Mato Grosso
Botelho e Intermat destravam regularização fundiária em Barão de Melgaço

Fotos: Vanderson Ferraz
O direito à moradia da população de Barão de Melgaço (a 110 km da Capital) foi negligenciado pelo Poder Público por mais de 40 anos. Mas nesta quarta-feira (19), a população e políticos do município comemoraram, na Câmara Municipal, o lançamento da primeira etapa do programa de regularização fundiária. O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), principal articulador da ação, garante que mais de 600 famílias da zona rural e urbana da cidade vão ter a escritura em mãos ainda neste ano.
A melhoria na política habitacional no interior do Estado foi reconhecida pelo vice-prefeito de Barão de Melgaço, Odair Reis de Oliveira, que agradeceu Botelho pelo compromisso com a causa, ressaltando que muitas pessoas passaram pelo município prometendo a documentação, pegaram dinheiro e não cumpriram. “Esperamos por isso há muito tempo, e agora essa conquista está chegando para nossa população. Essa é uma vitória para Barão de Melgaço”, afirmou.
Após 20 anos de espera, o pequeno produtor Francisco Dias Gomes, 65, está muito confiante de que logo terá o documento definitivo em mãos. Ele destacou que sem a escritura os pequenos produtores enfrentavam dificuldades para obter financiamentos em bancos. “Temos a terra, mas sem documento não conseguimos capital. Isso agora vai mudar, graças ao deputado Botelho”, comemorou o novo futuro para os agricultores da região.
1ª etapa em Barão
O representante da empresa Geogis Geotecnologia garantiu que, por oito meses, a equipe realizou o trabalho de georreferenciamento na cidade. A partir de hoje (20), a equipe do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) inicia o cadastramento dos moradores dos bairros como Vila Moura, Vila Albuquerque e Jardim das Flores.
Após o cadastramento, os processos serão validados pelo município e pelo consórcio. Em seguida, a Certidão de Regularização Fundiária será emitida e encaminhada ao cartório e à Justiça. Tudo de forma gratuita para a população.
Resultados
Até o momento, mais de 30 mil escrituras já foram entregues em municípios como Cuiabá, Várzea Grande, Livramento, Santo Antônio, Chapada dos Guimarães, Porto Estrela, Paranatinga e Nobres. O parlamentar anunciou que a meta do governo Mauro Mendes é entregar entre 40 e 60 mil escrituras até o final de 2026, superando todos os governos anteriores em número de regularizações.Parcerias – O programa de regularização fundiária é uma iniciativa da ALMT, TJMT, Intermat, Anoreg e Governo do Estado.
Juliana Velasco (ALMT)
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Sema contribui para melhorias implementadas no monitoramento reprodutivo de peixes em 2023 e 2024

Crédito – Sema-MT
Na última reunião ordinária do Conselho Estadual de Pesca (Cepesca), realizada em 10 de abril, em que foi definido o período de defeso da piracema de 2025, foram apresentados os avanços no monitoramento reprodutivo dos peixes de interesse pesqueiro, realizados com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Os dados contribuem para a precisão das informações obtidas sobre as atividades reprodutivas das espécies e subsidia a decisão do Conselho sobre manter o mesmo período de defeso.
Os dados técnicos sobre o monitoramento foram apresentados, durante a reunião, pelo pesquisador da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Claumir Muniz, que destacou entre as melhorias implementadas, o aumento dos pontos de coleta nas bacias Amazônica e Pantanal. Os rios Manso, Piquiri e Cuiabá (também conhecido como São Lourenço) foram os adicionados ao monitoramento.
Além disso, avanços foram realizados no estudo de indicação dos sítios de desova e na organização do banco de dados de ovos e larvas, com a inclusão de novos locais até então não monitorados. Foram adicionados aos pontos de coleta, os rios Jauru, Cabaçal, Sepotuba e a área da Estação Ecológica de Taiamã, aumentando consideravelmente a amplitude amostral.
Sobre a importância dessas melhorias implementadas no monitoramento e seu impacto nos estudos das atividades reprodutivas das espécies, o pesquisador Claumir Muniz, destaca que “o aumento dos sítios amostrais representa uma maior segurança na definição do período de defeso, garantindo a manutenção da ictiofauna”, que define o conjunto de peixes que habita uma determinada região.
Muniz também destacou o papel fundamental que o apoio da Sema teve nesse processo, já a disponibilização de recursos foi essencial para que os estudos atingissem os objetivos traçados. “O aporte financeiro mediado pela Sema foi importante para as atividades desenvolvidas, gerando mais dados e segurança analítica para gestão dos recursos pesqueiros”, concluiu o pesquisador.
*Com supervisão de Renata Prata
Juliana Sanders* | Sema-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Corpo de Bombeiros lista ações para prevenir e agir em casos de afogamento

CBMMT
Para aproveitar os dias de descanso, muitas famílias em Mato Grosso planejam momentos de lazer em piscinas, rios e clubes. No entanto, o que deveria ser diversão pode rapidamente se transformar em tragédia.
De janeiro até a primeira quinzena de abril, o Corpo de Bombeiros registrou 31 ocorrências de afogamento e sete acidentes aquáticos no Estado, de acordo com o Painel de Ocorrências Georreferenciadas.
Para evitar que esses números aumentem, a prevenção é essencial, e saber como agir ao presenciar um afogamento pode salvar vidas.
Pensando nisso, o CBMMT preparou uma série de recomendações sobre como evitar acidentes aquáticos e como agir corretamente em situações de emergência na água. Confira:
Dicas para evitar afogamentos em piscinas e rios:
1. Supervisão constante
Nunca deixe crianças sozinhas perto da água. Bastam segundos de distração para que um acidente aconteça.
2. Locais sem salva-vidas exigem atenção redobrada
Na ausência de profissionais treinados, os adultos devem se responsabilizar pela segurança.
3. Conhecimento salva vidas
Aprender técnicas básicas de primeiros socorros pode fazer a diferença. Há cursos gratuitos e acessíveis online.
4. Instale barreiras de proteção
Cercas ao redor da piscina impedem o acesso livre de crianças pequenas e reduzem o risco de acidentes.
5. Verifique os ralos da piscina
Use tampas de segurança para evitar que cabelos ou roupas sejam sugados.
Rapidez salva vidas
Quando ocorre um afogamento, o tempo de resposta é essencial. Ao acionar o Corpo de Bombeiros (193), forneça o máximo de informações: local exato, idade da vítima, tempo de submersão e estado da pessoa. Essas informações ajudam os socorristas a agirem com mais precisão e agilidade.
O que fazer em caso de afogamento:
1. Identifique os sinais rapidamente
Dificuldade para respirar, ausência de movimento e submersão são sinais de alerta.
2. Acione o Corpo de Bombeiros (193)
Ligue imediatamente ou peça para alguém ligar, mantendo o foco na vítima.
3. Use objetos flutuantes
Se possível, jogue algo que flutue sem entrar na água, para evitar novos riscos.
4. Só entre se for seguro
Não se arrisque. Afogamentos secundários são frequentes em tentativas de resgate sem preparo.
5. Inicie os primeiros socorros
Ao retirar a vítima da água com segurança, inicie os cuidados emergenciais enquanto aguarda o resgate.
Primeiros socorros até a chegada do CBMMT
Posição corporal correta:
Mantenha o corpo da vítima na posição horizontal, com cabeça e tronco alinhados.
Verifique a consciência:
Se estiver consciente, posicione a vítima de lado e monitore, caso contrário, avalie a respiração inclinando levemente a cabeça e erguendo o queixo.
Respira, mas está inconsciente?
Posicione a pessoa deitada de lado (decúbito lateral) e continue observando.
Não respira?
Faça 5 ventilações boca a boca. Se possível, use máscara de proteção.
Sem resposta e sem respiração?
Inicie compressões torácicas: 30 compressões e 2 ventilações, ou apenas compressões contínuas até a chegada do socorro.
Apesar de parecer uma tarefa desafiadora, promover a prevenção e ensinar primeiros socorros é o caminho para um lazer mais seguro. Com atenção, preparo e responsabilidade, é possível evitar tragédias e curtir os feriados com tranquilidade.
Assessoria | CBMMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Sema debate novas regras de manejo florestal sustentável com setor madeireiro

Crédito – Karla Silva
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) discutiu com mais de 60 associados do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmat) os novos procedimentos para manejo florestal sustentável previstos na Instrução Normativa nº 05/2025, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Publicadas no dia 04 de abril, as novas regras são válidas para produtos florestais da Amazônia que estão na Lista de Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) e têm gerado dúvidas e instabilidade ao setor de base florestal em Mato Grosso, maior produtor de madeira nativa do país.
Conforme a IN 05/2025, qualquer espécie dos gêneros Handroanthus e Tabebuia, popularmente conhecidos como ipês, Dipteryx (cumaru) e Cedrela (cedro) que apresentar “densidade inferior a cinco árvores a cada 100 hectares, com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) mínimo de 20 centímetros, será considerada rara na Unidade de Produção Anual (UPA), ficando vedada a extração de qualquer indivíduo”.
Durante a reunião, realizada na última quarta-feira (16.4), no município de Sinop, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, explicou que, embora a IN 05/2025 ainda apresente entraves para exportação de algumas espécies, ela trouxe avanços se comparado à instrução normativa anterior, que tratava do mesmo assunto, publicada em novembro do ano passado.
“A mudança da instrução normativa não resolveu todos os problemas, mas ela melhorou em parte as condições para que possamos definir no Estado de Mato Grosso como vamos conduzir os processos de manejo florestal sustentável que envolvam produtos florestais da Amazônia que estão dentro da lista da CITES”, destacou.
O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, reconheceu o empenho do Governo do Estado na busca por soluções que possibilitem o fortalecimento da cadeia produtiva de madeira nativa no Estado.
“Desde o início, quando a instrução normativa foi publicada em novembro do ano passado, a Sema esteve conosco participando de várias discussões com o intuito de demonstrar ao Ibama a necessidade de correção de alguns entraves contidos na IN”, afirmou.
De acordo com a secretária Mauren Lazzaretti, atualmente a Sema possui um acervo de 252 projetos de manejo aptos e 270 já analisados, aguardando o cumprimento de pendências.
“As dúvidas geradas com a publicação da Instrução Normativa Nº 28, ocorrida em novembro do ano passado, acabaram atrasando a conclusão das análises dos projetos de manejo no primeiro trimestre deste ano. Nesse momento, tendo em vista a alteração da IN, estamos fazendo um levantamento do nosso acervo para identificarmos os principais pontos que necessitam de uma maior atenção para verificarmos como podemos ser mais efetivos”, assegurou.
Ao final da reunião, ficou alinhado que os sindicatos vão orientar seus associados a fazerem os ajustes necessários nos processos de manejo e a Sema realizará uma força-tarefa para concluir a análise conforme os pedidos forem ajustados.
Mauren Lazzaretti também chamou a atenção dos representantes do setor madeireiro sobre a importância de se buscar dados que demonstrem que o setor de base florestal vem ampliando a sua legalidade e que está trabalhando para afastar a ilegalidade
“Temos feito um esforço enorme para produzir dados qualitativos para trabalhar a melhoria dos sistemas, para trabalhar a melhoria de legislação. Nos falta, agora, que essas melhorias sejam traduzidas em números para retirarmos dos registros dos sistemas essas falhas que são operacionais e que não representam necessariamente uma ilegalidade”, afirmou.
Clênia Goreth | Sema
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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