Economia
Valorização do milho preocupa suinocultores

Imagem: Freepik
Os seguidos aumentos nos preços do milho têm preocupado o setor suinícola nacional quanto à margem da atividade.
Levantamentos do Cepea mostram que, na parcial deste ano (até o dia 18 de março), o cereal negociado na região de Campinas (SP) – representado pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa – já subiu significativos 24%.
Nesta semana, o valor médio do cereal comercializado na praça paulista atingiu a casa dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal que não era verificado desde abril de 2022.
Segundo a equipe de Grãos do Cepea, o impulso vem dos baixos estoques de milho e da demanda aquecida.
Já os preços do suíno vivo estão em queda, refletindo, conforme o Centro de Pesquisas, a oferta de animais superior à demanda de frigoríficos por novos lotes.
Os preços da arroba, da reposição e da carne vêm oscilando basicamente no mesmo intervalo de mínimas e máximas, conforme apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, isso evidencia que o volume ofertado não é expressivo, mas tem sido suficiente para atender à demanda nos diferentes segmentos do mercado.
No atacado da Grande São Paulo, desde o dia 24 de fevereiro, os cortes com osso acumulam queda inferior a 1%.
O mesmo é visto para o Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ. Os preços do bezerro, por sua vez, acompanharam o ajuste forte do boi no final do ano passado e, desde novembro, se mantêm estáveis.
(Com Cepea)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Safra 2024/2025 impulsiona movimentação de grãos nos entrepostos da Frísia

Fotos: Divulgação
A safra 2024/2025 segue movimentando intensamente os entrepostos da Frísia Cooperativa Agroindustrial no Tocantins. Somente neste ciclo, já foram recebidos 4.525 caminhões com grãos nas unidades de Paraíso do Tocantins e Dois Irmãos do Tocantins, consolidando o papel estratégico da cooperativa no escoamento da produção agrícola da região.
Em Paraíso, foram 3.100 caminhões descarregados até a tarde de terça-feira, 15. Já em Dois Irmãos do Tocantins, o número chegou a 1.425. A movimentação nas duas unidades já supera a registrada no mesmo período da safra passada, o que sinaliza um aumento tanto na produção quanto na eficiência logística nesta temporada.
O Tocantins deve colher cerca de 5,6 milhões de toneladas de soja nesta safra 2024/2025, de acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produtividade média prevista para o estado é de aproximadamente 3.300 kg por hectare, resultado que mantém o Tocantins entre os principais produtores do grão no país. Nacionalmente, a Conab projeta uma colheita de 146,5 milhões de toneladas de soja, reforçando a importância da cultura para o agronegócio brasileiro.
“Apesar dos desafios logísticos enfrentados neste ano, como a escassez de caminhões e o aumento dos custos com frete, tivemos uma excelente safra no Tocantins. Alcançamos bons volumes e ótimas produtividades nas lavouras, o que reforça a posição do nosso estado como um dos principais produtores de soja do país”, destaca Rossano Fagundes, coordenador operacional da Cooperativa Frísia.
Os grãos recebidos serão destinados a diferentes regiões do país, conforme as demandas de mercado e os contratos firmados com parceiros da Frísia. A definição dos destinos depende da programação logística e comercial da cooperativa, que atua com foco em agilidade e assertividade no escoamento.
De acordo com a equipe da Frísia, a operação vem sendo marcada por organização e fluidez. O uso de tecnologias, a ampliação da capacidade de armazenamento e o planejamento conjunto com os cooperados têm sido fundamentais para o bom andamento da safra.
A expectativa é que, até o encerramento do período de colheita, os números finais consolidem o crescimento da atuação da Frísia no Tocantins e o protagonismo dos cooperados no agronegócio nacional.
Kiw Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
PIB da pecuária puxou PIB do agronegócio, segundo CNA

Foto: CNA Brasil-Wenderson Araujo-Trilux
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 4,48% no quarto trimestre de 2024 e fechou o ano passado com alta de 1,81% na comparação com 2023, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Com esse resultado, o PIB do setor atingiu R$ 2,72 trilhões em 2024, dos quais R$ 1,9 trilhão correspondem ao ramo agrícola e R$ 819,26 bilhões ao ramo pecuário (com base preços do quarto trimestre de 2024). A participação do agronegócio na economia brasileira no período foi de 23,2%.
Os principais destaques do PIB do agronegócio em 2024 foram os segmentos de agrosserviços e agroindústria, que tiveram expansão de 3,25% e 2,94%, respectivamente, em relação a 2023. O setor primário (dentro da porteira) fechou o ano com queda de 0,16%, enquanto o segmento de insumos caiu 4,65%.
Segundo a análise CNA/Cepea, o resultado positivo no fechamento do ano foi puxado pelo PIB do ramo pecuário, que terminou 2024 com alta de 12,48%. Os destaques no ramo pecuário foram para agrosserviços (16,79%) e agroindústria (16,78%), seguidos por setor primário (6,55%) e insumos (1,23%).
O ramo agrícola teve queda de 2,19%. Diferentemente da pecuária, a agricultura teve retração de todos os segmentos, principalmente nos insumos (6,97%) e setor primário (3,54%). Os agrosserviços caíram 1,86%, e a agroindústria, 0,44%.
Comportamento
O resultado do último trimestre de 2024 ajudou a reverter o comportamento negativo do PIB no acumulado de janeiro a setembro do ano passado, contribuindo para que o PIB terminasse o ano com variação positiva. Com isso, o resultado se aproximou da previsão anual para o PIB divulgada em dezembro de 2024 pela CNA, que indicava um crescimento de até 2%
No quarto trimestre, o PIB do agronegócio cresceu 4,48%. “Ao analisar os diferentes segmentos do setor e comparando o quarto trimestre com o terceiro trimestre de 2024, observam-se aumentos nos PIBs dos insumos (3,17%), do segmento primário (4,33%), das agroindústrias (3,72%) e dos agrosserviços (5,16%)”.
O ramo pecuário teve alta de 10,71%, com destaque para agrosserviços (12,15%), setor primário (11,07%) e agroindústria (10,18%). Já o ramo agrícola registrou expansão de 2,02%, com todos os elos da cadeia tendo crescimento no período.
Ainda de acordo com análise das duas entidades, “esse desempenho positivo ao longo do trimestre foi impulsionado pela elevação do valor bruto da produção, fator que esteve relacionado ao aumento dos preços reais no período”.
(Com Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil-CNA)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Movimentação de cargas nos portos cresce 6,3% no primeiro trimestre

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
A movimentação de cargas cresceu 6,3% nos portos paranaenses no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 17.420.779 toneladas de janeiro a março de 2025, contra 16.384.054 toneladas em 2024. Com isso, aumentam as chances de recorde ao final do ano – em 2024 foram 65.393.256 toneladas, maior resultado da história.
De janeiro a março deste ano, os portos paranaenses conquistaram marcos simbólicos. A exportação de grãos de soja, por exemplo, alcançou a marca de 4.177.143 toneladas, 13% a mais que no ano passado, quando foram exportadas 3.694.168 toneladas. Já os fertilizantes lideraram as importações, com 2.739.120 toneladas neste ano, ante 2.653.354 toneladas nos três primeiros meses de 2024.
O maior salto na movimentação de cargas do trimestre ocorreu em março, impulsionado principalmente pela soja em grãos, com 2.073.092 toneladas enviadas para outros países. Em relação ao farelo de soja foram 769.619 toneladas. Outro destaque foi o Terminal de Contêineres, com 804.939 toneladas embarcadas.
Nas importações, os principais insumos movimentados em março foram os fertilizantes (899.073 toneladas), os contêineres (580.469 toneladas) e os derivados de petróleo (403.863 toneladas).
“A soja e os fertilizantes foram os maiores volumes que movimentamos no primeiro trimestre, uma tendência que deve se manter nos próximos meses, devido à grande safra”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
“Os fertilizantes são nossa principal commodity de importação, e temos investido em inteligência estratégica para operá-los com cada vez mais eficiência”, complementou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.
MOEGÃO
Para atender ao crescente volume comercial, a empresa pública segue com as obras do Moegão, um investimento de R$ 600 milhões que centralizará as linhas férreas que chegam ao Porto de Paranaguá. A nova estrutura aumentará em mais de 60% a capacidade de recepção de granéis sólidos vegetais vindos do interior do Paraná e de outros estados. Com 35% das obras concluídas, a previsão de entrega é para o final deste ano. O Moegão visa atender às demandas atuais e futuras.
LEILÕES
Outro caminho para suprir o aumento da movimentação são as áreas arrendadas. No próximo dia 30, mais três áreas estarão em disputa na B3. Em 2019, a Portos do Paraná foi a primeira do País a receber delegação do governo federal para conduzir licitações de áreas portuárias e, até o momento, cinco já foram arrematadas. Com isso, Paranaguá será o primeiro porto brasileiro com 100% dos espaços de arrendamentos regularizados, somando R$ 3,8 bilhões em investimentos.
EMPRESAS COM GRANDES RESULTADOS
Esse resultado é impulsionado também pelo compromisso de parceiros comerciais da Portos do Paraná. A TCP, que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, celebrou 27 anos de operações nesta semana comemorando recordes. O terminal teve o melhor desempenho mensal de 2025 em março, com destaque para a movimentação de contêineres refrigerados 38% superior em relação ao mesmo mês do ano passado, além de uma movimentação total de 401.131 TEUs no trimestre, alta de 7%.
Em 2024, a empresa concluiu a expansão de seu pátio de contêineres refrigerados, aumentando em 45% o número de tomadas, que passou de 3.624 para 5.268 — a maior capacidade da América do Sul. A medida foi estratégica para consolidar o terminal como o principal corredor de exportação de carnes do País, com 610 mil toneladas de carne de frango movimentadas no primeiro trimestre de 2025, o equivalente a 44% do market share nacional no segmento.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Agronegócio7 dias atrás
Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25
-
Agronegócio7 dias atrás
Conab estima safra de 330,3 milhões de toneladas de grãos neste ciclo 2024/25
-
Notícias5 dias atrás
Foragido por morte de policial civil aposentado é preso pela Polícia Civil em balsa no Rio Teles Pires
-
Mato Grosso7 dias atrás
Integrante de delegação britânica destaca tecnologia utilizada para combate ao desmatamento ilegal em MT
-
Mato Grosso7 dias atrás
“Esses veículos vão auxiliar os municípios a prestar atendimento de melhor qualidade à população vulnerável”, afirma primeira-dama de MT
-
Mato Grosso5 dias atrás
Governo de MT nomeia mais 52 novos policiais penais e agentes socioeducativos
-
Mato Grosso5 dias atrás
Governo de MT lança licitação internacional para implantação de novo Data Center
-
Mato Grosso5 dias atrás
Governador inaugura Comando da PM, vistoria obra na BR-163 e participa da abertura da Norte Show