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
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Em receita, o crescimento foi ainda mais expressivo, com um avanço de 32,6%. O faturamento do setor em fevereiro alcançou US$ 272,9 milhões, contra US$ 205,7 milhões registrados no mesmo mês de 2024.
No acumulado do primeiro bimestre, os embarques de carne suína totalizaram 220,4 mil toneladas, um avanço de 11,6% em relação às 197,5 mil toneladas exportadas nos dois primeiros meses do ano passado. No mesmo período, a receita cresceu 26,2%, somando US$ 510,9 milhões.
Filipinas lideram compras de carne suína; México ganha destaque
As Filipinas foram o principal destino da carne suína brasileira em fevereiro, com 23 mil toneladas importadas, um crescimento de 72% na comparação anual. Na sequência, aparecem:
- China – 19,4 mil toneladas (-26,2%)
- Hong Kong – 13,4 mil toneladas (+49,8%)
- Japão – 9 mil toneladas (+61,8%)
- Chile – 8,3 mil toneladas (-0,2%)
- Singapura – 6,5 mil toneladas (+3,6%)
- Argentina – 4,8 mil toneladas (+313,1%)
- Uruguai – 3,6 mil toneladas (+13,1%)
- Costa do Marfim – 3,1 mil toneladas (+58,4%)
- Vietnã – 3 mil toneladas (+64,8%)
O México também ganhou relevância no mercado, com mais de 2 mil toneladas embarcadas. Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o crescimento se deve à renovação do programa de segurança alimentar mexicano.
“Além dos bons indicadores de demanda das Filipinas, Japão e outras nações da Ásia, África e Américas, projetamos resultados positivos para este ano”, avaliou Santin.
Santa Catarina lidera exportações
Santa Catarina manteve sua posição como o principal estado exportador de carne suína do Brasil, com 61,8 mil toneladas embarcadas em fevereiro (+14,2%). Em seguida, aparecem:
- Rio Grande do Sul – 23,9 mil toneladas (+13,8%)
- Paraná – 17,9 mil toneladas (+48,1%)
- Minas Gerais – 2,3 mil toneladas (+43,9%)
- Mato Grosso – 2,8 mil toneladas (+21%)
O Brasil se consolida como o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo. Ricardo Santin reforçou que a suinocultura nacional é uma parceira estratégica da indústria na segurança alimentar global.
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Agricultura
Associações e Corpo de Bombeiros discutem regularização de propriedades rurais

A regularização de propriedades rurais foi tema de discussão entre o 17º Batalhão de Bombeiros Militar e as entidades, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A reunião aconteceu em Barreiras, no Oeste da Bahia, na tarde desta segunda-feira (10), com o Comandante dos bombeiros, tenente-coronel BM Cedraz, reuniu-se em Barreiras com representantes das associações de produtores rurais.
A reunião, que contou com a presença de bombeiros da Seção de Segurança Contra Incêndio da unidade, teve como foco o alerta e necessidade da regularização das propriedades rurais de produtores de algodão, agricultores e irrigantes do Oeste do estado junto ao corpo de bombeiros.
Diante das fiscalizações contínuas realizadas pelo 17º BBM, as fazendas serão as próximas edificações a serem verificadas para garantir o cumprimento das normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
Durante o encontro, os bombeiros reforçaram a importância da adequação às legislações vigentes e se colocaram à disposição para esclarecer dúvidas e oferecer orientações.
Foram abordadas normas como a Lei Federal nº 13.425/2017, a Lei Estadual nº 12.929/2013 e o Decreto Estadual nº 16.302/2015, que regulamentam as exigências de segurança em edificações e áreas de risco.
Além disso, os participantes discutiram a obtenção do Atestado de Conformidade de Projeto (ACP) e do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento essencial para a regularização das propriedades.
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