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Agricultura

Mecanização florestal impulsiona produtividade no Mato Grosso do Sul

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Assessoria

 

Com a expansão da produção florestal voltada, principalmente, para os setores de papel e celulose, o Mato Grosso do Sul se consolida como referência no cultivo de florestas. Segundo estado com maior área de florestas plantadas no país – cerca de 1,35 milhão de hectares -, a região tem atraído grandes players da indústria. Para acompanhar esse crescimento com alto desempenho, a Reflorestar Soluções Florestais atua no estado com operações 100% mecanizadas, oferecendo soluções completas e adaptadas às necessidades do setor.

E com este crescimento, todas as operações florestais ganham espaço. De acordo com o gerente de silvicultura, Paulo Gustavo Souza, as áreas do Mato Grosso do Sul são muito propícias para a mecanização. “É um terreno totalmente plano, com um solo argiloso, mais leve. A Reflorestar possui máquinas e equipamentos ideais para este cenário”. Entre as atividades dentro da silvicultura estão o preparo de solo, adubação de base, irrigação, limpeza de área e plantio.

Quando o assunto é colheita em áreas reflorestadas, o gerente de operações florestais Keiferson Albano entende bem do assunto. Responsável pela atividade no estado, ele atende demandas com módulos Full Tree (FT) – sistema de colheita mecanizada que retira a árvore inteira para, em seguida, ser processada em toras conforme a necessidade de cada projeto.

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“Com uma das frotas mais novas do mercado, temos uma estrutura completa para dar conta de todo o volume previsto nas operações. Nossos operadores entregam alta performance, com todos os processos voltados à segurança das equipes e das empresas atendidas”, destaca Albano.

Desempenho no carregamento garante competitividade

O carregamento de madeira é outra etapa relevante da cadeia florestal e influencia diretamente a eficiência e a competitividade das operações no Mato Grosso do Sul. Ao garantir agilidade e precisão nessa fase, empresas do setor conseguem reduzir custos logísticos e elevar a sustentabilidade do processo produtivo.

Segundo David Souza, gerente de operações florestais na região, a escolha e a configuração dos equipamentos fazem toda a diferença no desempenho em campo. “Temos garras de diferentes tamanhos e gruas com especificações variadas para oferecer a melhor combinação para cada tipo de madeira. Isso resulta em ganhos reais de produtividade, medido em m³/h”, afirma.

Com tecnologia de ponta, planejamento estratégico e equipes altamente capacitadas, a Reflorestar fortalece sua atuação no Mato Grosso do Sul como uma parceira essencial para o avanço da produção florestal. Ao mecanizar todas as etapas, da preparação do solo ao carregamento final, a empresa entrega mais produtividade, segurança e sustentabilidade, requisitos indispensáveis em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

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Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .

Janaina Massote

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Novo “cérebro” das máquinas agrícolas: PTx lança receptor NAV-960 na Agrishow 2025

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em

Assessoria

Quem trabalha no campo sabe que cada segundo conta. Se a plantadeira atrasa, o pulverizador falha ou o trator sai da linha, o prejuízo aparece na conta no final da safra. Pensando nisso, a PTx, marca que une as tecnologias da Precision Planting e da PTx Trimble, escolheu a Agrishow 2025 para mostrar ao mundo o seu novo “cérebro” de operação no campo: o receptor NAV-960.

Essa nova geração de piloto automático é como trocar um celular antigo por um smartphone de última geração: mais rápido, mais inteligente e preparado para tudo que vem pela frente. Com estrutura reforçada, a NAV-960 aguenta tranco, calor, frio, chuva, poeira e tudo o que faz parte da rotina da lavoura.

Mas o que isso muda na prática? Imagine dirigir à noite por uma estrada de terra com faróis fracos e sem GPS. Agora, pense nessa mesma estrada com um carro moderno, farol de LED, assistente de pista e mapa atualizado. Essa é a diferença que a NAV-960 oferece para as máquinas agrícolas: ele guia com mais precisão, evita caminhos repetidos e ajuda o produtor a economizar combustível, tempo e insumos.

Além disso, o novo processador, mais potente, permite que o sistema pense mais rápido e execute tarefas com mais fluidez. Com conectividade via Wi-Fi e Bluetooth, a manutenção e atualizações podem ser feitas de forma mais simples, quase como atualizar um app no celular.

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Segundo Bruno Sartori, especialista de Marketing e Produto da PTx Trimble, a NAV-960 é mais do que um equipamento. “Ele entrega mais tempo de máquina funcionando, evita retrabalho e melhora o rendimento. É uma tecnologia que trabalha junto com o agricultor, sem complicar o uso,” explica.

Entre os destaques do receptor estão: base de alumínio fundido, resistente a poeira, água e trepidação; sistema GNSS aprimorado, que rastreia mais satélites e garante até 50% mais precisão no campo; tecnologia Trimble ProPoint® com IonoGuard™, que mantém a máquina no rumo mesmo com interferência solar; compatibilidade com os monitores GFX-350, GFX-1060 e GFX-1260; instalação descomplicada, usando os mesmos cabos da geração anterior (NAV-900).

ReClaim: menos desperdício, mais eficiência

A PTx não para por aí. Também será apresentado durante a Agrishow o ReClaim, um sistema que resolve um velho problema de quem usa pulverizador: o desperdício de produto no começo da aplicação.

Nos pulverizadores comuns, o produto leva tempo para chegar ao fim da barra. Resultado: as primeiras passadas saem mais com água do que com defensivo, o que prejudica a qualidade da pulverização. Com o ReClaim, esse “esquenta” é feito de forma inteligente: o sistema recircula o produto, preenche a barra por completo e devolve o que não for usado para o tanque.

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Segundo Douglas Melo, coordenador de Produtos da PTx, “o ReClaim elimina o desperdício logo de cara. E o melhor: pode ser instalado em pulverizadores usados, sem precisar investir em um novo equipamento”. Essa combinação de robustez com inteligência coloca a PTx entre as empresas que realmente entendem o dia a dia do campo, onde o tempo é curto, o clima é imprevisível e cada decisão impacta o resultado da colheita.

“No fim das contas, é isso que importa: tecnologia que ajuda, que funciona e que dá resultado. No campo, simplicidade e eficiência sempre valem mais do que promessa”, finaliza Melo.

Sobre a PTx

Criada em 2024, a PTx é uma marca global de soluções de agricultura de precisão. O portfólio PTx, com produtos Precision Planting e PTx Trimble, entrega soluções agrícolas de precisão totalmente compatíveis com todas as marcas do mercado e abrangem as necessidades dos agricultores em todo o ciclo da cultura – conectando, controlando, orientando e gerenciando dados. As soluções PTx de retrofit e de fábrica apoiam o agricultor a tornar seu negócio mais rentável, são plataformas que se comunicam entre si e contribuem no aumento de produtividade, redução de custos e potencialização de recursos. Para mais informações, visite: www.ptxag.com

Sobre a AGCO

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AGCO (NYSE: AGCO) é líder global no design, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologia de agricultura de precisão. A AGCO oferece valor para agricultores e clientes OEM por meio de seu portfólio de marcas diferenciadas, incluindo marcas principais como Fendt®, Massey Ferguson®, PTx e Valtra®. A linha completa de equipamentos, soluções de agricultura inteligente e serviços da AGCO ajuda os agricultores a alimentar o mundo de forma sustentável. Fundada em 1990 e com sede em Duluth, Geórgia, EUA, a AGCO registrou vendas líquidas de aproximadamente 11,7 bilhões de dólares em 2024. Para mais informações, visite www.agcocorp.com.

Grasieli Aline de Souza

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Pesquisa desenvolve avião agrícola de pulverização não tripulado

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em

Foto: Divulgação Fundação Araucária

Com o objetivo de alcançar avanços na tecnologia aeronáutica paranaense, foi lançado sexta-feira (25) o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Aeronaves de Pequeno Porte. O foco inicial das pesquisas é o avião agrícola de pulverização não tripulado. O projeto visa, inicialmente, o voo remotamente pilotado do AgroVANT (uma aeronave de pulverização agrícola, de asa fixa pesando acima de uma tonelada). A longo prazo, espera-se realizar um voo autônomo desta aeronave. Os estudos terão investimento do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, de R$ 2,7 milhões.

A proposta dos pesquisadores apresenta uma solução tecnológica inovadora para o sistema de controle de uma aeronave de asa fixa com propulsão a combustão, aplicada à pulverização agrícola, capaz de realizar um voo supervisionado, inclusive com auxílio de sistemas de apoio ao piloto remoto, baseados em câmeras e sistemas embarcados inteligentes integrados ao AgroVANT. Integram o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Aeronaves de Pequeno Porte, pesquisadores da UTFPR, Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da IPE Aeronaves.

Segundo o pesquisador do Laboratório de Inovação e Tecnologia em Sistemas Embarcados e Energia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e articulador do NAPI Aeronaves, Douglas Renaux, o desenvolvimento do sistema de controle digital para uma aeronave não-tripulada, com massa superior a 1 tonelada, capaz de realizar voos autônomos é de elevada complexidade e uma iniciativa pioneira.

“Não se tem conhecimento de uma aeronave com este porte, para aplicação civil, atualmente em operação no mundo. Inicialmente ele vai ser pilotado remotamente, ou seja, vai ter uma pessoa no chão responsável pela pilotagem. Ao longo do tempo a gente quer ir aumentando o nível de autonomicidade da aeronave até que a gente possa ter uma aeronave 100% autônoma”, explica o pesquisador.

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Desta forma, será possível programar a aeronave antecipadamente indicando de onde ela deve decolar, pra onde ela deve voar, como ela deve pulverizar e como ela deve retornar. “Esperamos um aumento enorme de efetividade, de eficiência, e também de segurança porque hoje a área de aviação agrícola é causadora de muitos acidentes. Tirando o piloto de dentro da aeronave vamos conseguir ganhos muito significativos”, ressalta Douglas Renaux.

BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE – No projeto os pesquisadores serão responsáveis pelo desenvolvimento dos sistemas aviônicos e os trabalhos com engenharia de materiais enquanto a empresa paranaense IPE Aeronaves, atuando há 50 anos no mercado, participa com a aeronave que vem sendo desenvolvida há mais de dois anos pela empresa.

“Se formos avaliar a área pulverizada no Brasil, são mais de dois bilhões de hectares que tem que ser pulverizados, com uma grande necessidade de sistemas ou máquinas. Com essa tecnologia que nós estamos desenvolvendo e vamos oferecer ao agricultor, nós vemos isso como um mercado enorme a ser atingido, não só no Brasil como na América do Norte, e, futuramente, na África e até na Europa, pois não tem nada similar a isso no mundo”, afirma o sócio gerente da IPE Aeronaves e presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPETEC), João Carlos Boscardin.

Levantamentos da empresa mostram que, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, um piloto é vítima de acidente fatal a cada mês. “Fora outros acidentes com sequelas. Por ser uma atividade muito repetitiva, é muito fácil você poder tirar o piloto de dentro da aeronave reduzindo estes números”, destaca Boscardin.

Atualmente, as aeronaves sem piloto que fazem a pulverização agrícola são da categoria chamada multicópteros, com hélices voltadas para cima, como em um helicóptero. Precisam carregar o próprio peso através do esforço do motor, o que faz com que a autonomia e a eficiência deles sejam muito baixas. Só conseguem carregar alguns litros do produto, enquanto o projeto proposto possui uma aeronave de asa fixa, mais eficiente, com capacidade de voar com mais de uma tonelada.

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“Enquanto os multicóprteros voam talvez a 20 km/h, a gente voa a 150 km/h por hora. Então há um ganho significativo de eficiência, muito mais área pulverizada em muito menos tempo, muito menos consumo de combustível e de energia”, ressalta o articulador do NAPI Aeronaves Douglas Renaux.

“Temos a participação de universidades importantes e de uma empresa que tem uma importância grande no desenvolvimento de novas propostas para o Estado que é a IPE. Nessa parceria a eletrônica embarcada vai ser feita pelas universidades paranaenses. Então vejam a importância disso, a possibilidade de criarmos riqueza, renda e emprego de alto valor agregado com a produção de AgroVANT no estado Paraná”, enfatizou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

O reitor da UTFPR, Everton Ricardi Lozano da Silva, ressaltou a importância da estratégia dos NAPIs para o avanço da ciência e inovação no Paraná. “A UTFPR participa de maneira direta de mais de 20 NAPIs. E este é um NAPI estratégico por ser uma iniciativa inédita. Promete a entrega de uma solução de alto impacto para a sociedade e não só paranaense, mas em nível nacional e internacional. A expectativa é de que a gente consiga entregar para a sociedade um produto altamente sustentável e tecnológico”, disse o reitor.

Outro benefício fundamental da proposta é a capacidade de realizar pulverizações noturnas ou em condições de visibilidade reduzida, otimizando a utilização do tempo e respondendo às demandas sazonais da agricultura.

A eliminação das perdas de plantio nos pontos onde as máquinas agrícolas deixam rastros de pneus representa uma melhoria adicional na eficiência operacional, enquanto a ausência de compactação do solo, frequentemente causada pelo peso do maquinário agrícola, contribuirá para a preservação da qualidade do solo ao longo do tempo.

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(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Em alerta, Paraná se une contra o greening

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em

Assessoria

 

Desde 2021, quando voltou a acometer os pomares paranaenses com maior incidência, o greening vem colocando o setor produtivo em estado de alerta. A doença, com potencial para dizimar plantas de citros, se alastrou por polos de cultivo de laranja, principalmente nas regiões Norte e Noroeste do Paraná. No entanto, a reação foi imediata. Produtores rurais, entidades, incluindo o Sistema FAEP, e o poder público se uniram para barrar o avanço do greening no Estado.

Também conhecido como Huanglongbing (HLB), o greening é causado por uma bactéria, a Candidatus liberibacter. Ela é disseminada pelo psilídeo Diaphorina citri, um inseto milimétrico (mede entre dois e três milímetros), que se alimenta de brotos novos ou da parte de trás das folhas de plantas cítricas. Como é uma doença silenciosa e sem tratamento, quando os sintomas do greening se manifestam, com as folhas amareladas na copa das árvores e frutos manchados, a contaminação já está em um estado irreversível. As árvores deixam de produzir.

“O greening é um problema que coloca em risco a citricultura do Paraná. Por isso, o Sistema FAEP, com outras entidades dos setores público e privado, tem trabalhado para combater a doença, auxiliando os produtores rurais com a orientação das medidas que precisam ser tomadas”, destaca o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

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Desde o fim de dezembro de 2023, por decreto do governador Carlos Massa Junior, o Paraná está em estado de emergência fitossanitária, em razão da infestação por HLB. A medida contempla uma série de esforços conjuntos de monitoramento e controle da doença. Segundo o mapeamento da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) , o greening está presente em pomares de mais de 150 municípios paranaenses. Uma das preocupações é manter a praga restrita às regiões onde ela se encontra hoje e conter o avanço para outras áreas de produção.

“A planta contaminada pode demorar um ano para começar a expressar os sintomas. Então, quando aparecem, já não há o que fazer”, diz Caroline Garbuio, responsável pelo Programa de Sanidade da Citricultura, da Adapar. “É preciso focar em métodos de controle, para evitar a disseminação da doença”, acrescenta.

União

No início deste ano, a Resolução 4 da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) instituiu a Câmara Setorial da Cadeia da Citricultura do Paraná. Formado por entidades públicas como a Adapar e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) , além de empresas, associações, cooperativas, consultorias e instituições como o Sistema FAEP, o colegiado tem por objetivo monitorar e propor ações contra o greening em todo o Estado.

“Houve uma integração entre produtores, fiscalização, prefeituras e técnicos, todos cooperando para que se avance no combate à doença”, diz a técnica Elisangeles Souza, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP. “Esse trabalho conjunto é fundamental. Qualquer ação isolada seria ineficaz. Todos precisamos estar em sincronia”, completa.

As ações desenvolvidas estão alinhadas ao Programa Nacional de Prevenção e Controle do HLB, instituído pela Portaria 317/2021 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) . Entre as medidas estabelecidas, está a eliminação das plantas hospedeiras com sintomas de greening, “mediante corte rente ao solo, com manejo para evitar brotações”.

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A erradicação é obrigatória a plantas de citros que tenham até oito anos. “Diante da emergência fitossanitária, com o objetivo de proteger as áreas de produção comercial, a Adapar vem erradicando todas as plantas hospedeiras de greening num raio de 4 km ao redor destas áreas. Reduzimos, assim, o inóculo da doença e a população do inseto vetor”, aponta Caroline. “Temos desenvolvido inúmeras ações junto a prefeituras e secretarias municipais de Agricultura, para tornar as ações mais efetivas”, ressalta.

Tudo isso já vem provocando impacto positivo no campo. Foram promovidas operações denominadas Baixo Índice de Greening (BIG) Citrus em 24 municípios, nas regiões de Paranavaí, Maringá e Umuarama. Nessas ações, foram fiscalizados mais de 300 pomares comerciais e 376 domésticos. No total, 57,1 mil plantas foram erradicadas. Além disso, houve fiscalizações em 254 comerciantes de mudas cítricas.

A expertise do Paraná também vai servir de exemplo a Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estados em que ainda não há registro do greening. As secretarias de Agricultura de lá solicitaram um intercâmbio técnico, por meio do qual vão enviar técnicos ao Paraná, para aprender com as políticas de combate e controle estabelecidas por aqui.

“Ações são um caminho sem volta”, defende produtora
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A família da engenheira agrônoma Marlene Fátima Calzavara é uma das pioneiras na citricultura do Paraná. O pai dela plantou os primeiros pés de laranja em 1991, dando início ao cultivo comercial da fruta, em Cruzeiro do Sul, no Noroeste do Paraná. Em 2006, ela assistiu à chegada do greening no Paraná. Inicialmente, a doença acometeu pomares em municípios vizinhos, até chegar à propriedade da família. “Foi difícil, mas com esforço coletivo todos fizemos o que precisava ser feito”, conta Marlene. A partir de 2021, no entanto, os produtores viram a ameaça voltar.

“É muito grave. Chegamos a perceber revoadas de insetos nos pomares. Foi um desespero total”, diz Marlene, que também é instrutora de citricultura do Sistema FAEP há 18 anos e coordenadora da comissão de mulheres do Sindicato Rural de Paranavaí. “Nossa família tem acompanhado todo esse processo de combate e controle, que está sendo conduzido pela Adapar com as empresas e entidades”, enfatiza.

Marlene avalia que as ações conjuntas têm obtido êxito em controlar o greening e em evitar o avanço da doença. Ela destaca a parceria com as prefeituras para a fiscalização e erradicação das plantas contaminadas, como forma de combater o HLB. Além disso, ela aponta o monitoramento do número de psilídeos nas propriedades e a adoção de técnicas de manejo, com pulverizações de inseticidas concentradas nas áreas contaminadas.

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“Nem nos meus melhores sonhos eu achei que fôssemos chegar a um patamar de combate [ao greening] em que estamos hoje, com todos unidos. As ações são um caminho sem volta”, ressalta. “Graças a esse trabalho de reação, estamos conseguindo respirar. Mas jamais vamos deixar de fazer o que está sendo feito, para conter o avanço da doença”, conclui.

Folder leva informação a citricultores

Para levar orientação aos produtores rurais, o Sistema FAEP e a Adapar produziram um material gráfico com informações técnicas relacionadas ao greening. Distribuído a citricultores, técnicos e servidores de prefeituras, a publicação ensina a identificar o psilídeo e a reconhecer os sintomas nas plantas infectadas. Intitulado “Todos contra o greening”, o folder também está disponível no site do Sistema FAEP.

“A unificação de esforços entre todos os elos da cadeia proporciona resultados assertivos. No caso do combate ao greening, não é diferente. Nesse sentido, além de trabalhar em conjunto com outras entidades, o Sistema FAEP aposta na disseminação de informações qualificadas, por meio desse material gráfico”, exemplifica o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

O folder também elenca estratégicas de controle do HLB e uma lista de boas práticas, que ajudam a manter o greening longe dos pomares. Em outra seção, a publicação traz os endereços de Unidades Regionais de Sanidade (URS) da Adapar, que podem receber denúncias relacionadas à doença.

Fonte: Assessoria

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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