Pecuária
Fazenda Espinilho recebe abertura da Gira Técnica do Mundial Braford

Foto: ABHB/Divulgação
A Fazenda Espinilho, do Grupo Pitangueira, localizada no município de Maçambará (RS), foi o ponto de partida da Gira Técnica do 9º Congresso Mundial da Raça Braford. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), reuniu criadores, técnicos e especialistas nacionais e internacionais para uma imersão nas práticas de produção e melhoramento genético da raça.
Durante o primeiro dia de programação, os visitantes puderam conhecer de perto o trabalho de seleção do rebanho Braford da Pitangueira, um dos mais tradicionais do país. Foram apresentados exemplares de diferentes categorias e discutidos aspectos técnicos ligados à produção de genética adaptada às condições do Pampa Gaúcho.
O presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Eduardo Soares, celebrou o início das atividades. “Gostaríamos de agradecer a todos que estão conosco aqui, todos que estão nos acompanhando nesse primeiro dia de gira do Mundial Braford 2025. Aqui na Fazenda Espinilho, do Grupo Pitangueira, em Maçambará, começamos uma semana abençoada, um sol, um clima maravilhoso e uma gira técnica que precede a grande exposição que teremos nos últimos dias do Mundial”, destacou.
Anfitrião da etapa inicial, o diretor do Grupo Pitangueira, Eduardo Peixoto, ressaltou a importância do momento. “É um prazer para nós, é uma honra da Pitangueira receber o primeiro dia da gira do mundial, do 9º Mundial do Braford aqui no Brasil. Fomos agraciados por um ótimo clima na Fazenda Espinilho e recebemos todo esse povo que veio para ver o Braford que nós estamos trabalhando: uma base Nelore, um Braford rústico adaptado, com avaliação genética, é o que estamos mostrando para os congressistas do mundo inteiro”, salientou.
A diretora do Grupo Pitangueira, Clarissa Lopes Peixoto, também expressou sua emoção ao receber os visitantes. “Para nós da Pitangueira é uma honra estarmos participando desta importante gira que já podemos chamar de uma inesquecível gira do Mundial. Primeiro eu quero agradecer a ABHB por nos convidar para fazer parte, para nós é muita emoção, fizemos com muito carinho tudo, preparamos e estamos sendo abençoados por esse dia maravilhoso. Então, sorte de quem está podendo aproveitar estar aqui conosco e quem não pode estar hoje, que siga na gira nos outros dias, porque está valendo a pena”, afirmou.
O coordenador da Gira Técnica, Aldo José Tavares dos Santos, destacou o significado da realização do evento no Brasil. “Com muita satisfação, a ABHB promove o nosso país e sedia esse congresso. Um momento que é espetacular em termos de produção brasileira. Hoje o Brasil é protagonista nos cereais e na carne no mundo. E o que vejo nesse congresso vai ser um debate de produtores em cima dessa oportunidade que o Brasil tem. Acredito que o Braford, pela sua qualificação técnica, tem muito a aportar nesse rebanho enorme, para nos qualificarmos cada vez mais na nossa produção de carne”, disse.
Entre os destaques do dia esteve a palestra do chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, que abordou a importância da eficiência produtiva nos sistemas de pecuária a pasto e as contribuições da genética Braford para a sustentabilidade e a rentabilidade das propriedades rurais. Cardoso também destacou a evolução dos programas de avaliação genética no Brasil e os avanços da pesquisa no desenvolvimento de animais mais adaptados e eficientes.
A Gira Técnica do Mundial Braford seguirá nos próximos dias com visitas a outras propriedades de referência, proporcionando aos participantes uma visão ampla do trabalho desenvolvido no sul do Brasil com a raça Braford. O circuito antecede a programação de palestras e julgamentos do Congresso Mundial, que ocorrerá no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), reunindo expositores e eventos técnicos até o dia 4 de maio.
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Prova da raça Brahman confirma evolução genética dos touros

Foto: Assessoria
Uma avaliação realizada com 180 reprodutores da raça Brahman nos últimos cinco anos comprovou uma evolução genética significativa em características de maior impacto econômico para a pecuária de corte, tais como qualidade de carcaça, ganho de peso e eficiência alimentar. O levantamento teve como base os dados zootécnicos coletados em todas as edições da Prova de Eficiência e Performance Brahman Boi com Bula, entre os anos de 2021 e 2025, e foi realizado pelo Conselho Técnico da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Central Bela Vista e BrasilcomZ.
Os resultados foram apresentados nos dias 1º e 2 de agosto, em Botucatu/SP, durante a final da quinta edição da Prova, que contou com a presença de técnicos e criadores do Brasil e do Paraguai. De acordo com o consultor técnico da BrasilcomZ Guilherme Faria Costa, houve um relevante progresso fenotípico no período avaliado. “Em vários índices da prova de 2025, as médias ficaram acima das verificadas nos anos anteriores. Tivemos um crescimento de 16% nos dados de Espessura de Gordura Subcutânea (EGS), de 7% no marmoreio (MAR) e de 3% na Área de Olho de Lombo (AOL). Isso confirma a aptidão da raça para produção de carne de qualidade e de forma sustentável”, diz Costa.
Já quando comparados os resultados das três últimas edições, quando a prova passou a avaliar somente touros, os índices tiveram elevação ainda maior, sendo 40% de crescimento no EGS, 59% no MAR e 7% no AOL. Em relação à parte morfológica, avaliada pelo método EPMURAS, houve um incremento no progresso fenotípico de 5% entre 2023 e 2025. “Os dados coletados comprovam a eficiência da raça para produzir carne de qualidade a um custo reduzido, com animais de baixo consumo alimentar, boas avaliações de carcaça e boa performance em ganho de peso”, destaca o presidente da ACBB, Gustavo Rodrigues. Somando todas as edições, já foram avaliados 231 animais, sendo 180 touros e 51 fêmeas, de 25 criatórios, de cinco estados (Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo).
Na edição de 2025, participaram 26 reprodutores jovens, que foram avaliados em relação à qualidade de carcaça, ganho de peso, fertilidade e morfologia. No encerramento da prova, o jurado da ABCZ Célio Heim foi responsável pelo julgamento de morfologia. “Os campeões apresentaram carcaça precoce, bons aprumos, bom comprimento, profundidade e acabamento. São reprodutores harmoniosos que contribuirão muito para a pecuária de corte”, explica o jurado da ABCZ.
Os animais foram divididos em dois grupos, conforme a data de nascimento, sendo que 14 deles ficaram na prova 1 (nascidos entre agosto e setembro de 2023) e 12 deles na prova 2 (nascidos entre outubro e dezembro de 2023). O Grande Campeão de Morfologia foi o touro MR Vitória 8099, que também foi Campeão de Performance, Campeão Gourmet, Campeão de Desempenho, Campeão de Eficiência da Prova 1. Ele é de propriedade do criador Alexandre Ferreira, do Brahman Vitória.
O Campeão de Morfologia da Prova 2 foi o touro MR N POUS.POI 6814, de propriedade do criador Felipe Lemos, da Fazenda Nova Pousada. O Campeão de Performance, Campeão Gourmet e Campeão de Desempenho da Prova 2 foi MR N POUS.POI 6849. Ele também pertence ao time da Nova Pousada. Já o Campeão de Eficiência da Prova 2 foi MR. W2R JUPTER 1688, de propriedade de Wilson Rodrigues, da Agropecuária W2R.
A Prova de Eficiência e Performance Brahman Boi com Bula foi realizada pela ACBB, em parceria com BrasilcomZ, Central Bela Vista e teve o apoio da ABCZ.
Larissa Vieira/AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Úlcera gástrica em equinos: saiba como prevenir e tratar a síndrome que afeta o desempenho dos animais

Reprodução/Portal do Agronegócio
A Síndrome da Úlcera Gástrica Equina, conhecida pela sigla EGUS (do inglês Equine Gastric Ulcer Syndrome), é uma condição comum em cavalos e potros, causada por desequilíbrios entre os agentes agressivos presentes no estômago e os mecanismos naturais de proteção da mucosa gástrica.
Como se desenvolvem as úlceras gástricas em cavalos
O estômago dos equinos é dividido em duas regiões:
- Parte aglandular, mais suscetível a lesões por não possuir defesas próprias contra a acidez;
- Parte glandular, que conta com mecanismos fisiológicos de proteção, mas que também pode ser afetada em condições adversas.
Diversos fatores favorecem o desenvolvimento da EGUS, como:
- Alimentação inadequada (baixa em fibras e alta em concentrados);
- Longos períodos de jejum;
- Estresse por confinamento, transporte ou competições;
- Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
Sinais clínicos e diagnóstico
De acordo com a médica-veterinária Camila Senna, coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal, os sinais da úlcera gástrica podem variar de sutis a evidentes, incluindo:
- Redução do apetite;
- Perda de peso;
- Queda no desempenho atlético;
- Bruxismo (ranger de dentes);
- Salivação excessiva;
- Desconforto abdominal;
- Cólica recorrente.
Em potros, é comum observar inquietação durante a alimentação e frequência maior em se deitar após mamar.
Prevenção baseada no manejo alimentar e ambiental
A principal forma de prevenção da EGUS está no manejo adequado da dieta e do ambiente dos animais. Camila destaca que equinos são adaptados ao pastejo contínuo, o que favorece a produção de saliva e ajuda a neutralizar o ácido gástrico.
Medidas recomendadas incluem:
- Fornecimento de volumoso de boa qualidade (feno ou pastagem) ao longo do dia;
- Inclusão de alfafa, que possui maior capacidade tamponante;
- Fracionamento das refeições;
- Redução no uso de concentrados;
- Minimizar situações estressantes e permitir tempo para pastagem ou recreação.
Tratamento: omeprazol como principal aliado
Se a prevenção não for suficiente e o animal já apresentar lesões gástricas, o tratamento com medicamentos se faz necessário. O omeprazol é o fármaco mais indicado por ser um potente inibidor da bomba de prótons, capaz de reduzir a acidez estomacal e promover a cicatrização da mucosa.
Produtos específicos para equinos, como o Gastrozol® Pasta, garantem maior eficácia devido à absorção adequada e praticidade na administração oral. Essa formulação facilita a dosagem correta e proporciona alívio rápido dos sintomas, contribuindo para a recuperação do animal.
“O uso do omeprazol é especialmente indicado para cavalos atletas, que enfrentam fatores estressantes com frequência”, destaca a especialista.
Abordagem integrada é essencial para o sucesso
A eficácia do tratamento depende da associação entre o uso de medicamentos, ajustes na alimentação e no manejo ambiental. A supervisão de um médico-veterinário é fundamental para garantir a recuperação completa e manter a saúde digestiva dos equinos.
O bem-estar e o desempenho dos animais estão diretamente ligados a um sistema digestivo equilibrado — e isso começa com práticas preventivas, manejo adequado e acompanhamento profissional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Leite/Cepea: ‘Média Brasil’ fecha junho a R$ 2,6474/litro

Divulgação
Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em junho fechou a R$ 2,6474/litro na “Média Brasil”.
Agentes do mercado seguem relatando que a oferta, no momento, supera a demanda, o que tende a pressionar as cotações. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu 3,31% de maio para junho na “Média Brasil”. Esse avanço continua sendo explicado pelos maiores investimentos dos produtores na atividade.
Pesquisas do Cepea mostram que, mesmo com a alta de 0,55% no Custo Operacional Efetivo (COE) de junho na “Média Brasil”, os insumos voltados à nutrição do rebanho apresentaram recuo de 0,37%.
Se, de um lado, os preços no campo estão caindo por conta do aumento da oferta, de outro, a demanda por lácteos não tem crescido pari passu a ponto de sustentar as cotações. Em junho, o mercado de derivados registrou comportamentos distintos a depender do produto, com baixas para o leite em pó, alta para muçarela e estabilidade para o UHT. Os resultados evidenciam o momento delicado do setor lácteo, marcado pela dificuldade em equilibrar a oferta de matéria-prima e a demanda por derivados.
Fonte: Assessoria Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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