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Pecuária

Temporada de desmama mostra o rebanho que o pecuarista terá no futuro

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Foto: ANC/Divulgação

 

Os rebanhos estão em plena época de desmama neste começo de outono. É o momento em que os pecuaristas precisam ficar de olho no que está acontecendo com as novas crias e suas respectivas mães. Anotar devidamente o peso que forem adquirindo e comparar com suas matrizes pode gerar lucro no futuro.

A superintendente de Registro da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC), Silvia Freitas, destaca que os indivíduos que estão em desmama dizem muito sobre suas mães, ou seja, se as vacas estiveram sob as mesmas condições nutricionais e estão desmamando terneiros mais pesados do que outras, “é um indicativo de que possuem um potencial genético superior às outras”.

Silvia conta que acontece, também, de terneiros serem desmamados com altos pesos e que depois não acompanham o desempenho, relatando ao criador que a vaca foi uma ótima mãe, mas que o indivíduo não conseguiu seguir sozinho.

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O contrário também ocorre. “Os pecuaristas que anotam informações dos indivíduos na desmama conseguem mensurar muito mais o desempenho do seu rebanho”, completa. E neste processo, entram índices mensurados nos programas de seleção genética, como o Promebo. Estão entre eles Anof, o ano do último parto, NF, número de filhos avaliados e PDA, peso ajustado aos 205 dias. Ao jogar os dados no sistema do Promebo, o criador consegue resultados que embasarão ações gerenciais do rebanho.

A superintendente da ANC destaca os pontos relevantes para os criadores. “O mínimo que tem que saber de uma determinada vaca é o ano do primeiro parto, ou seja, com que idade a vaca pariu, o ano do último parto, o intervalo entre partos, se ela pariu todos os anos ou não, porque a gente está trabalhando para isso, e o número de filhos que esta vaca teve, obviamente. E aí entram questões como o peso médio de desmame dos terneiros filhos de uma determinada vaca”, explica.

Com estes dados, é possível ver aquelas vacas que têm a média mais alta de acordo com o dado coletado no desmame e que são as vacas superiores, as que o produtor quer ter. As que atingem média de desmame inferior devem ser eliminadas. Silvia diz ainda que é importante sempre buscar terneiros desmamados com alto peso quando comparado ao peso da sua vaca.

“Então eu busco animais mais pesados, mais quilos de terneiro por menos quilos de vaca propriamente. Este tipo de anotação vai dizer muito para os pecuaristas, e eles conseguem fazer isso no momento do desmame. O peso na desmama é fundamental para que a gente dê sequência na seleção”, detalha.

Além do controle de peso das crias relativo às mães, outro ponto deve ser observado pelo criador na época da desmama. Trata-se das fêmeas que estão sendo desmamadas com características positivas. Estas serão as fêmeas prováveis que irão repor as matrizes mais velhas, as que ficam para serem multiplicadas dentro do rebanho. E é sempre importante ficar atento aos machos com peso e outras características superiores, pois poderão vir a ser bons reprodutores.

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(Com Ieda Risco/ANC)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Fazenda Pantaneira Sustentável promove intercâmbio no Pantanal mato-grossense

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Fotos: Assessoria

 

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), por meio do programa “Fazenda Pantaneira Sustentável” (FPS), promoveram um intercâmbio com a organização The Pew Charitable Trust e a coalizão Pontes Pantaneiras para mostrar como a pecuária tradicional pantaneira pode ser sustentável e rentável, sem perder suas raízes.

O Pantanal mato-grossense recebeu, nesta semana, uma comitiva formada por representantes internacionais da The Pew Charitable Trust, vindos dos Estados Unidos, e da coalizão Pontes Pantaneiras, além de técnicos do Sistema Famato, para uma agenda de visitas a propriedades assistidas pelo programa FPS. A iniciativa é desenvolvida pela Famato e pelo Senar-MT, em parceria com a Embrapa Pantanal. Na oportunidade, os integrantes da The Pew Charitable Trust captaram imagens e gravaram depoimentos que serão utilizados em um documentário.

Do Sistema Famato, participaram o gestor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Bruno de Faria; o coordenador Eduardo Barone; o supervisor Marcelo Nogueira; e o analista de pecuária da Famato, o médico-veterinário Marcos de Carvalho.

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Entre os visitantes estavam Amelia Moura, Alfred Schoeninger e John Briley, da The Pew Charitable Trust – organização norte-americana com mais de 70 anos de atuação dedicada à pesquisa, inovação e promoção de mudanças sociais e ambientais positivas. A comitiva também contou com André Restel, representante da coalizão Pontes Pantaneiras, que reúne instituições como a Embrapa, a Universidade de Londres (Inglaterra), o Instituto de Pesquisas Ecológicas de São Paulo (IPE) e, agora, a própria The Pew Charitable Trust. O fotógrafo Flavio Forner registrou todos os momentos da visita.

O grupo foi recebido, nesta quarta-feira (14/05), na Fazenda Bela Vista, no município de Poconé (MT), pelos produtores pantaneiros Márcio Granja Souza Vieira, Fábio Dorileo Vieira (pai e filho), e também por José Benedito de Arruda e Silva, conhecido como Juquinha, do Grupo Morada da Serra. A propriedade familiar é acompanhada pela FPS há seis anos e é símbolo de tradição, manejo familiar e preocupação com a sucessão geracional.

“Desde novo a gente ia para a fazenda nas férias e ficava com meus avós. Hoje, tenho orgulho de seguir esse legado e acredito que o Pantanal ainda será casa dos nossos filhos e netos. Produzir e conservar podem andar juntos quando respeitamos nossas raízes”, afirmou Fábio Vieira, que divide a rotina entre o trabalho como servidor público em Cuiabá e o manejo na fazenda nos fins de semana.

A Bela Vista é uma herança que atravessa gerações. Foi herdada por Rudce Fátima Dorileo, esposa de Márcio Granja, considerada por ele e pelos filhos como o esteio da família.

Ao falar sobre o programa FPS, Márcio destacou que o trabalho desenvolvido é um alento em meio aos desafios enfrentados pelos produtores pantaneiros: “Viver no Pantanal é resistir. A gente ama essa terra, mas não é fácil. Com a FPS, a gente volta a ter esperança. Eles nos ajudam a mostrar que é possível cuidar do Pantanal e ainda manter a tradição viva”.

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O representante da Pontes Pantaneiras, André Restel, ressaltou que a proposta da coalizão é justamente valorizar o conhecimento e a prática dos pecuaristas pantaneiros: “A pecuária de baixo impacto, que está no Pantanal há cerca de 300 anos, é a que manteve esse bioma de pé. Nosso papel é agregar valor a esse modo de vida, permitindo que o pantaneiro continue sendo pantaneiro – com orgulho e com renda”. gado pantanal

Durante a visita, a comitiva percorreu áreas da fazenda que, neste período, estão alagadas, mas que, durante a seca, se tornam importantes pastagens para o rebanho. Os produtores pantaneiros, Márcio e Fábio, acompanhados dos técnicos de campo do Senar-MT, Hernnann Faria Feliciano da Silva, Levender Mattos e Airton Gonçalves de Barros, apresentaram a rotina de manejo da propriedade, incluindo a aplicação de brincos de identificação em bezerros — ação que permite o controle sanitário e a rastreabilidade do gado, essenciais para a sustentabilidade e o acesso a mercados.

O programa “Isso é AgroPecuária”, transmitido pelo SBT, também acompanhou toda a jornada, documentando a experiência para mostrar como o conhecimento tradicional aliado à assistência técnica pode garantir a permanência do homem pantaneiro em sua terra, promovendo uma pecuária sustentável e resiliente.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Defensivos agrícolas – Albaugh expande alternativas a produtores com novos registros do inseticida Afiado®

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Divulgação

 

A Albaugh Brasil anuncia que obteve a inclusão de registro de seu inseticida Afiado® para as culturas de pastagens, citros e café, além de diversas frutíferas, tomate, grãos e cereais como arroz, leguminosas, incluindo feijão e florestais (eucalipto). “Seguimos comprometidos em ampliar as alternativas do agricultor brasileiro com a oferta de produtos de alta qualidade e formulações diferenciadas”, resume Nelson Azevedo, diretor de marketing e desenvolvimento da Albaugh.

A extensão do registro de Afiado® para pastagens dá acesso a produtores a uma ferramenta eficaz e conveniente para controle de pragas. “Temos visto uma forte adoção das aplicações por drone no segmento de pastagens. Afiado® adapta-se perfeitamente a esse modelo, devido à sua inovadora formulação líquida, que facilita o trabalho de dosagem e o operacional da equipe de campo”, ressalta Jaime Hurtado, diretor comercial da Albaugh.

Afiado® amplia também o portfólio de inseticidas para citros, cultura na qual conta com reputação de liderança, graças a produtos amplamente reconhecidos como o acaricida Braver® e o fungicida Recop®. Na cafeicultura, segmento já atendido de maneira robusta por produtos da Albaugh, Afiado® recebeu a extensão de registro para as pragas ácaro-vermelho e bicho-mineiro, somando-se ao já conhecido e eficiente controle da broca-do-café.

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“Desde seu lançamento, Afiado® conquistou forte adoção pela sua eficácia no controle de pragas relevantes como percevejo e cigarrinha-do-milho, seu longo residual e, sobretudo, sua exclusiva formulação líquida”, comenta o diretor Nelson Azevedo. “Afiado® evita problemas de incompatibilidade físico-química e simplifica a logística de tratamento”, conclui o executivo.

A Albaugh LLC é uma empresa global, fundada pelo agricultor e empresário Dennis Albaugh, em 1979. Sediada em Ankeny, Iowa, oferece um amplo e crescente portfólio de defensivos agrícolas em todo o mundo. A Albaugh tem uma estratégia de fábricas próprias para garantir a qualidade e o suprimento de seus produtos, operando sites multifuncionais nos Estados Unidos, Espanha, Brasil, Argentina, México, Eslovênia, China, Taiwan e Índia.

Fernanda Campos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Suplementação Lipídica como Estratégia para Melhorar o Desempenho de Vacas Leiteiras no Pós-parto e Lactação

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Assessoria

 

As vacas leiteiras enfrentam desafios fisiológicos significativos no pós-parto e durante o pico de lactação. Nesse período, a demanda por energia excede a capacidade de ingestão alimentar, resultando no uso das reservas corporais e no surgimento do Balanço Energético Negativo (BEN). Segundo o zootecnista Rafael Cardenas, da Auster Nutrição Animal, “a perda de peso é um dos principais indicadores desse desequilíbrio energético”, o que pode comprometer o desempenho produtivo das vacas. A suplementação lipídica se apresenta como uma solução eficaz para mitigar essa condição e melhorar a performance das animais.

Importância dos Lipídios na Dieta e Suplementação

A dieta das vacas leiteiras desempenha papel crucial no tratamento com lipídios. Fontes naturais de lipídios, como folhas e sementes vegetais, oferecem macronutrientes essenciais que influenciam funções vitais como absorção de vitaminas, metabolismo hormonal e composição da gordura do leite. Os lipídios são compostos por um grupo ligado a três ácidos graxos, que possuem carbonos variando entre 14 e 18 nas plantas. No Brasil, é proibido o uso de gordura de origem animal, como o sebo, na alimentação de ruminantes, o que exige a utilização de fontes vegetais ou de gorduras tratadas, como a gordura hidrogenada.

Efeitos da Suplementação Lipídica na Saúde Animal

Avanços na pesquisa sobre nutrição animal revelam que o tipo e o equilíbrio dos ácidos graxos presentes na dieta impactam diretamente a eficiência alimentar e a saúde das vacas. Dietas contendo entre 4% a 6% de lipídios são cada vez mais comuns, especialmente em sistemas de confinamento. No entanto, o especialista alerta sobre os efeitos negativos do excesso de ácidos graxos, que podem prejudicar o desempenho da dieta. “O excesso de gorduras insaturadas no rúmen pode ser problemático, pois essas gorduras passam por um processo de biohidrogenação, onde são convertidas em ácidos graxos saturados, evitando a toxicidade para as bactérias ruminais. Contudo, quando esse processo é sobrecarregado, pode resultar na formação de compostos indesejáveis, afetando negativamente a gordura do leite e a digestão das fibras”, afirma Cardenas.

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Soluções para Garantir a Eficiência da Suplementação Lipídica

Para evitar os efeitos adversos do excesso de ácidos graxos, o uso de gorduras protegidas ou hidrogenadas é altamente recomendado. Essas gorduras são diretamente digeridas no intestino, sem afetar negativamente o rúmen, garantindo a absorção eficiente dos lipídios e contribuindo para a estabilidade ruminal.

Uma solução eficiente disponível no mercado é o suplemento Prius Nat Fry, da Auster Nutrição Animal. Com 97% de extrato etéreo, este suplemento altamente energético é formulado para prevenir distúrbios metabólicos e melhorar a performance reprodutiva das vacas. Além de ser palatável e seguro, o produto auxilia na redução da perda de peso no pós-parto, acelerando a recuperação das vacas e otimizar o desempenho reprodutivo. A Auster oferece respaldo científico para ajudar os produtores a adotar essas tecnologias inovadoras e alcançar resultados comprovados no campo.

Com a implementação de estratégias nutricionais adequadas, como a suplementação lipídica, os produtores podem garantir uma maior eficiência na produção leiteira, promovendo a saúde das vacas e otimizando a rentabilidade do sistema de produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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