Agricultura
Capacitação on-line em Secagem e Armazenamento de Grãos tem inscrições abertas

Reprodução
O Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem (Centreinar) está com inscrições abertas para o curso on-line de Secagem e Armazenamento de Grãos, que será realizado entre os dias 24 e 28 de março. Com um total de 20 horas de carga horária, as aulas serão ministradas ao vivo pela plataforma Google Meet, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h.
Voltado a profissionais do setor, o curso não exige pré-requisitos e abordará temas essenciais, como propriedades físicas dos grãos, psicrometria e higroscopia aplicada, princípios de movimentação de ar e secagem, sistemas de aquecimento do ar para secagem, além da configuração e manejo de sistemas de aeração, entre outros.
Os interessados podem se inscrever diretamente pelo site do Centreinar, onde também estão disponíveis mais informações sobre o programa.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Modelo pioneiro de “Plano Safra estadual” é apresentado

Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN
A iniciativa pioneira do Paraná de criar um “Plano Safra estadual” para potencializar o agronegócio vai servir de modelo para o restante do Brasil. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Fomento Paraná apresentaram nesta terça-feira (06), de forma online, as bases do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Paraná FIDC) a representantes do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) para que a estrutura possa ser replicada no restante do País.
Anunciado em dezembro, o Paraná FIDC vai oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural e agroindustrial. A ideia é promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná. Para isso, o Estado vai aportar R$ 350 milhões para financiar essas iniciativas e espera gerar R$ 2 bilhões em negócios no campo.
Um dos pontos destacados na apresentação feita ao Comsefaz foi justamente a diferença da iniciativa paranaense em relação àquilo que o Plano Safra já oferece. Enquanto o programa federal concentra a maior parte dos recursos para o custeio e comercialização da produção, o foco do Paraná FIDC estará na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas.
O fundo deve contribuir ainda na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas.
Como explica o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, um dos objetivos do fundo é justamente promover a industrialização e modernização do campo. “Queremos incentivar o processamento e a agregação de valor de tudo o que sai da roça. Para isso, é importante motivar investimentos locais e atrair investidores de fora para que façam aqui plantas, novas integrações, novas cooperativas fortalecidas”, disse. “Assim, o crédito será oferecido para financiar essa expansão agroindustrial, a modernização de plantas, a instalação de novas indústrias que produzam alimentos no Paraná”.
Outra característica única do Paraná FIDC é que as empresas que aplicarem recursos no fundo poderão contar com a devolução de créditos do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) homologados via Siscred em 24 parcelas. Com isso, a expectativa é atrair mais empresas que queiram investir na agroindústria paranaense.
“É um avanço importante e o Brasil inteiro está de olho nisso – o que é bom. Tem muita gente interessada querendo saber como é que nós inventamos essa nova forma de financiar a atividade agroindustrial e estamos aqui para exportar essas boas ideias. Queremos levar para o restante do Brasil o jeito de fazer do Paraná”, destaca o secretário.
ENTUSIASMO DO MERCADO – Ainda na apresentação aos representantes do Comsefaz, o diretor-presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile, reforçou o entusiasmo com que o mercado aguarda o lançamento do Paraná FIDC, o que demonstra o quanto a iniciativa já nasce bem-sucedida. “O mercado está sedento por esse tipo de produto”, apontou.
Segundo ele, todo esse interesse pelo fundo de investimento é algo que permite ao Paraná prospectar um crescimento não apenas na produção agroindustrial, mas também na economia e na própria qualidade de vida dos paranaenses.
“É importante destacar que todo o investimento fica no estado. Então ele fomenta a receita, emprego, tributo. É um ambiente que fortalece o agro, mas toda a cadeia é beneficiada para que a Secretaria da Fazenda, por exemplo, possa injetar recursos em outras áreas”, acrescentou Stabile. “Todo o estado ganha com isso”.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Nova cultivar de uva branca reduz em 50% o custo de mão de obra

Foto: João Dimas Garcia Maia
A Embrapa lança no mercado a BRS 54 Lumiar, uma nova cultivar de uva branca sem semente, capaz de reduzir em 50% os custos com mão de obra no manejo do cacho, que representa em torno de 40% do custo total da mão de obra, no Semiárido brasileiro.
A inovação busca resolver os principais gargalos da produção de uvas de mesa, que são: a alta demanda de mão de obra para realizar o manejo de cachos e as poucas opções de cultivares brancas sem sementes.
Com isso, oferece potencial para impulsionar o segmento no País. Além da economia no campo, a Lumiar se destaca pelo conjunto de qualidades sensoriais: bagas grandes e elípticas, textura crocante e macia, alto teor de açúcares, ausência de adstringência na película e acidez equilibrada ao final da maturação. Mais informações técnicas estão disponíveis na publicação.
A nova cultivar é mais um resultado do portfólio de uvas de mesa sem sementes do programa de melhoramento genético “Uvas do Brasil” coordenado pela Embrapa, para cultivo na região do Vale do Submédio São Francisco (VSF).
Segundo João Dimas Garcia Maia, um dos pesquisadores da Embrapa responsável pelo desenvolvimento da nova cultivar, a BRS 54 Lumiar atende a uma demanda histórica do semiárido por uma cultivar branca sem sementes. Ele destaca que a operação de raleio, para descompactar os cachos (técnica de retirar frutos em excesso), melhora o aspecto visual e a qualidade.
No geral, as cultivares estrangeiras de uvas sem sementes demandam, no mínimo, 50% a mais de mão de obra para a realização dessa prática. Além disso, geram outros custos para os produtores, que precisam arcar com royalties a cada quilo de fruta vendida. No caso das cultivares nacionais desenvolvidas pela Embrapa, é necessário pagar apenas pelas mudas, sem a cobrança dessas taxas.
Diferenciais da nova cultivar
De acordo com Dimas, além de atender às exigências do mercado consumidor, que está cada vez mais exigente na escolha das frutas, uma nova cultivar de uva de mesa deve apresentar outras características determinantes. Entre as principais, destacam-se produtividade, tolerância ou resistência a doenças, presença de novos sabores e redução da necessidade de mão de obra para o manejo dos cachos.
Desconsiderando a pós-colheita, em geral, o custo da mão de obra na produção de uvas de mesa para as cultivares tradicionais corresponde a cerca de 35% do custo total. “Nesse cálculo, consideramos etapas como poda, raleio de cachos, aplicação de defensivos e colheita”, afirmam os pesquisadores José Fernando Protas e Joelsio Lazzarotto, da área de socioeconomia da Embrapa.
Para o produtor e consultor Newton Matsumoto (foto à esquerda), referência na viticultura do Vale do São Francisco e um dos 12 validadores da BRS 54 Lumiar no Semiárido, “além da economia com royalties e do custo de produção mais baixo, a cultivar entrega produtividade, sabor e aparência. É uma uva com grande potencial de mercado, que deve agradar tanto produtores quanto consumidores”, avalia.
A BRS Lumiar também foi avaliada em outras regiões produtivas, como a Serra Gaúcha, sua recomendação de cultivo até o momento é para o submédio do São Francisco, como explica Dimas.
(Com Embrapa)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Índia aprova primeiras variedades de arroz com genoma editado e abre caminho para agricultura mais sustentável

Divulgação
Desenvolvidas com a técnica CRISPR-Cas9, as novas cultivares não possuem DNA estranho, diferindo dos organismos geneticamente modificados (OGMs), e oferecem maior resistência a estresses ambientais e maior produtividade. A iniciativa marca o início de uma nova era para a agricultura indiana, focada em sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas.
Primeiras variedades aprovadas com edição genômica
As variedades de arroz aprovadas são o Pusa DST1 e o DRR Dhan 100, desenvolvidas por instituições de referência na Índia: o Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola (IARI) e o Instituto Indiano de Pesquisa do Arroz (IIRR), ambos vinculados ao Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola (ICAR).
O anúncio oficial foi feito pelo ministro da Agricultura, Shivraj Singh Chouhan, que destacou o potencial dessas variedades para transformar a produção de arroz no país.
Avanço histórico para a ciência e os agricultores
O diretor-geral do ICAR, Mangi Lal Jat, classificou a aprovação como um marco para a agricultura indiana. Ele destacou que novas variedades geneticamente editadas devem ser lançadas nos próximos anos, como parte de um esforço de modernização agrícola frente às mudanças climáticas.
Segundo ele, métodos agrícolas tradicionais não serão suficientes para enfrentar as novas realidades climáticas e, por isso, é necessário incorporar tecnologias inovadoras ao campo.
Pesquisas em edição genômica já estão em andamento para mais de 10 culturas no país, incluindo leguminosas, oleaginosas, trigo, tabaco, algodão, banana, tomate e chá.
Precisão genética para superar estresses ambientais
O arroz Pusa DST1, desenvolvido pelo IARI, foi projetado para resistir melhor à seca e à salinidade. Os cientistas desativaram um gene que suprime a resistência ao estresse, resultando em uma planta com menor uso de água, maior perfilhamento, maior rendimento de grãos e maior tolerância ao sal. Os testes de campo comprovaram produtividade superior sob condições de seca, em comparação com a variedade original MTU1010.
Já o arroz DRR Dhan 100, criado pelo IIRR, teve como base a variedade amplamente cultivada Samba Mahsuri. Com a edição do gene OsCKX2, responsável pela regulação de citocininas, foi criado um novo alelo que proporcionou um aumento de 19% na produtividade, maturação até 20 dias mais precoce e melhor desempenho mesmo com baixa adubação e escassez de água.
Benefícios globais e foco no pequeno produtor
O cientista indiano Rajeev Varshney, diretor da Universidade Murdoch, na Austrália, destacou que esse avanço representa uma virada na biotecnologia agrícola e trará impactos especialmente positivos para pequenos agricultores. Segundo ele, o sucesso das novas variedades deve inspirar inovações semelhantes em outras regiões do mundo.
Caminho aberto para a comercialização
As novas cultivares são fruto de anos de pesquisa realizados com suporte do Departamento de Biotecnologia (DBT) e da Academia Nacional de Ciências Agrícolas (NAAS). As diretrizes publicadas pela Índia em 2022, que isentam determinadas plantas editadas por genoma do processo rigoroso de aprovação aplicável aos OGMs, foram decisivas para viabilizar essa conquista.
Agora, Pusa DST1 e DRR Dhan 100 seguirão para testes de cultivo em maior escala, antes de serem levadas à comercialização. Segundo o secretário do Departamento de Agricultura e Bem-Estar do Agricultor, Devesh Chaturvedi, o fato de a tecnologia ter sido desenvolvida no próprio país facilitará sua disseminação entre os produtores, por meio de parcerias entre os setores público e privado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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