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Agronegócio

Alta do cacau impacta custos e vendas da Páscoa

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A escalada global de preços do cacau, com aumento de cerca de 180% em dois anos, está impactando diretamente os custos dos produtos para Páscoa e na produção constante do setor chocolateiro. A alta foi especialmente marcada no segundo semestre do ano passado, devido à quebra de safra em grandes produtores africanos, como Costa do Marfim e Gana. Esse cenário de instabilidade persiste, com fatores climáticos, como ondas de calor e seca, dificultando a recuperação.

No Brasil, que ocupa o sexto lugar no ranking mundial de produção de cacau, há perspectivas otimistas de aumento da safra após quedas consecutivas. A maior parte da produção concentra-se nos estados do Pará e Bahia. Investimentos em áreas não tradicionais, como o Cerrado baiano, além do uso de tecnologias avançadas, estão impulsionando essa recuperação. O setor também observa maior processamento interno do cacau, gerando produtos com valor agregado, tanto para exportação quanto para o mercado doméstico.

Por outro lado, o aumento nos preços dos derivados do cacau já é sentido por consumidores e pequenos produtores. Empresas têm adotado estratégias como a diversificação de portfólio para lidar com os custos elevados. A chef Dayane Cristin exemplifica os desafios enfrentados pelos pequenos empreendedores, com pesquisa semanal de insumos e aumento no preço de seus produtos. Apesar das dificuldades, ela permanece animada com as vendas de Páscoa, que representam uma oportunidade de bons resultados financeiros.

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Adaptações na cadeia produtiva também incluem melhorias tecnológicas que promovem ganhos em produtividade e eficiência. Técnicas avançadas na quebra, fermentação e armazenamento do cacau estão contribuindo para a qualidade e posicionamento de mercado do produto brasileiro. Além disso, acordos de cooperação internacional com países africanos foram firmados, buscando aumentar a renda dos produtores e fortalecer o setor globalmente.

A previsão para o setor chocolateiro, porém, é de retração na produção de ovos de Páscoa, com redução de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior. Apesar disso, a expectativa é de maior contratação de trabalhadores temporários. O aumento dos preços no varejo e as incertezas econômicas estão obrigando o setor a ajustar estratégias de produção e vendas para atender à demanda de forma mais eficiente.

(Com Agência Brasil)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Preços do feijão preto seguem em queda; carioca se sustenta

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Divulgação

 

Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos feijões preto e carioca caminharam em sentidos opostos na última semana. Enquanto as negociações do preto ocorrem a valores menores, pressionados pela maior disponibilidade do produto e pela chegada da nova safra, as envolvendo o feijão carioca registram cotações um pouco maiores, tendo em vista a disputa entre agentes por lotes desse grão.

No mercado de feijão preto, as baixas mais intensas foram verificadas em regiões do Paraná e de São Paulo, conforme apontam pesquisas do Cepea. Para o feijão carioca, produtores seguem firmes em suas ofertas, sustentados pela baixa disponibilidade de lotes de qualidade, ainda de acordo com o Centro de Pesquisas.

Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

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Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Preços do milho caem na maioria das regiões

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Foto: Aires Mariga/Epagri

Os preços do milho vêm caindo neste início de abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem sobretudo da demanda enfraquecida. Consumidores, abastecidos e atentos à colheita da primeira safra, se afastaram das aquisições, à espera de novas baixas.

Já vendedores estão mais ativos no mercado spot nacional, tentando negociar novos lotes, temendo que o ritmo das quedas nos preços se intensifique.

Outros, contudo, continuam limitando o volume ofertado, de olho no desenvolvimento da segunda safra.

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Ainda conforme pesquisadores do Cepea, nos últimos dias, o retorno das chuvas em partes das regiões produtoras melhorou a expectativa sobre o desenvolvimento e a produção da segunda safra.

Além disso, as dificuldades logísticas diminuíram, tendo em vista a maior oferta de caminhões.

SOJA/CEPEA: Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações

Os valores dos contratos futuros do complexo soja negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) vêm caindo nas últimas semanas, sobretudo os do grão e do farelo.

Pesquisadores do Cepea explicam que, além do avanço da colheita no Brasil (principal produtor e maior exportador mundial de soja) e dos estoques elevados nos Estados Unidos, as tarifas de importações impostas pelo governo norte-americano na semana passada e as consequentes retaliações devem reforçar o movimento de baixa nos próximos dias.

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No caso de produtos agrícolas, análise do Centro de Pesquisas indica que, certamente, tarifas desta natureza inviabilizam as compras nos Estados Unidos e levam demandantes externos, como a China, a buscar novos fornecedores.

Nesse ambiente, os preços da soja também recuaram no spot nacional, mas, conforme levantamentos do Cepea, o movimento de queda foi limitado pelo avanço dos prêmios de exportação no País, que, por sua vez, subiram diante da maior demanda internacional pelo grão brasileiro.

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Plantio fora da janela e ataque de lagartas preocupam no milho, alerta Aprosoja Mato Grosso

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Pouco mais de meio milhão de hectares de milho, cerca de 15% da área, foram semeados nesta safra 2024/25 fora da janela ideal, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Tal fato aumenta os riscos de perdas, uma vez que o cereal semeado mais tarde pode sofrer com a falta de chuvas.

O alerta é ligado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja Mato Grosso), motivado pelo atraso nos trabalhos com o cereal em decorrência da demora na colheita da soja por excesso de chuva.

Conforme a entidade, teme-se que a falta de chuva na fase de desenvolvimento da cultura possa prejudicar a produtividade.

Apesar da precaução dos produtores ao planejar a segunda safra desta temporada 2024/25, os mesmos foram pegos de surpresa, pontua o diretor administrativo da entidade e coordenador da Comissão de Política Agrícola, Diego Bertuol.

“O produtor opta por aquilo que vai trazer uma produtividade maior para ele, sementes de alta tecnologia, que têm um alto custo. E esse ano, o produtor foi pego de surpresa, porque essas tecnologias não foram eficientes, gerando custo adicional. O produtor já tem sua margem apertada, quando ela não é uma margem negativa, e nós vemos ainda um custo cada vez maior”.

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Chuvas já apresentam irregularidades

Dados do programa Aproclima, da Aprosoja Mato Grosso, apontam que municípios da região nordeste como Confresa, Matupá e Guiratinga, e da região leste, como Água Boa e Nova Xavantina, registraram mais de 22 dias sem precipitação e volumes acumulados abaixo de 130 milímetros. No norte do estado, Confresa ficou até 27 dias sem chuva, prejudicando o desenvolvimento das lavouras justamente no período crítico.

O vice-presidente leste da Aprosoja Mato Grosso, Diego Dallasta, frisa que apesar da seca que perdurou um longo período, as lavouras da região conseguiram se estabilizar com as chuvas das últimas semanas.

“Estamos no início de abril com uma boa umidade dos solos. Porém, o milho foi plantado no meio para o final de fevereiro, então precisaremos de chuvas até o final do mês de abril. Às lavouras estão bem estabelecidas, mas dependemos de chuvas para confirmarmos a safrinha”, frisa.

Falhas na proteção contra lagartas

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Outra preocupação destacada pela Aprosoja Mato Grosso é quanto ao ataque de lagartas no milho, que também pode prejudicar o resultado final da safra, projetado em mais de 46 milhões de toneladas.

Segundo a entidade, variedades amplamente utilizadas para controle de pragas, apresentaram falhas na proteção, forçando os produtores a realizarem aplicações extras de defensivos.

“Tivemos uma pressão enorme de lagartas em todas as tecnologias de milho, os produtores relataram necessidade de três, quatro e até cinco aplicações”, comenta Diego Dallasta.

O vice-presidente oeste e vice-coordenador da Comissão de Defesa Agrícola da entidade, Gilson Antunes de Melo, destaca que a dificuldade de controlar as lagartas foi enfrentada em muitas propriedades.

“Recebemos relatos de ataques de lagartas de produtores de todas as regiões do estado, dizendo ter problemas bem maiores que os outros anos. Isso aponta para uma quebra de eficiência das biotecnologias, que os obriga a um aumento de aplicações para o combate dessa praga, aumentando assim os custos de produção e consequentemente, a redução de produtividade”, afirma Gilson Antunes de Melo.

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Ainda segundo a Aprosoja Mato Grosso, nos últimos meses, o aumento da demanda interna, impulsionada pelo setor de etanol e pela indústria de proteína animal, tem disputado o milho disponível com a demanda internacional, ocasionando o aumento do valor da saca. Em 2023, a saca do grão era negociada entre R$ 35 e R$ 38, enquanto atualmente varia entre R$ 80 e R$ 90 em algumas regiões.

Apesar dos preços mais altos, ressalta a Associação, a rentabilidade da produção preocupa os produtores e a produtividade pode não ser suficiente para arcar com os custos da produção. A combinação de plantio tardio, escassez de chuvas e dificuldades no controle de pragas deve resultar em perdas significativas na produtividade.

canalrural

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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