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Agronegócio

Alta dos preços e demanda aquecida impulsionam profissionalização na pecuária de cria

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Foto: Armindo Barth Neto/Divulgação

A pecuária de cria iniciou 2025 com um cenário promissor, impulsionado pela alta no preço do boi gordo e pela expectativa de continuidade desse movimento nos próximos anos. A análise é do gerente técnico do Serviço de Inteligência em Agronegócio (SIA Brasil), Armindo Barth Neto, que avalia que o ambiente atual abre oportunidades importantes, mas exigirá mais profissionalização dos produtores.

Barth Neto explica que vários fatores convergem para um momento favorável, como a expectativa de aumento do consumo interno, exportações aquecidas, câmbio favorável e a previsão de menor oferta de bois gordos. Segundo ele, o recorde de abate de fêmeas em idade reprodutiva registrado nos últimos anos deverá impactar a oferta de reposição, fortalecendo ainda mais a demanda por bezerros de qualidade. “Temos uma escassez de oferta combinada com uma demanda elevada, o que gera um cenário de valorização, mas apenas quem estiver estruturado poderá aproveitar ao máximo”, destaca.

Vaca bate recorde com valorização de R$ 15,2 milhões

O gerente técnico da SIA ressalta que o segredo está em profissionalizar a gestão da propriedade rural. Entre as medidas necessárias estão a organização do rebanho, com descarte de animais improdutivos e investimento em genética melhoradora, além da atenção à qualidade das pastagens, adubação e controle de lotação. “A base do sucesso é pastagem de qualidade. Sem isso, todo o restante do sistema fica comprometido”, observa.

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Outro ponto fundamental para melhorar a eficiência é elevar a taxa de desmame e o peso dos terneiros, Barth Neto recomenda buscar taxas de desmame acima de 75% e terneiros com no mínimo 210 quilos ao desmame. Ele também enfatiza a importância de antecipar o primeiro parto para os 24 meses de idade. “Quanto antes a novilha iniciar sua vida produtiva, menor será o custo de recria e maior será a produtividade ao longo do tempo”, pontua.

A estratégia para quem deseja consolidar a produção e aproveitar o bom momento passa ainda por investimentos bem planejados. “O melhor dia para investir foi ontem. O segundo melhor dia é hoje. Estruturar o negócio agora é garantir ganhos maiores na alta e resistência nos momentos de baixa”, finaliza.

(Com Nestor Tipa Júnior/SIA

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Maior oferta pressiona preços do feijão preto, enquanto tipo carioca mantém firmeza

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Reprodução/ CenarioMT

A intensificação da colheita da primeira safra de feijão tem influenciado diretamente os preços de mercado em várias regiões do país, conforme indicam pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Com o avanço das atividades no campo, há maior disponibilidade do grão, o que tem pressionado os valores de negociação, especialmente no caso do feijão preto.

Segundo os analistas, muitos produtores têm aumentado a oferta para gerar receita imediata, o famoso “fazer caixa”, o que ajuda a explicar a queda mais acentuada nos preços desse tipo de feijão. Por outro lado, os grãos de melhor qualidade, sobretudo o feijão do tipo carioca, seguem com preços firmes. A sustentação vem da demanda mais exigente do mercado e da limitação na oferta de lotes recém-colhidos ou que estejam armazenados em boas condições.

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que, até o início de maio, 90,9% da área destinada à primeira safra já havia sido colhida no Brasil. Agora, as atenções se voltam para a segunda safra, com foco especial nas lavouras do Sul do país, que podem ditar os próximos movimentos do mercado.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Manga registra forte valorização no Vale do São Francisco com oferta restrita

Publicado

em

FOTO:PIXABAY

 

Os preços da manga apresentaram alta significativa na última semana no Vale do São Francisco (PE/BA), impulsionados pela oferta restrita tanto na região quanto em outras importantes áreas produtoras do Semiárido, como Livramento de Nossa Senhora (BA) e o Norte de Minas. Dados do levantamento do Hortifrúti/Cepea revelam que a variedade palmer foi comercializada a uma média de R$ 3,16/kg, registrando um avanço de 9% em relação à semana anterior.

A valorização da manga tommy foi ainda mais expressiva, com alta de 21%, atingindo média de R$ 3,63/kg na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, a escassez de produto nas principais praças produtoras está no centro dessa pressão altista, cenário que deve se manter nas próximas semanas, mantendo os valores elevados.

A menor disponibilidade de manga no mercado doméstico é resultado de fatores climáticos e ritmo lento de colheita, elementos que, somados, restringem o volume ofertado e sustentam a valorização. Diante disso, a expectativa é de que a demanda continue superando a oferta, favorecendo a rentabilidade dos produtores, especialmente no Vale do São Francisco.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Safra dos Cafés do Brasil estimada para ano-cafeeiro de 2025 totaliza volume físico equivalente a 55,67 milhões de sacas

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Agência Brasil/arquivo

A estimativa da produção dos Cafés do Brasil incluindo o somatório das espécies de Coffea arabica (café arábica) e de Coffea canephora (café robusta+conilon), com base nos dados do segundo levantamento da safra divulgado neste mês de maio do corrente ano-cafeeiro de 2025, totaliza o volume físico equivalente a 55,67 milhões de sacas de 60kg. Essa performance, caso se confirme no decorrer deste ano, representará um ligeiro acréscimo de 2,7% em relação ao que foi efetivamente colhido na safra do ano anterior, cuja produção totalizou 54,21 milhões de sacas.

Em relação especificamente aos dados da safra da espécie de C. arabica de 2025, tal estimativa indica que a produção em nível nacional deverá atingir o total de 36,97 milhões de sacas, as quais estão sendo cultivadas numa área de 1,48 milhões de hectares, o que permitirá obter uma produtividade média de 24,9 sacas por hectare. Dessa forma, constata-se que essa produção corresponderá a 66,40% da safra em nível nacional deste ano.

Caso tais números dessa espécie estimados para 2025 sejam comparados com os efetivamente obtidos na safra anterior, constata-se que deverá ocorrer uma queda de 6,6% na produção, haja vista que a colhida em 2024 registrou 39,59 milhões, assim como também haverá um decréscimo de 1,6% na área de cultivo, (1,50 milhões de hectares), e ainda de 5,1% na produtividade, que registrou 26,2 sacas por hectare no ano passado.

Em complemento, estabelecendo essa mesma análise com os dados estimados para a espécie de C. canephora, verifica-se que para o ano-cafeeiro de 2025 a produção foi calculada em 18,70 milhões de sacas de 60kg, que estão sendo cultivadas numa área de 371,3 mil hectares, com produtividade média de 50,4 sacas por hectare. Assim, depreende-se que a produção estimada dessa espécie corresponderá a aproximadamente 33,60% da previsão total para a safra nacional.

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Comparando esses dados previstos para 2025, com os que foram efetivamente obtidos por essa mesma espécie no ano-cafeeiro de 2024, constata-se que haverá um crescimento bastante expressivo de 27,9% da safra, pois no ano anterior tal safra registrou uma colheita de 14,61 milhões de sacas, assim como de 28,3% na produtividade – anteriormente foi de 39,2 sacas por hectare -, e, em contrapartida, haverá apenas uma ligeira queda de 0,3% na área de produção, a qual registrou 372,42 mil hectares na safra anterior.

Como as duas espécies dos Cafés do Brasil são cultivadas nas cinco regiões geográficas do País, em 20 estados da Federação, incluindo o Distrito Federal, merece destaque o fato de que a Região Sudeste lidera há algumas décadas, de forma absoluta, a produção em nível nacional, cuja safra estimada para 2025 totaliza 48,38 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representará em torno de 87,0% do total nacional.

E, na segunda posição, figura a Região Nordeste, a qual teve sua produção de cafés estimada em 3,67 milhões de sacas para 2025, performance que representa em torno de 6,6% da nacional. Na sequência destaca-se a Região Norte com estimativa de 2,30 milhões de sacas (4,2%), seguida da Região Sul, na quarta posição, com 711,9 mil sacas (1,3%). E, por fim, vem a Região Centro-Oeste com a produção estimada em 475,4 mil sacas, volume que representa menos de 1% do total da safra nacional prevista para 2025.

Concluindo esta análise e divulgação da safra do ano-cafeeiro 2025, convém esclarecer que os dados e os números que permitiram realizar este estudo foram obtidos do Segundo Levantamento da Safra de Café de 2025, o qual foi realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab e está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de pesquisa e inovação que é coordenada pela Embrapa Café.

Esclarecemos ainda que a Conab realiza quatro levantamentos da safra dos Cafés do Brasil todos os anos. O primeiro é feito nos meses de novembro e dezembro e divulgado em janeiro, e retrata o período da pós-florada do cafeeiro. O segundo, objeto desta análise e divulgação, é realizado e divulgado no mês de maio e representa o período de pré-colheita. O terceiro, realizado em agosto e divulgado em setembro, compreende o período de plena colheita no País. O quarto levantamento, realizado e divulgado em dezembro, compreende o período de pós-colheita, momento em que são corrigidos e consolidados todos os dados obtidos no campo.

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Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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