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Economia

Instituto de Pesca busca tornar viável a produção de camarões longe do mar

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Foto: Assessoria de imprensa IP

O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está conduzindo uma pesquisa em parceria com empresas privadas e com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag). O projeto, intitulado ‘Viabilidade Técnica e Econômica da Produção de Camarão Marinho Longe do Mar’, tem como objetivo viabilizar a criação de camarões em água salinizada em locais distantes do oceano, a quilômetros da costa, oferecendo uma alternativa sustentável e economicamente viável para os produtores aquícolas.

Diferentemente de experimentos conduzidos em aquários ou caixas d’água, a pesquisa está sendo realizada em uma estrutura que simula as condições reais de um cultivo, possibilitando a análise do potencial produtivo, econômico e ambiental. Os estudos estão sendo conduzidos pelo IP em Jaguariúna, interior de São Paulo, em uma instalação projetada para a produção de camarões em larga escala. Em termos de sustentabilidade, todo o processo de produção utiliza água captada da chuva, e não há descarte da água para o meio ambiente.

Água salinizada para criação de camarão

Mas como é possível criar camarões longe do mar? A resposta está na composição da água. O processo envolve a salinização artificial, utilizando os mesmos sais encontrados no ambiente marinho: cloreto, sódio, cálcio, potássio, sulfato e magnésio. No entanto, ao contrário do que se imagina, a salinidade em si – medida em gramas de sal por litro de água – não é essencial. O camarão marinho não precisa da salinidade específica do oceano; o que ele realmente precisa são desses seis sais.

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Essa abordagem permite que a produção ocorra em regiões distantes do litoral, desde que a qualidade da água seja controlada com precisão.

Desafio: alta produtividade

O grande diferencial do projeto não está apenas na salinização da água, mas também na densidade de estocagem — ou seja, na quantidade de camarões criados por metro cúbico. Em baixas densidades, como, por exemplo, 10 ou 50 camarões por metro cúbico, o cultivo é tecnicamente viável, mas economicamente inviável devido à baixa produtividade.

Para alcançar a viabilidade econômica, é necessário trabalhar com altas densidades. O pesquisador científico do IP, Fábio Sussel, responsável pelo projeto, utiliza até 300 camarões por metro cúbico. No entanto, quanto maior a densidade, maior o desafio do cultivo. O projeto, portanto, busca equilibrar produtividade, sustentabilidade e rentabilidade, oferecendo respostas claras para os aquicultores.

Vantagens e Perspectivas

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Entre as vantagens do sistema, destacam-se a possibilidade de produção em áreas interioranas, a redução da pressão sobre os ecossistemas costeiros e a ampliação das oportunidades econômicas para pequenos e médios produtores aquícolas. Além disso, o cultivo em ambiente controlado permite um manejo mais eficiente da qualidade da água e da alimentação, contribuindo para um produto final mais saudável e sustentável.

De acordo com Sussel, “o maior desafio está relacionado à convivência com alguns patógenos, especialmente por conta da alta densidade em que os camarões são criados. No entanto, nada é diferente do que acontece em outros projetos e países, já que o desafio número 1 da carcinicultura mundial é justamente a convivência com doenças que acometem os camarões. Portanto, precisamos estabelecer protocolos próprios, com vistas ao melhor equilíbrio do sistema”, explica.

(Com Andressa Claudino/Instituto de Pesca)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Produção de etanol de milho pode atingir quase 10 bilhões de litros

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Assessoria

 

Nos últimos 10 anos a indústria mato-grossense cresceu mais de 39%. Esse avanço é reflexo da produção de biocombustíveis no estado, especialmente, do etanol de milho. Para a safra 2025/26 a expectativa é que o setor produza quase 10 bilhões de litros do biocombustível, 1,7 bilhão a mais que no ciclo anterior.

A expansão do setor deve colocar Mato Grosso cada vez mais em evidência, uma vez que o estado é o principal produtor do cereal e deve ser responsável por cerca de 60% da produção nacional.

Foto: Assessoria Unem

Durante a 2ª Conferência Internacional Unem Datagro sobre Etanol de Milho, o presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, explicou que eventos como este são importantes para evidenciar este setor, cada vez mais.

O presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel, comentou que atualmente, o maior produto de etanol é oriundo do milho. “Essa indústria impulsionou a nossa agroindustrialização”.

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Para o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, essa expansão do biocombustível mudou para melhor a imagem do setor produtivo e deve colocar o estado ainda mais em evidência.

 

“O etanol de milho e o milho são commodities que há pouco tempo eram vistos como o ‘patinho feio’ na safrinha por ser plantado para fazer cobertura após a colheita da soja. Hoje deixou de ser safrinha e é uma grande safra pela importância econômica”, frisou.

Biocombustíveis como uma “nova Petrobras”

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, disse que o momento dos biocombustíveis é a “nova Petrobras”.

“A Petrobras foi para o campo, gerar energia, energia verde, renovável e gerar alimentos ao mesmo tempo. Não é concorrente. Combate inflacionário, está aqui passando pelos biocombustíveis. É o Brasil mostrando pro mundo que tem fontes renováveis de energia e dando exemplo de sustentabilidade”, comentou.

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Na ocasião, Fávaro, disse que o Brasil deverá implementar, ainda neste primeiro semestre do ano, até 30% de etanol na gasolina.

canalrural

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Quaresma impulsiona demanda por peixes e anima produtores

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Imagem: peixe.br

O mercado brasileiro de tilápia tem mostrado sinais de recuperação nos preços, impulsionados pela demanda crescente durante a Quaresma, período que começou semana passada. A tradição de consumir peixes nesse período eleva a procura, beneficiando produtores em diversas regiões do país.

O Brasil produziu aproximadamente 485,2 mil toneladas de peixes em 2017, sendo a tilápia responsável por 58,4% desse total, com 283,2 mil toneladas. O Paraná destaca-se como o maior produtor nacional de tilápia, com 112 mil toneladas, representando 20,2% da produção nacional. A região Oeste do estado, especialmente os municípios próximos a Toledo e Cascavel, responde por 69% dessa produção, consolidando-se como a principal área produtora do país.

50 toneladas de peixes vão para a vala por falta de energia

Apesar da tendência de recuperação nos preços, desafios persistem em algumas regiões. No Oeste do Paraná, por exemplo, o excesso de peixes de grande porte e questões sanitárias têm impactado produtores independentes, exigindo atenção e medidas para equilibrar a oferta e a demanda.

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No cenário internacional, oportunidades podem surgir com possíveis mudanças nas tarifas de importação dos Estados Unidos sobre a tilápia chinesa. Caso se concretizem, essas alterações podem abrir espaço para o Brasil expandir suas exportações para o mercado norte-americano, ampliando a participação brasileira no comércio global de tilápia.

(Com Pensar Agro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Concurso vai eleger a melhor muçarela para pizza

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Imagem: Faep

Segundo maior produtor de leite do Brasil, o Paraná avança na tarefa de agregar valor à sua produção láctea. Um dos caminhos é a produção de queijos, atividade em que os laticínios e produtores artesanais do Estado vem se especializando. Esse trabalho garante ao Paraná o posto de maior produtor de queijo muçarela do país, com produção média de 500 toneladas do produto por dia.

Diante do fato de que o queijo muçarela é apreciado pelos consumidores em diversas formas (sanduíches, lasanha, pizza e outros pratos), o Sistema FAEP, de forma inovadora, lançou Concurso Excelência em Muçarela – Edição Pizza, voltado aos produtores de queijo deste tipo do Paraná. A premiação ocorre de forma paralela à 2ª edição do Prêmio Queijos do Paraná. As inscrições para ambas as premiações estão abertas até 1º de maio, no site do Sistema FAEP (www.sistemafaep.org.br).

Descubra mitos e verdades sobre cascas de queijos

O leite tem um papel social e econômico importante no Paraná. Fomentar para que os produtores possam agregar valor à sua produção faz parte da missão do Sistema FAEP. Essas premiações são iniciativas para conferir mais qualidade à produção paranaense e levar esses produtos para a vitrine do consumo”, destaca o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

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A seleção da muçarela vai contar com duas etapas: uma avaliação técnica, em que o júri observará as características técnico-funcionais do queijo, como derretimento, elasticidade, gordura livre e fatiabilidade; e uma avaliação sensorial, em que os jurados levarão em conta a utilização da muçarela em uma pizza.

Prêmio Queijos do Paraná30

O Concurso Excelência em Muçarela ocorre em paralelo ao Prêmio Queijos do Paraná, que conta com 21 categoria, entre produzidos com leite de vaca, cabra, ovelha ou búfala. Na primeira edição, realizada em 2023, foram inscritos 450 queijos vindos de todas as regiões do Estado, dos quais 98 foram premiados com medalhas de bronze, prata, ouro e super ouro. Além da premiação, os concorrentes receberam uma ficha técnica de avaliação do queijo participante, produzida por um especialista, o que contribui para o aperfeiçoamento da atividade queijeira no Estado.

A 2ª edição do Prêmio Queijos do Paraná é promovida por um comitê gestor formado pelo Sistema FAEP, Sebrae-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sindileite e Sistema Fecomércio-PR.

Para participar de ambas as premiações, os produtores e agroindústrias precisam estar devidamente regularizados, com certificado de inspeção municipal, estadual ou federal. Em caso de dúvidas, basta entrar em contato pelo email: [email protected].

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Reconhecimento

As premiações estão marcadas para os dias 29 e 30 de maio de 2025, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. No primeiro dia, o evento vai contar com programação técnica com palestras e minicursos e o Concurso Excelência em Muçarela. No segundo dia, haverá programação técnica pela manhã e a avaliação dos inscritos no Prêmio Queijos do Paraná, encerrando com o cerimonial de premiação e um coquetel.

(Com FAEP)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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